terça-feira, 22 de março de 2022

Parque da Mooca: o golpe tá aí, cai quem quer! Cadê o prefeito e os vereadores que não se manifestam?


Quando os vereadores se unem para defender o interesse particular contra o bem público, ou advogam, por exemplo, em favor do mercado imobiliário (coincidentemente de onde sai o maior volume das contribuições da iniciativa privada para suas campanhas eleitorais) e contra as mais justas reivindicações da comunidade e da maioria dos paulistanos, já sabemos que somos a parte mais fraca desse cabo de guerra político e financeiro.

Repetimos aqui à exaustão a história do antigo terreno contaminado durante décadas pela Esso e que pode se tornar um grande parque público na Mooca (que hoje é um dos bairros com menor índice de áreas verdes por habitante), neste que é o último espaço aberto disponível para tal destinação em todo o centro expandido de São Paulo.

No Parque Augusta, para citar um caso idêntico, prevaleceu o interesse da maioria e o bom senso do poder público, após pressão popular e a intervenção da mídia e da justiça. Na Mooca, por enquanto, a ideia predominante na Câmara e na Prefeitura é a de manter a área destinada à construção de dezenas de prédios residenciais em condomínios de alto padrão, e preservar o verde em apenas uma fração do terreno como um grande jardim particular para uma casta de privilegiados moradores dos futuros empreendimentos.

Entendeu o tamanho do absurdo? Há uma falsa narrativa - difundida por quem tem interesse direto nos investimentos imobiliários (e milionários) - de dizer que dar prioridade para a moradia em grande parte deste terreno é a melhor solução para preservar a área na sua totalidade. Mentira! Balela! Isso aí é discurso de quem quer se beneficiar pessoalmente no negócio.

A melhor - e única solução aceitável - é implantar um parque em 100% da área, reunindo a comunidade, o poder público e a iniciativa privada, revitalizando o bairro e reurbanizando todo o seu entorno, que possui espaço de sobra na extensão da linha férrea, com galpões e indústrias abandonadas e prontas para projetos modernos, inovadores, eficazes e sustentáveis de moradia, comércio, cultura, lazer e prestação de serviços.

Podem até fazer valer a vontade dos donos do poder e do dinheiro contra a maioria da população que está preocupada com a saúde, o meio ambiente, o futuro e a qualidade de vida de todos os paulistanos. Podem vencer os interesses inconfessáveis de meia dúzia contra o bem de toda a coletividade. Mas não vão nos calar nem impor a mentira dessa versão oficial contra a verdade dos fatos. Aqui ninguém é trouxa nem colocou a consciência à venda. Vamos à luta!