sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Tucano e bolsonarista disputam, voto a voto, uma vaga para enfrentar o PT


Quem vai encarar Fernando Haddad no 2º turno para o Governo do Estado de São Paulo: o atual governador Rodrigo Garcia (PSDB), com toda a estrutura do cargo e o apoio de uma infinidade de prefeitos, ou o forasteiro carioca Tarcísio de Freitas (Republicanos), uma espécie de interventor de Bolsonaro?

Será reeditada a polarização mais recente, entre petistas e bolsonaristas, ou a mais tradicional, dos petistas contra os tucanos, que não perdem uma disputa estadual desde 1994, nesta que pode ser a oitava vitória consecutiva do PSDB em três intermináveis décadas?

No domingo vai ser definido o cenário do 2º turno com características distintas de todas as eleições anteriores: desta vez o favoritismo é do PT, embora a rejeição de Haddad também seja muito alta, alimentada pelo forte antipetismo paulista. Isso cria uma situação inusitada: é mais provável até a vitória de Lula presidente do que a de Haddad governador.

As pesquisas indicam uma vantagem expressiva de Tarcísio, arrastado pelos votos bolsonaristas. Já Rodrigo Garcia tenta se desvencilhar da saturação do eleitorado com o PSDB e esconde sua vinculação com Doria. Também aqui entra outro detalhe curioso: Rodrigo nunca foi tucano. É cria do velho PFL e ex-parceiro de Kassab, que hoje apóia Tarcísio. A mudança de partido ocorreu por mera conveniência.

Haddad, por sua vez, além do voto lulista, reúne importante apoio dos ex-governadores Geraldo Alckmin e Marcio França, expandindo os limites da bolha petista e avançando para setores até então hostis ao Partido dos Trabalhadores desde a sua fundação, na década de 80. Esse movimento ousado pode viabilizar a primeira eleição paulista do PT (apesar de ter vencido a prefeitura paulistana em três oportunidades).

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Vou escrever antes do debate na Globo: que baixo nível, hein?


Quem conhece Bolsonaro, nem precisa assistir a participação do presidente demente neste último debate. E pode até arriscar uma previsão do constrangimento, sem medo de errar. Já sabemos que ele e o fantoche charlatão e fanfarrão Padre Kelmon vão baixar o nível para tentar frear o crescimento de Lula nesta reta final.

Contra a onda do voto útil todos vão se unir: além da dupla asquerosa da direita brochante, Ciro, Simone, Soraya e Davila também pretendem jogar as últimas fichas e pregar no deserto de ideias que é essa campanha eleitoral para tentar empurrar a definição para um perigoso 2º turno.

Se forem bem sucedidos, bom para Bolsonaro e ruim para o Brasil. Darão uma sobrevida a essa escória da política e fraquejada da humanidade. Lula está por um triz de vencer no 1º turno. Aí que está o grande risco do antipetismo: alimentar o monstro do bolsonarismo, a narrativa golpista e as ameaças antidemocráticas.

Eu não acho que a polarização entre Lula e Bolsonaro seja o cenário dos sonhos para o Brasil. Porém, ainda pior é reeleger este verme escroto. Ou lhe garantir mais 30 dias de ódio, armações, conspirações e fake news. Com o meu voto, não! Nem direto, nem indireto. Por mim a eleição se define no próprio domingo.

Concluindo as previsões: Lula pode levar no 1º turno ou vai bater na trave. Fará algo bem próximo de 50% dos votos válidos. Bolsonaro deve ter em torno de 37%. Ciro, na sua quarta disputa presidencial, terá a sua pior votação de todas (ele que já obteve perto de 11% em 1998, 12% em 2002 e 12,5% em 2018). Talvez fique mais próximo de Simone Tebet, ou até seja ultrapassado pela senadora do MDB, com algo na casa de 5%. O resto é figurante.

A conferir.

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

Por que eu voto Lula neste domingo?


Ninguém precisa morrer de amores pelo Lula para votar contra o Bolsonaro. O voto é como a vacina contra a doença. O antídoto contra o veneno. Não sou petista, mas sou humano. Aliás, não idolatro político algum. Nem partido. Eu quero Lula lá para derrotar o bolsonarismo.

