sexta-feira, 3 de março de 2023

Parque na rua dos bobos, número zero


Parque da Mooca ou jardim das ilusões?

Precisa ser muito desinformado ou mal intencionado para comemorar como “vitória" o anúncio de que um parque será implantado futuramente em menos da metade do terreno na Mooca que durante décadas foi contaminado por produtos químicos tóxicos, e que por enquanto vai funcionar como canteiro de obras da construtora dona da área, que pretende erguer ali um punhado de condomínios de luxo.

Quem ganha SEMPRE é a exploração imobiliária e os políticos que trabalham pelos interesses de alguns contra a maioria. O compromisso não cumprido - palavra dada pelo então prefeito Bruno Covas, inclusive - era ter um parque bem cuidado em 100% da área descontaminada da antiga Esso, até como compensação por tantos danos ambientais, na última grande área disponível para tal finalidade em todo o centro expandido de São Paulo.

A solução seria idêntica àquela encontrada para implantação do Parque Augusta. Mas a Mooca não mereceu o mesmo empenho da Prefeitura. Parece que o povo daqui se contenta com pouco, não se mobiliza para obter vitórias verdadeiras e acredita em qualquer picareta. Basta ver quem são os vereadores e empresários envolvidos na negociação que favorece meia dúzia de privilegiados em detrimento da qualidade de vida de toda a população paulistana.

A “obra” da Prefeitura - que hoje está sendo festejada por tolos ou malandros - é derrubar o muro antigo e instalar grades aonde - sabe Deus quando - será implantado um grande jardim linear para valorizar os imóveis de alto padrão que começarão a ser comercializados ali, em breve. Antigamente se usava uma expressão para descrever essa situação: a Mooca obteve uma “vitória de Pirro”.

Será que eles acham que todo mooquense tem cara de trouxa? A obrigação do poder público era atender a justa reivindicação da comunidade e implantar na totalidade daquela área um parque com segurança e planejamento, que ajudasse a revitalizar o bairro e garantisse o mínimo de sustentabilidade que se exige de uma cidade inteligente, moderna, acolhedora, saudável e bem administrada.

É de uma estupidez sem tamanho superpovoar essa região que já carece de infra-estrutura e que sofre com trânsito caótico, enchentes, assaltos, poluição, submoradias, população de rua etc., ignorando o rol de opções eficazes para reurbanização de toda a extensão da linha férrea, com fábricas e galpões abandonados, comércio falido e ruas esburacadas.

Mas cobrar responsabilidade, coerência e espírito público é exigir demais desses políticos despreparados, desqualificados e incompetentes que fingem nos representar… Enfim, vamos reagir ou lamentar eternamente? O que podemos fazer?



sábado, 4 de fevereiro de 2023

Recadinho para a turma decadente do Cidadania, do PSDB e antipetistas em geral


Compartilho um texto que escrevi na FAP (Fundação Astrojildo Pereira), vinculada ao Cidadania, mas creio que seja pertinente também para outros operadores da política (seja em partidos ou movimentos sociais).

Muitos às vezes se esquecem (ou fingem esquecer), mas eu faço questão de lembrar.

A FAP é vinculada ao ex-PPS, que virou mero puxadinho do Centrão, com parlamentares declaradamente bolsonaristas, antipetistas, anti-esquerdistas, que tacham qualquer adversário de “comunista” (na legenda centenária herdeira do Partidão) - atitude que reflete não apenas ignorância, mas canalhice.

O líder Alex Manente, por exemplo, eleitor de Bolsonaro e beneficiário do orçamento secreto, defendeu abertamente, em nome do Cidadania, a decretação do Estado de Defesa na onda da narrativa dos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes em Brasília. Será um idiota completo ou acha que idiotas somos nós?

Outros aloprados - como o senador Marcos do Val, operador golpista de Bolsonaro contra o STF - foram também eleitos pelo PPS/Cidadania. Junto com Paula Belmonte, a primeira-dama da Aliança Pelo Brasil, o natimorto partido planejado pela familícia Bolsonaro, e a maioria da bancada da federação com o PSDB. A escória reunida.

Diante disso tudo - e mais um pouco - os donos da verdade encastelados por aqui arrotam arrogância para ditar regras da “democracia” que julgam ser a “ideal”, enquanto insistem em menosprezar uma certa figura que se elegeu três vezes para a Presidência do Brasil (além de eleger e reeleger sua sucessora), bem como o partido dele e a ampla aliança democrática que se construiu para chegar à campanha vitoriosa de 2022.

Frequentando uns grupos por aí, nem parece que foram o Cidadania e o PSDB (ao contrário dos “inimigos”, tão atacados mas vencedores) que se tornaram legendas decadentes e inexpressivas na política brasileira e mundial. Haja distanciamento do mundo real para seguir nesse universo paralelo virtual e esquizofrênico…

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

#BolsonaroNaCadeia (e sem mimimi)


Só foram detidos vagabundos golpistas, vândalos, terroristas e, claro, uma maioria significativa de imbecis que sofreram lavagem cerebral do bolsonarismo e seguem sob efeito de manada o toque do berrante do ex-presidente demente, o mito mitômano, bundão foragido nos EUA e agora com mimimi de dorzinha de barriga (que não passa de dor de corno do covarde, fujão e derrotado).

