sexta-feira, 30 de abril de 2021

Dizem que não há “clima” para o impeachment; ora, mas fazemos política ou meteorologia?


Se existe uma canção-símbolo da resistência democrática contra governos autoritários, ditatoriais, censores, opressores e assassinos da direita mais sórdida e canalha, como foi o pós-64 no Brasil, é “Pra não dizer que não falei das flores”, na voz de Geraldo Vandré.

Ainda que soe antiga (ou vintage, ou nostálgica), seus versos, a carga emocional, o papel histórico e a mensagem que carrega são eternos: “Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Pois já passou da hora de fazermos acontecer novamente. Reage, Brasil!

Por muito menos, dois presidentes da República foram afastados do cargo desde a redemocratização, dois dos quatro que foram eleitos nas urnas (Bolsonaro é o quinto, dos infernos) e ambos em processos políticos e jurídicos iniciados no Congresso Nacional e respaldados pelo Supremo Tribunal Federal.

O ponto de partida dos processos de impeachment foram movimentos espontâneos e reduzidos na sociedade, totalmente desacreditados pelos partidos e pela imprensa, e com enorme probabilidade de insucesso. Mas, contrariando todas as previsões iniciais, Collor e Dilma caíram.

Em plena pandemia, com um inepto, lunático, golpista, negacionista, obscurantista e genocida ocupando a cadeira de presidente, os personagens de sempre desse mundo político convencional querem nos convencer que dessa vez não há “clima” para o impeachment de Bolsonaro.

O que é ter “clima”? Chamem aí os meteorologistas para nos governar! Cadê a moça do tempo na TV? O que falta para nos darmos conta da tragédia que é ter essa escória da humanidade desgovernando o Brasil? Esses 400 mil brasileiros mortos ainda não são suficientes?

Resta saber se nossa função cidadã é batalhar para criar o “clima” político ou apenas nos adaptarmos a ele. Nas páginas da História há lugar para protagonistas, coadjuvantes e figurantes. Cada um escolhe o papel que lhe parecer mais adequado.

A pedalada fiscal da então presidente Dilma Rousseff mobilizou e sensibilizou muito mais o Brasil. Bolsonaro dá pedaladas diárias na saúde, na economia, na ética, na probidade administrativa, no decoro, na educação, na cultura, na justiça, na vida. Sinal dos tempos.

Existe oposição ao desgoverno do presidente demente, é claro! Só de pedidos de impeachment já foram apresentados 115 até agora. Outros virão, incluindo um que pretende reunir oposicionistas de esquerda, centro e direita, talvez com maior poder de fogo. Veremos.

Há uma profusão de crimes de responsabilidade e de falta de decoro cometidos por Bolsonaro, pela familícia e pela corja que acompanha o atual inquilino do poder. Ministros incapazes, incompetentes, desqualificados, escolhidos à imagem e semelhança do chefe. Parlamentares que transitam da omissão à cumplicidade.

Uns preferem esperar. É a tese de deixar o governo “sangrar” até 2022 para vencermos Bolsonaro na eleição. Mas esse sangramento não é só do presidente. É também do povo, da democracia, das instituições republicanas. Todos feridos de morte.

Será que chegaremos vivos à sucessão presidencial? Quantos de nós morreremos ainda devido à irresponsabilidade criminosa do bolsonarismo, às fake news, aos ataques à liberdade e aos atentados contra o estado democrático de direito? O que terá restado deste país no final de 2022 se não sobrevivermos a essa besta até lá?

quarta-feira, 28 de abril de 2021

A semana mostra evangélicos em ação contra gays mas a favor do próprio bolso; sempre em nome de Deus, claro! Aleluia, irmão!


Perdão, mas não tem como não misturar os dois assuntos: na Câmara Municipal, a bancada evangélica inclui igrejas no Programa de Parcelamento Incentivado de dívidas com a Prefeitura; na Assembleia Legislativa de São Paulo, quer proibir a “propaganda gay” - com um projeto absurdo e inconstitucional.

Precisamos falar dos políticos evangélicos. Esses que discursam e atuam contra uma fantasiosa ideologia de gênero, a favor da escola sem partido e contra outras pautas consideradas progressistas. E vem aí em breve, no STF, o prometido ministro “terrivelmente evangélico”. Todos pelo bem da família tradicional brasileira (essa da deputada Flordelis e do vereador Dr. Jairinho).

A intenção inicial do Executivo paulistano, com o PPI que começa a ser votado hoje, era facilitar a vida dos cidadãos que, eventualmente, tenham ficado em dívida com algum tributo municipal, como IPTU e ISS. Mas quando a proposta chega no Legislativo não escapa do lobby dos vereadores que funcionam como advogados e despachantes de luxo de grupos influentes.

É o caso das igrejas, já beneficiadas por inúmeras isenções e que não pararam de faturar nem mesmo durante a pandemia, ganhando agora mais esta “ajuda divina” pelas mãos da chamada bancada evangélica ou cristã. Se bem que nós, bons pagadores de impostos, é quem estamos fadados a carregar essa cruz por conta de vendilhões do templo e negociadores da fé.

Nada é aprovado na Câmara Municipal sem a benção desses vereadores que se julgam tocados por Deus, oriundos de vários partidos e de diversas denominações religiosas, mas que se unem pelos seus interesses particulares e fazem valer este peso decisivo nas negociações nem sempre republicanas com o governo da ocasião. É assim com dívidas, obras irregulares e outros privilégios eternos e infinitos.

Espalhados por todas as comissões, no colégio de líderes, na corregedoria, na mesa diretora e no plenário, os evangélicos ditam as próprias regras no andamento do Legislativo. A vice-presidente da Câmara, vereadora Rute Costa (PSDB), por exemplo, é de uma família de religiosos profissionais que fazem da igreja e da política suas missões de vida, caça-fiéis, caça-níqueis e caça-votos.

