quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Papai Noel chegou mais cedo para político bandido e cafajeste que aprovou o Orçamento criminoso e vai se eleger às nossas custas


O Orçamento aprovado ontem pelo Congresso Nacional é simplesmente uma vergonha, um tapa na cara de cada cidadão brasileiro (menos, talvez, para os cúmplices ou idiotas fanáticos por esses políticos medíocres e para os bajuladores - e aí tanto faz se são apoiadores de Bolsonaro ou Lula, porque ambos votaram de modo idêntico).

Os R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral são cruéis, desumanos, impiedosos. Esses deputados e senadores que vão fazer uso desse dinheiro (que poderia ser destinado para investimento social, saúde, educação, ciência, cultura, meio ambiente, infra-estrutura, combate à miséria) deveriam devolver centavo a centavo do próprio bolso, pagar uma indenização com o patrimônio pessoal e de preferência atrás das grades.

Mas não é só isso. Foram mantidos ainda R$ 16,5 bi referentes às emendas de relator, o criminoso orçamento secreto. Realmente uma pouca vergonha! Bandidagem! Canalhice! Estão nos fazendo de palhaços e não reagimos! Eu e você pagamos caro para político safado e cafajeste f**** todo mundo e se reeleger às nossas custas, rindo da nossa cara! Do PT, do PL, do MDB, do PSD, do PSL, do DEM, do PDT, do PP… PQP! FDPs!

Quer uma ideia de como votaram os partidos dos presidenciáveis? Vamos lá!

A base bolsonarista votou SIM ao Orçamento. Inclusive o PL, o novo partido do Bolsonaro (aquele comandado pelo ex-presidiário do mensalão, Valdemar Costa Neto). O antigo (PSL) também.

O PT votou SIM, justificando que impôs uma derrota ao governo (piada).

No PSDB ganhou o SIM: 17x10

No PDT ganhou o SIM: 15x5

No PSB ganhou o NÃO: 18x8

O Cidadania ofereceu um covarde 3x3 (com o sumiço do líder, que é apoiador declarado de Moro enquanto mantém pacto com o Centrão)

O Podemos votou NÃO. O Novo votou NÃO. O PSOL votou NÃO.

Sinais.

Quando o brasileiro vai reagir, hein?

terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Será que todo bolsonarista cretino (o que é redundante) sabe que o “mito” já votou no Lula e no Ciro e defendeu até ministro comunista para comandar as Forças Armadas?


O que um bolsonarista-raiz diria hoje do ogro Bolsonaro-raiz? Sim, porque o mito mitômano, o presidente demente, o rei das rachadinhas, o chefão da milícia, o salvador da pátria dos imbecis, o bundão que se esconde sob o foro privilegiado, é a maior mentira de todos os tempos.

Não que se espere inteligência, sanidade, bom senso e lucidez no bolsonarismo. Afinal, se assim fosse, não seriam bolsonaristas. Mas além da ignorância, da boçalidade e do mau-caratismo, é típico do gado traído ser o último a saber ou negar a traição mesmo diante de todas as evidências. Será que vem daí a expressão “corno manso”?

Bolsonaro, quem diria, já votou no “companheiro” Lula para presidente, em 2002. E revelou isso, todo orgulhoso, no plenário da Câmara - onde foi por três décadas um deputado medíocre do Centrão, meme ambulante que servia de atração folclórica - como qualquer aberração de um Circo dos Horrores - nos programas Pânico, CQC e Luciana Gimenez.

Bolsonaro votou em Lula para presidente da República no 2º turno de 2002 (contra o tucano José Serra), deu nota 10 para o discurso do petista e até sugeriu o nome do então deputado José Genoino para o Ministério da Defesa - que mais tarde teria ainda outro ministro comunista, o ex-deputado Aldo Rebelo, mais um dos nomes indicados por Bolsonaro, o suposto anticomunista (do bordão cretino “a nossa bandeira jamais será vermelha”).

