quarta-feira, 30 de junho de 2021

De A a Z: Sopa de letrinhas e troca de figurinhas


Que os partidos políticos estão com os dias contados nós já sabemos, né? Não que estejam falidos, ao contrário. Afinal, poucos negócios são tão lucrativos como ter um partido político para chamar de seu. Talvez abrir uma igreja, mas dá mais trabalho para convencer e iludir os fiéis e dizimistas.

No partido político, além de ter garantido o sustento por dois fundos públicos milionários, basta juntar seus parentes, sócios, apaniguados e comparsas para dividir benesses e a expectativa de chegar ao poder (seja diretamente ao eleger seus representantes, o que é mais complicado, seja ao vender apoio, lotear cargos e tempo de TV - que todos tiram de letra).

Ah, as letras… Nada mais confuso que essa profusão de siglas, legendas e ideologias de ocasião, uma sopa de letrinhas requentada pela velha política que sorve ruidosamente e sem modos o prato eleitoral pelas bordas e se sacia de poder. Enquanto o povo passa fome e morre doente, os políticos se empanturram e refastelam da coisa pública (tal e qual fazem na privada).

Mas não vamos nos prender aos partidos - embora muita gente dos partidos já devesse estar presa faz tempo. Trocadilhos partidários à parte, precisamos pensar no futuro da política, no aperfeiçoamento da democracia (representativa e direta) e na defesa intransigente do estado de direito.

Cidadãos estão se tornando cada vez mais, graças aos avanços tecnológicos e ao crescente aprendizado político e democrático, protagonistas conscientes de seus destinos e interesses (individuais e coletivos). A política, portanto, passa a ser obra do ativismo autoral de cada eleitor. Nossos representantes - os atuais partidos e políticos com mandatos - serão cada vez mais cobrados e fiscalizados.

Partidos são organizações arcaicas, verticais, herméticas, dispendiosas, hipócritas. Isso não significa que devamos prescindir da política, generalizar na crítica ou acabar com as instituições republicanas. Claro que não! Precisamos é valorizar os movimentos cívicos e indivíduos vocacionados para a vida pública e a prática da boa política.

E aí tanto faz se você é de direita, esquerda ou centro, conservador ou progressista, liberal ou reacionário. Você precisa fazer valer a sua vontade nas ruas, nas redes e nas urnas. Justiça, liberdade, equidade, educação, cultura, sustentabilidade, respeito à diversidade, igualdade de oportunidades - escolha a bandeira que mais lhe parecer apropriada e vá à luta!

Temos uma safra de novos atores políticos, entre os vinte e poucos e os cinquenta anos, que - gostemos ou não de cada um deles - vão conduzir e administrar o nosso país. Que tal prestarmos mais atenção e promovermos um diálogo permanente e suprapartidário com todos? Além da simpatia ou antipatia pessoal há o fato inexorável de que eles serão os novos protagonistas da política nacional.

Veja aí essas gerações que reúnem desde Tabata Amaral, Felipe Neto, Eduardo Leite, Kim Kataguiri, Felipe Rigoni, Alex Manente, Fernando Holiday, Arthur do Val, Tulio Gadelha, Marina Helou, Erika Hilton, Sâmia Bomfim, Glauber Braga, Fernanda Melchionna, João Henrique Campos, Isa Penna, Paulo Ganime, Marcel Van Hattem, Tiago Mitraud, Vinicius Poit, Kayo Amado, Rodrigo Pacheco, Joice Hasselmann, ACM Neto até Guilherme Boulos, Alessandro Vieira, Alessandro Molon, Simone Tebet, Eliziane Gama, Randolfe Rodrigues, Ricardo Nunes, Rodrigo Garcia, Luciano Huck…

Enquanto isso, o cenário para 2022 segue polarizado na geração passada de políticos: Bolsonaro, Lula, Ciro, Doria… Nada contra alguém ou qualquer político pelo avançar da idade, nem quero dizer que são todos iguais, mas vamos apostar sempre nos mesmos? Repetir os erros já vistos, insistir nas velhas práticas e nos vícios reiterados? Até criança (de ontem e de hoje) sabe: figurinha repetida não completa álbum.

terça-feira, 29 de junho de 2021

O eleitor bolsonarista concorda em proteger político bandido?


“Ah, mas se fizermos o impeachment do Bolsonaro a esquerda volta ao poder!”. Esse é o novo mantra que mistura desinformação, cretinice e mau-caratismo dentro da bolha de fanáticos e lunáticos bolsonaristas.

Primeiro, é importante ressaltar que bandidagem não tem preferência ideológica. Tanto que os corruptos denunciados agora no escândalo da Covaxin, todos oriundos do Centrão, são os mesmos que infestam governos desde sempre: com Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro.

O tal Ricardo Barros é o típico político oportunista, fisiológico e quadrilheiro. Passou por todos os governos em posição de destaque, foi líder ou vice-líder de gestões tucanas e petistas, ministro da Saúde do presidente Michel Temer e voltou agora a ser líder do desgoverno Bolsonaro.

Espantoso é o bolsonarismo passar pano para bandido. Pois não era o “mito” que acabaria com a corrupção, o favorecimento, os privilégios, desvios e loteamentos ao assumir a Presidência da República? E agora? É cúmplice ou omisso?

Qual a desculpa para Bolsonaro não tomar nenhuma atitude para impedir a ação criminosa dos corruptos, manter um bando de políticos denunciados no seu governo e ainda tentar proteger esses assaltantes dos cofres públicos da investigação e da punição?

Bolsonaro, Lula, Dilma, Temer, FHC, Collor, Sarney, tanto faz a bandeira partidária ou a coloração ideológica. Se tem corrupção no governo, deve ser investigada e punida. Não foi essa promessa que ajudou a eleger o atual presidente? Ou era só mais uma fake news? Apenas mais uma mentirinha do mito mitômano? Que vergonha! #ForaBolsonaro

segunda-feira, 28 de junho de 2021

28 de junho: Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+


Nada como ver um boçal, canalha, homofóbico, machista, preconceituoso e cretino como Jair Bolsonaro para aprendermos a lutar contra a homofobia e a transfobia, por respeito, igualdade e justiça.

Se não bastasse ser um lixo como político, ele representa também a escória da humanidade. #ForaBolsonaro

domingo, 27 de junho de 2021

Prevaricação é o mínimo que já se tem para o impeachment de Bolsonaro


O presidente é demente, inepto, incompetente, irresponsável, desequilibrado, desqualificado, cafajeste, negacionista, obscurantista, miliciano, genocida. Isso todo mundo já sabia. Mas agora ninguém mais nega que existe também materialidade para o impeachment.

Ao ser alertado pelos próprios aliados de supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin, reconhecer (e citar nominalmente) que as suspeitas recaíam sobre seu líder de governo e não tomar nenhuma atitude, contrariando o que se comprometeu a fazer e descumprindo o que a lei exige, Bolsonaro cavou a própria cova. É o princípio do fim.

“Me chama de corrupto, porra!” era uma das frases preferidas de Bolsonaro e dos bolsonaristas, no estilo tosco que eles tanto admiram. Pois agora a CPI da Covid, a Procuradoria Geral da República, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, a mídia e a sociedade - todos nós - temos o direito e o dever de pronunciar com todas as letras: BOLSONARO CORRUPTO!