Rute é filha do pastor José Wellington Bezerra da Costa, o “dono” da igreja Assembleia de Deus (ministério do Belém) e patriarca de um clã de políticos que advogam em nome da igreja e da família (quase sempre a própria). Estão aí espalhados na política municipal, estadual e federal há sucessivas eleições.

Além de Rute, são políticos eleitos seus irmãos Marta Costa (PSD), deputada estadual e também ex-vereadora; e Paulo Freire Costa (PL), deputado federal. O pai do clã evangélico é ainda um notório eleitor e apoiador efusivo do presidente Jair Bolsonaro.

Aliás, o nome de Marta Costa está na boca do povo mais uma vez, nesta semana, por conta do projeto que tramita com pedido de urgência na Assembleia Legislativa e pretende proibir a veiculação de publicidade com pessoas LGBTQIA+ ou famílias homoafetivas no Estado de São Paulo. É o maligno e inconstitucional PL504.

Segundo a deputada Marta Costa, essas propagandas com gays trazem “desconforto emocional a inúmeras famílias” e mostram “práticas danosas” às crianças. Para ela, a proibição vai “evitar a inadequada influência na formação de jovens e crianças”. Essa aberração está pautada para ir a votos.

Pois então, fiéis e fanáticos que nos perdoem, mas na nossa opinião sincera são esses políticos medíocres, fisiológicos, corporativistas e lobistas de interesses particulares entranhados no poder público que mostram PRÁTICAS DANOSAS e exercem INADEQUADA INFLUÊNCIA na cidade, no estado e no país. Deus nos acuda!

terça-feira, 27 de abril de 2021

A essência do bolsonarismo em três atos: jornalista é idiota?


Para Bolsonaro, jornalista é idiota; para nós, o presidente é demente, inepto, canalha, vagabundo, irresponsável, machista, racista, misógino, homofóbico, incapaz, desequilibrado, desqualificado e genocida.

Mais uma vez o presidente Jair Bolsonaro ataca jornalistas. Preferencialmente mulheres, claro! Dessa vez chamou de idiota a repórter Driele Veiga, da TV Aratu - emissora afiliada ao SBT na Bahia. O “crime” do jornalismo, como sempre, é fazer perguntas incômodas ao presidente demente.

O canal de Silvio Santos deveria ter repudiado o ato de Bolsonaro. Mas ele e outros donos de emissoras, acostumados a bajular presidentes por conta de verbas e concessões públicas, entre outros interesses com os inquilinos do poder, preferem manter o servilismo. Não é mesmo, ministro das Comunicações, Fábio Faria? Abraços no chefe e no sogrão!

O ataque de Bolsonaro ocorreu durante visita à cidade baiana de Feira de Santana. A repórter questionou o presidente sobre uma foto dele segurando uma réplica gigante de um documento identificado como “CPF cancelado” - referência à morte de bandidos ou pessoas inconvenientes, como são os jornalistas para Bolsonaro.

Com linguajar e atitude típicas de um miliciano e completamente inadequadas para um presidente, tanto a agressão à jornalista quanto a aviltante entrevista da semana passada no Programa do apresentador Sikêra Jr., com quem Bolsonaro fez a “piada” do CPF cancelado, entre outros gracejos típicos contra gays - sua fixação freudiana - e ofensas à oposição (sobrou para Lula, o PT e o PSOL), demonstram a essência do bolsonarismo.

"O senhor foi criticado, presidente, sobre uma foto postada dizendo CPF cancelado em um momento de tantas pessoas morrendo. O que o senhor tem a dizer a respeito? ", pergunta Driele Veiga. Bolsonaro responde: "Você não tem o que perguntar não? Deixa de ser idiota, pô".

"A minha pergunta foi simples, ele poderia ter se defendido, mas preferiu insultar", comentou Driele, que posteriormente recebeu apoio de políticos como o presidente nacional do Democratas, ACM Neto, o senador Jaques Wagner (PT) e o governador da Bahia, Rui Costa (PT).

Mesmo após ter sido insultada, Driele ainda fez mais algumas perguntas ao presidente. "Eu sou resiliente e não me abalo com essas coisas. Sou mulher e vivo numa sociedade patriarcal, homens acham que podem nos tratar dessa forma. Além disso, o xingamento do presidente chega a ser elogio diante de tanta coisa que estamos passando com a forma que ele está governando na pandemia", declarou.

“Essa postura é inadmissível para um presidente, a gente espera isso de qualquer outro entrevistado, menos de um presidente da República. Mas, como é um cenário que se repete, não me abalou tanto, já é uma atitude que se espera dele. Hoje, aconteceu comigo, mas poderia ter acontecido com qualquer outro jornalista”, concluiu.

No final de março, Bolsonaro já foi condenado em primeira instância a indenizar outra jornalista, Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S. Paulo, por danos morais. É um comportamento agressivo recorrente: machista, misógino, covarde. Em resumo, bolsonarista.

Após reportagem de Patrícia Campos Mello apontar esquema criminoso de disparo de mensagens por meio do WhatsApp durante as eleições de 2018, favorecendo Bolsonaro, ele reagiu com insinuações de teor sexual: “Ela queria um furo. Ela queria dar o furo, dar o furo a qualquer preço", disse o presidente na ocasião.

Pois é isso o que nós, jornalistas idiotas, temos que enfrentar diariamente. Um verme. Um presidente demente, criminoso, paspalho, impróprio. Uma vergonha mundial. Apenas esses três atos demonstrados aqui bastariam para iniciar o impeachment por falta de decoro. Mas tem mais. Muito mais. Uma fila interminável de crimes de responsabilidade. #ForaBolsonaro

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Poderes harmônicos e independentes entre si só funcionam no mundo de Alice


Dizem que o Brasil é o País das Maravilhas. Pode ser. Depende do ponto de vista. Mas quando no lugar de Alice temos Bolsonaro, é melhor já ir tirando o cavalinho da chuva. O desgoverno da Rainha de Copas e seu mundo de lunáticos. 