Bolsonaro chamou aquele que hoje parece ser seu maior inimigo de “companheiro” e “nosso querido Lula”. Em discursos na Câmara dos Deputados, Bolsonaro era só elogios ao petista. E revelou mais: no 1º turno, ele votou em Ciro Gomes, então no PPS (o ex-PCB, Partido Comunista Brasileiro). Será que Bolsonaro é outro daqueles que a sua própria bolha de fanáticos chama de político-melancia (verde por fora e vermelho por dentro, casca dura mas miolo mole)?

Leia (e assista) algumas das “confissões” de Bolsonaro, especialmente uma de 5 de dezembro de 2002 (e veja que foram confissões espontâneas, bem diferentes daquelas obtidas pelo ídolo bolsonarista, o Coronel Brilhante Ustra, torturador maldito):

“Confesso publicamente que votei no segundo turno em Lula. Jamais votaria em um candidato de Fernando Henrique Cardoso. Votei e trabalhei para Ciro Gomes no primeiro turno. Perdi. No segundo, escolhi o que considerei ser a melhor opção. Haverá brava crise pela frente, mas mantemos a esperança de dias melhores. Espero que o companheiro Lula, já que está na moda falar assim, consulte os quadros do PT, do PCdoB e de outros partidos para fazer suas escolhas”, discursou Bolsonaro à época.

E disse mais: “Não tenho como indicar alguém para o Ministério da Defesa. Não faço parte da equipe do Lula nem tenho poder de veto, mas tenho voz nesta Casa. Sugiro até mesmo o nome de José Genoíno, por quem não tenho grande amizade, mas reconheço sua competência. Não faria oposição à possibilidade dele ir para o Ministério da Defesa. Também não me oporia se o eleito fosse Aldo Rebelo, do PCdoB. Ambos são competentes. Não quero falar sobre a história de ninguém. Temos de pensar apenas no Brasil daqui para frente...”.

Pois, então. Vamos pensar no Brasil daqui pra frente: #ForaBolsonaro, volte com a sua escória de lunáticos escrotos para o esgoto de onde jamais deveriam ter vazado. Livre o Brasil e o mundo da sua existência perniciosa. Vamos resgatar o caminho da democracia, do estado de direito, do respeito à ciência, à cultura, à educação, à sustentabilidade, à vida.

sábado, 18 de dezembro de 2021

“E o Lula? E o PT?”: Atire a primeira pedra o político de um partido imune a corruptos!


Houve corrupção nos governos do PT. É inegável, a não ser que estejamos falando com alienados ou com a torcida uniformizada. Estão aí os episódios emblemáticos do mensalão e do petrolão para nos lembrar, entre outros. O PT errou. Cometeu crimes. Contravenções. Ilegalidades. Irregularidades.

Pecou tanto quanto os demais partidos políticos e governos desde Cabral (digo o navegador português, de 1500; não o ex-governador do Rio, único preso ainda da Operação Lava Jato). Ou pecou mais, até, não porque a corrupção tenha sido maior nas gestões petistas (nem sei se foi ou não, nem vem ao caso agora), mas por permitir que ela existisse. O PT traiu a sua própria história ao corromper e se deixar corromper.

Isso posto, é importante dizer que a corrupção não foi invenção ou exclusividade de um governo ou partido. Nem qualquer um deles jamais esteve imune a corruptos e esquemas criminosos. Caixa 2, licitações dirigidas, compras superfaturadas, desvios de verbas, loteamento de cargos, funcionários fantasmas, pagamento de comissões, nepotismo, troca de favores, compra de votos, emendas eleitoreiras, rachadinhas, orçamento secreto, mau uso do dinheiro público.

Em maior ou menor grau, todos os mais de trinta partidos oficializados no Brasil tem um histórico de contas reprovadas e políticos suspeitos de corrupção, investigados, indiciados ou condenados em suas fileiras. Nenhum brasileiro eleito é 100% puro. Ninguém que tem mandato ou ocupa algum cargo público é totalmente inocente. O mais bobo dá nó em pingo d’água. Se não participou diretamente de alguma ilegalidade, foi omisso, cúmplice ou conivente com o que acontece ao redor. Isso já faz parte da nossa cultura político-partidária e eleitoral.

