quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Covas 8 x 5 Boulos: Conheça as 13 mulheres eleitas para o Legislativo paulistano


A Câmara Municipal de São Paulo retoma os trabalhos no plenário após breve paralisação informal para as eleições. Há uma pauta com 32 itens, sendo dois do Executivo e 30 de parlamentares - coincidentemente, quase metade, ou 13 projetos, de autoria de vereadores que não se reelegeram.

Os dois projetos do Executivo também merecem atenção especial. Um trata da suspensão dos pagamentos da dívida do município com a União neste ano de 2020 por conta dos gastos extras para o enfrentamento do coronavírus.

Outro trata da desafetação de áreas públicas para regularização fundiária de interesse social em diversos locais ocupados por moradias em bairros e comunidades periféricas. Uma pauta interessante a ser tratada a dez dias da eleição entre Covas e Boulos, não é mesmo?

Enfim, vamos tratar das mulheres. São 13 eleitas para a próxima legislatura, a maior quantidade na história do Legislativo paulistano. Na eleição anterior, em 2016, foram onze, sendo que dez delas chegam agora ao final do atual mandato (uma saiu antes, eleita deputada).

A vereadora mais votada para tomar posse em 1º de janeiro de 2021 é uma mulher trans: Erika Hilton (PSOL) - que também terá como colega um homem transgênero, Thammy Miranda (PL), fazendo um contraponto interessante.

Foram eleitas ainda Sandra Santana (PSDB), Silvia da Bancada Feminista (PSOL), Luana Alves (PSOL), Elaine do Quilombo Periférico (PSOL), Sonaira Fernandes (Republicanos), Ely Teruel (Podemos) e Cris Monteiro (Novo).

Foram reeleitas Juliana Cardoso (PT), Rute Costa (PSDB), Sandra Tadeu (DEM), Edir Sales (PSD) e Janaína Lima (Novo). E não se reelegeram Aline Cardoso (PSDB), Adriana Ramalho (PSDB), Patricia Bezerra (PSDB), Noemi Nonato (PL) e Soninha Francine (Cidadania).

Em tese, são cinco mulheres de esquerda e oito de direita. Ou, neste 2º turno, cinco eleitoras de Boulos e oito de Covas. Mas queremos uma política que vá além desse raciocínio binário e de uma polarização burra e estreita. É para isso que estamos aqui.

Vamos acompanhar de perto o trabalho de todos os 55 vereadores e vereadoras de São Paulo, tanto neste final de mandato quanto a partir de 1º de janeiro de 2021. E seguiremos cobrando igualmente coerência, ética e responsabilidade de todos, homens e mulheres. Estamos de olho!