Bolsonaro e seus seguidores, fanáticos e lunáticos, essa escória que idolatra este verme, são perigosos. Eles ameaçam não apenas a democracia, mas a vida. Um exército do ódio. Milicianos, fascistas, armamentistas, desequilibrados, desqualificados, saudosos da ditadura, apologistas da tortura. São nojentos, asquerosos.

Por isso eu estou ao lado da civilização contra a barbárie. Tenho uma infinidade de divergências políticas, éticas e ideológicas com Lula e o PT. Mas com Bolsonaro e os bolsonaristas eu tenho incompatibilidade existencial. Então, precisamos enxergar a realidade e assumir a nossa responsabilidade. Eu me recuso a ser omisso ou cúmplice desta fraquejada da humanidade.

As diferenças políticas a gente resolve no campo democrático. As ilegalidades e os crimes, que cada um responda na forma da lei. Mas já que a polarização é inevitável, entre o ex-presidiário e o futuro presidiário (se Deus quiser e a justiça for feita), eu tenho lado. Voto consciente. Fora Bolsonaro. Voto Lula.

segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Que o meu voto ajude a derrotar Bolsonaro, amém! 🙏🏻


O apoio a Lula reúne ao menos oito ex-presidenciáveis (de Alckmin a Boulos, de Marina a Meirelles, de Cristovam a Luciana Genro) com uma coligação partidária forte, mas limitada a seis partidos tradicionalmente de esquerda, porque outros se recusam até mesmo a conversar (de Ciro a Roberto Freire, do oportunista Kassab aos tucanos que hoje controlam uma legenda decadente).

FHC também já sinalizou apoio ao Lula, com seus principais amigos e assessores (da sua fundação, inclusive) declarando publicamente o voto. Mas a patrulha do PSDB impede algo mais incisivo.

As pesquisas indicam possibilidade de vitória do PT no 1º turno. Isso mostra que o eleitorado parece ver algum sentido em eleger Lula, certo?

Então, a “culpa” por não existir uma frente mais ampla, como criticam os analistas antipetistas, não parece ser única e exclusiva do PT.

O que outros partidos (PSDB, MDB, Cidadania, PSD, União) fizeram institucionalmente para dialogar com Lula (ao contrário de PSB, PV, Rede, PSOL, PCdoB)?

Aliás, o que esses partidos construíram de alternativa viável? Vai me dizer que a candidatura da Simone é pra valer? Ou de Soraya? Vá ver se os parlamentares desses partidos estão apoiando estas candidatas. Mentira!

De concreto, todos sabemos, a escolha é necessariamente entre Lula e Bolsonaro. Mais que isso: vai vencer quem tiver menor rejeição, numa guerra violenta entre o antipetismo e o antibolsonarismo.

Eu escolhi meu lado: quero derrotar Bolsonaro. Alguns isentões não julgam isso importante, ou nem tão primordial neste momento. Assim elegeram Bolsonaro em 2018 e podem ajudar a reeleger neste ano. Ou alimentar outras aventuras golpistas. Eu estou fora disso. Voto Lula.

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Artistas gravam vídeo Vira Voto pela eleição de Lula contra Bolsonaro


A campanha pelo voto útil ganhou o apoio de diversos artistas da música, do teatro e da TV que gravaram um vídeo de apoio à candidatura do ex-presidente Lula (PT) pela vitória em primeiro turno nas eleições do próximo dia 2. Cantando a música “Vira voto”, os artistas fazem o sinal da arma, que se transforma em um “L” de Lula.

Entre os participantes está Caetano Veloso, que, embora diga ser eleitor de Ciro Gomes, afirmou que o momento é de eleger o petista. “E agora, sinceramente, mesmo a gente adorando Ciro e respeitando o que ele planeja e promete, eu acho que é o negócio é [o artista aparece gesticulando um “L” com as mãos]… Tem que ser Lula”, afirma Caetano.

