quarta-feira, 25 de agosto de 2021

O que teremos pela frente?


- As manifestações golpistas de 7 de setembro. No mesmo dia, a resposta das oposições à esquerda pelo #ForaBolsonaro. E, logo em seguida, em 12 de setembro, os protestos convocados pelo MBL, Vem Pra Rua e movimentos de centro-direita.

- O acirramento da crise institucional. Bolsonaro intensifica o plano do autogolpe, ciente de que será derrotado em 2022. Tem ao lado dele as bolhas ideológicas de fanáticos e lunáticos bolsonaristas, milícias, grupos militares insubordinados, religiosos fundamentalistas e oportunistas nas mais variadas esferas.

- As provocações crescentes de Bolsonaro aos desafetos, como os ministros do STF e os senadores da CPI (já falam até na prisão de Omar Aziz por ter vazado documentos à imprensa).

- O Centrão dando as cartas no Congresso, com dois presidentes desqualificados na Câmara e no Senado.

- A definição das regras para as eleições de 2022 (com as coligações provavelmente barradas no Senado, a eventual permissão das federações partidárias - se bem que Bolsonaro ainda tem poder de veto à inovação - e a batida de martelo sobre o valor do fundão eleitoral).

- No cenário eleitoral, vemos cada vez mais consolidada a polarização entre Lula e Bolsonaro, com muitos empenhados ainda numa alternativa da 3ª via, mas com o risco provável de repetir a fragmentação de 2018 (basta ver o comportamento e a indisposição entre alguns dos principais nomes e seus simpatizantes: Ciro, Doria, Leite, Tasso, Moro, Mandetta, Pacheco etc. e a disputa dentro dos próprios partidos).

É este o DEBATE POLÍTICO que deveríamos travar, muito além do golpismo de Bolsonaro e do bolsonarismo. Isso sem mencionarmos a crise econômica, o desemprego, a incapacidade governamental, o caos ambiental, o descontrole social, o aumento da miséria e das desigualdades.

Quais as nossas perspectivas, como vamos enfrentar a crise (interna e externa), quem são os nossos aliados, adversários eventuais e inimigos históricos? Quais são as nossas bandeiras, o que propomos de diferente e eficaz para o Brasil? Quem vai nos liderar nesta caminhada e quais os erros e armadilhas em que não podemos cair? Estou equivocado?