Aonde quero chegar com esse raciocínio? Simples. Devemos fazer vistas grossas à corrupção? É evidente que não! Mas ninguém tem moral para condenar o candidato de um só partido como se fosse o único ou maior antro de corruptos por metro quadrado, porque a corrupção é generalizada. Precisa ser combatida? Claro que sim! Mas não foi até hoje por nenhum desses que fazem discurso de salvadores da pátria. Nenhum.

“Ah, mas fulano nunca foi condenado”. Sim, mas será que fulano não tem foro privilegiado, não controla a Polícia Federal, não tem esquema no Judiciário, não comprou o apoio do Centrão no Congresso com os mesmos métodos que dizia combater antes de se eleger? “Ah, mas beltrano é diferente”. Diferente em que, se cometeu arbitrariedades e ilegalidades na função pública que ocupou até então. E o partido dele? E seus apoiadores? Viu a ficha criminal dessa turma? Ora, ora…

Vote em quem você quiser: Bolsonaro, Lula, Moro, Ciro, Doria ou qualquer outro. Estabeleça o critério de escolha que lhe parecer mais conveniente ou apropriado, mas não venha com discurso moralista hipócrita nem conversinha de que escolheu seu candidato porque a sua prioridade é combater a corrupção. Estão todos no mesmo barco. A política é uma draga e ninguém vai governar sozinho. Não estamos no País das Maravilhas, Alice. Acorde.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Alckmin, quem diria, pode ser decisivo para a eleição de Lula


Vindo de duas candidaturas decepcionantes à Presidência da República e quatro gestões bem sucedidas no Governo do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin deixou o PSDB e pode agora fazer o movimento mais surpreendente e significativo das últimas décadas da política brasileira se aceitar ser o vice de Lula.

Não que Luiz Inácio Lula da Silva seja santo, mas está reabilitado eleitoralmente graças às lambanças políticas e jurídicas de seus adversários, que assistimos desde os episódios do mensalão e do petrolão. Ao comparar Lula com tudo que aí está, o brasileiro parece disposto a proporcionar uma nova chance ao petista.

Afinal, Lula tem história, tem preparo, tem carisma, tem liderança, tem experiência, tem realizações, tem um partido consistente e tem, sobretudo, voto. Ou intenção de voto, por enquanto, como demonstram todas as pesquisas espontâneas ou dirigidas, que o colocam com favoritismo até mesmo para vencer no 1º turno.

É claro que Lula tem também pontos desfavoráveis. Tem haters. Tem que enfrentar o antipetismo e o antilulismo. Tem que desfazer a desconfiança de setores importantes da sociedade, de liberais a conservadores. Tem que se reaproximar do centro no espectro político-partidário. Tem que dar um passo além daqueles que levaram o PT a ganhar quatro eleições presidenciais consecutivas para acabar derrotado pelo bolsonarismo.

Os maiores inimigos de Lula, hoje, são Bolsonaro, Moro e ele mesmo. Lula pode derrotar Lula se emitir sinais dúbios sobre a defesa intransigente da democracia, o respeito absoluto ao estado de direito, o combate à corrupção, o repúdio a qualquer tipo de censura ou controle social da mídia, a complacência com ditaduras de esquerda e outras cascas de banana espalhadas pelo caminho até 2022.

É aí que entra Geraldo Alckmin e o poder de aglutinação do eleitorado mais moderado para eleger Lula e ajudar o Brasil a superar essa tragédia bolsonarista, sem embarcar em outra aventura (como aparenta ser a candidatura de Sérgio Moro, que tenta se apresentar como 3ª via mas não consegue se desvencilhar das amarras do bolsonarismo).

A virada de Alckmin, que parecia emparedado e traído dentro do PSDB, pode ser o tijolinho que faltava para a construção da vitória da oposição democrática brasileira. Se já se mostrava inevitável o cenário eleitoral polarizado entre Lula e Bolsonaro (ou Moro, como querem alguns), Alckmin tem tudo para dar um xeque-mate e decidir o jogo. Alea jacta est (a sorte está lançada).