A atriz Malu Mader e seu marido, o músico Tony Bellotto, também gravaram vídeos de apoio ao ex-presidente Lula. Na mensagem, a atriz afirma que “todas as pesquisas mostram que Lula tem chance já no primeiro turno”. “Não se trata mais de gostar de um candidato ou de outro. Agora todos nós temos que nos unir para vencer o Bolsonaro”, argumenta.

“É preciso vencer a violência, a mentira, o desrespeito e o ódio que tomaram conta do Brasil nos últimos quatro anos”, defende Bellotto.

Nando Reis, Arnaldo Antunes, Margareth Menezes, Gal Costa, Maria Bethânia, Martinália, Daniela Mercury estão entre os cantores que estrelam o vídeo. Também aparecem Cissa Guimarães, Drica Moraes, Caco Ciocler, Deborah Evelyn, Denise Fraga, entre outros atores também se engajaram no movimento.

“Cada vira voto é coragem, resistência e esperança”, cantam os artistas. Em 1989, a campanha de Lula também reuniu diversos artistas para a gravação do clipe “Lula lá”. A peça é mais uma iniciativa dos apoiadores do petista para tentar atrair votos de indecisos e eleitores de outros candidatos com o objetivo de definir a eleição no primeiro turno.

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Contagem regressiva


Eu concordo que Bolsonaro seja o maior defensor da família e da liberdade.

É por isso que ele e os filhos delinquentes ainda não estão presos. Graças à defesa da liberdade da familícia Bolsonaro.

Mas o tempo deles está acabando…

domingo, 18 de setembro de 2022

O desespero de Moro, o imoral desmoralizado


Dá um misto de nojo e dó a reta final da campanha do ex-juiz Sergio Moro ao Senado no Paraná. Desesperado por votos, ele implora apoio do presidente Bolsonaro e do governador Ratinho Jr., enquanto dispara ataques baixos ao velho ex-aliado e agora concorrente senador Álvaro Dias.

Odiado por petistas e desacreditado por bolsonaristas, tachado de traíra, Moro parece ter deixado de lado qualquer resquício de escrúpulo e se joga nos braços da familícia que ameaçou denunciar em 2020 ao deixar o ministério de Bolsonaro. Mas agora corre de volta para o antigo dono abanando o rabinho.

Coerência realmente não faz parte do currículo do ex-juiz que se dizia imparcial mas sempre atuou com motivação política, ideológica e eleitoral. Agora deve fazer a “conje” uma das deputadas federais mais votadas por São Paulo, mas percebeu que ele próprio pode ficar sem mandato. Deu a louca no homem! Ô coitado!

Quer provas? Dá uma espiadinha nos perfis do candidato.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Não tem como fugir dessa escolha


O que nós prevíamos desde o ano passado se confirma nesta campanha: ninguém conseguiu se apresentar como alternativa viável (com um programa consolidado e principalmente com votos) para se opor à polarização entre Bolsonaro e Lula. Parecia óbvio. Isso é um processo de construção que simplesmente não aconteceu.

A tal 3ª via para 2022 não existe, apesar do apelo “nem, nem” que se tentou. Mas nem Ciro Gomes na sua quarta tentativa, nem a estreante em eleições presidenciais Simone Tebet, nem ninguém se apresentou como opção capaz de sensibilizar o eleitorado com alguma chance real de ultrapassar Lula ou Bolsonaro nesta reta final.

O que muita gente parece não entender é que toda eleição é polarizada. Faz parte da nossa cultura. Pegue aí um recorte da política nacional, desde MDB x Arena, ou PT x PSDB, por exemplo. Sempre há polarização. O que acontece é que, de tempos em tempos, surge um novo pólo para substituir um antigo. Foi o que aconteceu em 2018, com o bolsonarismo tomando o lugar dos tucanos.

A política é cíclica. Para este ano, não havia a mínima possibilidade de alguém impedir o “nós” x “eles”, que no fim das contas vai medir o que é maior no Brasil: o antipetismo ou o antibolsonarismo. Nessa escolha inevitável, o meu lado é o da democracia, da constituição, da civilidade, do humanismo e da sustentabilidade. E o seu?