segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Pobre Brasil com este Ministro da Deseducação

Um lixo como esse Ministro da Deseducação Abraham Weintraub não tem dignidade para ocupar um cargo público.

Suas ofensas, a misoginia e a falta de compostura não devem incomodar apenas aqueles que se declaram de esquerda, mas qualquer ser humano que espera viver em um mundo mais civilizado.

Todas as mulheres devem se manifestar e os parlamentos de todo o Brasil, começando pelo Congresso Nacional e repercutindo nas Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais, deveriam repudiar essas declarações e convocar este animal (não a cadela Capitu, mas o ministro da Deseducação) para prestar esclarecimentos.

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AVISO AOS NAVEGANTES: CENSURA AQUI NÃO!

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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

#DesculpaGreta #ForaBolsonaro #Vergonha

Dizer o que sobre o bolsonarismo, essa ideologia de gente burra, má, estúpida, desumana, preconceituosa?

Como dialogar com fanáticos e milicianos virtuais? Como argumentar com saudosos da ditadura e idólatras de torturadores?

Como exigir algum bom senso, civilidade e empatia de gente que vive uma realidade paralela e que depende das fake news para existir?

Faz parte do "boçalnarismo" atacar, perseguir, odiar, destruir, mentir. Eles precisam eleger inimigos reais e imaginários para manter a milícia virtual mobilizada. São fanáticos descerebrados que precisam da palavra de ordem do chefe para saber em qual direção seguir.

E o gado segue, quase sempre, na direção errada. Então é fácil: basta identificar aonde está o bolsonarismo e nós nos posicionarmos do outro lado. A chance de fazermos a escolha certa beira os 100%.

A última estupidez, como se já não bastasse todo o histórico de Jair Bolsonaro, dos filhos deploráveis e dos lunáticos que o acompanham, é atacar a menina Greta Thunberg.

Uma menina de 16 anos, diagnosticada com a síndrome de Asperger (uma variação mais leve do autismo, digamos assim), atacada por suas convicções, pelo ativismo absolutamente coerente e pela defesa apaixonada do planeta, da vida e da natureza.

Quem ataca? Os debilóides do bolsonarismo, obviamente! A fraquejada da natureza que é essa família Bolsonaro, formada por analfabetos funcionais e imbecis de carteirinha, que resolveu postar mais fake news e montagens fotográficas para atacar a garota sueca. Uma vergonha!

#ForaBolsonaro #BolsonaroVergonhaMundial #BolsonaroEnvergonhaOBrasil #Bolsominions #boçalnarismo #GretaThurnberg #ClimateStrike #FridaysForFuture

Russomanno e Datena lideram primeira pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo

A primeira pesquisa de intenção de voto para a Prefeitura de São Paulo, há um ano das eleições, mostra a força de dois comunicadores, celebridades da TV, na preferência do eleitorado paulistano.

Se as eleições municipais fossem hoje, o deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) e o apresentador José Luiz Datena (ainda sem partido) seriam os favoritos da disputa.

Com indisfarçável alegria, Datena divulgou o resultado ao vivo no programa "Brasil Urgente". O apresentador se movimenta nos bastidores da política para viabilizar sua candidatura. Apoiadores citam o Podemos e o Cidadania como opções de filiação.

O levantamento da Rádio Bandeirantes e do Instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta quinta-feira, 26 de setembro, mostra o empate técnico de Russomanno e Datena na liderança da disputa, com 22,1% e 21,1% dos votos, respectivamente.

Aparecem ainda com destaque o ex-governador Márcio França (PSB), o atual prefeito Bruno Covas (PSDB) e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL), líder do governo Bolsonaro no Congresso. Na pesquisa espontânea o mais lembrado foi Fernando Haddad (PT), com 2,5% das citações.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A queda dos medalhões das Olimpíadas do Rio, dez anos depois da "compra" dos votos para a cidade-sede



Há exatos 10 anos, em 2 de outubro de 2009, o Rio de Janeiro era escolhido como cidade-sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Nem parece que já faz tanto tempo, mas o #ProgramaDiferente traz esse registro curioso. Afinal, como as Olimpíadas foram usadas politicamente? Por onde andam os figurões daquele 2009, como Lula, Cabral, PaesNuzman, entre outros, denunciados pela escolha "comprada"? Qual o legado da Rio 2016? Assista.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

Polêmicas do dia: Anistia a imóveis irregulares, uso eleitoreiro de homenagens e espaço para cultos ecumênicos (pero no mucho) na Câmara Municipal


São apenas quatro projetos na ordem do dia da sessão extraordinária desta quarta-feira, 25 de setembro, mas suficientes para chacoalhar o plenário da Câmara Municipal de São Paulo.

O item inicial da pauta, já em segunda e definitiva votação, é o projeto do Executivo que anistia as obras e edificações irregulares e em desacordo com a lei de zoneamento na cidade.

A primeira votação do PL 171/2019 ocorreu no dia 8 de maio deste ano. Foram 46 votos favoráveis, nenhum contrário e duas abstenções. Ou seja, até a oposição votou a favor. Para esta segunda votação devem ser apresentadas emendas e substitutivos. Muita coisa pode mudar, dependendo do que for incluído ou alterado no projeto original. Por isso é bom ficar de olho.

Na sequência, o Projeto de Resolução 28/2019, da Mesa Diretora, propõe revogar um artigo do regimento da Câmara que vedava a entrega de "títulos honoríficos" a políticos no exercício de cargos eletivos, exatamente para evitar o compadrio, a politicagem e o puxa-saquismo com fins eleitoreiros. Agora querem derrubar o veto para, segundo os críticos, liberar o oba-oba político-partidário.

O terceiro projeto segue para aprovação mas já é um fato consumado: a criação de um "espaço ecumênico" nas dependências da Câmara, segundo a Mesa Diretora "destinado ao uso dos servidores e parlamentares desta Casa como um local de oração, paz, meditação e celebração de sua fé".

A polêmica nesse caso se deve ao fato de o presidente da Câmara, Eduardo Tuma (PSDB), líder da chamada "bancada evangélica", ter transformado um dos cinco auditórios do Legislativo paulistano, este que inclusive homenageava o ex-vereador comunista Luiz Tenório de Lima, em espaço de culto religioso (reveja aqui).

Nessa extemporânea onda anti-comunista que voltou à moda no Brasil, inclusive com discurso na ONU e a defesa de governos e poderes "terrivelmente evangélicos", como já afirmou o presidente Jair Bolsonaro, a polêmica chega aos vereadores de São Paulo.

O presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, por exemplo, é um dos críticos do projeto e ferrenhos defensores do Estado laico: "A transformação de um local de debates em extensão de igrejas evangélicas não é bem recebida pela sociedade", afirma. "O argumento é que se trata de espaço ecumênico, desde que, suponho, ele não seja usado por religiões de origens africanas."

O último projeto na pauta, relativo à "classificação de estabelecimentos de alimentação", é para completar a "cota" em 1ª votação dos parlamentares (leia aqui) e atende o tucano e ex-secretário da Casa Civil, vereador João Jorge, recém exonerado pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) e que retoma a titularidade do mandato. A expectativa é que outros dois vereadores tucanos que ainda ocupam secretarias municipais (Daniel Annemberg e Aline Cardoso) também retornem à Câmara em breve.

Por fim, foi instituída a "Tribuna Livre" pelo presidente Eduardo Tuma. Diz o despacho no Diário Oficial: "Quando não houver quórum para a abertura da Sessão Ordinária, a Presidência poderá dar início à Tribuna Livre, concedendo a palavra a cada vereador inscrito, por uma única vez, pelo tempo de até 5 minutos, para exposição de assuntos de sua livre escolha, não se permitindo apartes nem requerimentos verbais ou por escrito".

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Bolsonaro na ONU: vergonha globalizada!

O mundo assistiu a um paspalho, inepto, completo idiota, atacar o socialismo, o Foro de São Paulo, os médicos cubanos, a França, a Venezuela e os índios.

Faltou declarar guerra ao mundo e sentar para brincar de forte-apache com o amiguinho Donald Trump, o fortão do bairro que se diverte dando peteleco na cabeça dos mais bobos.

O presidente Jair Bolsonaro mostrou ao mundo o que parte do Brasil já sabe e o restante ainda vai descobrir. É um desqualificado, despreparado, sem noção, longe da mais remota possibilidade de ser o chefe de estado ou de governo digno de um país minimamente moderno e civilizado.

A estatura de Bolsonaro é a mesma do ditador lunático da Coréia do Norte quando ataca o resto do mundo ou de qualquer republiqueta de filme de Hollywood. Uma vergonha mundial! E o que foi a invenção de Ysani Kalapalo, a versão indígena do Hélio Negão para servir de peça decorativa nas lives do facebook? Que péssimo dia para a História e imagem do Brasil. Triste fim.

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Bolsonaro no túnel do tempo (Marco Aurélio Nogueira)

Silvio Santos vem aí... tirem as crianças da sala!

Que Silvio Santos é o maior comunicador do Brasil, pouco se discute. Ele é mesmo e tem talento e carisma inegáveis. Ponto.

Agora, como cidadão e empresário, repete aos 88 anos de idade o que sempre fez na vida: bajula poderosos, apóia o presidente da ocasião por interesses familiares e financeiros, e leva ao ar alguns absurdos duros de engolir.

Neste domingo, o SBT exibiu ao menos dois momentos execráveis. Primeiro, no programa de Celso Portiolli, uma das provas para o homem escolher a mulher ideal colocou duas moças passando roupa. A eleita, claro, seria aquela que passasse melhor a camisa do pretendente macho alfa. (Oh! Deus!)

Mas o pior viria mais tarde, com apresentação do próprio Silvio Santos: um concurso de miss infantil, com direito a desfile de maiô para escolha do “melhor corpo”. As candidatas? Meninas de sete anos. Os comentários do velhinho apresentador? “Você ainda tem que desenvolver esse corpo, trocar os dentes...”.

Esse é o amigão dos presidentes. Chapa do Bolsonaro, agora. Parceiro do Luciano Hang, o véio da Havan, um dos maiores patrocinadores do SBT, das fake news e dos impulsionamentos ilegais do whatsapp que ajudaram a eleger o boçalnarismo. Perseguidor de jornalistas. Defensor da “tradicional família brasileira”.

Socorro, Brasil!

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

O Rio de Witzel e Bolsonaro matou Ágatha

Milhares de pretos e pobres são mortos no Brasil.

A PM e os governos costumam alegar que os “suspeitos” reagiram.

Têm o CPF cancelado, como gostam de dizer os milicianos virtuais.

Agora eu suspeito que eles não tem como justificar a morte de uma criança de 8 anos que nem CPF tem.

Não deu tempo.

Cancelaram o RG.

Ela não teve nenhuma chance.

E nós não reagimos. Ou só reagimos nas redes.

É muito pouco. Quase nada. É o fim.


PS. Antes que comparem, também sentimos pelos policiais que morrem em serviço. Não deveriam morrer, mas estavam lá conscientes do risco. Ágatha não escolheu ser o destino final da bala de uma sociedade doente.

Quem é essa gente que tomou o poder? Mas... é gente?

Você pode ser de esquerda ou de direita. 

Você pode ser liberal ou conservador. 

Você pode ser progressista ou reacionário. 

Você pode tomar partido ou ser #suprapartidário 

Você só não pode ser racional e inteligente apoiando Bolsonaro, Witzel, Crivella e tanto lixo!

Você deve ser humano.

Folha faz um "raio x" do presidenciável Huck

Luciano Huck intensifica articulação para ser presidenciável em 2022

Apresentador, que quase foi candidato em 2018, acelerou agenda de encontros políticos

Joelmir Tavares (Folha)

O discurso oficial é o de que ele está imerso em uma jornada de busca por conhecimento, mas a expressão “candidato a candidato” passou a ser vista como mais apropriada para o momento atual de Luciano Huck, 48.

O empresário e apresentador da TV Globo, que esteve perto de concorrer ao Planalto em 2018, intensificou sua movimentação política nos últimos meses, em sinal de que a candidatura é uma vontade mais viva do que nunca. 

Aliados de Huck ouvidos pela Folha confirmam que ele “está considerando” a possibilidade, embora a decisão concreta só deva vir mais tarde.

Com a preparação, ele chegaria a 2022 com a ideia amadurecida, diferentemente do que ocorreu em 2018, quando acabou atropelado por acontecimentos e concluiu prescindir de uma estrutura sólida o suficiente para encarar uma batalha presidencial. 

Gestos recentes, tanto de iniciativa dele quanto de atores externos, indicam estar em curso o surgimento de uma campanha para ocupar o espaço do centro na sucessão de Jair Bolsonaro (PSL), que já disse que deve tentar a reeleição. 

Huck desde 2017 se articula ancorado no seu engajamento em movimentos que pregam renovação na política. Ele agora estabeleceu um ritmo acelerado de conversas com líderes políticos e partidários, entrevistas à imprensa, palestras em eventos para formadores de opinião e aparições públicas para debater temas urgentes, como a crise na Amazônia.

