sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O antipetismo é um fetiche? Existe Bolsonaro sem Lula?


Bolsonaro é... Mas e o Lula? E o PT? Não importa a crítica que você faça ao desgoverno do presidente demente, vai ter sempre algum fanático ou lunático bolsonarista para fazer também a indefectível comparação.

Que fixação patológica é essa que a turma que berra “mito” para um boçal, faz arminha com os dedos e arrepia os pelinhos do braço quando passa ao lado de uma farda tem pelo “ex-presidiário barbudo de nove dedos”? (Sim, porque não basta atacar, é necessário reforçar o preconceito).

Dedos, armas, barba, grades, poder, paixão… Freud deve ter explicação, mas não serei eu a explorar os meandros desses distúrbios psicológicos e psiquiátricos desta direita tosca que tem um comunista imaginário debaixo da cama para lhe trazer pesadelos. Bolsonarista não tira o PT da boca. É um prazer meio sádico. Masoquista. Enfim…

Lula! Lula! Lula! Bolsonarista só pensa naquilo! Talvez porque a polarização seja interessante eleitoralmente para ambos, que se retroalimentam do ódio e fecham as portas para qualquer opção mais racional. Pior ainda quando desponta na chamada 3ª via o que na verdade é a 2ª via disfarçada do bolsonarista arrependido. Moro é um Bolsonaro com chantilly. Mas essa é outra história.

Ah! Olha ele fazendo campanha para o Lula! As máscaras caíram! Petista! Esquerdalha! Comunista! Vai pra Cuba! Vai pra Venezuela! A nossa bandeira nunca será vermelha! Pão com mortadela! Acabou a mamata! Aceita que dói menos! Chora mais!

Bolsonarista é do tempo do disco riscado na vitrola. Já sabemos tudo o que vai dizer. É sempre a mesma ladainha. Pois digam o que quiserem. A verdade é que não existe nada pior que essa escória do bolsonarismo no poder. É o esgoto da civilização. A fraquejada da humanidade.

Claro que Bolsonaro não é o único mal a ser combatido. Mas é o símbolo atual da corja. O meme que virou presidente por acidente para dar vazão a canalhas, bandidos, reacionários, psicopatas, saudosos da ditadura, nostálgicos da tortura, racistas, preconceituosos, machistas, misóginos, homofóbicos, xenófobos (seletivos, claro), nazistas, fascistas.

Agora vou desenhar para até bolsonarista entender: Isso quer dizer que voto no Lula? No Moro? No Ciro? No Dória? No Eduardo? No Pacheco? Na Simone? No Alessandro? Tanto faz. Bolsonaro e qualquer um no 2º turno? Contra Bolsonaro, o meu voto é em qualquer um. Mas até no Lula? Até no Moro? Soletrando: q-u-a-l-q-u-e-r u-m.

Mas você reclama do antipetismo e faz a mesma coisa como antibolsonarista? Sim, com certeza! Então tem fixação também? Tenho! Pela defesa da democracia, do estado de direito, do humanismo, da sustentabilidade, da boa política, da diversidade, da pluralidade, da cultura, da educação, da liberdade, da vida!

Ah, tá. Mas vai dizer que Lula é democrata? Bem, temos um histórico de quatro eleições presidenciais consecutivas vencidas pelo PT. Houve tentativa de golpe? Nenhuma! Ao contrário, Dilma sofreu impeachment e a roda democrática seguiu girando. A ameaça de golpe e ruptura existe com Bolsonaro, não com Lula.

Então você é petista! Não, nem morista, cirista, tucano. Apenas racional, humano. Sem ficar no muro. Sem defender ditadura nem de direita, nem de esquerda. Enquanto Lula, Moro, Ciro, Doria são adversários no campo político, partidário, ideológico, ético inclusive, Bolsonaro é inimigo existencial. Não pode haver tolerância com bolsonarista.

Votou no Bolsonaro em 2018 - por qualquer motivo - e se arrependeu? Ótimo, seja bem vindo. Segue apoiando esse verme desalmado, inepto, incompetente, irresponsável, desqualificado, desequilibrado, genocida? Ok, estamos em lados opostos, inconciliáveis. Aproveite que os seus dias estão contados. É Bolsonaro até o fim? O fim está cada vez mais próximo, graças a Deus! 🙏🏻

quinta-feira, 25 de novembro de 2021

O mi-mi-mito Bo-Bolsonaro é muuuuuuuito co-confiável


O presidente do “me chama de ladrão, porra!” confirma que vai mesmo se filiar ao PL do presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto, prócere do Centrão e ex-aliado de Lula e Dilma (e de Sarney, e de Collor, e de Temer ou de qualquer um), e agora de Bolsonaro, claro, o próprio “um qualquer”, com quem trocou insultos de FDP pelo whatsapp enquanto negociava cargos e verbas do fundo eleitoral e partidário na madrugada.

O presidente do “acabou a mamata” manda sua base furar o teto de gastos públicos em R$ 94 bilhões (afinal, Bolsonaro também quer uma pedalada para chamar de sua). Com isso ele vai ajudar o Brasil? Não, idiota! Vai ajudar na reeleição deles todos, pagar emenda parlamentar no orçamento secreto (bolsolão), comprar o apoio da maioria do Congresso Nacional e garantir a blindagem que deputados e senadores corruptos fazem dos seus crimes.

O mundo cobra do Brasil a redução do desmatamento. Bolsonaro promete que até 2030 vai estancar esse crime ambiental no país. Devastadores se preparem: em dez anos o presidente garante que vai agir contra queimadas e minérios ilegais! Se restar ainda algum verde, óbvio. Qual a mensagem subliminar? Destruam e explorem logo, incompetentes, enquanto estou aqui. Porque quando chegar alguém na Presidência que se preocupa mesmo com a sustentabilidade, a flora e a fauna, vocês vão se ferrar!

