terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

É guerra! O chamamento do bolsonarismo para a Paulista. Só por Deus, mesmo


A escória da humanidade anuncia uma reunião na Avenida Paulista neste domingo: da familícia Bolsonaro a vendilhões do templo do porte de Silas Malafaia, ex-presidiários e corruptos como Valdemar Costa Neto, golpistas, negacionistas e lunáticos de variadas matizes, famosos equivocados como a ex-atriz senil Regina Duarte e o tom oficioso do evento garantido pelo prefeito Ricardo Nunes e pelo governador Tarcisio (ambos medíocres).

É um transbordamento do esgoto político-social brasileiro, aquela matéria orgânica malcheirosa que estava reclusa desde a tentativa aloprada do golpe de 8 de janeiro de 2023, em nova investida para furar a bolha das redes sociais bolsonaristas e voltar às ruas. O mote é o mesmo: atacar as instituições e defender o mito dos tolos, oportunistas, psicopatas e hipócritas.

O alvo principal, por óbvio, serão Lula e o STF. Afinal simbolizam para a turba alienada os obstáculos para o retorno triunfal desta extrema direita, extremamente tosca, ao poder. É a tal “família tradicional brasileira” em êxtase. Do maluco anticomunista armamentista à vovozinha do Zap, passando pelo tiozão do pavê.

Um novo tópico serve de combustível para a manifestação acalorada dos saudosos da ditadura militar e dos nostálgicos da tortura além da iminente prisão do imbroxável Jair Bolsonaro, agora também inelegível e inviajável com o passaporte apreendido pela Polícia Federal. Vão defender Israel e os judeus das supostas ofensas de Lula, contra quem propõem agora o impeachment.

O “crime” de Lula: dizer que o massacre desumano na Faixa de Gaza se assemelha à tragédia do Holocausto. Ó, profunda heresia! Pois diz a Bíblia que os judeus são o povo escolhido de Deus, portanto suas vidas valem muito mais do que os “danos colaterais da guerra”, que são as vidas ceifadas de famílias palestinas, com idosos, mulheres e crianças que estavam ali na hora errada, no lugar errado.

Pois é: o erro, seja lá o que isso signifique. Uma parte da sociedade que se julga superior aos demais. No Brasil e no mundo. Tudo se resume à complexidade do ser humano, da vida e da morte. A verdade absoluta. O poder. Tudo em nome de Deus. Não foi à toa que Barrabás foi salvo pelo povo para a crucificação de Jesus. A saga continua.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Em ano eleitoral, prefeito e vereadores paulistanos vão perdoar outra vez devedores e obras irregulares da cidade


Vem aí na Câmara Municipal de São Paulo, em cumplicidade eleitoreira com o prefeito e candidatíssimo à reeleição, Ricardo Nunes, dois projetos absolutamente oportunistas, caça-votos e irresponsáveis para a coletividade: uma nova anistia para obras irregulares e outro parcelamento das dívidas dos contribuintes paulistanos.

É praxe na rotina política dos 55 vereadores e deste prefeito medíocre, títere dos interesses econômicas e corporativos do “mercado” (leia-se dos privilégios da elite em detrimento da maioria da população): beneficiar a ilegalidade, passar pano para os “amigos”, para a malandragem e para a canalhice que domina a cidade.

Quem obedece a lei em São Paulo é tido como otário, mané. Ao contrário, quem surfa nas ondas das contravenções e das irregularidades administrativas tem a certeza de que será atendido pontualmente pelo prefeito e pelos vereadores. Basta levantar o histórico de anistias e revisões das leis municipais, especialmente nesse âmbito de serviços, obras públicas e do mercado imobiliário (não por coincidência, os maiores doadores das campanhas eleitorais).

Enfim, as eleições municipais já dominam as atenções da Câmara. O atual presidente, vereador Milton Leite (União Brasil), não esconde a intenção de ser candidato a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Nada que surpreenda para quem sabe que ele já é praticamente o prefeito de fato, pois tanto o mandatário do Executivo paulistano quanto a atual composição do Legislativo comem miudinho na mão do longevo e todo-poderoso vereador.

Para fechar com uma antecipação de notícia: Milton Leite afirma que seu partido lançará ao menos dois grandes puxadores de votos nas eleições de outubro. Segundo ele, nomes que vão surpreender e tornar o União Brasil a maior bancada da Câmara na legislatura que se iniciará em 2025. Aguardemos.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

Valdemar x Tabata: Começou a baixaria bolsonarista na campanha paulistana


O primeiro grande ataque midiático na campanha eleitoral paulistana foi desferido contra a candidata Tabata Amaral (PSB) por Valdemar Costa Neto, ex-presidiário do mensalão e todo-poderoso presidente do PL, a legenda que abriga Jair Bolsonaro e grande parte da escória bolsonarista.

O político-bandido tenta desqualificar Tabata por supostamente lhe faltar “experiência administrativa” para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Justo ele que, veja só, defende que Michelle Bolsonaro pode ser Presidente da República. Qual é a experiência de Michelle? Ter administrado as joias saqueadas pelo marido? Ou a despensa com leite condensado para a hora do lanche no Palácio?

Lembrando que, aos 30 anos, Tabata Amaral exerce seu segundo mandato como deputada federal, foi listada pela BBC de Londres como uma das 100 mulheres mais influentes do mundo e tem um amplo histórico como ativista social desde que ficou nacionalmente conhecida por sua trajetória exemplar da periferia paulistana à tradicionalíssima Universidade de Harvard.

Mas a cereja do bolo fecal despejado pelo criminoso fanfarrão em entrevista à Globo News partiu do preconceito absolutamente cretino ao mais baixo nível de machismo e misoginia. O papel de Tabata foi reduzido por Valdemar ao de namorada do prefeito de Recife, João Campos, e que ela poderia usar deste relacionamento como argumento à falta de experiência. A fala cafajeste do apoiador de Ricardo Nunes insinua que uma mulher como Tabata atue na sombra de um homem. Coitado do Valdemar. Ele não sabe o que diz.

Aliás, Valdemar emprega Jair e Michelle Bolsonaro como funcionários remunerados do Partido Liberal. Ambos tem salários milionários bancados pelo fundo público partidário. São pagos com o meu, o seu, o nosso dinheiro. Não sei você, mas eu não fico satisfeito de sustentar vagabundos. Nem de ouvir os impropérios deste cadeieiro contra uma mulher digna. Total solidariedade à Tabata.