sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Uma eleição que não dá margem para omissão e covardia


Está na hora de ter coragem para assumir que a democracia que sempre defendemos (inclusive com os mesmos líderes que ajudamos a eleger e a governar por mais de 30 anos) tem um lado nessa polarização.

A terceira via seria ótima, se houvesse alguma viabilidade. Mas não tem, nunca teve e não terá em outubro, infelizmente. Não tivemos a competência necessária para construir uma opção política e partidária viável eleitoralmente. É a dura realidade.

Então, sejamos práticos. A movimentação corajosa de Alckmin (com quem muitos dos que hoje se dizem “democratas” estiveram por mais de três décadas, inclusive no governo paulista e em eleições presidenciais mal sucedidas) é o indicativo de que podemos nos unir a adversários pontuais para enfrentar inimigos maiores, quando o que está em jogo é o futuro do país.

Lula e Bolsonaro não são iguais, nem parecidos. Podemos fazer oposição ao Lula e divergir politicamente do PT, inclusive com restrições éticas. Mas de Bolsonaro devemos ter aversão, repúdio e reagir. É a civilização contra a barbárie.