A face política do apresentador do “Caldeirão do Huck”, o programa das tardes de sábado que ele comanda na Globo há 19 anos, pode ser acompanhada nas redes sociais. Ele se define nos perfis como “apresentador de TV e curioso”.

Ali, diante de seus 48 milhões de seguidores, posicionamentos de tom mais sério dividem espaço com fotos da mulher, a apresentadora Angélica, junto com os três filhos, vídeos de sua atração na Globo e selfies com amigos como Neymar. 

Nos bastidores, o caldeirão de Huck também ferve. Ele passou a aproveitar as muitas viagens para gravações (chega a visitar três estados por semana) para reuniões com governantes e influenciadores. 

Foi assim, por exemplo, que esteve neste ano com os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Junior (PSD). No encontro com o filho do apresentador Ratinho, Huck estava com Junior Durski, criador do Madero, rede de hamburguerias da qual é sócio. 

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), também esteve no rol dos que sentaram com Huck. Há três meses, o tucano participou de evento no Instituto Criar, ONG fundada em 2003 pelo apresentador. 

A lista de interlocutores reflete proximidade com partidos que buscam se posicionar ao centro do espectro político.

Hoje sem filiação, o comunicador estabeleceu pontes com o Cidadania, antigo PPS (destino mais provável caso efetive a candidatura), o DEM (jantou com o presidente da legenda, ACM Neto) e o PSDB (onde tem a bênção de Fernando Henrique Cardoso, há tempos entusiasta de uma aventura eleitoral sua). 

FHC, que costuma ser ouvido por Huck em momentos decisivos, continua reiterando simpatia à candidatura para a Presidência da República.

O núcleo embrionário em torno da ideia reúne figuras experimentadas: Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central (governo FHC); Paulo Hartung, ex-governador do Espírito Santo (que passou por PMDB, PSDB, PPS e PSB e hoje está sem partido); e Roberto Freire, dirigente do Cidadania, disposto a tudo para garantir o “passe” do novato.

Também orbitam o projeto: o cientista político Leandro Machado, do Agora!, movimento que o apresentador integra desde 2017 e que formula políticas públicas; e o empresário Eduardo Mufarej, que teve a ajuda de Huck para fundar o RenovaBR, curso para novos políticos que depende de doações privadas e se diz suprapartidário.

Atuando como assessores informais, eles se encarregam de dar conselhos ao apresentador e de aproximá-lo de potenciais aliados, tanto no ambiente político quanto no meio empresarial e no setor não governamental.

Nessa mesma toada, Huck adota publicamente um discurso de conciliação e respeito às diferenças. Há alguns dias, em um seminário promovido pela revista Exame em São Paulo, disse ser uma pessoa “com a cabeça aberta”, avessa à lógica de polarização. 

À esquerda, contudo, ele direcionou ataques desde o segundo turno da eleição de 2018. Quando a disputa estava entre Bolsonaro e o petista Fernando Haddad, Huck falou: “No PT eu nunca votei e jamais vou votar. Isso é fato”. 

No imbróglio entre Tabata Amaral e a cúpula do PDT de Ciro Gomes, o apresentador ficou do lado da deputada federal, eleita com o apoio da escola de políticos RenovaBR, uma das organizações de renovação que ele apadrinha. 

No mesmo evento da Exame, no qual deixou na plateia a impressão de já falar como presidenciável, Huck alfinetou Lula (PT), ao criticar a retórica do ex-presidente. “O ‘nunca antes na história deste país’ só foi possível porque antes disso teve um governo que organizou e equilibrou o Estado”, afirmou, em alusão à gestão FHC e ao Plano Real. 

Na palestra, Huck apresentou à plateia de executivos um conceito com jeito de slogan de campanha: disse acalentar um “sonho maior” para o Brasil, uma plataforma que envolveria diminuição da desigualdade, eficiência da gestão e crescimento econômico aliado a programas sociais. 

O discurso que vem sendo testado pelo apresentador é uma evolução das ideias que difunde desde 2017, quando despontou como provável concorrente ao Planalto. Nas falas, sempre ressaltou a defesa da educação e da igualdade de oportunidades. 

O “país afetivo” a que ele se refere nas declarações seria o reflexo de uma visão híbrida, nem de direita nem de esquerda, que conciliaria valores liberais na economia com um dedo do Estado em políticas de enfrentamento à miséria. 

Ele emerge como "um excelente candidato para derrotar a disjuntiva nefasta entre lulopetismo e bolsonarismo", na opinião de Roberto Freire. "Tem uma boa visão do mundo e compreensão política dos problemas brasileiros", acrescenta o apoiador. 

Enquanto tenta se colocar como alguém que circula bem da Faria Lima (a avenida do PIB em São Paulo) aos grotões do país (onde entrevista anônimos para quadros de seu programa), Huck e seus correligionários sondam o terreno. 

E no caminho há o governador paulista, João Doria (PSDB), apontado também como candidato a preencher a lacuna do centro. 

Ainda que o pleito esteja distante, interlocutores do apresentador já fazem cálculos e projeções de cenário. Dizem que ambos têm pontos fracos e fortes.

Huck tem em suas mãos pesquisas demonstrando que é conhecido nacionalmente (graças a uma carreira de mais de 20 anos na TV) e goza de  popularidade da classe A à E. Numa eleição, encarnaria a figura de outsider e conseguiria angariar apoio das celebridades de quem é amigo.

Doria, por outro lado, tem armas competitivas: controla a máquina do principal estado do país e a estrutura do PSDB, acumula experiência de gestão, rivaliza à altura em habilidade de comunicação e sabe também manejar o apoio de empresários e artistas. 

Huck e Doria, não por acaso, viraram alvo de ataques de Bolsonaro —e pelo mesmo motivo. Em agosto, o presidente disse que ambos se aproveitaram da “teta” do BNDES, por terem comprado jatinhos a juros subsidiados pela instituição. 

O apresentador, em resposta, sustentou que a negociação foi feita dentro da lei. Depois decidiu se calar sobre o episódio, no estilo “quando um não quer, dois não brigam”. 

Recentemente, disse a amigos ter ficado com a impressão de que o escândalo pretendido por Bolsonaro teve efeito passageiro, já que, nas incursões país afora para gravações, ele não ouviu provocação ou comentário sobre o tema. 

O entorno de Huck está consciente de que polêmicas nas quais ele se envolveu ao longo da vida voltarão à tona no contexto de guerra eleitoral. Além do jatinho, o grupo antevê adversários resgatando a amizade do apresentador com o deputado Aécio Neves (PSDB-MG). 