Chapeleiro Louco? Temos os ministros do Supremo. O Gato Risonho, feito os políticos fisiológicos do Centrão. E por aí vai: a Lagarta, o Coelho Branco, a Lebre de Março, o Arganaz, a Duquesa, a Tartaruga Fingida, o Valete de Copas, o Sapo-Lacaio.

Voltemos ao país surreal do bolsonarismo. Num mundo ideal, juízes não deveriam fazer política. Devem fazer valer a justiça, a lei ao pé da letra, no máximo a sua restrita interpretação.

No Brasil de hoje, com um presidente demente e políticos que transitam da omissão à cumplicidade, da inoperância à incompetência, sobra ao Judiciário exercer aquilo que os outros poderes deixam de fazer.

Aí cabe a juízes se associarem a procuradores para prender corruptos (que são protegidos por seus pares); cabe a juízes exigirem o cumprimento do regimento das casas legislativas, como no caso das CPIs; e cabe, finalmente, defender o estado de direito das ameaças diárias (embora no Supremo estejam nomeados alguns advogados e despachantes de luxo dos inquilinos do poder, com seus interesses nada republicanos).

Como diria o Coelho: “É tarde, é tarde, tão tarde até que arde. Ai, ai, meu Deus. Alô, adeus. É tarde, é tarde, é tarde''. Acode do sonho, Alice, antes que a Rainha de Copas ordene que a familícia corte-lhe a cabeça.

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Bolsonaro sendo Bolsonaro: o mitômano faz o Brasil passar vergonha mundial


O presidente demente não poderia agir de outra forma na Cúpula do Clima: a vergonha brasileira do dia a dia está definitivamente globalizada. Amparado pelo ministro do extermínio do meio ambiente, o passador de boiada Ricardo Salles, Bolsonaro elevou suas mentiras a outro patamar.

Não que nos surpreenda - nem aos líderes de outros países civilizados, que já tem o Brasil como pária mundial. Mas mentir assim tão descaradamente e ainda passar o chapéu para arrecadar uns bilhões internacionais - prometendo acabar com o desmatamento ilegal da Amazônia até 2030 e neutralizar a emissão de carbono até 2050 - é realmente vexatório.

Mito! Mito! Mito! Mitômano! O meme que virou presidente - cada vez mais ridicularizado entre seres humanos com mais de dois neurônios e um milímetro de caráter - faz o Brasil passar vergonha mundial. Mentiroso. Inepto. Insano. Irresponsável. Incapaz. Desqualificado.

Bolsonaro mal consegue cumprir suas promessas de campanha, nem mesmo o Orçamento de 2021 (que sequer chegou a ser aprovado no Congresso para atender ao loteamento canalha do Centrão), com que moral vai fazer promessas para 2030 e 2050?

Aliás, dentro do raciocínio bolsonarista (se é que isso existe dentro dessa bolha de irracionalidade), ele pode prometer qualquer coisa para o futuro. Já sabemos de antemão que não vai cumprir - e a conta vai cair nas costas de outro presidente qualquer. Vão esperar algo diferente e digno de Bolsonaro? Oras...

Acabar com o desmatamento ilegal em nove anos? Só se ele conseguir acabar com a Amazônia em oito. Não é de se duvidar. Bolsonaro nos lembra Dilma nos seus piores momentos: “Nós não vamos colocar uma meta. Vamos deixar uma meta aberta. Quando a gente atingir a meta, nós dobramos a meta.”

E zerar a emissão de gases poluentes até 2050, então? Vão cobrar essa promessa de Bolsonaro aonde? No túmulo ou na estadia vitalícia dele e da familícia num manicômio judiciário, aos 95 anos de idade, aonde merece ser mantido a partir do momento em que deixar a Presidência?

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Pais gays incomodam evangélicos; mas crianças sem pais, ou políticos torturadores e assassinos, não incomodam tanto assim


Tramita com pedido de urgência na Assembleia Legislativa de São Paulo um projeto de lei que proíbe a veiculação de publicidade com pessoas LGBTQIA+ ou famílias homoafetivas no Estado de São Paulo.

A autora do projeto é a deputada estadual Marta Costa (PSD), filha do pastor José Wellington Bezerra da Costa, o “dono” da igreja Assembleia de Deus (ministério do Belém) e patriarca de um clã de políticos que advogam em nome da igreja e da família (quase sempre a própria).

Além de Marta, são políticos eleitos seus irmãos Rute Costa (PSDB), vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal de São Paulo; e Paulo Freire Costa (PL), deputado federal. O pai é um notório eleitor e apoiador do presidente Jair Bolsonaro (veja as fotos).

Segundo a deputada Marta Costa, essas propagandas que ela pretende proibir trazem “desconforto emocional a inúmeras famílias” e mostram “práticas danosas” às crianças. Para ela, a proibição vai “evitar a inadequada influência na formação de jovens e crianças”.

Ao pé da letra, o projeto proíbe, por exemplo, uma propaganda do Dia dos Pais (ou Dia das Mães) com casais homossexuais. É “condenável” que pais gays ou mães lésbicas adotem crianças e ofendam a família tradicional brasileira.

Em compensação, a deputada e pastora Flordelis segue com mandato em Brasília. O Doutor Jairinho segue vereador e miliciano no Rio. O importunador Fernando Cury segue modelo de pai de família. Um pastor prega que o humorista Paulo Gustavo morra para acertar as contas com Deus por ter marido e filhos. E por aí vai...