O brasileiro pede justiça, Bolsonaro manda comprar desembargadores em dúzia ou baciada e nomeia para o STF um ministro “terrivelmente evangélico”. Ainda quer nomear mais três, fora um soldado e um cabo. Altere-se a lei! Cortem-lhe as cabeças! Diz Vossa Majestade Bolsonaro I, não a rainha de Copas de Alice, mas o rei cara-de-pau sob foro privilegiado nesse País das Maravilhas particular de negacionistas, terraplanistas, milicianos, fanáticos bolsonaristas e lunáticos em geral.

O povo pede feijão, o presidente oferece armas. O povo quer informação, Bolsonaro cria grupos de telegram e whatsapp, vai no programa do Sikêra e na Rádio Jovem Klan, e ainda decreta sigilo de 100 anos sobre tudo que o envolva, da sua carteira de vacinas à produção de cloroquina, do cartão corporativo da Presidência à investigação das rachadinhas, do cheque da Micheque e dos filhos delinquentes. Eis a verdadeira defesa da família tradicional brasileira: a dele em primeiro lugar! Muuuuuuu! 🐄 Mito! 💩 

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Por que Moro pode ser presidente do Brasil? Porque mandou prender Lula! E o que mais?


Pronto, acabou o texto. Para os lavajatistas que procuram um novo salvador da Pátria - e agem todos com o mesmo fanatismo que criticam em bolsonaristas e lulistas, ou em antibolsonaristas e antipetistas - isso já seria suficiente. Nem precisa ir além do título.

É sério? Bom, por enquanto, a atuação na Lava Jato é o único atributo que o ex-juiz carrega para ser candidato. É pouco? Depende. Para parte do eleitorado que coloca o combate à corrupção como prioridade tem sido suficiente para fazer Sergio Moro crescer nas pesquisas. E a tendência é subir mais e mais.

Afinal, Moro tem se mostrado o nome mais viável da 3ª via, certo? De novo, mais ou menos. A princípio, ele parece de fato ser o presidenciável com maior potencial de crescimento entre aqueles eleitores que não querem votar nem em Lula, nem em Bolsonaro. Mas no estrito significado do termo ele não é 3ª via, mas um dublê da mesma via da direita bolsonarista.

Moro é mais refinado que Bolsonaro, claro! Qualquer ser bípede parece uma evolução darwiniana do presidente demente, o nosso australopiteco pai da familícia e das rachadinhas. Mas o “conje” da Dona Rosângela, aquela que já afirmou que o marido e Bolsonaro eram “uma coisa só”, fã de Edith “Piá”, é simplesmente a opção do bolsonarismo arrependido.

Em vez do “Posto Ipiranga” Paulo Guedes, Moro apresenta seu “Posto Petrobras” (após o combate à corrupção petista) Afonso Celso Pastore. Mas o que Moro pensa de fato sobre o Brasil e o mundo além do seu mundinho particular do lavajatismo e do discurso genérico de marqueteiro que ele leu na filiação ao Podemos?

Pelo pouco que se divulga do “morismo” em artigos esporádicos e raras entrevistas, é uma tarefa ingrata tentar decifrar o que ele reservaria ao futuro do Brasil (como na primeira Conversa com Bial, em que Moro afirmou gostar muito de ler mas foi incapaz de nominar um só livro de cabeceira, além de garantir que jamais entraria na política).

Ok, os tempos mudaram. Após ajudar indiretamente a eleger Bolsonaro, prender Lula, ser ministro, sair chamado de traidor, ver Lula solto e reabilitado para a política, ser acusado de parcialidade e toda sorte de ilegalidades na função de juiz e, enfim, assumir que é político e candidato, houve um turbilhão de acontecimentos até a segunda Conversa com Bial, deste novo Moro presidenciável.

Ainda assim, a principal dúvida permanece: o que significaria um eventual governo do presidente Moro? Quais as suas ações, ideias, propostas, bandeiras (além da segurança e do combate à corrupção)? Quem são seus aliados? Quais seriam os ministros? Como seria a relação do Executivo com o Legislativo e o Judiciário? Como negociar com o Centrão no Congresso? Entre a teoria e a prática…

segunda-feira, 22 de novembro de 2021

O vexame das prévias tucanas: Parece praga de urubu!


O tema é a política. Nada contra os coloridos tucanos nem contra os soturnos urubus - afinal, os animais não tem culpa nenhuma pelos defeitos de fabricação da humanidade. Mas que viria a calhar a troca do tucano pelo urubu como símbolo do PSDB, não me resta dúvida.

Eu abomino expressões que associam bichos com mau agouro ou acontecimentos desagradáveis, mas essas prévias presidenciais são a típica “praga de urubu” do ditado popular: os tucanos que sempre criticam soberbamente o partido dos outros, conseguiram foi se expor à maior vergonha alheia da política partidária.

Não tem competência nem mesmo para escolher democraticamente seu candidato à Presidência da República, quanto mais construir uma candidatura minimamente competitiva, viável, agregadora, progressista, republicana e propositiva.

A decadência tucana e a falência da ideia original da social-democracia brasileira não são de agora, claro! É um processo que vem se arrastando desde o fim do governo FHC, há 20 anos, ele que é o último dos tucanos de alta plumagem e da primeira linhagem ainda influente nos destinos do partido.

E o próprio FHC já deu a dica há duas eleições: após cinco derrotas sucessivas do PSDB, apostava num futuro remodelado do partido com a candidatura outsider de Luciano Huck, em vez dos atuais gladiadores mercenários do ninho tucano, que expõem as vísceras e fraturas partidárias sem escrúpulos e nenhuma perspectiva de sobrevida digna.

Bem definiu quem afirmou que os tucanos fazem agora suas prévias para escolher o candidato que será derrotado em 2022. Mas antes de mais nada, o PSDB perde para si mesmo. É uma luta fratricida. Uma perversão autofágica. A podridão explícita da má política, fisiológica, oportunista, demagógica, atrasada, mesquinha, canalha, populista.

Triste fim desse partido acabar esfacelado na guerra entre João Doria e Aécio Neves. Entre bolsonaristas arrependidos e remanescentes fiéis ao poder de compra do desgoverno. A escolha entre Doria e Eduardo Leite, desconhecido nacionalmente mas inflado internamente para fustigar o atual inquilino paulista, odiado por dez entre dez tucanos tradicionais, é fadada ao fracasso.