Para isso o posicionamento também já está dado: Huck era, nas palavras de um interlocutor, “amigo de balada” do tucano, que caiu em desgraça após a Lava Jato.

O apresentador disse que sentiu “enorme tristeza” com o que foi revelado pelas investigações e que se decepcionou com Aécio, para quem fez campanha na eleição presidencial de 2014.

A parte negativa de seu currículo tem ainda uma condenação por dano ambiental em sua casa de Angra dos Reis (RJ), pela qual pagou multa de R$ 40 mil, afirmações do passado consideradas machistas e a vez em que supostamente estimulou turismo sexual no Brasil durante a Copa de 2014. 

Antes de revisitar essas questões, ele terá que resolver sua situação na Globo, onde tem contrato até 2021. Questionada, a emissora não comentou o caso específico de Huck, mas disse ter “uma política interna sobre eleições ainda mais rigorosa do que a lei”. 

Segundo a nota, o canal “respeita a liberdade de manifestação de pensamento, expressão e informação” dos funcionários, “mas entende que posicionamento pessoal e profissional não podem se misturar”. 

A Globo afirmou que, no período que antecede anos eleitorais, lembra a profissionais de seus quadros “sobre as regras que, entre outras restrições, impedem que contratados da emissora que desejem se candidatar permaneçam no ar em qualquer programa”.

Procurado pela Folha, Huck preferiu o silêncio. Sua assessoria informou que ele não conseguiria dar entrevista. A primeira das perguntas enviadas a ele era: "O sr. quer ser candidato a presidente da República em 2022?".


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sexta-feira, 20 de setembro de 2019

O que é o #Suprapartidário: um blog, uma plataforma multimídia, uma trincheira da resistência democrática

#Suprapartidário é uma evolução natural do #BlogCidadania23 e do precursor Blog do PPS, que existe desde 2007 e vem servindo como referência de credibilidade, bom jornalismo e fonte de informação de qualidade para uma imensidão de leitores e de seguidores nas redes sociais e para a própria imprensa.

Este blog nunca se apresentou como veículo partidário, muito menos como porta-voz ou canal oficial, chapa branca. Ao contrário, sempre foi plural, independente, bem humorado, libertário, provocador e multiplicador de ideias. O que nos une na trincheira democrática são os mesmos princípios, sonhos e ideais.

#Suprapartidário é uma plataforma multimídia que seguirá nessa missão: apresentar sempre um olhar crítico, isento, livre e irreverente sobre a política como ela é - ou como deveria ser - nos municípios, nos estados, no país e no mundo. Com responsabilidade, liberdade e independência. Compartilhando os princípios da cidadania e do estado democrático de direito.

Desde o conceito original da #REDE23, partimos do pressuposto que na democracia contemporânea os partidos tradicionais não se bastam. Dependem, para fazer política, do estabelecimento e manutenção de redes de relações com outros partidos, movimentos, instituições, grupos na internet, cidadãos interessados e personalidades influentes nos temas que trabalham.

Os partidos já não conseguem (nem podem) monopolizar a política como faziam na época da circulação restrita da informação e devem assumir a postura de interlocutores dos cidadãos, da sociedade organizada e dos movimentos cívicos, co-formuladores de suas reivindicações e seus tradutores na linguagem das leis e das políticas públicas.

Por isso, não vamos ficar presos em amarras partidárias. Não é justo nem necessário. Existe inteligência, gente boa e bem intencionada nos mais diversos partidos e fora deles. Lideranças inseridas no meio político ou até mesmo pessoas avessas aos partidos e à política tradicional.

Queremos dialogar com todo tipo de gente, sem preconceitos e sem censura. O único critério é ser um democrata. Radicalmente democrata. Que busque um Brasil no qual todos os cidadãos sejam tratados com dignidade e que tenhamos valorizadas e respeitadas as nossas liberdades, igualdades e diferenças. Como diz Marina Silva: "A verdade não está com nenhum de nós, mas está entre nós".

Daí a nossa simpatia por movimentos cívicos contemporâneos e atuantes como Agora, Acredito, Livres, Renova, RAPS, MBL, Vem Pra Rua, Bancada Ativista, Frente Favela Brasil, Rede Nossa São PauloIDS Brasil, Minha SampaPolitize!, Virada Política, Roda DemocráticaDireitos Já! e outros que reúnem diversos segmentos sociais e têm as mais variadas origens e características, refletindo um amplo espectro político e ideológico. Não por acaso, há mais de 30 anos fundávamos um desses movimentos pioneiros, o Vergonha Nunca Mais!, pela ética na política.

Não chega a ser novidade que a sociedade clama por mudança. Para ficar apenas nos episódios mais recentes: das manifestações espontâneas de 2013 aos resultados das urnas em 2018, não foram poucos os recados da população descontente com o atual sistema político e descrente nos representantes da mesmice. Agora basta!

O Brasil exige renovação de nomes, métodos, práticas e conceitos. Busca entre um extremo e outro a saída, errando e aprendendo. O que nós precisamos, deste lado do balcão, é encontrar uma alternativa democrática, sensata, honesta, viável e coerente.

O #Suprapartidário tem posições claras. Somos críticos da polarização e dos extremos, mas também não poupamos os "isentões". Buscamos alternativas equidistantes do fanatismo à direita ou à esquerda, igualmente prejudiciais e retrógrados. Estamos de olho, acompanhando, torcendo e trabalhando para isso dar certo, por uma nova forma de representação da sociedade. Por uma política diferenciada. Por um novo Brasil.

A tarefa que se coloca agora aos integrantes deste campo democrático é defender as conquistas do estado de direito, com seus princípios republicanos e as garantias fundamentais da cidadania. O Brasil pode e deve mudar seus representantes a cada eleição, isso é salutar. O que não podemos é andar para trás. Seguiremos firmes no combate ao populismo, à polarização burra e simplória, aos extremismos de direita ou de esquerda e à forma fisiológica, corrupta e patrimonialista de se fazer política.

Temos como pauta mínima a defesa das instituições democráticas, dos direitos e liberdades individuais e coletivas, tais como a liberdade de opinião, de expressão e pensamento, a proteção constitucional às minorias, o direito de ir e vir, a livre organização e associação, e a liberdade de imprensa, bem como a urgência das reformas do Estado brasileiro e a efetividade do desenvolvimento sustentável, com ações objetivas em favor da qualidade de vida, seja no âmbito econômico, ambiental ou da justiça social.