A reação contra este projeto cretino, preconceituoso e inconstitucional está nas redes sociais: #LGBTnãoÉMáInfluência é a campanha que viralizou, mas vale a pena lotar as caixas de e-mails e comentários nos perfis dos deputados estaduais paulistas. #NaoAoPL504 #VergonhaAlheia

Hoje é 21 de abril, feriado para os políticos; mas parece um interminável 1º de abril


São Paulo amanhece trabalhando, diz a música. Mesmo em dia de feriado nacional, como hoje, afinal o comércio voltou a reabrir na segunda-feira, ainda em marcha lenta, entre idas e vindas na transição da fase vermelha para a laranja no enfrentamento da pandemia.

Mas o paulistano está confuso. Há poucos dias já foram antecipados dois feriados de 2021 (Corpus Christi; de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro) e até mesmo três feriados de 2022 (aniversário de São Paulo, de janeiro; Corpus Christi, de junho; e Dia da Consciência Negra, de novembro).

Nem bem saímos do feriadão emergencial prolongado e Tiradentes segue sendo feriado. Não para quem precisa trabalhar, claro. Afinal, se queremos chegar a 2022 (com menos três feriados, esses que foram antecipados), precisamos estar vivos. Se os políticos deixarem. Será? Porque, para eles, 21 de abril é feriado. E para você?

Os bancos e a Bolsa, por exemplo, fecham. Parques públicos, clubes, academias, barbeiros e cabeleireiros, restaurantes e praças de alimentação dos shoppings, entre outras atividades com público, também seguem fechados por mais uma semana.

No Congresso Nacional, amanhã é a data limite para a sanção do Orçamento de 2021. Estamos chegando quase na metade do ano e não temos aprovados ainda a previsão de receitas e o limite de despesas do governo federal. O Brasil é realmente uma piada de mau gosto!

Da última vez que isso aconteceu, o Orçamento aprovado no limite do prazo, a presidente era a Dilma. Foi o ano da pedalada fiscal e do impeachment. Bolsonaro dá pedaladas diárias, fiscais, morais, éticas, sanitárias. E aí? Nadica de nada da reação dos políticos.

Câmara e Senado seguem entre a inoperância, a omissão e a cumplicidade. Assembleia Legislativa e Câmara Municipal também param, mas a população talvez nem se dê conta. Estavam trabalhando?

Vá lá, os vereadores paulistanos se vangloriam de ter aprovado um auxílio emergencial complementar de 100 reais para famílias carentes, formado uma frente parlamentar contra a fome e liberado a compra de vacinas pela Prefeitura.

Na prática nada mudou, porque faltam vacinas. A Câmara não conseguiu ainda definir categorias prioritárias para a vacinação. Todo mundo quer furar a fila - e cada um tem seus argumentos válidos. Então tome indefinição.

É o mesmo caso do PPI (Programa de Parcelamento Incentivado), que deve ser aprovado na próxima semana. Reina a confusão e o corporativismo. Vereadores querem reinventar a roda.

O que deveria facilitar a vida do contribuinte paulistano com dívidas de IPTU ou ISS e que pode parcelar a sua dívida com redução de juros e multa, acaba beneficiando grandes devedores e malandros com influência na Câmara.

Por interferência do lobby de vereadores que atuam como verdadeiros despachantes de seus grupos de interesses, serão incluídas no PPI as igrejas (como se já não bastassem todos os benefícios e isenções que possuem), multas de trânsito e até grandes devedores que já estavam incluídos no último PPI e não pagaram as próprias parcelas da renegociação. Ê, Brasil!

O meu IPTU não teve desconto. O seu teve? Ninguém me perguntou se, em plena pandemia, eu tenho dinheiro para quitar esse pagamento. O meu trabalho está prejudicado. O meu lazer está impedido. Se eu ficar doente corro o risco de morrer na fila do hospital, sem vaga. A vacina, sabe Deus quando todo mundo vai estar imunizado.

Enquanto isso, os políticos fingem que se preocupam com o povo e nós fingimos que escolhemos nossos representantes de quatro em quatro anos. No resto do tempo é que descobrimos quem de fato eles são e o que representam. E vem mais eleição por aí...

Até lá, celebre este 21 de abril como se fosse um interminável 1º de abril. É isso! Vivemos no Brasil um interminável Dia da Mentira em looping. Aliás, amanhã é 22 de abril, dia do descobrimento. Mais uma mentira. Parabéns para você e suas descobertas diárias. Estamos f***, mal pagos e pessimamente representados.

terça-feira, 20 de abril de 2021

O vírus, o verme e a doença que acomete a política e a sociedade


Quando criticamos o presidente demente, a escória de lunáticos chia. Na cretinice típica da bolha ideológica bolsonarista (cada vez mais murcha, graças a Deus!), o fato de fazer oposição ao miliciano, sociopata e genocida nos torna inimigos.

Pois que seja assim. Realmente não queremos nenhuma proximidade do bolsonarismo, do negacionismo, do obscurantismo. Repudiamos essa corja. Rechaçamos tudo o que eles pensam, falam e fazem. Mas nem por isso precisamos ter outro político de estimação - e não temos. Esclarecido?

Agora vamos voltar ao debate racional sobre o nosso dia a dia. Cadê as vacinas para todos? Além da política e das estratégias de marketing eleitoral dos possíveis candidatos às eleições de 2022, o que temos de ações governamentais concretas e eficazes para preservar a saúde e a vida dos brasileiros?

O poder público, nas suas mais variadas esferas (municipal, estadual, federal) adota medidas emergenciais, mas muitas vezes conflitantes. É um abre-e-fecha confuso do comércio, um vai-e-vem incompreensível do rodízio de veículos, esmola para as famílias mais carentes na crise agravada pela pandemia e uma discussão interminável de prioridades na fila para a vacinação.

