quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Corruptos em festa: Elegeram Bolsonaro, prometeram que a mamata ia acabar, mas até agora só acabou a Lava Jato e ressuscitaram o Centrão


A notícia do dia é o fim oficial da Operação Lava Jato, no momento em que Bolsonaro ajuda a eleger o Centrão para a presidência da Câmara e do Senado - e a sua própria sobrevivência no cargo depende desse agrupamento que é o mais fisiológico e corrupto da História do Brasil.

A força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, louvada como a maior ofensiva contra a corrupção na política brasileira, acaba após seis anos, 170 prisões e mais de R$ 4 bilhões recuperados em acordos de delação ou leniência. E o presidente que usou a Lava Jato como trampolim eleitoral agora é também o seu algoz.

Bolsonaro traiu o eleitorado lavajatista ao descumprir mais uma promessa de campanha - entre tantas - mas segue leal à familícia e aos aliados, todos escondidos sob o foro privilegiado e protegidos por esquemas que envolvem a PGR domesticada, a PF controlada e o Congresso Nacional tornado cúmplice após ter acesso a bilhões dos cofres públicos.

O grupo que foi liderado por Deltan Dallagnol - em parceria com o juiz Sergio Moro, e que exatamente por isso vem sendo questionada juridicamente por diversos condenados, inclusive Lula - encerra as suas atividades oficialmente, informa o Ministério Público Federal. Para alegria de Bolsonaro, do Centrão, do PT e de todo o time da velha política.

Parece que no Brasil o crime realmente compensa. Bandidos se elegem e reelegem, são protegidos por lei, ganham cada vez mais poder e dinheiro. Mas cadê o povo, aquele mesmo que foi às redes e às ruas para derrubar dois presidentes desde a redemocratização? Tá todo mundo calado e trancado em casa? Reage, Brasil!