O que sobrar do PSDB vai estar esgarçado, desmotivado, ultrapassado, desacreditado, desmilinguido. Quem embarcar na canoa furada dos tucanos deve se preparar para morrer junto, num abraço de afogados. Vão perder a Presidência e ver naufragar governos importantes, como o de São Paulo, onde nadavam de braçada há quase três décadas sem grandes obstáculos. Agora acabou! Resta apenas carniça.

domingo, 21 de novembro de 2021

Será que a escolha para 2022 vai se resumir ao fanatismo por Lula, Moro ou Bolsonaro?


Dizer que se busca uma 3ª via para as eleições de 2022, tudo OK. É perfeitamente possível, legítimo e democrático. Mas quem diz isso? Qualquer um! Dá para levar a sério? Não! Aí que está o problema! Todo mundo que, a princípio, não está com Lula ou Bolsonaro embarca nesse discurso do “nem, nem” - mas isso não significa muita coisa. É quase nada.

Não dá na mesma apoiar Ciro, Moro, Doria, Leite, Virgilio, Pacheco, Mandetta, D’Avila, Simone, Alessandro, Daciolo, Eymael, Datena ou quem mais apareça. Eles não tem o mesmo perfil, o mesmo caráter, os mesmos princípios, as mesmas ideias, os mesmos programas, as mesmas competências, experiências e histórias de vida.

Já ironizamos aqui, outro dia, que não existem apenas três, mas 33 vias de presidenciáveis (uma para cada partido legalizado no Brasil). Todo potencial candidato se julga no direito (e tem) de se lançar por algum partido, mas a maioria simplesmente não dá o braço a torcer que a vez pode ser do coleguinha, que se houvesse unidade em torno de outro nome e outra proposta, a chance de chegar ao 2º turno (e vencer) aumentaria exponencialmente.

“Farinha pouca, meu pirão primeiro”, diz o velho ditado. Fato é que não haverá a prometida unidade da tal 3ª via - e não apenas pelo egoísmo dos candidatos e de seus partidos, mas porque realmente há caminhos inconciliáveis entre eles. E a fragmentação dos votos de quem busca uma alternativa a Lula e Bolsonaro acabará por fortalecer a polarização.

Aí voltamos ao erro essencial do discurso “nem, nem”: Simplesmente negar Lula e Bolsonaro sem apresentar uma proposta viável e consistente contra ambos, que já tem um eleitorado cativo e consolidado, até por buscarem a reeleição (mesmo Lula, 12 anos depois, mas com um histórico de realizações nos governos petistas e agora reabilitado na Justiça) é o caminho mais curto para a derrota.

Lula e Bolsonaro não são iguais, nem representam dois extremos. Também são diferentes os candidatos que tentam se viabilizar na 3ª via. A prioridade do país, oportunidade que já está perdida graças a uma série de fatores, mas todos girando em torno da péssima política que se faz hoje em dia, deveria ser derrotar Bolsonaro e garantir a sobrevivência da democracia, do estado de direito e mesmo de cada brasileiro abandonado à própria sorte com este verme que desgoverna o Brasil.

Para fechar o raciocínio, vale uma aposta para 2022. Salve aí o print e me cobre daqui a um ano. Uma vaga no 2º turno está garantida ao PT. Pois até quando o antipetismo estava no auge, com Lula preso e Haddad teleguiado da cela, ele chegou lá. Portanto, a vaga em disputa é a outra: Bolsonaro ou Moro, com o voto bolsonarista arrependido e o lavajatismo em alta, reeditando o ódio ao PT? Isso mais parece o fanatismo em três vias, não?

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Para celebrar o Dia da Consciência Negra


Neste Dia da Consciência Negra vale relembrar de um #ProgramaDiferente especial de quatro anos atrás com a escritora mineira Conceição Evaristo e a sua “escrevivência”.

Assista: https://youtu.be/9NQeQdNxrAM

Vai na sequência mais uma dica com a mesma pegada para este 20 de novembro: Moda, Beleza e Diversidade no #ProgramaDiferente

Assista: https://youtu.be/XWk8swwKJB0


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

IPTU mais caro em São Paulo: Mãos ao alto, é um assalto!



Hoje o paulistano vai ter a desagradável surpresa de ver aprovado na Câmara Municipal de São Paulo o aumento da planta genérica de valores dos imóveis na cidade e, consequentemente, do IPTU a ser pago em 2022. 


E quem é que mais vai se ferrar, hein, prefeito? Hã, vereadores? Quase todo mundo, claro, mas principalmente famílias mais pobres, que perdem a isenção que tinham do imposto até então, e a classe média que mora em bairros supostamente mais valorizados. Nós, os trouxas.


O que é um bairro “valorizado” na visão distorcida desses vereadores? Morar ao lado de um prédio de 50 andares, como virou moda nesses projetos megalomaníacos que desprezam, junto com as leis e o bom senso, qualquer planejamento urbano, princípio de civilidade ou noção de sustentabilidade?


Junto na pauta do dia consta a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, sobre a qual nós vivemos reclamando por aqui, mas que parece não sensibilizar a maioria dos vereadores que agem sob o tratoraço do Executivo. Esse projeto - que será aprovado - trata do futuro de alguns desses bairros “valorizados” da cidade. Parece piada.


Em resumo, vai haver um adensamento, ou superpovoamento, desses bairros que já vivem um caos no trânsito, por exemplo, e sérios problemas de infra-estrutura. Áreas de parques viram zonas livres para a exploração imobiliária. Ao mesmo tempo, ninguém resolve o problema crônico de favelas e cortiços, moradores de rua, iluminação falha, enchentes, falta de segurança, galpões abandonados, ruas comerciais fantasmas.