O Brasil, se comparado a qualquer país civilizado e governado por seres humanos racionais, virou referência de tudo aquilo que não se deve fazer no combate ao coronavírus. Uma besta com a faixa presidencial se negou a decretar um lockdown de 15 dias que bastaria para atenuar o caos e evitar centenas de milhares de mortes.

Pior, Bolsonaro faz campanha diária contra o isolamento social e o uso de máscara, prescreve como um falso médico, charlatão, o “tratamento precoce” que simplesmente não existe no mundo real (além da terra plana bolsonarista), nomeou paspalhos para o Ministério da Saúde, atrasando a compra de vacinas e insumos. Ou seja, é um agente funenário na cadeira de presidente.

Paralelamente à pandemia, a CPIs que prometem criar factóides pró e contra Bolsonaro, a brasileiros que despencam para a linha da fome e da miséria, à classe média cada vez mais pobre e, por outro lado, à faixa de muito ricos cada vez mais ricos, começam a despontar os candidatos à sucessão do mito dos tolos.

Aonde queremos chegar? Vamos lá: defendemos o impeachment de Bolsonaro, renúncia, interdição psiquiátrica ou qualquer outra saída que se queira dar. Mas já percebemos que esses políticos atuais, que transitam entre a omissão e a cumplicidade, são bundões demais para exercer suas responsabilidades.

Então, se é para resolver o problema só nas eleições de 2022 (tomara que não seja tarde demais e que todos estejamos vivos, inclusive a democracia), o melhor seria a união de todos contra Bolsonaro, para enterrar de vez essa fraquejada da humanidade. Na impossibilidade, qualquer um que chegar na eleição contra Bolsonaro terá o nosso voto.

Vamos desenhar: não vislumbramos, hoje, NENHUM candidato ideal à sucessão de Bolsonaro, mas QUALQUER UM que chegar lá vai ser melhor que ele. Por mais medíocre que seja o próximo presidente, será melhor, muuuuito melhor, que o pai da familícia. Ao menos teremos alguém no lugar deste verme. 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Vamos desejar uma boa semana para o nosso político de estimação?


Como é possível que algum brasileiro deite a cabeça no travesseiro e durma em paz com 400 mil mortos na pandemia? Pior ainda se o sujeito for um político eleito pelo povo e tiver um pingo de dignidade e empatia. 

Não é possível que um mandatário não se sinta indignado e clame diariamente pelo impeachment de Bolsonaro e a punição de seus pares (inclusive governadores e prefeitos) corruptos, irresponsáveis, delinquentes, assassinos.

A política brasileira transita entre a inoperância e a incapacidade, a omissão e a cumplicidade, enquanto seguimos com um presidente demente, negacionista, canalha, genocida, que desestimula os protocolos sanitários, faz propaganda contra a máscara e a vacina, prossegue incentivando aglomerações, aperta a mão de centenas de pessoas e ainda posa feliz e desafiador com um bebê no colo.

Que tipo de sociopatia tem essa escória da sociedade, Bolsonaro e os bolsonaristas, seus eleitores, apoiadores, assessores, seguidores e partidários do demônio disfarçados em “cidadãos de bem”, defensores da família e conservadores dos bons costumes?

Que fraquejada da natureza e da humanidade pode ter ocorrido para empoderar esses vermes que oscilam entre o mais bárbaro obscurantismo e a prodridão da política do ódio com ações criminosas, opressoras, repressoras e exterminadoras de tudo aquilo que lhes pareça ameaçador (real ou imaginário).

E assim bolsonaristas atuam como cavaleiros da besta do apocalipse para destruir a democracia, as instituições republicanas, a cultura, a educação, a saúde, o meio ambiente, a diversidade, a liberdade, a esperança e a vida.

Se eu me oponho a Bolsonaro e ao bolsonarismo sou automaticamente carimbado na testa como comunista. Claro, nada mais elementar para um acéfalo ou lunático com poder.

Mas não sejamos injustos. O bolsonarismo é apenas o sintoma mais visível de uma doença muito maior que acomete o ser humano. Muito mais letal que o coronavírus. A política está deteriorada, surrada, batida. Os partidos estão desgastados, corroídos, envelhecidos.

Que tipo de político simboliza hoje o Brasil? A familícia Bolsonaro? A deputada e pastora Flordelis, assassina que segue com mandato na Câmara? O vereador Jairinho, torturador de crianças, idem? O importunador sexual Fernando Cury, que seus colegas exaltam como pai de família exemplar? Que país é esse? Que tipo de brasileiro e ser humano somos nós?

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Ah! Se não fosse o foro privilegiado...


A impunidade reina sob Bolsonaro no País das Maravilhas para milicianos, corruptos, negacionistas, lunáticos e imbecis que idolatram este presidente demente.

A última do desgoverno: um delegado superintendente da Polícia Federal denuncia crimes do Ministério do Extermínio do Meio Ambiente. O que faz o ministro da inJustiça, a mando de Bolsonaro? Troca o delegado, claro, e preserva o ministro criminoso.

É o modus operandi da familícia: proteger os seus! Todo mundo é igual nessa escória bolsonarista. Não à toa, a base de sustentação tem o Centrão, empresários cafajestes, religiosos de araque e todo o lixo da política que se junta em torno de qualquer presidente desde a ditadura militar.

O Congresso, entre a omissão e a cumplicidade, começa a discutir CPIs. Agora? Com 400 mil mortos? Isso devia ter sido feito há um ano. No momento a solução emergencial seria impeachment, interdição psiquiátrica e cadeia ou manicômio judiciário.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

São Paulo: na “cidade proibida” tudo se resolve com jeitinho


Quando dribles na lei, anistias recorrentes, incentivo aos parcelamentos com desconto de dívidas, regularização de obras clandestinas, puxadinhos e gambiarras deixam de ser a exceção e se tornam a regra vigente, o poder público está premiando os cidadãos malandros, inadimplentes, indisciplinados e legitimando a “cidade proibida”.

