domingo, 31 de maio de 2020

Pelo Brasil, pela vida, pela ciência, pela democracia

MANIFESTO ESTAMOS JUNTOS

Somos cidadãs, cidadãos, empresas, organizações e instituições brasileiras e fazemos parte da maioria que defende a vida, a liberdade e a democracia.
Somos a maioria e exigimos que nossos representantes e lideranças políticas exerçam com afinco e dignidade seu papel diante da devastadora crise sanitária, política e econômica que atravessa o país.
Somos a maioria de brasileiras e brasileiros que apoia a independência dos poderes da República e clamamos que lideranças partidárias, prefeitos, governadores, vereadores, deputados, senadores, procuradores e juízes assumam a responsabilidade de unir a pátria e resgatar nossa identidade como nação.
Somos mais de dois terços da população do Brasil e invocamos que partidos, seus líderes e candidatos agora deixem de lado projetos individuais de poder em favor de um projeto comum de país.
Somos muitos, estamos juntos, e formamos uma frente ampla e diversa, suprapartidária, que valoriza a política e trabalha para que a sociedade responda de maneira mais madura, consciente e eficaz aos crimes e desmandos de qualquer governo.
Como aconteceu no movimento Diretas Já, é hora de deixar de lado velhas disputas em busca do bem comum. Esquerda, centro e direita unidos para defender a lei, a ordem, a política, a ética, as famílias, o voto, a ciência, a verdade, o respeito e a valorização da diversidade, a liberdade de imprensa, a importância da arte, a preservação do meio ambiente e a responsabilidade na economia.
Defendemos uma administração pública reverente à Constituição, audaz no combate à corrupção e à desigualdade, verdadeiramente comprometida com a educação, a segurança e a saúde da população. Defendemos um país mais desenvolvido, mais feliz e mais justo.
Temos ideias e opiniões diferentes, mas comungamos dos mesmos princípios éticos e democráticos. Queremos combater o ódio e a apatia com afeto, informação, união e esperança.
Vamos #JUNTOS sonhar e fazer um Brasil que nos traga de volta a alegria e o orgulho de ser brasileiro.

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Flexibilização da quarentena em São Paulo privilegia a ciência, a economia ou a política?

Uma rápida olhada no mapa de reabertura do comércio e dos serviços no Estado de São Paulo deixa claro que o critério político pesou bastante na Capital.

Por que, afinal, os paulistanos seriam uma ilha privilegiada em toda a região metropolitana se aqui estão os maiores índices de contaminação e de mortes pelo coronavírus?

Faz algum sentido a cidade mais populosa e portanto de maior risco ter uma abertura antecipada às demais cidades da Grande São Paulo, do ABC e do litoral, por exemplo?

Pois, é. Pesou a pressão política de entidades como a Fiesp e as associações comerciais e de shopping centers. Além, é claro, do posicionamento do presidente Bolsonaro contra o isolamento social.

Também os vereadores paulistanos, obviamente sensíveis a essas pressões políticas e econômicas, principalmente em ano de reeleição, jogaram nas costas do prefeito Bruno Covas e do governador João Doria a responsabilidade pela antecipação.

Eis que as medidas de flexibilização da quarentena prevêem cinco etapas e dividem as regiões do estado por cores, de acordo com critérios definidos pela secretaria estadual da Saúde e pelo Comitê de Contingência do Coronavírus.

A capital paulista foi classificada como fase de controle laranja, de alerta, uma ilha no meio da zona vermelha, ou seja, será permitido reabrir, com restrições, a partir do dia 1º de junho:

- Atividades imobiliárias
- Escritórios
- Concessionárias
- Comércio
- Shopping Centers

Na Grande São Paulo e na Baixada Santista, entretanto, nenhuma medida de flexibilização é permitida ainda. E, cá entre nós, isso faz nenhum sentido.

Obviamente que é preciso retomar as atividades econômicas e a pressão realmente estava quase insustentável. Mas chamar de “inteligente” ou de “consciente” essa flexibilização chega a ser ofensivo à nossa inteligência e à nossa consciência.

Pois existem locais de maior aglomeração no mundo que um shopping center, uma rua de comércio popular ou o transporte público paulistano lotado no horário de pico?

Traduzindo: se o paulistano voltar às ruas e às atividades “normais”, como cobraram os setores empresariais e como concederam os atores políticos, corremos sérios riscos de fazer subir enormemente as tais curvas de óbitos e de contaminação. É o caos anunciado.

Fora isso, os prefeitos dos demais municípios estão pressionando para uma reabertura mais rápida, até porque realmente fica difícil de entender e concordar com o privilégio para a capital paulista.