Bolsonaro sabia de tudo e não fez nada! Impeachment nele! É flagrante prevaricação: crime cometido por qualquer funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício, ou pratica-o contra disposição legal expressa, visando satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Se não bastassem todas as evidências da negligência do Ministério da Saúde na oferta de imunizantes à população e dos custos letais impostos por sua gestão criminosa, responsável por milhares de mortes que poderiam ter sido evitadas, agora há uma prova concreta e objetiva contra Bolsonaro.

Um super pedido de impeachment será apresentado nesta quarta-feira por partidos de oposição, ex-bolsonaristas e organizações da sociedade civil na Câmara dos Deputados, apontando mais de duas dezenas de indícios de crimes praticados por Bolsonaro num apanhado de mais de uma centena de outros pedidos já protocolados, que expõem da falta de decoro à improbidade administrativa.

Não são poucas as acusações contra Bolsonaro: tem cheque do Queiroz na conta da mulher, tem os quatro filhos investigados e a interferência dele na PF e na PGR, tem atos inconstitucionais e antidemocráticos, tem propaganda charlatã e ilegal da cloroquina como tratamento precoce para a covid, além da fabricação e compra superfaturada do medicamento, tem as mortes por falta de oxigênio em Manaus, tem ações criminosas contra o uso da máscara, as vacinas e o distanciamento social. Tem de tudo.

O desespero bolsonarista nesta semana é o indicativo de que o fim está próximo: o destempero com as revelações na CPI da Covid, a demissão de Ricardo Salles em meio a investigações da Polícia Federal e a iminência de ser preso; o ato de tirar máscaras de crianças em público e seguir promovendo aglomerações e desafiando instituições; os ataques de fúria contra jornalistas (sobretudo mulheres, gesto típico machista, misógino, cafajeste e covarde de Bolsonaro).

Por isso tudo, renovamos a nossa certeza de que o bolsonarismo está com os dias contados. Que esse meme que virou presidente volte para onde nunca deveria ter saído: o lixo da História. Que caia logo, e até escolha os meios. Pode seguir os passos de Collor e Dilma pelo impeachment, de Jânio pela renúncia ou de Getúlio Vargas… bem, você sabe como. Já vai tarde, Bolsonaro. Xô, basculho, corrupto, fascista, genocida!

sábado, 26 de junho de 2021

Bolsonaro já caiu na Austrália? 👉🏻🇧🇷 🇦🇺 Já vai tarde, presidente demente! 👋 🚽 🖕🏻


Se o Brasil for ainda um país minimamente sério, Bolsonaro já caiu na Austrália! Feito o meme-clichê do Ano Novo, o impeachment já deve estar chegando por lá.

Fala sério, presidente. A casa desmoronou, igualzinho aos prédios construídos por seus amigos milicianos. Agora está provado que existe corrupção braba no seu governo, bem debaixo do seu nariz!

Mas quem denunciou, foi petista? Comunista? Esquerdalha? Comedor de mortadela? A Globo lixo? Não!!!! Foi um deputado governista, bolsonarista! Aliás, mais um! São os próprios aliados e eleitores de Bolsonaro que revelam os podres do chefão da familícia.

Agora é o escândalo da Covaxin, a vacina indiana comprada de empresa bandida por bandidos, a preço superfaturado em contrato fraudulento. Mas já foi interferência na PF denunciada pelo Moro, dinheiro sujo na campanha, patrocínio de ato golpista, rachadinha do Queiroz, crime de responsabilidade na pandemia, boiada do Salles, tratoraço…

Escolha o motivo que mais lhe agrada para o impeachment, Jair Messias Bolsonaro. Pode demorar um pouquinho ainda, até essa corja de políticos cúmplices e fisiológicos largarem o osso, mas o fim é inevitável. Prefere uma saída à Dilma e Collor, Jânio ou Getúlio? Já podemos comemorar?

sexta-feira, 25 de junho de 2021

Deputado suspenso por importunação sexual segue atentando contra a boa política, o bom senso e a justiça


A Assembleia Legislativa de São Paulo deveria ter cassado o deputado e importunador sexual Fernando Cury, que protagonizou aquele episódio vexatório e criminoso com a colega Isa Penna em plenário, o “abraço carinhoso por trás”, mas preferiu apenas suspender o mandato dele por seis meses.

O partido de Fernando Cury, por outro lado, que é o Cidadania, também o suspendeu da legenda mas quer ainda expulsar o político indesejável. Porém, acredite, está impedido pela Justiça de tal ato. Uma liminar concedida por uma mulher, a juíza Thaissa de Moura Guimarães, da 20ª Vara Cível de Brasília, mandou há meses interromper o processo de expulsão, o que atenta contra o bom senso e a autonomia partidária.

Enquanto isso, o deputado “suspenso” segue em campanha eleitoral pela reeleição em 2022. Viaja por vários municípios paulistas, onde é recebido como autoridade por prefeitos, divulga atividades do mandato - principalmente verbas que foram encaminhadas às cidades através de emendas parlamentares - e nós ficamos aqui assistindo a tudo com cara de otários.

Apesar de pedir na Justiça a paralisação do processo de expulsão partidária, a penalidade na legenda que o elegeu parece inevitável. O mais inusitado, entretanto, é que o deputado nem pretende permanecer no Cidadania. Já tem apalavrada a transferência para o PSD. A intenção é deixar esfriar a repercussão do caso para sair na janela eleitoral de abril, como se alguém fosse esquecer daquela cena deprimente e deplorável exibida em rede nacional. Inocente, coitadinho.



quinta-feira, 24 de junho de 2021

O seu desejo é uma ordem, mito!


Presidente demente, corrupto, delinquente, irresponsável, inconsequente, desequilibrado, incompetente, desqualificado, negacionista, despreparado, obscurantista, charlatão, basculho, miliciano, criminoso, genocida!

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Quando vamos nos vacinar contra a canalhice dos maus políticos? Reage, Brasil! #ForaCorruptos #ForaBolsonaro


O que já passou pelo Congresso Nacional e o que vem por aí, ainda, é realmente assustador. Das boiadas do Salles, como ficou conhecido o pacote de maldades e manobras bolsonaristas contra o meio ambiente, a Constituição e o bom senso, ao esquartejamento da lei da improbidade administrativa - deputados, senadores e o presidente demente estão realmente empenhados na missão de acabar com o Brasil.

Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados votou regime de urgência para aprovar um projeto de lei de fazer cair o queixo: “Torna elegível o administrador público que teve contas rejeitadas por irregularidade grave, considerada dolosa (quando há a intenção), mas que recebeu apenas a pena de multa.”

Você entendeu? O político CONDENADO por DESVIAR ou ROUBAR dinheiro público vai poder se reeleger, protegido pelos cúmplices, que vão mudar a lei outra vez para defender CORRUPTO e BANDIDO, como sempre fazem. Detalhe sórdido: é mais um projeto que reúne votos de bolsonaristas, de petistas e do Centrão. Realmente vexatório!

Quando políticos de partidos e ideologias opostas se unem para aprovar o mesmo projeto podem contar que é para fazer coisa errada, meus amigos. Vejam aí o empenho deles em acabar com a Lava Jato e a lei da improbidade, e agora com esse vergonhoso complemento liberando assaltantes dos cofres públicos que cometeram crime doloso. Qual a justificativa para tamanha cara de pau? Formação de quadrilha é fichinha!

Aí você junta isso com orçamento secreto de R$ 3 bi, tratoraço para comprar votos e barrar o impeachment, vacina indiana superfaturada em 1000%, fim do licenciamento ambiental, lei da grilagem, fim da proteção a quilombos e terras indígenas, CPI que vai acabar em pizza segundo os presidentes da Câmara e do Senado - e não chega nem perto do que ainda vem pela frente!