#Suprapartidário faz oposição declarada ao bolsonarismo e aos inimigos da democracia e das instituições republicanas. Somos intolerantes com saudosos e partícipes da ditadura militar. Somos favoráveis ao diálogo e à convergência. Acreditamos na liberdade como um direito inalienável. Combatemos as diferentes formas de preconceito e discriminação. Defendemos uma cultura de solidariedade e de paz.

Como disse Millôr Fernandes: "Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados".  Missão dada é missão cumprida. Fomentamos esse movimento de discussão e mobilização em torno de causas pontuais e objetivos comuns. Avançamos e chegamos até aqui. 

Nasce assim o #Suprapartidário. Convidamos você que já conhecia o blog desses últimos 13 anos, para que continue nos acompanhando. Ou você que está chegando agora, entre e fique à vontade para participar, compartilhar, curtir e criticar. Debata, mas não bata. Rebata, mas não odeie.

Viva a democracia! Viva o jornalismo de qualidade! Viva a liberdade de expressão! Viva os direitos essenciais do ser humano! Viva a vida! Censura nunca mais! Obrigado não!

Mauricio Huertas é jornalista, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do #Suprapartidário, idealizador do #CâmaraMan e apresentador do #ProgramaDiferente.

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Dia Nacional do Teatro no #ProgramaDiferente



O #ProgramaDiferente celebra o Dia Nacional do Teatro neste 19 de setembro. Profissional ou amador, com grupos dos quatro cantos do Brasil, o teatro é motivo de orgulho para a nossa Cultura. Teatro experimental, teatro de rua, teatro na terceira idade, teatro para crianças, teatro nas comunidades. Aqui você conhece trabalhos como o Nós do Morro, entre outras experiências bem sucedidas. Assista.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

Bolsonarismo é o petismo na mão inversa

O cidadão com mais de dois neurônios já entendeu que não é possível ser antipetista e defender a Lava Jato e ao mesmo tempo continuar se declarando um eleitor bolsonarista consciente e satisfeito com as ações e realizações deste governo.

Pois se é verdade que o PT se meteu em escândalos e roubalheiras, justificando a rejeição popular e a surra nas urnas, também tem ficado evidente o empenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro e dos seus rebentos 01, 02 e 03 para melar qualquer tipo de investigação mais aprofundada contra a banda podre da política.

Comentamos aqui outro dia que estavam cada vez mais evidentes as manobras governistas para tentar impedir investigações incômodas aos três poderes da República. Dissemos que, se não bastasse interferir na Lava Jato ao trocar o comando da Polícia Federal, esvaziar o Coaf e nomear um Procurador Geral visto como manipulável, a família Bolsonaro deixava as suas digitais também na pressão e nos conchavos para barrar a chamada CPI da Lava Toga.

Afirmamos ainda que o bolsonarismo está se restringindo cada vez mais rápido aos fanáticos, lunáticos, inaptos e ineptos. Quem votou em Jair Bolsonaro com alguma esperança sincera de mudança ou por falta de opção já identificou a armadilha.

"Ética, liberalismo, postura republicana, a defesa do estado democrático de direito e mesmo o cumprimento das próprias promessas de campanha passam longe deste governo!", foi a conclusão que chegamos no artigo "O divórcio entre bolsonaristas e lavajatistas", de 9 de setembro.

"Percebendo que o eleitor minimamente consciente começa a manifestar o seu descontentamento com o estelionato eleitoral, o bolsonarismo radicaliza ainda mais. Os ataques desmedidos a antigos apoiadores já é sinal do desespero crescente. O divórcio entre bolsonaristas e lavajatistas também é questão de tempo. A relação de confiança e o apoiamento mútuo já se esgarçaram."


Pois é idêntico o diagnóstico de Celso Rocha de Barros no artigo "Movimento bolsonarista reflui e radicaliza" , publicado na Folha de S. Paulo em 16 de setembro, portanto posterior ao nosso. Isso porque esse movimento que está acontecendo é óbvio. O bolsonarismo (ou boçalnarismo) está ruindo, graças a Deus! Não há cristão que aguente! (Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!)

"Os bolsonaristas inteligentes sabem que a eleição de 2018 foi uma mistura de contingências que não devem se repetir: a facada, a desistência de outsiders como Joaquim Barbosa e Luciano Huck, a prisão de Lula, o casamento entre bolsonarismo e lavajatismo, o naufrágio das candidaturas ligadas a Temer", relata Rocha de Barros"Essa onda atraiu as elites econômica e política para Bolsonaro nas últimas semanas do primeiro turno. Agora a onda refluiu e o sistema busca alternativas."

E conclui: "O voto puramente antipetista parece ter abandonado Jair. Sua taxa de aprovação é semelhante à proporção do eleitorado que o apoiava antes da disparada no primeiro turno. A propósito, os dois principais governadores eleitos na onda bolsonarista —​Doria e Witzel— já tentam se afastar de Bolsonaro."

A cereja do bolo é o guru dos fanáticos descerebrados, Olavo de Carvalho, conclamando os idiotas a formarem uma militância organizada em defesa de Bolsonaro e partir para a "ação" (seja lá qual significado se queira dar a isso, mas certamente coisa boa não deve ser).

O bolsonarismo é o petismo na direção inversa, na mão trocada. E sabe quem chegou a essa conclusão? Não foi nenhum "isentão", como é carimbado o sujeito que enxerga defeitos à direita e à esquerda, nos fanáticos por Lula ou por Bolsonaro. Foi simplesmente a deputada mais votada da história do Brasil, com seus mais de 2 milhões de votos, eleita pelo partido do presidente, o PSL: Janaína Paschoal. Se ela diz, que somos nós para duvidar?

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do #Cidadania23 em São Paulo, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do
#BlogCidadania23 e apresentador do #ProgramaDiferente.


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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

FORA, MADURO!

Maduro anuncia controle da agência de cinema do país para vetar conteúdo contrário ao seu governo;

Maduro troca comando da Polícia Federal da região em que seu filho está sendo investigado;

Maduro muda estrutura e direção de orgão de controle de atividade financeira por investigar seus familiares;

Maduro muda direção aduaneira que barrava entrada de containers irregulares de porto que abastece de armas e drogas organização criminosa ligada ao governo;

Maduro anistia multas ambientais sofridas por ele mesmo e persegue fiscal que o multou;

Maduro contraria dados científicos produzidos por instituto de pesquisas espaciais que divulgou dados negativos de seu governo e muda direção do órgão;

Maduro nomeia seus familiares, sem qualificação, para os cargos mais importantes da república;

Maduro manda tirar do ar propaganda de banco público, já faturada, porque desgostou do conteúdo;

Maduro corta publicidade pública de órgãos de imprensa que falam mal do governo e edita medidas para prejudicá-los.