Faz algum sentido, se houvesse um mínimo de responsabilidade e compromisso desses vereadores com o interesse coletivo, acabar com a última área disponível para um grande parque em todo o centro expandido da cidade, justamente no bairro com menor índice de verde por habitante, e achar que está fazendo a coisa certa? Haja cara-de-pau!

terça-feira, 16 de novembro de 2021

Doria ou Leite? Não vai sobrar pena sobre pena no ninho tucano!


As prévias do PSDB para escolher o candidato daquele partido (repartido, rachado e dividido) à Presidência da República devem acontecer neste domingo, 21 de novembro. Concorrem pra valer dois governadores: o paulista João Doria e o gaúcho Eduardo Leite. O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgilio, cumpre tabela.

Não importa o resultado, há uma certeza: o PSDB vai sair menor dessas prévias e das eleições de 2022. O que todo mundo conhece nos bastidores, fruto de uma disputa partidária fratricida e sem muitos escrúpulos, vai virar fratura exposta a partir de domingo. De um lado, a turma do Aécio Neves e do Eduardo Leite. Do outro, o grupo do João Doria. No meio, FHC, o último dos tucanos de alta plumagem ainda influente e um bando de oportunistas e liquidacionistas do velho PSDB.

Se ao menos houvesse alguma expectativa real de conquistar a Presidência no próximo ano, os tucanos que não se suportam poderiam ir se tolerando. Mas isso é cada vez mais improvável num cenário que segue polarizado entre Bolsonaro e Lula, enquanto entre as opções da chamada 3ª via se destacam nomes como Sérgio Moro ou Ciro Gomes muito à frente de Doria ou Leite, um muito rejeitado e outro total desconhecido.

Ainda assim todo mundo espera o resultado das prévias tucanas para planejar seus próximos passos: de Bolsonaro na escolha do partido ao qual vai se filiar para tentar a reeleição (PL, Progressistas ou Republicanos) ao ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que pode disputar novamente o mesmo cargo que já ocupou por 14 anos ou, veja só, até mesmo ser vice de Lula (num duplo twist carpado na política que daria um nó na cabeça do eleitor e dos estrategistas).

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

15 de Novembro e a profanação da República


Este 15 de novembro sob o bolsonarismo é uma data a ser registrada por protesto e repúdio ao presidente demente, inepto, desqualificado, irresponsável, incompetente, inconsequente, despreparado, desequilibrado (e mais uma lista infindável de adjetivos que não conseguem descrever este verme e a corja que o acompanha em toda a sua podridão).

O desgoverno Bolsonaro é antidemocrático e antirrepublicano. Inimigo da ciência, da vida, do bom senso e da razão. Entregue a corruptos, milicianos, bandidos, incapazes, oportunistas, golpistas, sociopatas, fanáticos e lunáticos, demonstra na prática cotidiana tudo aquilo que não se esperaria dos Três Poderes da República - a começar pelo péssimo exemplo do chefe eleito do Executivo.

“Um fraco rei faz fraca a forte gente”, já escreveu Luís de Camões em Os Lusíadas. Pois temos um presidente nulo. Covarde. Enrustido. Um zero à esquerda da direita mais chucra, alienada, raivosa, preconceituosa e incapaz. O meme que virou presidente por acidente. Rei dos tolos. Mito mitômano. Pária mundial. Fraquejada da civilização.

A última notícia da escrotidão bolsonarista é a suspensão de sua anunciada filiação partidária ao PL, por onde pretende (ou pretendia) disputar a reeleição. Parece que até para os padrões do presidiário do mensalão e quadrilheiro Valdemar Costa Neto, os métodos da familícia Bolsonaro são inaceitáveis. Nem a ética da bandidagem o bolsonarismo respeita.

Assim, o futuro de Bolsonaro continua indefinido. O leilão desse esgoto eleitoral prossegue entre o Partido Liberal, o Progressistas e o Republicanos, a trinca dos nomes mais impróprios destas legendas que subvertem cada termo de batismo desses antros de foras-da-lei, retrógrados e usurpadores do poder. Deus salve a República! (E nos acuda!)

sábado, 13 de novembro de 2021

Mais uma semana na Câmara e na Prefeitura significa menos uma semana para o futuro da cidade


Alô, prefeito Ricardo Nunes! Alô, vereadoras e vereadores de São Paulo! Alô, paulistanos! Atenção, Ministério Público e Tribunal de Justiça! Passou mais uma semana sem que ninguém se importe muito com a velha e reiterada reivindicação dos moradores da região da Mooca, Parque da Mooca, Vila Prudente, Vila Ema e Parque São Lucas pela destinação de três importantes áreas verdes no centro expandido - das últimas ainda existentes para preservação.

Além de estar em pauta para segunda e definitiva votação a Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, que pode receber emendas que atendam especialmente a implantação dos parques da Mooca, da Vila Ema e do bosque do São Lucas, há outros projetos que tramitam na Câmara Municipal e também tratam destes terrenos ameaçados de destruição pela exploração imobiliária e pelo desprezo dos políticos aos justos pedidos da população e à sustentabilidade.

A solução está dada: é a mesma saída encontrada para viabilizar o recém-inaugurado Parque Augusta Prefeito Bruno Covas, num acordo entre o poder público e as construtoras proprietárias dessas áreas e que, ao invés de beneficiar apenas uma centena de privilegiados endinheirados, vai servir a todos e melhorar a qualidade de vida dos paulistanos em geral. Basta bom senso e vontade política. E então?

sexta-feira, 12 de novembro de 2021

É tiro, porrada e bomba: O que falta na Câmara Municipal de São Paulo? Um octógono de MMA? Um ringue de luta no gel? Ou só vergonha na cara já basta?


Briga entre duas vereadoras do mesmo partido no plenário e no banheiro anexo com empurrão, arranhão, enforcamento e peruca arrancada e pisoteada realmente é um “Novo” patamar até para o tradicional baixo nível da má política genuinamente brasileira.

Nem interessa saber os motivos de Janaína Lima e Cris Monteiro, as brigãs em questão, vereadoras do partido Novo, mas ambas passaram de todos os limites de civilidade e consequentemente perderam a razão. Perderiam também o mandato em qualquer casa política séria do mundo. Vamos ver…

Quando criticamos a mediocridade dos vereadores paulistanos, em geral a maioria da população concorda mas os habitantes daquele mundinho paralelo que é o legislativo se enchem de ira e indignação. Afinal, estaríamos sendo injustos na generalização e na contundência da crítica.