A Câmara Municipal de São Paulo, com alguns vereadores que não passam de lobistas ou despachantes de categorias e setores influentes da sociedade, é craque nesse expediente. Pior que os maiores beneficiados não são os paulistanos mais humildes e necessitados, ao contrário, são os mais “espertos” e com maior ace$$o ao lobby da vez.

Em pauta para ser votado na próxima semana está mais um PPI (Programa de Parcelamento Incentivado), para que contribuintes da capital paulista possam regularizar débitos fiscais gerados com a Prefeitura até o fim do ano passado. O problema é que gente mal intencionada (e bem relacionada) já deixa normalmente de pagar suas dívidas à espera desse “perdão” dos políticos.

Claro que um PPI ajuda o bom pagador que, por uma eventualidade (principalmente diante da crise agravada pela pandemia), não tenha conseguido honrar seus compromissos. Mas os maiores beneficiários dessas leis são geralmente os grandes devedores, de má índole - que deveriam ser punidos em vez de protegidos pelas autoridades.

É o mesmo caso da anistia a obras irregulares, aprovada e prorrogada com uma impressionante facilidade na Câmara (inclusive uma delas está em vigor). Fora os benefícios abusivos e sistemáticos a alguns segmentos que tem prestígio inabalável junto aos vereadores (igrejas evangélicas, construtoras, empresas de transporte etc.).

A oficialização desta São Paulo fora-da-lei agrava os problemas urbanos, sociais, políticos e econômicos. Uma cidade desigual, injusta, que cresce desordenadamente, sem planejamento e sem controle, passando pano para a clandestinidade. É a política do “jeitinho” que alimenta maus políticos, corruptos, populistas, hipócritas, demagogos. Basicamente quem se elege fácil no Brasil.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

Leve-me ao seu líder! (F****!)


A frase é clássica das histórias de invasão alienígena. Difícil seria aplicá-la nesta “terra plana” do bolsonarismo se um OVNI pousasse no Brasil. O problema começaria para explicar aos ETs porque há tantos lunáticos entre os terráqueos. E líder, então? Está instalada a confusão!

Leve-me ao seu líder. Que líder representa o Brasil? Líder do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário? E, mesmo dentro de cada um dos poderes, quem lidera de fato? O presidente demente, o vice patético, os ministros ineptos? O presidente da Câmara? Do senado? Os líderes do governo e da oposição? Os líderes dos partidos? Os líderes das duas turmas do STF?

Percebe que ninguém lidera p**** nenhuma no Brasil? Bolsonaro desgoverna o país e lidera, se tanto, a sua bolha ideológica idiotizada e a familícia de delinquentes amestrados. O presidente da Câmara lidera um bando de deputados fisiológicos, corruptos e ávidos por verbas e cargos, incapazes de fazer um O com copo. O presidente do Senado mal consegue botar para funcionar uma CPI.

Líderes governistas se assemelham aos líderes do PCC, cada qual com as suas quadrilhas do crime organizado - se é que podemos chamar de organizado o Centrão. Líderes da oposição lideram exércitos de zumbis, políticos omissos, cúmplices, inoperantes. Não existe unidade nem dentro dos próprios partidos, cada um interessado apenas em salvar o próprio rabo.

Nem líder de campeonato o torcedor sabe quem é, nem sequer se o seu time joga. Hoje em dia, líder mesmo é o escolhido no BBB (e ainda assim eles mudam semanalmente, nas provas de quinta-feira apresentadas pelo Tiago Leifert). A vantagem do reality é poder mandar alguém para o paredão e eliminar o brother na hora que a gente quiser.

Quando vamos repetir essa experiência no Brasil real? Num mundo em que predomina a inteligência artificial, parece que natural continua sendo a burrice, a ignorância, a canalhice. Líder numa democracia é o povo, que deve se unir e agir para fazer valer a sua vontade dentro do estado democrático de direito. Entendeu?

ET... Telefone... Minha casa... CPI... Impeachment... Novo líder! É hora de provar que existe vida inteligente na Terra. Ou é isso, e que funcione a consciência coletiva para um Brasil e um mundo melhor, ou é torcer por um raio desintegrador extraterrestre ou por um meteoro daqueles que em outras épocas extinguiu até os dinossauros.

segunda-feira, 12 de abril de 2021

Olha a prova do crime de responsabilidade aí, gente!


O #KajuruGate provoca reação no Cidadania. 

#VergonhaAlheia

#ForaKajuru #ForaBolsonaro #Kajuru #Bolsonaro #CPI #STF

domingo, 11 de abril de 2021

Pizzaria do Senado em ação: quem quer um pedaço? Tem pra todo mundo!


A chamada CPI da Pandemia ainda nem foi instalada e já temos um cheirinho de pizza no ar. Primeiro foi o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que matou no peito o pedido de investigação e, driblando a lei, mostrou que atua como zagueiro do time bolsonarista, tentando impedir a sua abertura com chutões para o alto e marcação cerrada ao ataque da oposição.

Com a interferência legítima do Supremo Tribunal Federal, ao mandar simplesmente que se cumprisse a lei (obtido o número de assinaturas suficientes e atendidos todos os critérios para instaurar a CPI), ressurge agora o dedo podre do presidente demente para tentar melar a CPI e impor a narrativa mais conveniente e oportunista ao bolsonarismo.

São várias as frentes de atuação do desgoverno Bolsonaro: primeiro, tentam conseguir no tapetão, com uma mãozinha dos juízes que estão no bolso, que a decisão caiba exclusivamente ao Senado; ou seja, que o plenário do STF feche os olhos para o descumprimento da lei e que o zagueirão Pacheco domine a área governista com a anuência da maioria do Centrão.