Juca Kfouri
13/09/2019

terça-feira, 10 de setembro de 2019

O que explica esse conchavo do filho e do partido de Bolsonaro com políticos suspeitos do PT e do Centrão para tentar impedir a criação da CPI da Lava Toga?

Estão cada vez mais evidentes as manobras governistas para tentar impedir investigações incômodas aos três poderes da República.

Se não bastasse interferir na Lava Jato ao trocar o comando da Polícia Federal, esvaziar o Coaf e nomear um Procurador Geral visto como manipulável, o presidente Jair Bolsonaro deixa as suas digitais também na pressão e nos conchavos para barrar a chamada CPI da Lava Toga.

O senador Flavio Bolsonaro (PSL/RJ), amigo do suspeito Queiroz, assumiu pessoalmente as articulações para tentar evitar que os ministros do Supremo Tribunal Federal sejam investigados no Senado, como propõe o senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) e os 27 signatários do pedido de CPI.

O deputado federal Luciano Bivar (PSL/PE), presidente nacional do partido, confirmou que o filho de Bolsonaro está atuando diretamente para que senadores retirem suas assinaturas do requerimento e assim seja derrubada a terceira tentativa de instauração da investigação sobre o Judiciário no Legislativo, sem o mínimo necessário de apoiadores.

"Quando ele pede, está respaldado em cima do partido, com certeza", afirmou Bivar sobre a interferência do senador Flávio Bolsonaro. "O que a gente quer é a governabilidade. Não adianta você ir contra os outros Poderes. O PSL não tem esse sentimento."

A pressão sobre os parlamentares é reforçada ainda pela atuação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP) e pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli. A confirmação desse conchavo vem de outro deputado federal do PSL, o paulista Coronel Tadeu, que postou (e depois apagou) nas redes sociais uma denúncia da pressão sofrida por senadores e sanadoras para impedirem a investigação.

E aí, meus caros eleitores brasileiros e simpatizantes do presidente? O que dizer desse acordão em Brasília reunindo de bolsonaristas a petistas, passando por políticos suspeitos de corrupção do Centrão, além dos tão criticados ministros do STF que seriam justamente os maiores inimigos da Lava Jato? O que explica essa manobra vergonhosa com cheiro de pizza?

Será uma troca de favores para limpar a barra de todo mundo que poderia ser pego com a boca na botija? Será que o Executivo e o Legislativo estão passando o pano agora para o Judiciário em troca das investigações que foram interrompidas por ordem do Supremo e tinham flagrado ilegalidades da família Bolsonaro, inclusive supostas ligações com milicianos e movimentações financeiras suspeitas nas contas do filho e da esposa do presidente?

São perguntas que ficam no ar. A dúvida é legítima, já que o próprio PSL, o partido do presidente, que se dizia tão diferente dos demais, é quem está patrocinando essa articulação da chamada "velha política". Estranho, não?

O que as meninas superpoderosas do bolsonarismo e dos movimentos pela ética na política (as deputadas do PSL Joice Hasselmann, Carla Zambelli e Bia Kicis) tem a dizer sobre essa manobra vexatória do governo? Estão caladas???

Por outro lado, a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL/SP), recordista de votos na história do Brasil, contraria mais uma vez o comando do seu partido e declara total apoio à CPI da Lava Toga. Ela faz ainda um alerta sobre o machismo inerente da política e do governo, já que a maior pressão está sendo exercida exatamente sobre as mulheres no Senado.

"Muito significativo que justamente as senadoras estejam sendo pressionadas. Mantenham as assinaturas, senadoras! Contamos com Vossas Excelências!", afirmou Janaína. "A CPI da Lava Toga não é contra o Poder Judiciário! É a favor! O Judiciário é muito importante, por isso a CPI é necessária! Eu apoio os senadores que pedem a CPI! Muda Senado, muda Brasil!".

Luciano Huck é a aposta de um novo Brasil

Bons ventos da boa política sopram com Luciano Huck e os chamados movimentos cívicos como Agora, Acredito, Renova, RAPS e Livres, entre outros. Estamos de olho, acompanhando e torcendo para isso dar certo, por uma nova forma de representação da sociedade. Por uma política diferenciada. Por um novo Brasil.

Não é à toa que Huck vem percorrendo o país, conhecendo seus problemas e estudando soluções. Aos 48 anos, o empresário e apresentador é a aposta concreta de uma nova geração de cidadãos que não se vê hoje representada na política e nos atuais partidos, muito menos nessa polarização burra que se manifesta nas redes, nas ruas e nas urnas.

Nesta segunda-feira, 9 de setembro, Huck foi uma das principais atrações do Fórum Exame, em São Paulo, que reuniu outros possíveis presidenciáveis, como os governadores João Doria (PSDB/SP) e Wilson Witzel (PSC/RJ). Único convidado aplaudido de pé, ele defendeu que se debata "o abismo social no Brasil".   

Diante de uma plateia, assim como ele, majoritariamente branca, vestindo jeans e com uma postura naturalmente mais informal do que os demais palestrantes, Huck também criticou a falta de diversidade no debate público brasileiro. "Não vamos resolver desigualdade com um monte de gente branca e rica sentada na Faria Lima", afirmou. 

Apesar de dizer que seu papel político se restringe a incentivar e participar de movimentos cívicos, o discurso em prol de um país melhor já coloca Luciano Huck como alternativa viável à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que não por acaso partiu para o ataque ao identificá-lo como possível adversário.

"A desigualdade é gritante. Favela virou paisagem e não pode. Se não fizermos nada, o país vai implodir. Quero ser um cidadão cada vez mais ativo para que o país se torne mais eficiente, mais afetivo e menos desigual", afirmou Huck

Há 20 anos viajando de norte a sul, em contato com gente simples para "estar com o dedo no pulso do Brasil", Huck percebeu que tinha dois caminhos: "Podia fingir que não era comigo e ficar no aquário do Projac como um peixinho bem alimentado ou poderia me jogar no oceano". Ele escolheu a segunda opção.

"Quem tem o poder de mexer no ponteiro da desigualdade é o Estado, mas não quis me aproximar mais, não estou em partido. Preferi me juntar ao Eduardo Mofarrej para prepararmos novas lideranças. Hoje, temos 17 lideranças que foram formadas pelo Renova e foram eleitos. Agora, no ciclo municipal, temos 31 mil inscritos. Isso é ouro puro", disse.

Outro projeto que Huck apoia é o Agora, um hub de novas práticas políticas. “Dali vai nascer um projeto de país. Existem coisas que não precisamos reinventar a roda. Posso elencar vários programas de educação da sociedade civil e de iniciativas do governo no Ceará e no Espírito Santo nessa área. O que precisamos é organizar aquilo que deu certo.”