Vereador Milton Leite confirma domínio político em São Paulo e se elege pela quarta vez consecutiva para a presidência da Câmara Municipal


O vereador Milton Leite (DEM) foi reeleito para ocupar pelo quarto ano consecutivo a presidência da Câmara Municipal de São Paulo. Apesar de a lei permitir apenas uma reeleição, há a malandragem da virada da legislatura, que em tese lhe confere dois mandatos diferentes - referentes às eleições de 2016 e 2020.

Na prática, o presidente Milton Leite é também o primeiro na linha sucessória do prefeito Ricardo Nunes (MDB), ocupando a Prefeitura de São Paulo na ausência do titular, que era vice de Bruno Covas (PSDB) e assumiu o cargo em definitivo com a morte do ex-prefeito, em maio deste ano.

Para marcar posição, o PSOL indicou o vereador Celso Giannazi para a presidência da Câmara, mas o domínio de Milton Leite, ícone do Centrão (com apoio de todas as bancadas, incluindo PT, PSDB e vereadores bolsonaristas), é completo no Legislativo e com forte presença no Executivo.

O ano de 2022 promete, com a revisão do plano diretor e uma série de operações urbanas a serem aprovadas, que vão mexer com os destinos de milhões de paulistanos e definir o futuro da cidade. Sem contar as eleições presidenciais e estaduais, que envolvem direta ou indiretamente todos os políticos brasileiros. Olho neles!

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

Federações partidárias vão salvar legendas inexpressivas e manter o assalto aos cofres públicos


Quando a lei proibiu as coligações partidárias para as eleições parlamentares e estabeleceu a cláusula de desempenho mínimo foi para tentar reduzir um pouco a proliferação de legendas que tomam de assalto os cofres públicos, por meio de dois fundos bilionários (o partidário e o eleitoral), além de outros custos indiretos (a propaganda eleitoral que é gratuita para eles mas paga pelo contribuinte, as estruturas de liderança etc.).

Porém, como é da tradição dos maus políticos e do vexatório jeitinho brasileiro, eles foram lá e driblaram as restrições ao criarem as federações partidárias (que diferem das coligações eleitorais pela duração obrigatória dos quatro anos de legislatura). Sabe o que é isso? Assalto à mão armada. E as vítimas somos nós, eleitores trapaceados.

Quem sustenta essa farra partidária é o orçamento público que mal dá conta das prioridades sociais, de auxílios emergenciais praticamente irrisórios para famílias que passam fome, de verbas que deveriam ser destinadas para saúde, educação, meio ambiente, mas que literalmente escoam pelo ladrão para as contas de partidos fisiológicos e de políticos profissionais.

Não pense que alguém está isento dessa festança às custas do nosso suado dinheiro: de Lula a Bolsonaro, de Moro a Ciro, todos se refestelam com salários mensais pagos pelos partidos ou recursos extras que bancam supostos serviços, eventos, estudos, palestras, viagens, hospedagens ou qualquer coisa que sirva para justificar o uso dessas verbas orçamentárias pelas siglas partidárias e suas fundações de fachada.

Para as eleições de 2022, à esquerda, ao centro e à direita, os partidos estão se juntando nessas malfadadas federações, como se houvesse algum espírito público ou preocupação ideológica além do desespero salvacionista dos pequenos partidos, que somam força aos grandes nas eleições e no parlamento mas ainda mantém uma sobrevida e principalmente sua autonomia interna preservada (inclusive acesso garantido aos fundos bilionários, que é o real interesse dessa camarilha).

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

O bolsonarismo precisa ser exterminado, mas não basta derrotar Bolsonaro


Bolsonaro é inimigo da ciência, da inteligência, da cultura, da educação, do meio ambiente, da economia, da sociedade, da boa política. Bolsonaro faz mal à saúde, à sustentabilidade, à vida. Mas é claro que o presidente demente não é o único culpado por tudo, ele simplesmente personifica o que existe de pior.