Pois, vamos lá! Nem todos são iguais, evidentemente. Há bons e maus políticos como há gente boa e gente má, competente e incompetente, de bom e mau caráter em tudo que é lugar, coisa típica do ser humano. Mas ali naquela que se costuma chamar de “a casa do povo” esperamos um mínimo de decoro, ética, probidade, educação e respeito. Ou não?

As vias de fato (com lesão corporal) entre as coleguinhas - e que desserviço dado de mão cheia aos machistas de plantão, principalmente àqueles que buscam motivos para destilar preconceitos e chavões contra as mulheres - foram só o desfecho mais espalhafatoso e de maior repercussão, mas essa briga ficou longe de ser o único fato escandaloso e deplorável no plenário. Foi daí para pior.

O dia (e noite adentro) da sessão que marcou a aprovação das mudanças na previdência do funcionalismo paulistano vai realmente ficar para a história. Violência dentro e fora da Câmara, agressões, acusações de compra de voto entre vereadores, xingamentos, ameaças, as galerias divididas entre torcidas organizadas pró e contra a base governista. Descontrole e vergonha total!

Houve mais brigas, empurrões, disse me disse, insinuações maldosas com indícios de racismo, homofobia e misoginia. Não precisamos nominar os personagens nem detalhar os acontecimentos. Tudo está gravado na íntegra, disponível no Youtube e registrado para a posteridade. Mas envolveu, por exemplo, homem branco com postura de machão neandertal e a reação indignada de mulher negra da periferia e de uma trans. Basta?

Até para o histórico da Câmara de São Paulo foram ultrapassados todos os limites toleráveis. E olha que ali já aconteceu de tudo um pouco: vereador sair preso do plenário, vereadora com revólver na bolsa ameaçando atirar na cara de colega do partido, outro entrar na sessão com espada de samurai, ovo podre, tomate, tapa, empurrão, puxão de cabelo, dedo no olho, chutes e pontapés. É literalmente tiro, porrada e bomba. E salve-se quem puder!

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

A minha opinião sobre o prefeito Ricardo Nunes? Era um vereador medíocre. Agora só deixou de ser vereador.


Com todo o respeito que tenho por qualquer pessoa, mas nenhuma cortesia que devo a político algum (ao contrário, quem deve satisfação e respeito ao eleitor - e não tem - são os detentores de mandato), eu vou dizer que considero Ricardo Nunes totalmente despreparado e desqualificado para o cargo de prefeito de São Paulo. Agora, vamos aos fatos.

O padrão dos vereadores paulistanos é de medíocre para baixo. A inépcia da maioria que atua como despachante de luxo de setores econômicos e dos mais diversos lobbies na cidade pode ser traduzida na aprovação à fórceps da reforma da previdência municipal (e nem entro aqui no mérito, apenas na forma com que foi votada à meia-noite de ontem, enquanto a polícia batia nos sindicalistas que protestavam na porta da Câmara).

As cenas de truculência contra trabalhadores apenas endossam a minha opinião sobre Ricardo Nunes e os vereadores. Prefeito por conta do destino e das articulações políticas e eleitoreiras para a definição do vice de Bruno Covas, que já enfrentava o câncer que acabaria por abreviar a vida do jovem titular do cargo, o ex-vereador do MDB não teria sido eleito em nenhuma outra hipótese. Mas está aí desde 2020 e deve permanecer até o final de 2024.

Pobre São Paulo. Esse prefeito que trata o trabalhador como inimigo, um burocrata da velha política, vai aumentar a tarifa do transporte e o IPTU. Vai destroçar o Plano Diretor. Já aumentou o próprio salário, e o dos secretários, e o dos adjuntos, e o dos subprefeitos e demais cargos de confiança em pouca coisa (contém ironia): algo entre 30% a 46%. Para os demais servidores, reajuste de 0,01%. Fora o confisco de 14% sobre os aposentados. Dá para levar a sério?

A relação com a Câmara Municipal é aquela promiscuidade de sempre. O Executivo manda, o Legislativo obedece. Mas não a troco de nada, claro, porque ninguém é bobo nem dá apoio de graça. Tem muito cargo, muita emenda, muito toma lá dá cá (e isso não é uma acusação, apenas uma constatação). Basta andar de ouvidos e olhos abertos pelos corredores do Palácio Anchieta. Um antro!

Todos se dão bem com Ricardo Nunes, principalmente quem se beneficia de pressões e interesses políticos, como os vereadores e os caciques dos grandes partidos, megaempresários, fornecedores e prestadores de serviços da prefeitura (obras, transporte, limpeza pública, creches), exploradores do mercado imobiliário, privilegiados e endinheirados em geral. Só o povão não tem a mesma sorte.

Educação vai mal. Trânsito e mobilidade, idem. Saúde, naquelas, vai se recuperando do pior da pandemia. Habitação, ruim. Sustentabilidade e meio ambiente nem se fala: nunca se viu tanto loteamento irregular, projeto liberado em condições discutíveis, vistas grossas de fiscalização. Aonde vamos parar? Não se sabe. O que fazer? Me diga você! E alguém prove, por favor, que a minha opinião é equivocada!


Bolsonaro, o centrão e o cramunhão: a política no Brasil é diabólica!


Enquanto o brasileiro miserável revira lixo, procura sobras e restos de outros filhos de Deus, osso e pelanca de boi para comer, a Câmara dos Deputados acaba de aprovar a chamada PEC do Calote e briga com o STF para manter o expediente criminoso e vexatório do orçamento secreto. Ô, coisa ruim!

Nem todo mundo se dá conta do que estamos vivendo. A maioria só enxerga a espuma da onda, fica focada na polarização entre governo e oposição, Bolsonaro e Lula, liberais e conservadores, progressistas e reacionários, esquerda e direita, mas nem percebe que a política está dominada por bandidos ambidestros. É um poço sem fundo. Ou uma fossa. O esgoto transbordou.