Mas em outros pontos mudanças são necessárias. Huck diz que a elite brasileira pode contribuir com as soluções, mas é passiva e acha que "as respostas vêm com geração espontânea". "A agenda econômica desse governo é correta, as pessoas não estão torcendo contra, querem que avance. Se melhorar, ótimo. Mas a questão é que a enormidade do país que não depende só disso, de crescimento do Produto Interno Bruto. Depende de serviços e de proteção social."

Mesmo a população ribeirinha, que não passa fome, se sente pobre, pois pela TV e pelo rádio descobriram que existem coisas que nunca vão conseguir comprar e sonhos que não vão conquistar. "Visitei uma família subindo o rio Jurá, no Norte do país. Quando perguntei a uma criança chamada Eliana o que ela quer ser quando crescer, ela disse ‘juíza’. Hoje, ela não tem qualquer condição de conseguir, e é nosso papel construir um projeto de país para que o sonho dela se torne viável."

A menina Eliana e a família moram no coração da Amazônia, que nas últimas semanas entrou para o noticiário por causa da extensão das queimadas. Para Huck, a solução não é complexa – é possível transformar a floresta em um pólo de inovação, com um projeto sustentável, algo que ele chamou de "Amazônia 4.0". "O mundo inteiro tem interesse em consumir a floresta, e nós continuamos produzindo motocicleta e geladeira que são compradas por Santa Catarina. Não que eu tenha algo contra a Zona Franca de Manaus, mas podemos ir além disso."

A questão essencial é: Como mudar tudo isso num momento em que o país está tão polarizado e dividido? Esse é o grande desafio, segundo Huck. Para ele, as pessoas precisam deixar o discurso belicista de lado, já que não vai levar a lugar algum.

"A solução também não é sair daqui. O jeito é conversar e construir". Huck diz que isso é necessário para que os netos do pipoqueiro Pelé, de 76 anos, que mora em Lagoa da Prata, interior de Minas Gerais, tenham mais oportunidades que ele. Neto de escravos, trabalhou por 70 anos e nunca teve dinheiro para colocar porta na casa. "Não, Pelé não é miserável. Existem pessoas em situação ainda pior", conta Huck.

"Precisamos discutir mobilidade social no Brasil. O país já teve mobilidade social, não tem mais. Hoje, se você nascer pobre numa favela, a chance de morrer pobre numa favela do Brasil é enorme", afirmou o apresentador.

Apesar de garantir que não tem "projeto de poder" ou político propriamente dito, Huck será certamente protagonista do novo país e da sociedade renovada que surgirá desses debates, movimentos e organizações suprapartidárias. "Se a gente não fizer nada, o Brasil vai implodir", afirmou. "Quero contribuir como for possível para que o Brasil seja um país cada vez mais eficiente e mais afetivo, com menos desigualdade."

"O que posso trazer como contribuição neste momento são as minhas andanças pelo Brasil e tentar contribuir de alguma forma para que o Brasil seja um país melhor no futuro", disse Huck, ao comentar sobre o "tsunami político" que atingiu sua vida nos últimos dois anos e o fez cogitar inclusive ser candidato à Presidência da República no ano passado.

"A régua é a ética: não importa como você pensa, contanto que o sarrafo ético esteja na altura correta. É ali que a gente pretende que nasça um projeto de país. Não é um projeto político nem eleitoral. Não é do Luciano. Não é de ninguém, é de quem quiser olhar, é open source", explica Huck, em referência aos programas de computador em que os desenvolvedores contribuem para a construção do software.

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segunda-feira, 9 de setembro de 2019

O divórcio entre bolsonaristas e lavajatistas

O bolsonarismo está se restringindo cada vez mais rápido aos fanáticos, lunáticos, inaptos e ineptos. Quem votou em Jair Bolsonaro com alguma esperança sincera de mudança ou por falta de opção já identificou a armadilha.

Ética, liberalismo, postura republicana, a defesa do estado democrático de direito e mesmo o cumprimento das próprias promessas de campanha passam longe deste governo!

Percebendo que o eleitor minimamente consciente começa a manifestar o seu descontentamento com o estelionato eleitoral, o bolsonarismo radicaliza ainda mais. Os ataques desmedidos a antigos apoiadores já é sinal do desespero crescente. O divórcio entre bolsonaristas e lavajatistas também é questão de tempo. A relação de confiança e o apoiamento mútuo já se esgarçaram.

Os últimos golpes desferidos por Bolsonaro no funcionamento da Lava Jato, na autonomia da Polícia Federal e na isenção da Procuradoria Geral da República foram fatais para atingir a credibilidade do cidadão de bem que lhe deu um voto de confiança mas que não pertence aos grupos mais sugestionáveis por fake news e palavras de ordem ou que sofreram lavagem cerebral.

Quem já desconfiava das verdadeiras intenções de Bolsonaro com o enfraquecimento de Sérgio Moro e do Ministério Público, o esvaziamento do Coaf, o sumiço do Queiroz e as manobras suspeitas para impedir a investigação de crimes ou ilegalidades flagradas em movimentações financeiras injustificáveis, como os depósitos nas contas do filho e da mulher do presidente, agora tem uma certeza: Bolsonaro é mais do mesmo!

E quem diz isso não são esquerdistas invejosos, comunistas, petistas, eleitores de Fernando Haddad, inimigos reais ou imaginários do bolsonarismo. São os próprios eleitores do presidente Bolsonaro que agora sentem na pele o ódio e a perseguição dos milicianos virtuais e dos assassinos de reputação que agem de forma orquestrada nas redes sociais. Bolsonaristas simplesmente não admitem a crítica construtiva. Partem para o ataque e a eliminação sem dó.

Não à toa, os filhos de Bolsonaro começaram juntos uma campanha na tentativa de desestimular e até mesmo desqualificar qualquer crítica ao governo, como se todas fossem vinculadas à oposição ou a pessoas mal intencionadas.

O próprio presidente afirmou que criticar o governo agora é apressar a sua queda e o retorno do PT. “Se não acreditarem em mim e continuarem a me criticar, mais cedo eu caio e mais cedo o PT volta", afirmou Bolsonaro.

Parece uma sentença premonitória. Ou puro terrorismo infantilóide, como a ameaça do homem-do-saco que se usava para amedrontar crianças. De qualquer modo, está decretado o princípio do fim. Começou a contagem regressiva para o fracasso do bolsonarismo.