Vão acabar também com o crime de abandono intelectual, previsto no Código Penal, que pune pais e (ir)responsáveis que deixam de prover sem justa causa a instrução primária de filho em idade escolar. O argumento? Aprovar o homeschooling, ou a educação domiciliar. Ao invés de inserir isso como exceção e uma justa causa pontual, acabam com toda a proteção jurídica de crianças abandonadas ou mal cuidadas. Podemos levar a sério esses políticos?

Mas calma que tem mais! Vem aí o distritão - que vai facilitar a reeleição dos mesmos parlamentares de sempre, principalmente aqueles que são donos de verdadeiros feudos eleitorais e costumam se eleger na base de práticas clientelistas ou do voto de cabresto (inclusive em áreas dominadas por milícias e pelo crime organizado).

Tem também a federação de partidos, para driblar a proibição das coligações partidárias nas eleições proporcionais (para deputados em 2022, como valeu para os vereadores em 2020). A razão de fazer reforma em cima de reforma? O instinto de sobrevivência dos pequenos partidos e dos maus políticos, é claro, sustentados sempre por rios de dinheiro público. Todos pagos por mim, por você, por nós, os otários!

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Monstrengos caça-níqueis ameaçam bairros residenciais e atentam contra a lei e a qualidade de vida dos paulistanos


Enfim a grande imprensa acordou para o que já sabemos aqui de velho: não há lei ou bom senso que impeça o mercado imobiliário de erguer aberrações urbanísticas como o tal Residencial Figueiras do Tatuapé, com seus 50 andares e uma sombra que se estende por mais de cinco quarteirões de casas.

O impacto ambiental e o tráfego desordenado de veículos estaria impedido se a legislação fosse respeitada ao pé da letra. Mas sempre há meandros, malandragens e jeitinhos para descumprir o Plano Diretor de São Paulo (que inclusive será revisto em breve, no meio da pandemia e com as construtoras ávidas em espalhar esses monstrengos caça-níqueis por diversos bairros residenciais). A Prefeitura e a Câmara Municipal parecem não ver problemas nesses atentados à lei, ao bom gosto e à qualidade de vida.

O condomínio gigantesco do Tatuapé teve seus 170 metros de altura erguidos numa região em que o limite da legislação municipal é de 28 metros. Ou seja, a obra é seis vezes mais alta que o permitido. E o que vem pela frente, se depender da vontade dos vereadores - que não economizam votos e discursos com argumentos de que essas construções trazem emprego e progresso aos bairros - é daí para pior.

Mas será mesmo que esse é o modelo de crescimento ideal para São Paulo? Apontamos aqui com frequência também que as poucas áreas verdes remanescentes na cidade estão todas destinadas a virar empreendimentos imobiliários de luxo, em vez de praças comunitárias e parques bem conservados - tão necessários, como se viu principalmente nestes dois anos de isolamento social e restrição à aglomeração de pessoas em áreas fechadas.

Já foi o tempo em que qualidade de vida, meio ambiente, planejamento urbano, mobilidade, acessibilidade e desenvolvimento sustentável eram consideradas pautas supérfluas ou assuntos de segmentos elitistas da sociedade ou de cidadãos desocupados. É justamente o contrário!

Não há como garantir a saúde dos paulistanos e a gestão pública eficaz da cidade se não existirem limites legais muito claros, transparentes e objetivos de como, quanto e de que forma podemos e queremos ainda crescer - se já vivemos numa metrópole caótica e quase ingovernável. Estamos de olho, senhor prefeito, senhoras e senhores vereadores!

sábado, 19 de junho de 2021

Hoje é dia de #ForaBolsonaro

Fora presidente demente, inconsequente, incompetente, inepto, ignorante, irresponsável, desqualificado, desequilibrado, negacionista, obscurantista, miliciano, criminoso, genocida.

#19JForaBolsonaro #19J #19JPovoNasRuas #impeachment #povonarua 🇧🇷 


sexta-feira, 18 de junho de 2021

Os 90 anos de Fernando Henrique Cardoso


Neste aniversário de 90 anos de Fernando Henrique Cardoso, lembramos de algumas participações importantes do ex-presidente no #ProgramaDiferente


FHC e o "algoritmo que rege a política" no #ProgramaDiferente
https://www.programadiferente.com/2016/12/fhc-e-o-algoritmo-que-rege-politica-no.html

#ProgramaDiferente apresenta encontro da Roda Democrática com FHC
https://www.programadiferente.com/2018/02/programadiferente-apresenta-encontro-da.html

Com diálogo entre FHC e Cristovam Buarque, #ProgramaDiferente cobre o lançamento do livro "Brasil, Brasileiros - Por que somos assim?"
https://www.programadiferente.com/2017/12/com-dialogo-entre-fhc-e-cristovam.html

De Barack Obama a FHC: você vê aqui no #ProgramaDiferente
https://www.programadiferente.com/2017/10/de-barack-obama-fhc-voce-ve-aqui-no.html

Posse da nova direção da FAP, a crise institucional e as expectativas para 2017 no #ProgramaDiferente com FHC, Cristovam Buarque e convidados
https://www.programadiferente.com/2016/12/posse-da-nova-direcao-da-fap-crise.html

O Brasil e os 85 anos de Fernando Henrique Cardoso no #ProgramaDiferente
https://www.programadiferente.com/2016/06/o-brasil-e-os-85-anos-de-fernando.html

Duas bandeiras da campanha de Bolsonaro caíram nesta semana: privatização da Eletrobras e combate à corrupção


Não que sejam novidades as mentiras, a canalhice, a irresponsabilidade e a incompetência dentro do desgoverno Bolsonaro. Mas esta semana, especialmente, foi importante para derrubar máscaras e bandeiras eleitorais do mito mitômano que ainda iludem setores da direita nacional. Porém, o derretimento é notável.

Afinal, que eleitor genuinamente conservador nos costumes e liberal na economia vai concordar com o tratoraço que acabou com a lei da improbidade administrativa para proteger políticos corruptos ou com a privatização no setor elétrico que vai deixar a energia mais cara para o consumidor e ainda dilapidar os cofres públicos para beneficiar alguns setores e lobbies partidários e empresariais?

Primeiro foi o voto da impunidade que uniu petistas, bolsonaristas e o Centrão para livrar políticos acusados e condenados por corrupção, entre eles o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), aliado do presidente para barrar investigações e a ameaça de impeachment. Depois, a privatização que custa mais caro ao povo brasileiro do que manter a Eletrobras do jeito que está. Pode isso, Arnaldo?

Bolsonaro se mostra tão cara-de-pau e desonesto, até para o padrão que já esperamos do bolsonarismo, que na tradicional live das quintas-feiras nas redes sociais fez um discurso sem pé nem cabeça para justificar as mudanças na lei da improbidade. De acordo com Bolsonaro, “tem que flexibilizar um pouco isso daí”. E quem é contra? “Esse pessoal da esquerda”. Piada, né?

Você entendeu o tamanho da canalhice bolsonarista? Para a bolha de cretinos e lunáticos reproduzir, Bolsonaro omite que o governo se uniu com o PT para desmontar o combate à corrupção e a punição de políticos corruptos, manobra repudiada por dez entre dez movimentos cívicos, promotores, juízes e apoiadores da Lava Jato, e atribui as críticas e a oposição ao “pessoal da esquerda”.