Ah, mas Bolsonaro é… (complete a frase). Tanto faz se você apóia ou repudia, tolera ou odeia. Estamos todos no mesmo barco e, lamento lhe informar, ele está afundando. A crise econômica e social se desenha como a pior das últimas décadas. Inflação, desemprego, fome, desabastecimento, violência são as consequências mais visíveis e urgentes. Mas tudo tende ainda a se agravar.

A PEC do Calote nada mais é que uma pedalada fiscal infinitamente mais danosa ao país do que aquela que levou ao impeachment da Dilma. O mesmo Congresso que aprovou outro dia o teto de gastos públicos agora autoriza a sua implosão, porque isso vai facilitar a reeleição de deputados e senadores corruptos, canalhas, irresponsáveis, criminosos. É a boiada do extermínio. O bonde do inferno.

O cramunhão (ou centrão, tanto faz) domina a política brasileira e dá sobrevida ao bolsonarismo (assim como sustentou Sarney, Collor, FHC, Lula, Dilma e Temer enquanto foi conveniente). Eles tomam de assalto o governo (qualquer governo), exploram tudo que podem, nomeiam, desviam verbas e pronto! Devolvem a carcaça presidencial da vez ao povo para o próximo ciclo eleitoral.

Bolsonaro é do centrão há mais de 30 anos. Ele e a familícia. Sempre foi do baixo clero, mas enfim progrediu na hierarquia do crime organizado. Agora vai entrar com pompa e circunstância no PL de Valdemar Costa Neto, o presidiário do mensalão, sanguessuga profissional de todos os mais recentes governos do país e novo banqueiro do bolsolão.

O Brasil afunda no mundo. Economia, educação, cultura, meio ambiente, cidadania, humanismo, democracia, civilidade. Não há um só fator positivo na política desse presidente demente, inepto, negacionista, lunático, psicopata, nem no parlamento guiado pelas bancadas do boi, da bala e da bíblia. Do “OGROnegócio”, do fundamentalismo armado, dos milicianos das igrejas do diabo, do capeta, do tinhoso. Esses aí que eles querem reeleger com o seu voto.

terça-feira, 9 de novembro de 2021

Última chance para o Parque da Mooca no antigo terreno da Esso está nas mãos dos vereadores e do prefeito Ricardo Nunes


Em mais um dia que traz na pauta da Câmara Municipal de São Paulo a chamada Operação Urbana Consorciada Bairros do Tamanduateí, que vai mexer definitivamente com os destinos dessa região do centro expandido da cidade, pedimos outra vez a atenção do prefeito Ricardo Nunes e dos vereadores paulistanos para a reivindicação do Parque da Mooca no terreno da antiga Esso.

Veja que não é um pedido absurdo: queremos simplesmente preservar este espaço que é o último disponível na região para um grande parque, encravado na Mooca, que é também um dos bairros com menor índice de área verde na cidade, e tudo isso num terreno que por décadas foi contaminado por produtos químicos e nos últimos anos passou por um longo processo de descontaminação. Nada mais justo que deixar um bom legado para todos.

Essa região é repleta de galpões e fábricas abandonados, imóveis residenciais e comerciais desocupados, submoradias etc. O ideal para um grande plano de revitalização e reurbanização do qual o futuro parque faria parte e se integraria com perfeição. Tudo, menos a utilização dele próprio para a exploração imobiliária - que tem toda a vizinhança livre para novos empreendimentos… Ora, sejam sensatos!

A solução para o grande terreno que pertence a uma construtora e que tem projetos para inúmeros condomínios residenciais e lançamentos de alto padrão (ou seja, nem a função de habitação social pode ser alegada como prioridade) é a mesma que já foi utilizada com sucesso, por exemplo, para a viabilização do Parque Augusta. A troca por potencial construtivo em outras áreas. Simples, direto e objetivo.

Há projeto já aprovado em 1ª votação na Câmara e em condição de pauta para aprovação definitiva que cria o Parque da Mooca na totalidade do terreno da antiga Esso. Pela intenção atual da Câmara e da Prefeitura, expressa na Operação Urbana Bairros do Tamanduateí, o terreno do parque seria todo retalhado, ocupado por condomínios residenciais e o pouco do verde preservado funcionaria na verdade como um grande jardim particular para os moradores desses empreendimentos de luxo. Inaceitável!

Ou seja, está nas mãos do prefeito e dos vereadores, com acompanhamento do Ministério Público e da imprensa, além do amplo apoio da comunidade há décadas, uma saída ao mesmo tempo inteligente, viável, bem planejada e que leva em conta a sustentabilidade (ambiental, econômica, social), a saúde e a qualidade de vida da população paulistana. Quem pode ser contra essa reivindicação? Resolvam isso, por favor!

segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Explica aí, bolsonarista! O “mito” no partido de um presidiário do mensalão? Como assim?


Em 2012, Valdemar Costa Neto foi preso e condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 7 anos e 10 meses no mensalão, e recebeu uma multa de 1,6 milhão de reais. Ele é dono do PL, novo partido do Bolsonaro.

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

É melhor já ir se acostumando: o bolsonarismo está sufocando o Brasil! (Deve ser por isso a fixação pelo verde da bandeira; só esse mesmo vai ser preservado)


Quando o desgoverno brasileiro vai à COP26 e promete reduzir o desmatamento ilegal até 2030, isso deveria soar como a confissão de um crime. Mas, já que todos são cúmplices (em maior ou menor grau) no atentado contínuo à sustentabilidade e ao meio ambiente, vale qualquer compromisso formal perante o mundo para nos dar alguma esperança (ou ilusão) de sobrevida.

O Brasil desmata e mata desde 1500, mas ano após ano - e 2021 comprova isso - bate recordes nesse crime recorrente contra os brasileiros e contra a humanidade, ao devastar mais e mais o pouquíssimo que nos resta da natureza, numa verdadeira política de extermínio para o ganho imediato de quem explora, por exemplo, o minério e a agropecuária, com aquela mentalidade que chamamos de “OGROnegócio”.