O que todos precisam entender é que a rejeição aos desmandos do PT e a ojeriza à política tradicional, ou mesmo o voto pontual da maioria do eleitorado em Jair Bolsonaro, não foram uma carta branca ou um salvo-conduto para que a direita repetisse os erros da esquerda. Confiança e maioria são circunstanciais, momentâneas e perecíveis.

A frustração e a desesperança voltam a dominar o ambiente. O brasileiro não é bobo. Pode até ser enganado por algum tempo, sempre de boa fé. Mas logo acorda, sacode a poeira e corrige o erro. A maioria do povo já esteve com Sarney, com Collor, com FHC, com Lula, com Dilma... Se está - cada vez menos - com Bolsonaro, é por ter acreditado que algo mudaria para melhor. A política é cíclica. E o fim, inevitável.

Mauricio Huertas, jornalista, é secretário de Comunicação do #Cidadania23 em São Paulo, líder RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), editor do #BlogCidadania23 e apresentador do #ProgramaDiferente.

sábado, 7 de setembro de 2019

AVISO AOS NAVEGANTES: CENSURA AQUI NÃO!

Um anuncia a censura ao cinema e ataca filmes nacionais como Bruna Surfistinha. Outro censura história em quadrinhos na Bienal com cena de dois personagens masculinos se beijando. Um terceiro manda recolher livros didáticos com orientação sexual para adolescentes. E seus seguidores se unem para cancelar exposições, para boicotar empresas, para difamar os críticos, para calar a imprensa, para demitir jornalistas.

A censura está de volta, ao arrepio da lei, com a criação de um index imaginário desta nova Inquisição. A perseguição aos supostos hereges é incentivada pelos representantes dessa onda retrógrada que sacode as redes, as ruas e as urnas. Assim como nos tempos medievais, as condenações populares tem um claro objetivo de dominação ideológica, econômica e social. Por enquanto, as fogueiras são virtuais. Por enquanto.

Os novos tribunais do Santo Ofício, que hoje funcionam pelo twitter, facebook e whatsapp, inventaram seu próprio "Index Librorum Prohibitorum" para investigar, julgar e punir quem ousar difundir conceitos que ameaçam a "nova direita", a família tradicional brasileira e o fundamentalismo religioso, mas que na verdade são de difícil comprovação no mundo real, identificados apenas por fanáticos e lunáticos, como "ideologia de gênero", "marxismo cultural" etc.

O curioso é que eles próprios não fazem autocensura. Esses inquisidores mequetrefes podem explorar a fé alheia, atropelar o bom senso e falar asneiras livremente. Eles usurpam do poder constituído para impor as suas verdades (muitas vezes, vejam a contradição, por meio de fake news), manipulam as instituições, burlam a Constituição.

O que incomoda mais, um beijo gay ou um presidente e ministros que chamam de feia a mulher de outro chefe de Estado? Um filme com nudez ou o presidente falando na TV quantas vezes você deve ir ao banheiro defecar? Um livro com orientação sexual ou o vídeo compartilhado nas redes perguntando o que é "golden shower"?

Aqui a nós cabe a resistência democrática, a defesa do estado de direito, a pregação dos princípios republicanos, a luta pelo respeito às minorias. Não calaremos diante de ameaças, nem de xingamentos ou agressões. A censura, o ódio, o preconceito, a violência e a intolerância não podem prosperar. Neofascistas, não passarão!

terça-feira, 3 de setembro de 2019

#DireitosJá, Democracia sempre, Cidadania urgente!



Um fórum permanente pela democracia: isso é o #DireitosJá, movimento lançado na noite desta segunda-feira, 2 de setembro, no Tuca, o histórico teatro da PUC de São Paulo. Uma frente suprapartidária que nasce reunindo lideranças da sociedade civil e representantes de 16 partidos, claramente inspirada na campanha das Diretas Já e nas lutas pela redemocratização. Assista aqui algumas das manifestações.

Hoje os tempos são outros. O povo brasileiro elege livremente os seus representantes - e talvez aí esteja a principal contradição: é o presidente Jair Bolsonaro, seus apoiadores e o seu governo marcado pelo ódio, pelo despreparo e pela incivilidade que voltam a ameaçar a democracia, o estado de direito e as nossas instituições republicanas. Daí a necessidade deste movimento.

Estão unidos PT, PSDB, PSD, PV, PSB, PCdoB, PSOL, PTB, MDB, Solidariedade, Podemos, Rede Sustentabilidade, Novo, Democratas, Cidadania... Enfim, o mais amplo espectro de legendas de centro, esquerda e direita, com diferentes posicionamentos e visões de mundo, mas todas elas reunidas em torno de princípios democráticos e do respeito aos direitos fundamentais.

É isso que torna possível o diálogo e a união num mesmo movimento de diferentes lideranças como Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Flavio Dino (PCdoB), Marina Silva (Rede), Roberto Freire (Cidadania), Guilherme Boulos (PSOL), Eduardo Suplicy (PT), Marta Suplicy (sem partido), Soninha Francine (Cidadania), Geraldo Alckmin (PSDB), Antonio Anastasia (PSDB), Eduardo Jorge (PV), Rodrigo Maia (DEM), Márcio França (PSB), entre tantas outras personalidades.

Um ato que reúne jornalistas, políticos, artistas, intelectuais, estudantes, professores, sindicalistas, religiosos, advogados, movimentos sociais de negros, mulheres, LGBTs e índios. Que junta do cardeal e arcebispo de São Paulo Dom Cláudio Hummes ao filósofo e sociólogo norte-americano Noam Chomsky, com seus 90 anos de idade e um dos nomes mais respeitados da atualidade.

O #BlogCidadania23 e o #ProgramaDiferente, como todos sabem, são declaradamente anti-bolsonaristas. Fazemos oposição e críticas substanciais a este desgoverno de lunáticos, ineptos, desqualificados e inimigos da democracia.

Em resumo: a nossa divergência com os petistas, com a velha esquerda ou com a política tradicional se dá no campo partidário, político, ideológico, ético, até moral. Mas com esses bolsonaristas, além das discordâncias políticas e ideológicas, temos aversão no aspecto humano, existencial.

Não é possível que essas figuras execráveis, asquerosas, repugnantes, saudosas da ditadura e idólatras de torturadores, representem a cara e a alma do novo Brasil que desejamos construir. Precisamos mostrar que somos melhores que tudo isso aí, talquei?

Por isso desejamos que esse movimento #DireitosJá prospere e se fortaleça. Todo o sucesso do mundo na luta pelos direitos e garantias fundamentais. E que a oposição unida cresça e apareça.

Direitos já, Democracia sempre, Cidadania urgente!