quinta-feira, 9 de julho de 2020

Facebook, que ajudou a eleger Bolsonaro, pode agora também ajudar a derrubar o presidente

Seria no mínimo curioso que o meme que virou presidente, entre tantos crimes de responsabilidade dele e da familícia, caísse justamente pela influência ilegal de robôs, milicianos e fake news das redes sociais.

Levantamento do Laboratório Forense Digital do Atlantic Council, em parceria com o Facebook, aponta a ligação direta de assessores do presidente Jair Bolsonaro e dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro com um esquema de contas falsas e criminosas banidas nesta quarta-feira.

O TSE, o STF, a Polícia Federal e o Congresso Nacional têm de pedir ao Facebook as provas que ligam os Bolsonaro e servidores da Presidência às páginas e perfis que espalham fake news, leviandade, preconceito, ódio e violência desde a eleição de 2018.

Crime eleitoral, corrupção, desinformação, abuso do poder econômico, apologia ao golpe, ameaças, ataques orquestrados, injúria, calúnia e difamação no chamado assassinato de reputações. O cerco se fecha.

“Siga o dinheiro” é o mote dos grandes escândalos políticos desde Watergate. Foi assim que caíram de Nixon a Collor, bem como diversos políticos e agentes públicos corruptos flagrados na Lava Jato.

É assim também que pode terminar esse triste e breve período de retrocesso, incivilidade e gangsterismo bolsonarista na História do Brasil: com a cassação da chapa por crime eleitoral ou o impeachment de Bolsonaro por crimes de responsabilidade.

Que se faça a luz e a Justiça. Nada de defender político bandido, seja de direita, de esquerda ou de centro. Nem petista, nem tucano, nem bolsonarista, nem isentão. Cometeu crime, que pague! Cadeia neles!