Em ação orquestrada há também o ataque contra os ministros do Supremo que são considerados “incômodos” ao desgoverno Bolsonaro, como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, com esdrúxulos pedidos de impeachment apresentados pelos palhaços de plantão que o Circo do Bozo tem no picadeiro do Senado e que repercutem nesse show de horrores diários da mídia ideológica e domesticada da bolha bolsonarista.

E, por fim, a mudança de foco para desviar as investigações. Já que a CPI se tornou inevitável, a maioria governista no Senado, mal intencionada, resolveu simplesmente que vai centrar fogo nos governadores e prefeitos, como já ordenou Bolsonaro. Ao criar factoides, numa só arrancada “inocenta” o presidente negacionista e genocida, poupa o Ministério da Saúde e ainda incrimina seus opositores. Golpe de mestre!

Em última instância, ao desviar a investigação para estados e municípios (que deveriam ser investigados em ações paralelas), mudando o propósito original da CPI e atendendo aos interesses bolsonaristas, dá também instrumentos para o questionamento jurídico e argumentos para a decretação da inconstitucionalidade das investigações e de eventuais punições. Ou seja... 🍕

sábado, 10 de abril de 2021

Recadinho da semana


Em 2018, quem votou em Bolsonaro cometeu um erro e pode estar arrependido. Ok.


Em 2021, quem ainda apóia Bolsonaro não tem perdão. É cumplice. Precisa pagar junto pelos crimes.

sexta-feira, 9 de abril de 2021

Aqui você pode ler sem pagar: ao contrário de um livro, que Bolsonaro aumentou os impostos porque “pobre não lê”; mas armas estão liberadas - e vacinas também, se sobrar dinheiro após o dízimo!

Sabe o que mais me espanta diante dessa crise toda que o Brasil atravessa? É a incompetência, a inoperância e a omissão cúmplice do Congresso Nacional. Um bando de maus políticos (com raras exceções) e cidadãos de quinta categoria. Despreparados, desqualificados, fisiológicos, corruptos.

Claro, foi o povo que votou e elegeu cada um deles que está lá na Câmara dos Deputados e no Senado Federal. Aliás, não é nada diferente na Assembleia Legislativa do nosso Estado ou na Câmara Municipal. O descrédito e a desconfiança da população na política e nos políticos são plenamente justificados, mas todos temos a nossa parcela de culpa.

Veja o noticiário político do dia: os dois fatos principais acontecem por interferência do Supremo Tribunal Federal, à revelia da política institucional; um que obriga a instalação da CPI da Pandemia; outro que trata da abertura absurda das igrejas - interessadas em manter a arrecadação do dízimo dos fiéis - durante a pandemia. Enquanto a maioria dos parlamentares seguem inertes, imprestáveis.

Quando os deputados se mexem, pode contar que é para f**** o Brasil. A principal votação da semana: aprovaram um projeto que na prática vai permitir a quem tem dinheiro furar a fila da vacina. Você entendeu? Um endinheirado qualquer compra a vacina e manda aplicar em quem lhe parecer mais conveniente. Dane-se o SUS e as prioridades médicas e científicas. Bandidos!

Sob a presidência do canalha Arthur Lira, dessa organização criminosa denominada Centrão, os deputados ainda aumentaram, de R$ 50 mil para R$ 135 mil, a verba de ressarcimento para cuidarem da própria saúde (fora o plano particular de cada um deles, que também é pago por nós, e o departamento médico da Câmara). O brasileiro morre na fila enquanto paga o hospital de luxo dos malditos políticos!

O desgoverno Bolsonaro - negacionista, obscurantista, genocida - é outro caso à parte. O presidente demente começou a correr atrás das vacinas depois que viu cair sua popularidade nas pesquisas, mas segue na sua campanha criminosa contra o isolamento social. É caso de interdição psiquiátrica!

A besta-fera que veste a faixa presidencial afirma agora que, além de gerar a crise econômica, é o confinamento o verdadeiro causador das doenças - porque o brasileiro ficou mais estressado e mais gordo por culpa de governadores e prefeitos. Dá para levar a sério essa fraquejada da natureza? Cafajeste! Mas cadê o Congresso e o povo para reagir?

A última dos bolsonaristas também não pode passar sem registro. Zera os impostos para as armas e aumenta a taxação sobre livros. Até aí, nada que surpreenda dentro da cretinice bélica e da linha miliciana e armamentista da bolha ideológica do chefe. Mas a justificativa é o que dói mais: “Pobre não lê”. Para um analfabeto funcional como Bolsonaro, ler é privilégio de rico. Ou de comunista.

Até que faz sentido. Facilitar a distribuição de armas e dificultar o acesso aos livros. É a essência do bolsonarismo. Quanto mais gente pensante, em oposição ao eleitor-gado ruminante que vota nessa escória política, maior a dificuldade para os atuais inquilinos do poder se segurarem nas cadeiras.

Portanto, se você leu isso até aqui, considere-se rico e privilegiado. Aliás, saber interpretar um texto é realmente uma virtude de poucos. Leia só mais uma coisinha, por favor, reflita e tome uma atitude: #ForaBolsonaro #ImpeachmentJá #CPIdaPandemia #VacinaParaTodos #ReageBrasil

quinta-feira, 8 de abril de 2021

A saúde dos deputados está garantida: quem paga a conta somos nós, os otários!

Enquanto discutimos saúde para todos, se a vacina deve ou não deve ser comprada pela iniciativa privada, se vão furar a fila etc., a saúde dos deputados passa a custar muuuuuito mais caro para o bolso de todos nós. E assim caminha o Brasil... #vergonha

Você viu isso? Deputados terão direito a reembolso de até R$ 135 mil em gastos com saúde. Câmara aumenta em 171% valor do ressarcimento dos deputados de gastos com procedimentos médicos não cobertos pelo plano da Casa. Antes, a devolução era de, no máximo, R$ 50 mil. Mas, com o novo ato da Mesa Diretora, passa a ser de R$ 135,4 mil.

