Que os movimentos que despontam nas redes e nas ruas ajudam a reunir diferentes grupos contra um inimigo em comum, já sabemos.
Que precisamos de uma frente democrática ampla, pela defesa do estado de direito e contra a escalada autoritária do bolsonarismo, idem.
É inspirador ver torcedores do Corinthians, do Palmeiras, do Santos e do São Paulo, adversários históricos, juntos no mesmo time, com as mesmas cores, trocando o enfrentamento das arquibancadas pela união no jogo da democracia.
Artistas, esportistas, jornalistas, advogados, políticos, intelectuais, empreendedores, estudantes, influenciadores digitais, cidadãos famosos e anônimos mobilizados pela mesma justa causa. Tudo isso é necessário, mas ainda é pouco. Manifestos não bastam!
O plano do bolsonarismo, que junta lunáticos e fanáticos ideológicos com milicianos, armamentistas, idiotas e oportunistas, vem sendo gestado há décadas na cabeça doente dessa escória política.
Não são por acaso os ataques às instituições, o negacionismo, a estratégia do ódio, o obscurantismo, a polarização e a criação de inimigos reais e imaginários, como os genéricos “comunistas” (ou todos aqueles que se opõem aos métodos e práticas bolsonaristas).
O próprio bolsonarismo é um instrumento ocasional. O candidato Bolsonaro é o que estava mais à mão, aquele que apareceu na hora certa, no lugar certo, com uma facada providencial que fez do meme da direita folclórica o presidente da República.
E assim um inepto, obtuso, tosco, despreparado e desqualificado se torna o “mito” dos reacionários. O capitão talhado para ser marionete dos generais e ideólogos do golpe. É o retorno dos zumbis de 64. A revanche dos derrotados dos anos 80.
Liberais, democratas, socialistas, trabalhistas, social-democratas, republicanos, conservadores, progressistas, sustentabilistas, nacionalistas... Ninguém em sã consciência, que não tenha sofrido lavagem cerebral ou tenha sido dragado pela bolha ideológica, apóia ainda o bolsonarismo.
Quem escolheu Bolsonaro para se livrar do PT, quem acreditou nas reformas prometidas, quem sonhava com uma nova política, quem pregava uma nova agenda liberal, quem embarcou na ação moralizadora da Lava Jato, todos estes já acordaram para a fraude bolsonarista.
É chegada a hora da verdadeira união dos diferentes atores políticos e sociais. Todos nós, de esquerda, centro ou direita. Cada cidadão e cidadã na trincheira da justiça, da democracia, dos direitos e das liberdades coletivas e individuais.
Se queremos paz, devemos entrar nesta guerra! Estamos juntos na defesa das instituições, da sociedade, da ciência, da cultura, da civilidade e da boa política. O nosso adversário agora é outro! #ForaBolsonaro