Outra coisa: há uma diferença maior entre o mundo ideal e o mundo real. Grande parte das atividades pelos bairros paulistanos já tinha sido retomada informalmente, ainda que pela lei estivessem proibidas. Cabeleireiros e barbeiros, por exemplo, estão atendendo clientes com as portas fechadas.

A pressão aumenta dia a dia. Escolas, creches, academias, bares, restaurantes. Todos querem voltar a funcionar. E os clubes? E os parques? E as artes? Qual ciência vai prevalecer, afinal? A medicina, a economia ou a política? E qual será o resultado disso tudo? A que preço?

quarta-feira, 27 de maio de 2020

Bolsonaro tem razão! Mas ficou uma dúvida... Agora eu devo ser contra ou a favor, presidente?

Não é fácil a vida de um bolsonarista. A única certeza que se tem é seguir o toque do berrante, defender Bolsonaro e atacar o inimigo.

Aí é que complica: identificar o inimigo!

Isso muda muito rápido na política. Bolsonaro troca mais de amigo e inimigo que de cueca ou ministro da Saúde. Todo dia é uma novidade.

O negócio é atacar sem pensar. Ler no twitter dele, do Flavinho, do Dudu e do Carluxo quem é o escolhido do dia para ser malhado e pronto!

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos e Bolsonaro pra cima deles!

Doria bosta é comunista! Witzel estrume é comunista! Bosta e estrume são corruptos! Corruptos são comunistas!

(Mas o que é comunismo? Ah, deixa pra lá!)

Sergio Moro é traidor e comunista! Mandetta é comunista! Nelson Teich é comunista! Caiado é comunista! Joice é comunista! Paulo Marinho é comunista e traidor!

O Centrão não é mais comunista. Nem corrupto. Nem traidor. Roberto Jefferson é ex-comunista. Valdemar da Costa Neto é ex-comunista. O Centrão agora é amigo. Amigo!

- Bolsonaro tem razão!

João 8,32: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará!”

Quem mandou matar Bolsonaro é comunista! O coronavírus é comunista! A quarentena é comunista! O isolamento social é comunista! A cloroquina é de direita e a tubaína é comunista!

- Eles querem a nossa hemorróida!

- Mito! Bolsonaro 2022! Bolsonaro 2026!

A imprensa informa que a Polícia Federal investiga os filhos e a mulher do presidente. Comunista! Quer investigar o celular do presidente. Golpe! STF comunista!

A mesma imprensa informa que a Polícia Federal entrou na casa do Witzel. Aplausos! Pegaram o celular do governador e da mulher dele. Viva o STJ! Viva a Polícia Federal!

Aliás, Bolsonaro lembrou na campanha de 2018 que a Globo e a Folha defenderam a ditadura. Eram aliadas dos militares. Agora mudou! Globo lixo! Folha lixo!

Criticou Bolsonaro é comunista!

Os fanáticos pelo Lula sempre criticaram a imprensa. O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo. Direita! Golpista!

Alguém deve ter razão. Talvez a própria Globo. Ou não. Dane-se!

A Covid-19 era uma gripezinha. Vírus chinês. Não mata ninguém. Fake news. Então vamos defender vida normal e todo mundo na rua.

Não, espera! O Doria permitiu aglomeração no transporte público? Precisamos criticar aquele bosta! Vamos dizer que o povo está correndo risco! Então, viva o isolamento!

- Mas eu pensei que...

- Cala a boca! Quem aqui acha que pode pensar? Pensar é coisa de comunista!

terça-feira, 26 de maio de 2020

Os donos da boiada pedem passagem...

A #FolhaLixo (na palavra dos bolsonaristas) traz hoje um anúncio de página inteira, sabe-se lá pago por quem, na defesa do Ministro do Meio Ambiente.

Detalhe inusitado: das dezenas de entidades que manifestam apoio ao delinquente Salles, o réu confesso do governo, NENHUMA se refere ao meio ambiente ou à sustentabilidade.

O bolsonarismo é realmente deplorável.

Por outro lado, nosso total apoio a entidades como Fundação SOS Mata Atlântica, WWF-Brasil e Greenpeace Brasil, que se posicionam contra o Ministro do Extermínio do Meio Ambiente.

#ForaSalles

#ForaBolsonaro 

#impeachmentJa

#BoiadaNãoVaiPassar



segunda-feira, 25 de maio de 2020

Bolsonaro repete na vida pública o que sempre fez na privada; e o Brasil vira uma fossa mundial

A familícia Bolsonaro, seus seguidores robóticos e bovinos e a indústria de produção em massa de fake news espalhou nas redes sociais imagens de policiais militares batendo continência e em viaturas com sirenes ligadas durante mais uma das recorrentes manifestações pelo #ForaDoria na Avenida Paulista. Isso é muito grave!