Biomas como o Pantanal e a Floresta Amazônica são os que merecem mais atenção global, hoje em dia, por motivos óbvios. A grandiosidade e a repercussão de tudo que acontece ali - como os incêndios e a devastação que aniquila flora e fauna - realmente devem mobilizar toda a civilização, até por instinto de preservação. E quem não se sensibiliza com as imagens de animais mortos e feridos ou fugindo desesperados do fogo?

Mas há crimes ambientais diários na minha e na sua cidade, no cerrado, na caatinga, nos pampas e na quase extinta mata atlântica - ocupada sem qualquer cuidado ou planejamento pela selvageria humana, que envenena a água, o ar e a terra, colocando em risco a saúde física e mental das pessoas e a própria saúde econômica do país. Isso para não falar genericamente na vida do planeta (que não é plano) e soar catastrofista (ainda mais nessa era de negacionistas empoderados).

Não é exclusividade de Bolsonaro, portanto, a culpa por todos que matam e desmatam, que poluem e incendeiam. Mas sem dúvida o bolsonarismo - com suas “boiadas” e tratoraços que passam fácil no Congresso - é o símbolo atual de tudo o que devemos derrotar na política e na sociedade (priorizando enfim a pauta da sustentabilidade em vez de empurrar para 2030), contra políticos canalhas, corruptos e bandidos, para sobrevivermos. Ou não.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

4 de novembro: Dia da Favela



Nesta quinta-feira, 4 de novembro, Dia da Favela, vale o #TBT de um #ProgramaDiferente sobre as vozes da periferia, hein?

Existe vida inteligente e criativa fora dos grandes centros e dos bairros nobres. Transpira diversidade na cidade.

Iniciativas do povo pobre, preto, oprimido, de jovens empreendedores e mulheres empoderadas que se expressam nas ruas e nas redes, na arte e na profissão, transformando a realidade do Brasil a partir da sua própria comunidade.

Assista: https://youtu.be/w-kl8YcUYrM

Deputados aprovam “bolsa reeleição”: e quem se reeleger vai provar que o eleitor é imbecil!


A PEC do Calote, aprovada nesta madrugada pela Câmara dos Deputados, unindo os votos do Centrão com a base bolsonarista e deputados oportunistas, irresponsáveis e/ou corruptos espalhados por diversos partidos (como o PDT de Ciro, o Podemos de Moro e a ala majoritária do PSDB com Eduardo Leite) dá um upgrade na canalhice política genuinamente brasileira.

Isso porque o “devo, não nego, pago quando eu quiser” e o estouro do teto de gastos que passaram agora nesse tratoraço do bolsonarismo são pedaladas fiscais muito mais graves que aquelas que levaram ao impeachment da Dilma e com efeitos infinitamente mais deletérios para toda a sociedade (inflação, desemprego, alta do dólar, desabastecimento, queda da Bolsa).

Com requintes de crueldade elevados até para o padrão da Câmara, entre as negociatas para aprovar a PEC dos Precatórios foram incluídas a liberação de emendas no orçamento secreto (e criminoso) com recursos públicos para a reeleição do próprio Bolsonaro e de toda a sua corja. Parece uma evolução maquiavélica do mensalão e do petrolão de outros tempos com essa “Bolsa Centrão” e a arapuca eleitoreira chamada Auxílio Brasil.

E aí, ainda vai ter bolsonarista cretino vindo dizer “acabou a mamata”, “derrotamos a corrupção”, “chama o Bolsonaro de ladrão, porra!” ou “aponte uma só denúncia contra o nosso presidente”? Não apenas é “mais do mesmo”. É pior. Mais bandido. Mais cafajeste. Mais antidemocrático, inconstitucional, escandaloso. Quem votou 17 aplicou 171.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Quem vai estar no 2º turno das eleições presidenciais de 2022?


Essa é a pergunta de 1 milhão de dólares - ou 1 milhão de vidas, depois que mais de 600 mil brasileiros morreram durante a politização da pandemia, o charlatanismo criminoso do presidente demente, o negacionismo da escória bolsonarista, as campanhas anti-vacina e anti-ciência, a bandidagem dos corruptos, cafajestes e oportunistas, a pilantragem ideológica.

Numa análise fria e objetiva, faltando menos de um ano para a eleição, é inevitável apontar Bolsonaro e Lula como os mais prováveis finalistas da corrida presidencial de 2022. Tudo leva a crer que a polarização dominante na nossa triste política será mantida pelos próximos meses. Mas há variáveis que em maior ou menor grau podem derrubar essas certezas. E ações que cabem a todos.

Primeiro, o mais óbvio da futurologia: Bolsonaro e Lula precisam estar vivos e elegíveis para chegarem lá - e o Brasil, idem! Aí é com a justiça divina e a justiça dos homens, se bem que ambas andam falhando ultimamente. Se não houver um empurrãozinho do destino, da opinião pública, da constituição ou do código penal, não tem para mais ninguém. Mas e aí, somos meros espectadores de um roteiro que já está escrito?

Bolsonaro segue em busca de um partido (PP, PL ou PRB?) para lhe abrigar, mas também precisa de uma amnésia generalizada do eleitorado, na hora de apertar o botão da urna eletrônica, para o raio cair duas vezes na mesma cabeça oca e o sujeito mal informado, ignorante ou mau caráter reeleger essa besta, incompetente, irresponsável, a fraquejada da humanidade e da civilização.

Lula aposta tudo na rejeição ao bolsonarismo - o outro lado da moeda do antipetismo que derrotou Haddad em 2018, no pior momento da história do PT e com ele preso - para dar o troco nessa direita chucra. Se prevalecer a lógica, não tem motivo para Lula ficar de fora do 2º turno agora que teve seus direitos políticos recuperados e a reabilitação na justiça (e eu nem entro no mérito das condenações e absolvições, fica a critério do julgamento de quem lê e vota).

