quinta-feira, 20 de julho de 2023

O pior prefeito de São Paulo é…


Quem vive aqui na cidade de São Paulo nos últimos 40 anos já passou por 12 diferentes prefeitos: desde o último prefeito biônico (como eram chamados os nomeados pelo governador do Estado, antes da volta das eleições diretas) que foi Mário Covas, em 1983, passando pelo eleito Jânio Quadros, em 1986, até Bruno Covas (neto de Mário), último escolhido pelo eleitor paulistano, poucos meses antes de morrer.

Hoje temos à frente da Prefeitura o ex-vereador Ricardo Nunes, eleito vice de Bruno Covas e seu sucessor desde 2021. Ainda desconhecido da maioria da população, já é candidatíssimo declarado à reeleição em 2024. Ao menos tem coerência: de parlamentar medíocre a péssimo prefeito, mantém o padrão sofrível de gestores paulistanos.

Recapitulando, então: Mario Covas (1983-85), Jânio Quadros (1986-88), Luiza Erundina (1989-92), Paulo Maluf (1993-96), Celso Pitta (1997-2000), Marta Suplicy (2001-2004), José Serra (2005-2006), Gilberto Kassab (2006-2012), Fernando Haddad (2013-2016), João Doria (2017-2018), Bruno Covas (2018-2021) e Ricardo Nunes desde então.

Um fato curioso é que o atual prefeito reúne em torno dele não apenas a maioria absoluta da Câmara Municipal, de patamar igualmente abominável, mas também o apoio explícito dos ex-prefeitos Gilberto Kassab, Marta Suplicy, José Serra e João Doria, além do partido de Maluf e de toda a base bolsonarista. Na oposição, apenas Haddad e Erundina. Outros quatro já morreram.

Isso deve significar alguma coisa, não é mesmo? Todo o sistema apoiando uma gestão deplorável, um despachante de luxo de políticos execráveis, no Executivo comandado por um sujeito que não teria competência para ser contratado como zelador de um desses condomínios erguidos pelas grandes construtoras a quem ele serve. Pobre São Paulo!