Mas sabe de quem foram os votos contrários na Câmara (além do PSOL, que serviu de bode expiatório do Bolsonaro)? Do partido Novo, do Podemos, de Kim Kataguiri (do MBL), de Joice Hasselmann, de Tabata Amaral e de Felipe Rigoni (ambos oriundos dos movimentos cívicos e expurgados de seus partidos, o PDT e o PSB, justamente por não seguirem à risca a cartilha monotemática da esquerda). É ou não é um cafajeste, esse presidente demente?



quinta-feira, 17 de junho de 2021

Corruptos, uni-vos! Quando petistas e bolsonaristas ganham juntos, quem perde é o Brasil!


Esta Câmara dos Deputados é um antro de desqualificados. Não há como classificar de outra maneira, daqui do mundo real (de fora da Terra Plana), essa realidade paralela que funciona em Brasília. O mais recente golpe contra a população foi salvar os políticos corruptos da punição. Liberou geral!

Numa votação a toque de caixa, que reuniu o Centrão, quase toda a base governista e parte significativa da oposição (ou seja, o PT e os bolsonaristas em peso), num projeto que destroça a lei de improbidade administrativa (a maior ferramenta jurídica que existe contra a corrupção), passaram o trator da impunidade.

Virou regra da Câmara: tratoraços, boiadas, jabutis, orçamento secreto. Não se perca pelos nomes “bonitinhos” que descrevem as práticas condenáveis dessa escória parlamentar. A maioria dos deputados, apesar do teatro das atuações no plenário e nas redes sociais, legisla em causa própria. Contra o Brasil.

Quando os partidos se unem pode ter certeza que é para f**** o povo brasileiro. Contrariando a ampla maioria da opinião pública, contra todos os movimentos cívicos surgidos nos últimos anos, contra o bom senso e a justiça, corruptos e cúmplices de todas as legendas, à esquerda, ao centro e à direita, esqueceram qualquer divergência entre eles para salvar a própria pele.

É incrível o tamanho da cara-de-pau na exposição desse instinto maquiavélico de sobrevivência, o grau do corporativismo e o nível do fisiologismo da maioria dos maus políticos (com raras e honrosas exceções). Eles inventam uma narrativa sem pé nem cabeça, totalmente inverossímil, e fingem acreditar na própria mentira para tentar convencer a imprensa e o eleitorado. Poucos ainda caem nessa.

Mas calma que vai piorar! Além das leis que atacam a luta contra a corrupção e atentam contra a sustentabilidade e o meio ambiente, por exemplo, que nos causam maior indignação, vem aí uma nova reforma eleitoral (com distritão e federação partidária) para facilitar a reeleição dos mesmos de sempre e dar sobrevida à profusão de siglas que se esbaldam de dinheiro público. É realmente uma vergonha!

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Abacaxis, bananas, feiras, hortas, antenas, espigões e monstrengos na relação entre a Câmara e a Prefeitura de São Paulo


Entre os muitos abacaxis que estão no colo dos vereadores paulistanos para descascar, ao menos um é novidade. Começa a existir um ruído entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e a base governista. Nada ainda que abale a ampla maioria consolidada no Legislativo, até porque as bancadas são ávidas pelos mimos ofertados pelo Executivo. Porém, pipocam queixas aqui e ali.

Pela frente, a Câmara Municipal de São Paulo terá para votar a Lei das Antenas (hoje em 1ª discussão), a revisão do Plano Diretor e inúmeros projetos de intervenção urbana, sobre os quais já mencionamos a nossa preocupação por aqui. Eles misturam ações caça-níqueis com necessários projetos sociais e habitacionais, aberrações arquitetônicas e atentados ambientais. Cabe acertar a dose do remédio para não virar veneno.

Uma armadilha fácil é aceitar a narrativa que disfarça o interesse predominantemente financeiro do projeto de lei com uma roupagem social. Isso acontece com toda essa variada lista que está em pauta. Pior: eles se valem da oposição entre movimentos ambientais e de moradia, por exemplo, ou como se o apelo social fosse incompatível com a sustentabilidade. Não caia nessa!

Falando objetivamente: sabe o que significa fazer a revisão do Plano Diretor na Câmara Municipal de São Paulo, em plena pandemia, e com participação reduzida e dificultada da população? Transformar a tal “Casa do Povo” numa grande imobiliária e empreendedora de monstrengos urbanos.

A situação em muitos bairros já é trágica antes mesmo dessa revisão prevista em lei e da implantação de operações urbanas que privilegiam apenas o interesse econômico, desprezando a opinião das comunidades locais, tratorando direitos e agindo contra qualquer providência social ou sustentável. Imagine o caos que vem por aí.

As ilustrações postadas aqui trazem alguns exemplos concretos na zona leste: um prédio gigantesco no Tatuapé desafia qualquer legislação (inclusive as leis informais do bom senso e do bom gosto), fazendo sombra sobre quarteirões residenciais e gerando um novo pólo de tráfego inadministrável. Mais grave: serve de modelo para outros projetos semelhantes na mesma região (Mooca e Vila Prudente também receberão seus monumentos ao inferno urbano).

Na Mooca, aliás, se não bastasse a luta eterna pelo parque na totalidade do terreno da antiga Esso (Alô, Ricardo Nunes, vamos cobrar!) e para preservar a praça aonde o poder público quer prolongar a rua Lítio (que liga o nada ao lugar nenhum, privilegiando um único empreendimento imobiliário de luxo e acabando com a praça Eulógio Emilio Martinez), há outros atentados às prioridades e necessidades dos moradores.

Vão acabar com o espaço da Feira Confinada da rua dos Trilhos e com uma área verde de seis mil metros quadrados que funciona como horta comunitária para a construção de moradias. Isso num bairro que tem galpões abandonados e ruas inteiras deteriorados por toda a extensão da linha férrea. Por que então detonar as raríssimas áreas verdes existentes?

A troco de quê? Tudo a preço de banana e transformando o planejamento urbano dessa região do centro expandido paulistano em típico fim-de-feira. É uma espécie de quintal abandonado do centro. Ou a xepa da Prefeitura a serviço do interesse imobiliário e em detrimento da sustentabilidade e da qualidade de vida. Inadmissível!

terça-feira, 15 de junho de 2021

Será que basta devolver R$ 75 mil aos cofres da Prefeitura ou multar por andar sem máscara para atenuar os crimes do bolsonarismo?


A semana começa, na primeira sessão da Câmara Municipal, com a polêmica dos R$ 75 mil saídos dos cofres da Prefeitura de São Paulo para patrocinar o ato político dos motoqueiros com Bolsonaro. Imoralidade e ilegalidade explícitas.

Destinar dinheiro público para atos políticos é crime de responsabilidade, sujeito ao impeachment. No caso, a Secretaria de Esporte de São Paulo destinou recursos “a pedido da Presidência da República”. Crime lá e cá! O Ministério Público já foi acionado. A oposição está alvoroçada.

Não é pela quantia - que deve ser devolvida e os responsáveis, punidos - mas pela ação em si. Fora o absurdo de gastar nosso dinheiro nessas sandices bolsonaristas. O custo anunciado pelo Governo do Estado, apenas com providências legais de segurança, foi de R$ 1,2 milhão. Quem paga por isso?

O fato de causar aglomeração e andar sem máscara rendeu uma multa irrisória mas exemplar. O governador João Doria (PSDB) mandou multar o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas - que andou na garupa do presidente e não desgrudou do cangote do chefinho no passeio do Dia dos Namorados.