Mas é aí que começa a confusão na tal da 3ª via (que, somando todos os pré-candidatos, parece estar mais para 33ª), com todos digladiando por uma vaga sem nem saber ao certo qual seria, se ela existe ou, senão, como criar. O “nem, nem” adotado pela maioria dos pretendentes, ao atacar igualmente Bolsonaro e Lula, mais reforça do que desestimula a polarização. Só que vai tentar explicar isso para os gênios do marketing e da política…

Da filiação badalada de Sérgio Moro no Podemos como possível presidenciável ao fratricídio tucano na prévia entre João Doria e Eduardo Leite (patrocinado por Aécio Neves), há opções para todos os gostos com Ciro Gomes, Rodrigo Pacheco, Luiz Henrique Mandetta, Simone Tebet, Alessandro Vieira, Luiz Felipe D’Avila, Cabo Daciolo, José Maria Eymael e outros quaisquer (sempre cabe mais um, entre candidatos sérios e folclóricos).

O segredo a descobrir é em que ponto exato estará, em outubro de 2022, o movimento pendular do eleitorado brasileiro, reforçado pelo comportamento cíclico dessas mesmas pessoas que já elegeram Lula e Dilma (duas vezes cada um), e, descontentes, acabaram entronizando Bolsonaro, o meme que virou presidente por acidente.

Pois, ao contrário do que pensam os mais afoitos ou desatentos, não é o eleitorado “de direita” ou “de esquerda” que elege seus presidentes. É a maioria flutuante, que também não é propriamente “de centro”. É o eleitor que se posiciona de acordo com suas emoções e percepções daquele momento histórico, influenciado pela economia, pela mídia, pela onda política mais forte.

Daí até se explica porque o mesmo Brasil acabe por apoiar (em sua maioria, e aparentemente contraditório) o golpe de 1964 e as Diretas Já; elege Collor, FHC, Lula, Dilma e Bolsonaro; ora é antipetista, ora antibolsonarista; às vezes pende para a direita, outras vezes para a esquerda; dá sinais progressistas e em seguida retrógrados; aponta para avanços comportamentais liberais e responde com retrocessos conservadores absurdos. Tic-tac…

Bolsonaro bateu no teto da aceitação e da aprovação - Jair já era! - e agora o movimento é de queda livre (que pode ser contida com medidas populistas e até mesmo com ameaças golpistas, mas insustentáveis). Lula também parece não ter mais para onde crescer (embora neste momento isso lhe baste para o favoritismo, por ter recuperado parte significativa do eleitorado e liderar as pesquisas).

Quem, afinal, tem algo de concreto e viável para propor ao Brasil que possa congelar esse pêndulo eleitoral numa candidatura alternativa entre Lula e Bolsonaro? O país quer isso? Algum desses pré-candidatos tem chances de reunir mais votos que os dois polos consolidados (ou de ao menos um deles, para chegar ao 2º turno)? Que nome é este? E a proposta? Qual o espaço a ocupar? O que fazer para se viabilizar?

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Finados: Hoje é dia de dar parabéns ao morto-vivo que preside o Brasil


Chega a ser ofensivo à inteligência e ao bom senso - e isso nos envergonha perante o mundo civilizado - que parte significativa dos brasileiros ainda defenda o presidente demente Jair Bolsonaro, o zumbi genocida.

Veja a ironia: entre esses fanáticos, lunáticos, cretinos, criminosos e oportunistas estão também os auto-declarados “cidadãos de bem” e representantes da “tradicional família brasileira”, além de todo um nicho ocupado por políticos que se dizem conservadores, cristãos fiéis, tementes a Deus, defensores da vida e da liberdade.

Aí começam as contradições. Como essa escória de golpistas, militaristas, armamentistas, milicianos, saudosos da ditadura e da censura, nostálgicos da tortura, preconceituosos, racistas, machistas, homofóbicos, exterminadores ambientais do “OGROnegócio”, exploradores da fé e da miséria alheia etc. podem representar a vida? Nem mortos!

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A vida imita a arte


Quando a gente encontra uma foto do filho caçula do Bolsonaro fantasiado de Mulher Maravilha, fica pensando por que bolsonarista se incomoda tanto se o filho do Superman nos quadrinhos é hetero ou bissexual… Deixa o menino ser feliz, pô!

Tóxico, poluente, devastador, ofensivo, letal: é o desgoverno Bolsonaro ditando o rumo do Brasil ao mundo



A maior contribuição do Brasil ao planeta é a ausência de Jair Bolsonaro na COP26, a conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas que começa nesta semana em Glasgow, na Escócia. Isso porque livramos os brasileiros de mais uma vergonha global e o contato da humanidade com essa escória genuinamente brasileira.


Pena que antes disso Bolsonaro já foi nos envergonhar no G20, no seu tour por Roma, agredindo jornalistas e tratando o seleto grupo das vinte maiores economias do mundo como se fosse o cercadinho de fanáticos e lunáticos montado à frente do Palácio do Planalto, um verdadeiro picadeiro desse miliciano, negacionista, agressor, covarde, genocida, o Bozo do mal. Demente, mentiroso, delinquente, perigoso.


Bolsonaro (e consequentemente o Brasil, com essa besta à frente) é inimigo da ciência, da sustentabilidade, da cultura, da imprensa, da civilização. Retrocedemos décadas de conquistas nestes três anos de transbordamento do esgoto bolsonarista - e talvez tenhamos outras tantas pela frente para desfazer esse atraso, recuperar o tempo perdido e retomar o protagonismo nas questões ambientais, econômicas, sociais e humanistas.


“O planeta contra Bolsonaro" já é o lema da denúncia feita em Haia, no Tribunal Penal Internacional, por entidades ambientalistas, cientistas e especialistas que acusam o mito mitômano de crimes contra a humanidade. Viramos párias mundiais, enquanto bolsonaristas jogam o Brasil numa realidade paralela totalmente desconectada do resto do mundo, num terraplanismo cretino e um ódio anticomunista extemporâneo e patológico que se prestam a empoderar idiotas, ignorantes, oportunistas, canalhas, criminosos e psicopatas.