Ahhhh mas tem idosos e crianças, coitadinhos, parecem “campos de concentração”… Ora, e que pais FDPs levam crianças para acampamentos de lunáticos golpistas enquanto promovem invasão e quebra-quebra em Brasília? Para vandalizar o patrimônio público e atacar criminosamente as instituições republicanas eles não pareciam velhinhos frágeis, nem preservaram seus filhos. Agora são vítimas? Me poupe!

Engraçado essa camarilha de políticos bolsonaristas e milicianos virem reivindicar “direitos humanos” dos presos para averiguação. Eles não foram sempre contra esse “privilégio” inaceitável de bandido? Mudaram de ideia agora por que? Quem defende CPF cancelado, mesmo? Mas bandido bom é bandido preso. A começar por Jair Bolsonaro e pela familícia, que apodreçam atrás das grades. E sem choro, maricas!

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Cadeia e cassação para golpistas é o mínimo que se espera no Estado Democrático de Direito


O Brasil vive mais uma situação deplorável e vexatória, talvez a maior da nossa História, graças ao fanatismo político de zumbis ideológicos e à ignorância de pseudocidadãos idiotizados que temem inimigos imaginários (enxergam comunistas por todos os lados), contra os quais clamam por uma salvadora e fantasiosa intervenção militar ou até extraterrestre (e isso não é piada!).

Um exército de lunáticos, senis, dementes, desocupados, oportunistas e imbecis, cada qual com um grau particular de interesses canalhas, mau-caratismo, lavagem cerebral ou desinformação, financiados por milícias golpistas profissionais que ensaiam há quatro anos um Golpe de Estado e alegam estar no livre direito de se manifestar.

Ora, mas o que move esses vagabundos que se dizem patriotas enquanto pretendem simplesmente aniquilar os símbolos da Pátria e se socorrem de argumentos republicanos e constitucionais para atentar contra a democracia e o ordenamento político e jurídico do Estado de Direito?

Não são manifestantes porra nenhuma. São golpistas. Vândalos. Criminosos. Terroristas. Ô coitadinhos, mas tem idosos “presos” passando mal… ah vá! Não se comportavam como velhinhos frágeis na hora de invadir e promover o quebra-quebra na sede dos Três Poderes, protegidos por chefes de quadrilha e mafiosos que tem mandato em Brasília ou covardes que estão foragidos nos Estados Unidos.

Os “patriotários” precisam pagar na forma da lei: condenação para todos os golpistas, a começar pelo mandante Jair Bolsonaro e a familícia. Cassação dos políticos que fazem apologia à intervenção (ainda que disfarçada, enrustida) e incentivam os atos desses debiloides que se movem e ganham força sob efeito de manada.

Investigação das redes midiáticas e de fake news bolsonaristas e identificação dos financiadores dessa direita abjeta saudosa da ditadura militar. Basta seguir o dinheiro para fechar o círculo do crime. Cadeia neles! Simples assim. A Democracia vai resistir. O Brasil está de volta ao mundo civilizado. Perderam, manés!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Obrigado, Bolsonaro!


Uma coisa é preciso reconhecer: se não fosse Jair Bolsonaro, Lula jamais teria chegado a este histórico e inédito terceiro mandato na Presidência da República. As lideranças sociais, partidárias e democráticas permaneceriam divididas, enfraquecidas, pulverizadas. O antipetismo seguiria dominante.

Nunca que Marina Silva, ambientalistas e “sonháticos” teriam tanta força e representatividade no poder. Nem pensar que Geraldo Alckmin estaria reabilitado imediatamente depois de ter sido traído e saído do PSDB com tamanha expressão, visão e grandiosidade política. Ou que setores mais à esquerda do PT, como o PSOL ou alas ideológicas até mais radicais, iriam se reunir com aqueles que pregavam então uma terceira via, equidistante de petistas e bolsonaristas.

Mas a incompetência insana de Bolsonaro, a irresponsabilidade, o ódio, a ignorância, o negacionismo, o fanatismo e o golpismo dessa bolha cretina e criminosa do bolsonarismo proporcionaram aquilo que nem o mais otimista analista político seria capaz de prever: a vitória estrondosa das esquerdas após quatro anos desastrosos dessa direita mais desprezível, repulsiva e canalha.

A civilização venceu a barbárie. Lula estava praticamente morto politicamente, após um ano detido pela Justiça e com idade avançada. Mas a tragédia histórica da eleição bolsonarista, que culminou agora com a fuga covarde e patética do ex-presidente demente para Orlando, por medo de também ser preso (e será, porque é bandido!), foi um elixir para a democracia brasileira, que mostrou toda a sua vitalidade.

Ao nos permitir comparar os erros do PT, que sem dúvida foram inúmeros no campo político, econômico, administrativo, ideológico e ético, com a pilantragem mafiosa e a sordidez das milícias fascistas bolsonaristas dos últimos quatro anos, isso facilitou a nossa escolha: melhor resolver as divergências no campo político com o PT do que a nossa incompatibilidade humana e existencial com Bolsonaro e sua corja.

Ao trabalho, brasileiros. Fé em Deus e pés no chão com passos largos e firmes para um futuro mais justo, sustentável e feliz.