quinta-feira, 16 de abril de 2020

Nelson Teich e a "escolha inevitável" do novo Ministério da Morte: salvar um paciente jovem ou um idoso?



A troca no comando do Ministério da Saúde tem um motivo bem claro: o ministro anterior, Luiz Henrique Mandetta, optou pela ciência em vez da bajulação serviçal ao presidente Jair Bolsonaro, com a sua irresponsabilidade criminosa e seus instintos assassinos.

O novo ministro Nelson Teich entrou com uma missão muito bem definida: servir ao senhor absoluto e seus achismos, não contrariar o chefe nem atrapalhar com argumentos racionais e científicos a luta ideológica do bolsonarismo contra o isolamento social e principalmente contra possíveis adversários eleitorais de Bolsonaro.

Pois este vídeo de 2019 dá uma boa amostra do que pensa Nelson Teich sobre a saúde pública e seus recursos limitados. Para o novo ministro, "escolhas são inevitáveis". Entre gastar dinheiro para tratar de um doente jovem ou um idoso nas mesmas condições, o gestor precisará fazer uma escolha e levar em conta a idade do paciente.

"Como você tem dinheiro limitado, você vai ter que fazer escolhas, vai ter que definir onde vai investir. Tenho uma pessoa mais idosa, que tem uma doença crônica, avançada, e teve uma complicação. Para ela melhorar, vou gastar o mesmo que gastarei para salvar um adolescente que está com um problema. Só que um é um adolescente, que terá a vida inteira pela frente, e o outro é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?"

Em plena crise econômica decorrente da pandemia do novo coronavírus, talvez seja um método mais eficiente de enxugar gastos na Saúde e na Previdência de uma só vez. É bolsonarismo explícito na veia. Assista.