Leia aqui.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Vacina é para todos, mas é claro que os políticos conseguem atrapalhar tudo!


A começar pelo negacionismo e pela irresponsabilidade criminosa do presidente demente e do desgoverno federal, passando por um Congresso omisso, cúmplice e inoperante, por governadores, prefeitos, deputados estaduais e vereadores incompetentes ou delinquentes, de fato, e também cidadãos canalhas (como aqueles que desviam vacinas, difundem fake news ou pagam para furar a fila das prioridades).

Poderia ter vacina para todos os brasileiros, se Bolsonaro não fosse um cafajeste, incapaz, estúpido e genocida. E também se deputados federais e senadores já tivessem iniciado a necessária CPI da Pandemia. E se recursos públicos não fossem tão mal empregados ou roubados na cara dura. E se paspalhos não tivessem ocupado o Ministério da Saúde para agravar ainda mais o caos.

O que temos hoje de vacinas devemos basicamente ao Instituto Butantan e a alguns governadores, como o de São Paulo, que resolveram peitar o cretinismo do gado bolsonarista e seus exércitos de robôs nas redes sociais com suas campanhas anti-vacinas e contra medidas de isolamento necessárias para conter a disseminação desenfreada e letal do coronavírus.

Estamos longe da solução. As mortes seguem descontroladas, a população não aceita a emergência de um lockdown e as vacinas não são suficientes para atender toda a população. O sistema hospitalar vive à beira do colapso. Heróis da linha de frente no atendimento aos doentes, médicos e enfermeiros se desdobram para driblar a inépcia e a estultice dos maus políticos.

Falamos ontem aqui que a Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, definiria em lei quais categorias profissionais devem ter prioridade na cidade para receber a vacina quando ele estiver disponível. Mas quem disse que eles conseguem chegar a um acordo sensato? Cada vereador quer beneficiar a categoria que mais lhe agrada - ou que lhe proporciona mais votos. É ou não é uma pouca vergonha?

terça-feira, 6 de abril de 2021

Quem estará na fila prioritária para viver?


A Câmara Municipal de São Paulo deve aprovar hoje, em segunda e definitiva votação, um Projeto de Lei que irá recomendar quais categorias de trabalhadores devem ter prioridade na vacinação contra a Covid-19 na cidade.

Se este fosse o maior dos problemas, estaríamos no País das Maravilhas. Mas a realidade é que ainda não temos vacina para todos os paulistanos, paulistas e brasileiros. Definir as categorias prioritárias é o de menos. Todas as vidas importam!

Temos um presidente demente, irresponsável e genocida. Temos governadores e prefeitos (muitos deles também fracos e incompetentes) que ficam escravos da opinião pública, desafiados pela campanha negacionista da escória bolsonarista e desautorizados por decisões judiciais conflitantes, inclusive no Supremo Tribunal Federal.

Medidas impopulares mas necessárias como um lockdown emergencial para baixar a média de 3 mil mortes diárias e o colapso hospitalar não serão implantadas porque essas bestas que nos governam não estão interessadas em ouvir a ciência. Preferem dar uma esmola mensal para o povo miserável e fazer discurso fake de retomada econômica, enquanto empilham cadáveres.

Comentamos aqui, outro dia, que parece justo que algumas categorias sejam de fato priorizadas pelo poder público. Mas dois temas paralelos nos chamaram especial atenção, além, é claro, da discussão de quais profissionais devem ou não ser contemplados na fila (na impossibilidade de vacinar todo mundo já!).

Primeiro, foi inusitado que este debate tenha sido interrompido por duas semanas, enquanto os vereadores acompanharam o feriadão emergencial de isolamento decretado contra a pandemia. Mas, afinal, não haveria mesmo vacina para atender todo mundo nesta quinzena passada. Nem nas próximas.

Fora isso, ainda que seja por uma boa causa, os vereadores estão promovendo uma gambiarra jurídica que sempre deve ser condenada no parlamento: a partir de um projeto qualquer já aprovado em 1ª votação - e como são necessários dois turnos para o projeto ir à sanção - eles atropelaram o regimento e partem hoje direto para a aprovação final.

O texto original - no caso, o Projeto de Lei 189/2019, que autoriza a permuta de uma área pública por um imóvel de propriedade do Hospital Nove de Julho e já estava pautado para a 2ª e definitiva votação - será suprimido e substituído pela proposta que trata exclusivamente da prioridade da vacinação na cidade de São Paulo.

Enfim, vamos descobrir quais categorias profissionais serão priorizadas pelos vereadores paulistanos. Enquanto isso, esperamos por mais vacinas, mais auxílio às famílias que necessitam de fato, além de mais eficácia, bom senso e sensibilidade dos políticos e da própria população para salvar as nossas vidas.

segunda-feira, 5 de abril de 2021

O #ForaSalles virou caso de polícia: cadeia nele!


Superintendente da Polícia Federal, Alexandre Saraiva acusa nominalmente o ministro do Extermínio do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de se posicionar contra a defesa da Amazônia e defender operações criminosas de madeireiros. E agora, Jair?

Salles é aquele cafajeste que sugeriu que se aproveitasse a pandemia para “passar a boiada” de ilegalidades, infrações e gambiarras na legislação ambiental. Isso tudo é coisa de bandido. E, se a polícia deu o flagrante e fez a acusação, é caso de exoneração e cadeia. Aliás, se Bolsonaro e a PF não tomarem nenhuma atitude, serão cúmplices. Simples assim.