Também foram multados por não usarem máscara durante o ato com motoqueiros, no valor R$ 552,71 cada um, os ministros Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), além dos deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambelli (PSL-SP), Cezinha de Madureira (PSD-SP), Coronel Tadeu (PSL-SP), Hélio Lopes (PSL-RJ), e o deputado estadual Gil Diniz (sem partido-SP).

Esses tipinhos debocham da cara de cada cidadão paulistano, desrespeitam a vida, a lei, a saúde, a ciência e o bom senso. A escória da política e da sociedade está empoderada com o bolsonarismo. Precisamos reagir! Impeachment neles! #ForaBolsonaro

domingo, 13 de junho de 2021

Criminoso. Vexatório. Prefeitura de São Paulo liberou R$ 75 mil para ato político dos motoqueiros com Bolsonaro!


Se não bastasse a irresponsabilidade, a provocação, a sandice e o péssimo exemplo do ato dos motoqueiros em apoio a Bolsonaro neste sábado, tivemos ainda a inaceitável liberação de dinheiro público pela Prefeitura de São Paulo para a organização do evento: um ato duplamente criminoso!

Que negócio é esse, prefeito Ricardo Nunes? Sua gestão comete uma ilegalidade e uma imoralidade ao patrocinar um ato político, de campanha eleitoral antecipada, e promover essa aglomeração de lunáticos no apoio ao presidente demente e genocida em plena pandemia com dinheiro do povo paulistano.

Em que pese o governo ter maioria na Câmara Municipal, os vereadores de São Paulo vão ter que dar uma resposta rápida e esclarecedora ao Ministério Público, à imprensa e à sociedade - e não podem passar pano nem aliviar para essa primeira grande escorregada do novo prefeito no cargo, hein?

A Secretaria de Esporte e Lazer de Prefeitura de São Paulo liberou no Diário Oficial deste sábado, 12 de junho, o repasse de mais de R$ 75 mil, sem licitação, para a organização do ato político. Mais grave: O despacho que libera o dinheiro trata o ato como um "desejo" de Bolsonaro.

O atual secretário de Esportes, Thiago Milhim, é advogado e evangélico, indicado pelo Podemos (é vice-presidente do partido), e trabalhou no escritório de Anderson Pomini - que foi secretário de Justiça do então prefeito João Doria antes de se tornar seu inimigo político. Aliás, Doria foi o principal alvo dos manifestantes bolsonaristas.

Foi em despacho à SPTuris que o secretário alegou atender ao "desejo" de Bolsonaro para justificar o uso de dinheiro público: “Considerando a urgência e, breve espaço de tempo entre a contratação e a realização do evento, bem como a impossibilidade de planejamento, já que não se trata de um evento rotineiro e planejado pela cidade de São Paulo, mas sim, de um desejo do Exmo. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro".

Réu confesso? A verba foi pedida pelo Gabinete de Segurança Institucional da presidência de República, como "demanda do promotor do evento". O orçamento enviado pelo governo cita a locação de cinco banheiros químicos, uma tenda com duas mesas de plástico para quatro lugares e um cesto de lixo, além de 750 gradis de 2 metros (que somam 1,5 quilômetros) e 1500 lacres para prendê-los.

Mas a Prefeitura, talvez para impressionar bem o staff do presidente, resolveu dobrar a meta: aprovou os gastos emergenciais para 2.500 gradis (suficientes para cinco quilômetros), e pagou duas diárias, não apenas uma, como havia solicitado o governo federal. Além disso, foram reservados outros R$ 10 mil para um "produtor da SPTuris". Bolsonarismo explícito!

"Autorizo a contratação direta por dispensa de licitação da empresa São Paulo Turismo, para a prestação de serviços, inclusive com a colocação de gradis, objetivando-se a realização do evento denominado 'Carreata - Acelera para Cristo com Bolsonaro', no dia 12 de junho de 2021, no valor total de R$ 75.243,17", escreve o despacho assinado por Vicente Rosolia, secretário executivo de Lazer, após pedido de "máxima urgência" feito na véspera.

Na própria sexta-feira, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o presidente da Câmara Municipal, vereador Milton Leite (DEM), acompanhados de outros parlamentares, estiveram com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, numa cerimônia de inauguração de leitos de UTI e de Enfermaria no Hospital Municipal Guarapiranga (feudo político de ambos na zona sul paulistana), custeados em parceria com o governo federal. A conta chegou rapidinho!

Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo alega que “o apoio do município não leva em consideração o objeto de uma manifestação, que é um direito constitucionalmente garantido, mas, sim, garantir a segurança de todos os participantes e, também, mitigar os efeitos para os cidadãos que não participam do ato.”

Nananinanão, essa resposta não cola, prefeito Ricardo Nunes! O poder público patrocinou sim um evento político de apoio a Bolsonaro que deveria ter sido vetado, negado, desestimulado, gasto público que a lei proíbe por ferir a impessoalidade do cargo e caracterizar também crime de responsabilidade, passível de impeachment, se não bastasse ocorrer em plena pandemia. Vamos ver o que isso vai dar.

sexta-feira, 11 de junho de 2021

Caíram as máscaras do presidente demente


Com 500 mil brasileiros mortos e ainda sem vacina para todo mundo, qual a maior preocupação do presidente demente? Fazer um decreto desobrigando o uso obrigatório de máscara, claro! Um GÊNIOcida!

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Direto do Túnel do Tempo: Justiça segue protelando um caso de 1992

Ainda ousam criticar a Justiça no Brasil… taí se esforçando para responsabilizar alguém pelo massacre do Carandiru em 1992!

Assim eu até renovo as minhas esperanças de ver punidos os assassinos de Marielle Franco ou Kathlen Romeu lá pelo ano de 2050!

É isso aí, você não leu errado. A Justiça ainda discute julgamentos e recursos do famoso caso dos 111 mortos na Casa de Detenção de São Paulo, quase 30 anos atrás.

Isso é Brasil!

quarta-feira, 9 de junho de 2021

Fique antenado, paulistano! (No sentido literal e figurado)


Começa a ser debatido hoje na Câmara Municipal um tema que já motivou duas CPIs nos últimos 20 anos (uma em 2003, outra em 2019), que provoca reclamações recorrentes da população e envolve bilhões de reais em instalações, licenças e multas - sem falar em lucros e propinas.

Opa, calma lá que a acusação é séria! Uai, mas é o que se apurou nas duas CPIs das Antenas, nesse intervalo entre a gestão da prefeita Marta Suplicy e a do atual prefeito Ricardo Nunes, passando pelas administrações de José Serra, Gilberto Kassab, Fernando Haddad, João Doria e Bruno Covas.

Curiosamente, o presidente da Câmara, vereador Milton Leite (DEM), que pautou para discussão o PL (Projeto de Lei) 347/2021, de autoria do Executivo, nesta quarta-feira (9/6), foi integrante da primeira CPI das Antenas, há 18 anos. Os problemas persistem. A promessa é enfim regulamentar o assunto.

Essa nova lei, após tantos anos de empurra-empurra, brechas e desrespeitos à legislação, pretende o aprimoramento da operação de serviços de telecomunicações na capital paulista, que inclui a telefonia móvel, a transmissão de dados e também vai prever a implantação da internet 5G - abrangendo todos os bairros da cidade, com especial atenção à periferia.

