sábado, 22 de agosto de 2020

Trump e Bolsonaro: Qualquer semelhança não é mera coincidência

Já dizia Nelson Rodrigues: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”

Não é apenas a prisão de Steve Bannon, guru da direita mais estúpida representada por Donald Trump e Jair Bolsonaro, que mostra as evidências do poder entregue a vigaristas, lunáticos, falsários, charlatães e criminosos.

É o conjunto dos acontecimentos dos últimos anos. Posturas antidemocráticas, ações conspiratórias, golpistas, persecutórias. Os ataques recorrentes às instituições, à imprensa, às minorias, à oposição. Suas mentiras.

Os Estados Unidos tem nas mãos, agora em novembro, a possibilidade de se livrar democraticamente do presidente demente deles. Não dá uma certa invejinha?

Na convenção democrata ocorrida nesta semana, o ex-presidente Barack Obama fez mais um dos seus discursos históricos e denunciou Donald Trump como uma ameaça à democracia.

Troque Trump por Bolsonaro e percebemos que Obama nos representa lá e aqui. Como seria bom se a humanidade fizesse um upgrade político e se livrasse desses vírus letais, obscurantistas, autoritários e populistas, não?

O primeiro presidente negro norte-americano apelou à responsabilidade individual de cada cidadão e disse que ninguém conseguirá consertar o país sozinho. 

Serve ou não serve como recado também aos brasileiros?

Num pronunciamento contundente, Obama afirmou que seu sucessor nunca "sentiu o peso do cargo" e que não teve "nenhum interesse" em tratar a presidência como algo que não fosse um reality show para ganhar atenção.

Obama repetiu uma ideia apresentada no discurso de sua mulher, Michelle: a de que Trump não consegue ser melhor. A ex-primeira-dama disse que o republicano não estava à altura do momento. "É o que é", sentenciou.

Na noite de quarta-feira, Obama retomou o mantra com outras palavras. "Donald Trump não cresceu no cargo porque ele não consegue", garantiu o ex-presidente.

A consequência, segundo Obama, são "170 mil americanos mortos. Milhões de empregos perdidos. Nossos piores impulsos soltos, nossa orgulhosa reputação ao redor do mundo diminuída drasticamente e nossa democracia e nossas instituições ameaçadas como nunca antes".

Obama apelou à responsabilidade individual de cada americano e disse que ninguém conseguirá consertar o país sozinho.

“Eu estou pedindo a vocês que acreditem em sua capacidade, que abracem sua responsabilidade como cidadãos, para garantir que os princípios básicos da nossa democracia perdurem. Porque é isso que está em jogo agora: nossa democracia", opinou o ex-presidente.

Eu me identifico plenamente com o pronunciamento de Obama, torço pela vitória dos democratas nos Estados Unidos e espero que o Brasil e o mundo reajam a esses debilóides obscurantistas.

E aí, você concorda ou discorda?