O negacionismo dessa corja, o ódio, o preconceito, a ignorância, o fanatismo, o fascismo: o bolsonarismo reuniu a escória do país em torno de um projeto de poder - e chegou lá! Agora quer permanecer a qualquer custo, seja com o próprio Bolsonaro ou com outro nome mais palatável disfarçado de 3ª via (O golpe tá aí, cai quem quer).

O desgoverno Bolsonaro é um fracasso em todos os aspectos. Um retrocesso inominável. Seus quatro deploráveis anos vão deixar uma herança maldita de décadas. O Brasil vai penar para se recuperar em todos os índices de desenvolvimento humano, econômico e social. Fora o que não terá mais salvação, resultado do pacote de crimes ambientais bolsonaristas. Gerações de brasileiros estão comprometidas, assim como a flora, a fauna, biomas e recursos hídricos.

Mas ainda assim há uma legião de apoiadores fanáticos e lunáticos, além dos oportunistas de plantão - e estão aí o Centrão com seus agregados mafiosos no Congresso Nacional, milicianos e operadores estratégicos no sistema judiciário - que não nos deixam esquecer que o bolsonarismo é um sistema complexo (que funciona agora com Bolsonaro mas se mimetiza a qualquer inquilino do poder).

Você pode ser de direita, de esquerda ou de centro. Você pode ser liberal, conservador, progressista, reacionário. Você pode ser o que quiser. Mas não me venha defender Bolsonaro sob qualquer argumento racional, muito menos patriótico, religioso, partidário, ideológico. Ser bolsonarista te exclui do rol das divergências políticas e humanas. Ser bolsonarista te torna um verme - e a ação vermicida deve ser de amplo espectro na sociedade para derrotar todas as variantes desta doença.







segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Bolsonaro já é carta fora do baralho? Sergio Moro vai enfrentar Lula no 2º turno?


Essa é a nova aposta da direita com mais de dois neurônios. O meme que virou presidente por acidente não serve mais aos interesses de grande parte dos retrógrados enrustidos que saíram do armário após três décadas hibernando. Por isso Sergio Moro virou o novo queridinho da tal 3ª via (apesar de não passar de um clone mais refinado da via bolsonarista).

A eleição de Bolsonaro e consequentemente o bolsonarismo foram um desvio da rota programada. O candidato jacu estava lá na hora certa (ou errada, no caso) e acabou incorporando todo o movimento antipetista. Deu no que deu. A maioria dos votos válidos acabaram despejados no Cacareco da vez - o maior zero à esquerda da embolorada direita brasileira. O títere que estava mais à mão.

E assim Bolsonaro chegou lá! Bronco, folclórico, o mais improvável dos presenciáveis, um deputado medíocre alçado ao Planalto por conta da incapacidade dos demais candidatos e partidos tradicionais em fazerem a leitura da nossa realidade política e social (e das redes). Mas que serviu para abrir a porteira e liberar o estouro do gado desmiolado (que se identificou prontamente com fanáticos, lunáticos, milicianos, negacionistas e terraplanistas na gênese bolsonarista).

Agora Sergio Moro (um Bolsonaro com chantilly) chega como uma versão mais elaborada para alimentar e consolidar o projeto de poder da direita tupiniquim ressuscitada. Na essência são os mesmos que elegeram Bolsonaro e pularam do barco (arrependidos, defenestrados e uns poucos desinformados e inocentes que acreditam piamente que Moro pode mesmo ser o nome da 3ª via; doce ilusão).

Moro é um novo Collor: do caçador de marajás ao caçador de corruptos. Fake news da braba! O ex-juiz que prometia JAMAIS entrar para a política, mas no fundo sempre foi político. E dos maus. Agora assumiu de vez. Saiu do armário junto com todos aqueles que saltaram a franga em 2018. É candidatíssimo à Presidência da República em 2022 e surfa principalmente nessas já mencionadas ondas dos ex-bolsonaristas e de uma falsa equidistância entre Bolsonaro e Lula.