Com a defasagem e as infrações da atual legislação que regula a instalação e operação das antenas e das ERBs (Estações de Rádio Base), equipamentos que ligam as antenas às operadoras, além disso dificultar a fiscalização e ser um campo fértil para a corrupção do poder público, sem contar o prejuízo aos cofres municipais, o sofrimento maior recai mesmo sobre a população mais carente.

Há inúmeras regiões que simplesmente não recebem sinal de celular ou internet, impossibilitando até mesmo que se chame a polícia ou um atendimento emergencial. Como vai se permitir, então, que essas famílias tenham acesso a serviços remotos básicos ou participem, por exemplo, da educação à distância implantada na pandemia? Impossível!

É o tipo de projeto de lei que merece atenção redobrada da sociedade, dos próprios vereadores, da imprensa e do Ministério Público. Há interesses sociais, ambientais e econômicos conflitantes em jogo e, principalmente, vai se decidir verdadeiramente a inclusão digital de todos os paulistanos. Fique antenado e olho neles!

terça-feira, 8 de junho de 2021

A turma do “nem, nem” só esquece do “nem, nem, nem” e insiste no nhenhenhém


Calma, eu explico! (rs) Estamos falando, outra vez, dessa busca incansável por um candidato a presidente em 2022 que tenha alguma viabilidade e capacidade para quebrar a polarização que já se anuncia forte entre Bolsonaro e Lula.

Desde 1989, vivemos uma espécie de “dia da marmota” que se repete infinitamente, como no icônico filme Feitiço do Tempo, onde o repórter de meteorologia Phil, interpretado brilhantemente por Bill Murray, dorme e acorda neste mesmo dia até que se convença a mudar definitivamente as suas atitudes.

Pois a tal 3ª via é tentada sem sucesso desde a primeira eleição presidencial direta da redemocratização, em 1989. Guardadas as proporções, entre idas e vindas, além de características partidárias e temporais dessas três décadas, a eventual disputa Bolsonaro x Lula parece repetição do “dia da marmota” daquele 2º turno perdido no tempo, Collor x Lula.

Nessas oito eleições presidenciais desde 1989, a polarização esteve presente. Direita x esquerda, progressistas x conservadores, vermelho x azul. Varia a adjetivação da disputa, a resenha da época, mas a essência, a substância é a mesma. A velha política (no pior sentido do termo) segue dando as cartas.

A repetição mais marcante é a invariável presença do PT na disputa polarizada. Lula em 1989, 1994, 1998, 2002, 2006 e agora novamente em 2022, ou as criaturas lulistas (chamadas até, pejorativamente, de “postes” de Lula), Dilma em 2010 e 2014, e Haddad em 2018.

Do outro lado, além de Collor (1989), já tivemos FHC (1994 e 1998), Serra (2002 e 2010), Alckmin (2006 e 2018), Aécio (2014) e, finalmente, Bolsonaro, que em 2018 “roubou” um dos pólos dos tucanos, resgatando o legado da direita mais boçal, e empurrou o PSDB de volta ao espaço original da 3ª via.

O intervalo entre a Era Collor e a Era Bolsonaro teve algo em comum, além do lugar cativo do PT nessa polarização típica da política brasileira. Foi a onipresença do Centrão, tradicional agrupamento de políticos corruptos e fisiológicos, sempre ao lado do vencedor.

Essa corja que largou a ditadura para apoiar a chapa Tancredo e Sarney na redemocratização foi pulando de galho em galho nos últimos 30 anos, sempre com sede de poder. E assim, no vale-tudo, governou com Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro.

Aliás, é característica do Centrão ser governo (loteando cargos e esbulhando orçamentos) e derrubar presidentes. Foram decisivos tanto para o fim da ditadura quanto para o impeachment de Collor e Dilma - e agora são imprescindíveis para a sustentação (ou o fim) do bolsonarismo.

Perceba, eleitor, a abissal diferença que há entre o Centrão e o centro ideológico e democrático propriamente dito, que é de onde a tal 3ª via seria construída (se partidos e políticos tradicionais conseguirem mudar sinceramente suas atitudes para escapar do dia da marmota no feitiço do tempo).

A 3ª via fracassa desde 1989, quando Covas e Ulysses, por exemplo, tiveram votações pífias e o mais próximo de quebrar a polarização foi Brizola. Depois vieram Quercia e Enéas (1994), Ciro (1998 e 2002), Garotinho (2002), Heloísa Helena e Cristovam Buarque (2006), Marina Silva (2010 e 2014), e em 2018 novamente Ciro, e Marina, e Alckmin, e… Todos fadados à derrota.

Chegamos às vésperas de 2022 com muita gente disposta a quebrar esta sina. Fala-se em Huck, Moro, Ciro, Doria, Tasso, Leite, Mandetta, Dino, Randolfe, Amoedo, Luiza Trajano, Danilo Gentilli - todas opções consideradas para a tal 3ª via contra Bolsonaro e Lula.

Porém, o desafio maior, além de encontrar nomes dispostos e com alguma viabilidade para enfrentar essa história de sucessivos fracassos, é garantir primeiro que em 2022 haja de fato uma eleição, perante os sinais golpistas emitidos por Bolsonaro e pela escória bolsonarista.

Em seguida, compreender que a fragmentação de votos entre várias candidaturas alternativas impossibilita a chegada de qualquer uma delas ao 2º turno (simplesmente porque o eleitor dos dois pólos tradicionais já está fidelizado).

Daí a nossa discordância dessa campanha genérica “nem, nem” que se apresenta como algo genial. Nem Lula, nem Bolsonaro - ou nem direita nem esquerda; nem vermelho, nem azul - é o mote repetitivo da 3ª via desde sempre. Nunca deu em nada.

O problema é ir além da negação. Quem não quer votar em Lula nem Bolsonaro já está convencido disso. Mas vai votar em quem, afinal? Todos se esquecem que há o “nem, nem”, mas também o “nem, nem, nem” - a rejeição que se estende às opções da 3ª via.

Há quem jamais vote em Ciro, em Huck, em Moro, em Doria, ou no PSDB, no PSB, no PDT… Daí a nossa cobrança contra o “nem, nem”, a lembrança do “nem, nem, nem” e, finalmente, o saco cheio de tanto nhenhenhém. Votar certo todo mundo quer. Falta só convencer o eleitor sobre qual é a melhor saída. Parece fácil, não?

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Nem Lula, nem Bolsonaro. O “não” nós já temos. Mas o “sim” vai surgir quando e com quem?


Enquanto Bolsonaro e Lula lideram com folga todas as pesquisas de intenção de voto, diante de quase metade do eleitorado que diz ainda não saber em quem votar para presidente nas eleições de 2022, há uma plêiade de partidos e políticos tradicionais apostando no discurso “nem, nem” para viabilizar uma 3ª via contra a polarização.

Nem Lula, nem Bolsonaro. Até aí, nenhuma novidade. Desde a primeira eleição pós-redemocratização que tentam encontrar candidaturas alternativas contra a polarização do momento. Foi assim de 1989 a 2018, em oito eleições presidenciais consecutivas.

Na memorável disputa de 1989, todos sabem, a polarização se deu entre Collor e Lula. Alternativas não faltaram nas primeiras eleições diretas depois de 21 anos de ditadura, cinco presidentes militares e mais cinco anos do governo Sarney. Havia 22 candidatos.

Quem chegou mais perto de quebrar a polarização que estava consolidada desde as primeiras pesquisas foi Brizola. Outros passaram longe: Covas, Maluf, Afif, Ulysses, Freire, Aureliano, Caiado. Perceba que direita, esquerda e centro estavam ali representados.

Em 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014 o cenário esteve polarizado, invariavelmente, entre petistas e tucanos. Surgiram várias candidaturas que pretendiam se viabilizar como 3ª via, mas nenhuma ameaçou de fato o binarismo dominante. E assim se elegeram FHC duas vezes, Lula duas vezes e Dilma outras duas.

A polarização desde 2018 passou a ser entre Bolsonaro e o PT. Dessa vez foi o PSDB que tentou ser a 3ª via, com uma votação pífia. Alckmin fracassou tanto quanto Ciro, Marina, Amoedo, Daciolo, Meirelles, Álvaro Dias e Boulos. Ou seja, o voto “nem, nem”, ou o #ElesNão, fragmentado, não chegou nem perto de quebrar a cultura eleitoral binária do brasileiro.

Isso no momento mais crítico do PT, com Lula preso e o antipetismo no auge. Mas ainda assim Haddad foi o catalisador do voto antibolsonarista, também no apogeu da direita, do lavajatismo e com toda a narrativa da antipolítica e da bolha nas redes favorável a Jair Bolsonaro.

Chegamos às vésperas da eleição de 2022 com o bolsonarismo em xeque e Lula reabilitado na política e na justiça. Tudo reforça a polarização, inclusive esse discurso “nem, nem”. Ao negar igualmente Lula e Bolsonaro, como se ambos fossem as duas faces da mesma moeda, e não apresentar uma alternativa concreta, induz o eleitor a preferir um lado, ainda que de maneira inconsciente.

Apelar para o discurso “nem, nem”, neste momento, é dar um tiro no pé. Tentar igualar Bolsonaro a Lula num contexto em que o Brasil precisa da união de todas as forças democráticas contra um presidente demente, criminoso, miliciano, golpista, genocida, é também um desserviço ao país.

A busca de uma alternativa eleitoral é legítima, claro, mas comparar ou equiparar Bolsonaro a Lula é um erro político, estratégico, civilizatório. Comunicação equivocada, marketing ruim. Forma e conteúdo inadequados. Erraram a mão. Empobreceram o debate. Desceram ao nível da 5ª série bolsonarista.

Note ainda que aqueles que mais apóiam o “nem, nem”, curiosamente, é justamente quem se nega a fazer uma oposição mais contundente contra esse desgoverno de lunáticos criminosos e não adere objetivamente ao #ForaBolsonaro. Será mera coincidência?

Você pode não querer votar nem Lula, nem Bolsonaro. Faz todo o sentido. Mas não coloque o antipetismo e o antibolsonarismo na mesma balança. Não force a barra. São coisas completamente diferentes. Juntar tudo no mesmo caldeirão só serve aos extremistas.

Buscar uma alternativa é construtivo, afirmativo. Por outro lado, fazer discurso “nem, nem” (sem oferecer alguma opção palpável de candidatura, até porque ela inexiste ainda) é reforçar os dois polos já colocados.

Atacar eleitores petistas e bolsonaristas como se fossem idênticos no prejuízo à democracia não conquista um só voto, porque a ideia do “nem, nem” não aglutina ninguém, apenas derruba pontes e adia o cada um por si.

Assim como em todas as eleições presidenciais anteriores, não apareceu ainda um nome minimamente consensual e viável para quebrar a polarização. O voto “nem, nem” segue fragmentado e insuficiente para colocar um candidato da 3ª via num eventual 2º turno. Será que alguém pode ainda mudar esse cenário? Quem?

sexta-feira, 4 de junho de 2021

A vacina contra o vírus golpista é o impeachment


Não há outro caminho. Vacina para todos no combate à pandemia e o impeachment do presidente demente para sanear a política de todo esse esgoto bolsonarista, golpista, negacionista, obscurantista, miliciano, canalha, genocida. Enfim, precisamos vencer o vírus e o verme.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Alô, prefeito! Atenção, vereadores! Ouçam a voz dos moradores antes de votar essas operações urbanas!


A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta semana, por ampla maioria, a primeira de uma série de operações urbanas que devem entrar em pauta neste ano.

A chamada Operação Urbana Água Branca reuniu votos da base de apoio do novo prefeito paulistano, Ricardo Nunes (MDB), e de parte significativa da oposição (o PT votou a favor, o PSOL foi contra).

Até aí, é do jogo democrático. O projeto de lei aprovado, que deve ser sancionado pelo Executivo, atualiza os valores dos CEPACs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) para a arrecadação de recursos pela Prefeitura e prioriza investimentos em habitação social na região da Barra Funda, zona oeste da capital paulista.

Projeções mais otimistas calculam um potencial de até R$ 5 bilhões em investimentos, fruto do dinheiro que pode entrar nos cofres municipais através da venda de licenças para que as construtoras edifiquem seus empreendimentos acima dos limites permitidos e, com isso, aumentem o seu faturamento.

Ou seja, essas operações urbanas prestam um favor à iniciativa privada - principalmente ampliando seus lançamentos imobiliários - em troca de pagamentos que serão destinados a melhorias sociais, habitacionais, intervenções viárias e obras de drenagem, por exemplo, nessa mesma região.

Porém, é preciso que os vereadores, o prefeito e a população paulistana saibam que não existe remédio genérico para todos os males urbanísticos da cidade. A Operação Urbana Água Branca está em uma região rica e privilegiada, que abrange o parque de mesmo nome, dois shoppings (Bourbon e West Plaza), estações de duas linhas de metrô, o estádio do Palmeiras etc.

Bem próximo dali existirá o Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa Lobos, mas que deve exigir atenções e soluções muito particulares, bem diferentes das necessidades pontuais da Água Branca. Nessa região entre a Marginal Pinheiros, o CEAGESP (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e o Parque Villa Lobos há favelas e famílias em situação de vulnerabilidade social. É outra realidade.

Do outro lado da cidade, mais uma operação urbana, esta denominada dos “Bairros do Tamanduateí”, que abrange a região do Ipiranga, Mooca e Vila Prudente, também exigirá outro tipo de atenção do poder público. Ali há necessidade de revitalizar áreas degradadas como a avenida Presidente Wilson e toda a circunvizinhança do rio e da linha férrea.

Uma exigência inegociável da população local é a implantação de um parque na Mooca, na totalidade da área que por muitas décadas foi ocupada e contaminada pela Esso, em vez de usar este que é um dos últimos espaços verdes da região central para moradia. Um pouquinho de sustentabilidade não faz mal a ninguém, não é mesmo?

Também as medidas de adensamento populacional são questionáveis, em bairros com trânsito já caótico e carência de infra-estrutura. Por outro lado, é possível revitalizar esses bairros e torná-los tão atraentes e convidativos ao comércio, aos serviços e ao entretenimento como acontece nas cidades mais modernas do mundo.

Portanto, prefeito Ricardo Nunes, vereadores situacionistas e oposicionistas, grande imprensa e mídia regional, associações de bairros, movimentos de moradia e ambientais, conselhos de moradores e organizações comunitárias em geral: está dado o recado! Com ou sem pandemia, vamos ficar de olho nas ações do Executivo e do Legislativo e cobrar para que sejam atendidas as reivindicações da população.

O que os moradores querem, que é justo, coerente e necessário, ficou bem claro nas audiências públicas, no plano de metas e nos projetos encaminhados na Câmara por pressão da comunidade (que não estão ainda atendidos nessas operações urbanas). Pois então vamos conciliar esses interesses antes de pautar os projetos para evitar dissabores e ações judiciais, OK?