Nesse aspecto, fico com a insuspeita definição da própria “conje” do Moro, que a certa altura declarou ver Bolsonaro e o marido como “uma coisa só”. Eita, coisa ruim, sô! Se você realmente não concorda nem com Lula, nem com Bolsonaro, então procure algo além de Moro, esse upgrade jeca do bolsonarismo. Ou assuma abertamente a sua preferência nessa polarização, sem maquiar o voto no presidenciável da direita como se fosse 3ª via.

Imagina ter uma mãe ou avó bolsonarista, que desgosto!? Um minuto de silêncio, por favor!


O que explica uma mulher bolsonarista? Que tipo de distúrbio psiquiátrico ou fraquejada existencial deve ter alguém que vota neste verme (e algumas senhoras ainda o idolatram), neste presidente demente?

Deus nos livre de todos os males, amém! Mas imagine o desgosto que é ter uma mãe, uma avó ou uma filha bolsonarista!? Deve ser mais ou menos o que Bolsonaro afirmou sentir sobre ter um filho gay, uma fraquejada menina depois de três meninões ou casar com uma mulher preta! Já pensou?

Bolsonaro é machista, misógino, homofóbico, racista, entusiasta da ditadura, nostálgico da tortura. Já manifestou diversas vezes que seu ídolo e modelo inspirador é o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que tinha predileção sádica por torturar mulheres com choques, cabos de vassoura e ratos enfiados na vagina.

Nem é preciso sororidade ou empatia, basta ser humano, ter alma e cérebro para se indignar. Como apoiar uma besta psicopata sem se questionar sobre as suas próprias disfunções e morbidades? É intolerável!

Mas, enfim, tem mulheres que - por qualquer motivo inexplicável - aprovam um homem tosco, lunático e tóxico destes. A própria esposa deve ter lá seus interesses para ficar com o declarado imbroxável, imorrível e incomível Bolsonaro.

Se bem que… (bom, deixa pra lá!) Não esperávamos nada diferente do mito mitômano, esse meme que virou presidente por acidente, que decreta 100 anos de sigilo sobre os assuntos mais corriqueiros (até da sua carteira de vacinação).

Talvez seja alguma barreira psicológica, auto-defesa de traumas sofridos. Não por acaso veio à tona o episódio da “noivinha do Aristides”, dos tempos do quartel. Deve ser terrivelmente dolorido viver no armário. Tudo que é enrustido faz mal. Freud explica. Psiu!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Derrotar Bolsonaro é um detox para o Brasil


Fiquei uma semana sem postar nada. Não deu nem para desintoxicar. O tempo passa e a situação só piora. Tem variante de vírus, tem ministro terrivelmente evangélico nomeado, tem réveillon cancelado, tem aumento anunciado de IPTU e IPVA, tem inflação disparada, tem PEC do Calote aprovada, tem a canalhice política de sempre.

A grande notícia é o tal Auxílio Brasil. Nenhuma novidade para quem já recebia o Bolsa Família e menos ainda para quem escuta há 30 anos o ex-senador e atual vereador paulistano Eduardo Suplicy em sua peregrinação missionária pela renda mínima, ou a renda básica cidadã. Nada mais justo e humano num país em que famílias passam fome.

Eu ainda me surpreendo com a quantidade de apoiadores de Bolsonaro e fico me perguntando que espécie de brasileiro e ser humano repugnante pode se declarar bolsonarista. Que nojo! Claro que a rejeição ao presidente demente é crescente, mas com a forcinha desse Congresso vendido e a escória da sociedade que idolatra um verme, ele vai recuperar alguma popularidade.

O legado bolsonarista não vai se encerrar com a derrota do presidente. Por mais que todo mundo saiba que as chances de reeleição são cada vez menores, o Brasil ainda vai enfrentar reflexos do bolsonarismo por décadas e sucessivas gerações. O mal está instalado na política e na sociedade com efeitos devastadores para a cultura, a educação, a ciência, a sustentabilidade, o comportamento, a vida. Será um detox lento e gradual.