Nota da Redação: Em conversa, após a publicação, com o ex-diretor do Parque da Água Branca por mais de uma década, José Antonio Teixeira, ele explicou que a Operação Urbana também representa uma ameaça ao próprio Parque, que é um verdadeiro oásis paulistano.


Grandes empreendimentos vizinhos vão provocar mais sombra, diminuir a vazão das nascentes em consequência das ponteiras de sucção do subsolo para os baldrames (vigas e estruturas de concreto dos prédios), canalizar os ventos aumentando o risco de derrubar árvores etc.


Tudo isso porque o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) não tombou 500 metros lineares em volta do Parque da Água Branca, nem a lei aprovada na Câmara prevê qualquer medida de proteção ou preservação desta maravilha da natureza na cidade de São Paulo. Isso em plena Semana do Meio Ambiente!

quarta-feira, 2 de junho de 2021

A falácia da 3ª via contra Bolsonaro e Lula; o “nem, nem” é ficção


Em tese, segundo as sondagens de intenção de voto para 2022, metade do eleitorado brasileiro procura uma opção “nem, nem” para a Presidência da República: nem Bolsonaro, nem Lula. O Brasil estaria, assim, em busca de uma 3ª via.

Digamos que o espaço a ser ocupado por uma candidatura alternativa à polarização possa de fato ser estimado em aproximadamente um terço dos votos válidos (numa divisão genérica, conta feita em papel de pão), onde os outros dois terços sejam disputados por Lula e Bolsonaro.

Para ter sucesso, esta desejada candidatura do denominado “centro” (não confundir com o Centrão, por favor), ou do “polo democrático”, que pretende se beneficiar igualmente do antipetismo e do antibolsonarismo, precisaria reunir a preferência do eleitor sem fragmentar demais esse voto “nem, nem”. Missão quase impossível.

Afinal, quem uniria hoje os diversos interesses em jogo e as várias correntes centristas, cada qual com a sua ideia de pré-candidato ideal? Nomes cogitados não faltam: Ciro, Huck, Moro, Doria, Eduardo Leite, Tasso, Mandetta, Amoedo, Dino, Zema, Kalil, Maia, Pacheco, Temer, Randolfe, Luiza Trajano, Danilo Gentili... Nenhum passou de “fanfic”.

Dos políticos mais tradicionais às opções consideradas “outsiders”, de candidatos testados em outras eleições a praticamente anticandidatos, cotados para atrair o voto de protesto, já se pensou de tudo um pouco, embora ninguém chegue nem perto do consenso sobre a construção mais viável para quebrar a polarização.

É da cultura do brasileiro o raciocínio binário, o Fla x Flu, o sim ou não. Na política não seria diferente: o confronto ideológico esquerda x direita, o julgamento moral do certo x errado. Desde Arena x MDB, na redemocratização, as Diretas Já, o Tancredo x Maluf, as eleições de 1989 (Collor x Lula), depois PT x PSDB se repetindo em 1994, 1998, 2002, 2006, 2010 e 2014.

Isso até Bolsonaro se apossar do antipetismo em 2018, mas não para quebrar a polarização, apenas para reforçar esse embate permanente. Diga-se de passagem, aliás, que também entre os defensores de uma candidatura da 3ª via há, na verdade, preferência por um dos lados. A escolha do mal menor (e eu dou logo o meu palpite: não existe nada pior que Bolsonaro).

Todos os presidenciáveis que já tentaram romper os dois polos fracassaram: Brizola, Ulysses, Ciro, Quercia, Garotinho, Marina, Cristovam, Heloisa Helena, Eduardo Jorge, Luciana Genro, Eneas. Teve de tudo! Mas no fundo segue o eterno confronto entre um lado e outro. Os 50 tons de cinza entre o preto e o branco.

Enfim, qual a chance dessa estratégia centrista antipolarização ter sucesso em 2022? Na eleição passada, auge do antipetismo (com Lula preso, inclusive), muito se apostou em Ciro, Alckmin, Marina, Henrique Meirelles, Álvaro Dias, Amoedo. Todos fracassaram. Não chegaram nem perto de incomodar Bolsonaro x Haddad.

E agora? Quem pode ameaçar Bolsonaro x Lula? Os nomes mais promissores parecem ter desistido por questões pessoais: Huck e Moro. Ciro está aí outra vez (depois de 1998, 2002 e 2018). No PSDB, o “tiro amigo” tenta abater Doria e lançar o governador gaúcho, Eduardo Leite, um ilustre desconhecido. Tucanos sendo tucanos. É fogo no ninho!

De resto (citamos vários potenciais candidatos acima), nenhum parece empolgar ou despontar como aglutinador das forças antipetistas e antibolsonaristas. Todo o contexto favorece a polarização. Não basta ao “nem, nem” negar Lula e Bolsonaro. É preciso mostrar quem deve ser o presidente. Eis o problema sem solução.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Lá se vão oito anos das históricas manifestações de junho de 2013: Regredimos!


Abrimos o mês de junho de 2021 com o presidente demente seguindo à risca o papel de todo ditadorzinho chinfrim, canalha e populista: oferecendo circo a quem não tem pão. Ou futebol - o esporte que já foi chamado de ópio do povo.

De circo e droga o nosso Bozo do mal entende. Aliás, Bolsonaro usou uma referência cretina à maconha para tentar desqualificar as inúmeras manifestações de oposição ao seu desgoverno ocorridas no fim-de-semana.

Disse que a Polícia Federal tem apreendido muita droga, por isso deve ter faltado estímulo aos manifestantes. Alegou que nem viu ninguém nas ruas. Pode ser também efeito alucinógeno da alfafa do gado bolsonarista, que se mostra tão negacionista dos protestos quanto da ciência.

A Polícia Federal que o mito dos tolos elogia por supostamente apreender maconha é a mesma que flagra o tráfico de madeira ilegal patrocinado pelo Ministério do Extermínio do Meio Ambiente e dinheiro público desviado nas rachadinhas pela familícia Bolsonaro. Mas aí o presidente fecha os olhos e finge que não é com ele.

Enfim, em plena pandemia o povo sente necessidade de voltar às ruas para protestar. Em 2013, tudo começou com pequenos atos contra o aumento da tarifa do transporte e que foram crescendo até se tornarem manifestações gigantescas e históricas.

As pessoas protestavam contra a realização da Copa de 2014 no Brasil e pediam escolas e hospitais com “padrão Fifa”, ironizando as exigências feitas na construção dos estádios caríssimos, luxuosos e superfaturados. Nada mudou com Bolsonaro, a não ser para pior. Brasileiros estão morrendo nos hospitais por falta de oxigênio graças ao desgoverno genocida.

Tem pandemia, tem recorde de mortos, tem fome e desemprego, tem CPI que precisa ser tirada do foco diário, deixa com Bolsonaro que ele mata no peito e traz para o Brasil a Copa América - rejeitada por outros países para poupar vidas. E daí? Vamos criar o factóide para desviar as atenções: viva o futebol! Viva Bolsonaro!

Que vacina, que nada! A hora é de dobrar a aposta criminosa contra a oposição, desafiar ao extremo a razão e o bom senso e dar uma injeção de ânimo no povo com mais um trofeuzinho baba que o Capitão Cloroquina vai levantar para tentar reerguer sua popularidade. É populismo na veia!