Seja verdade, como publica Eduardo Bolsonaro, replicado pelos milicianos, e de fato "a PM não decepciona" no apoio aos golpistas bolsonaristas. Seja mentira, como alega o governador João Doria, e tudo não passou de um ato em homenagem a um policial morto na véspera. De todo modo, parece um comportamento inadequado e inoportuno.

Enquanto os ânimos políticos se acirram a ponto de colocar em risco o estado democrático de direito, e setores militares se agitam insinuando até mesmo uma possível intervenção, não parece muito inteligente que a PM do Estado de São Paulo faça um ato público durante uma manifestação contra o Governador do Estado. Tanto faz se é uma homenagem, protesto ou seja lá o que for.

No momento em que setores civilizados da sociedade se mostram indignados com a barbárie da própria PM em assassinatos inexplicáveis e o obscurantismo do bolsonarismo, flagrado em sucessivas ações e principalmente naquela vergonhosa reunião ministerial de 22 de abril, quando o mito do esgoto se refere ao "bosta" do Doria ou ao "estrume" do Witzel, entre outros atentados antirrepublicanos, é inadmissível vermos essas cenas provocativas nas ruas.

Em nome da democracia, das instituições, das liberdades e dos nossos direitos, precisamos reagir. Já basta o presidente e seus ministros reproduzirem na vida pública o que fazem na privada.

Essas referências escatológicas todas demonstram o nível desta ralé amoral. Não saíram ainda da fase anal, com suas fixações por excrementos, hemorróidas e xingamentos aonde o cu é sempre o maior protagonista. Freud explica.

Tarja preta, CPI, impeachment, camisa de força e manicômio judicial neles!

sábado, 23 de maio de 2020

A essência do pensamento bolsonarista


O melhor resumo da reunião de Bolsonaro com os ministros. Bolsonarismo raiz.

Anote aí: Bolsonaro não chega em 2022! (me cobrem!)

A estratégia da milícia bolsonarista é espalhar que o vídeo-bomba da reunião de 22 de abril é benéfico para Bolsonaro. Mentira! É uma sucessão de provas de falta de decoro, improbidade, crimes de responsabilidade, ameaças e ataques às instituições!

Não apenas Bolsonaro, mas seus ministros - principalmente Weintraub, Salles e Damares - oferecem ao Brasil, ainda regido pelo estado democrático de direito, provas e indícios das ilegalidades cometidas e do abuso de poder.

Em qualquer país sério, estariam presos! Por aqui, são heróis para a escória bolsonarista e encontram ainda uma população acomodada em sua maioria e uma oposição comprometida e acovardada. Mas as peças estão jogadas no tabuleiro. O jogo só está começando.

Bolsonaro não termina este (des)governo. O fim está próximo. A lei e a justiça vão prevalecer. Anotem aí, bolsotários. Em 2022 a gente vê quem riu por último.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Todo mundo é genial no facebook e no whatsapp

#Sextou e a gente vai falar um pouquinho desse esgoto virtual e da maldita polarização política que opõe (e reúne) lunáticos e fanáticos, à direita e à esquerda.

Quanto homem machão e mulher “fodona”, uau! Ganham uma coragem incrível e toda a razão virtual do mundo quando postam ou comentam, mas apenas com a bunda no sofá ou protegidos pelo anonimato digital.

Sabem tudo, opinam sobre tudo, desprezam a razão e a ciência, xingam, ofendem, odeiam a imprensa, mas idolatram seu bandido político de estimação e fazem questão de nos fazer sentir vergonha alheia.

Gente burra, ignorante, mesquinha, preconceituosa, agressiva e desequilibrada que se julga acima do bem e do mal. Na vida real são uns bostas, frustrados, reprimidos, mal amados. Mas nas redes antissociais se imaginam geniais.

Aparecem aos bandos, num comportamento típico de gado atendendo ao toque do berrante das milícias virtuais. Disseminam fake news, agridem quem pensa diferente, copiam e colam as maiores besteiras e insanidades.

Enxergam um mundo binário: direita x esquerda, Bolsonaro x Lula, preto x branco, 8 ou 80. Na cabecinha perturbada dessas bestas, se eu critico o Bolsonaro só posso ser petista, esquerdalha, comunista. Isso se soubessem o significado, claro.

Mas, enfim, deixemos que eles se manifestem. Freud explica. É até didático conhecer como se comporta essa fraquejada da humanidade, com prazo de validade vencido. Seria trágico, se não fosse cômico.

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Dê um só motivo para o impeachment do Bolsonaro

Afinal, Jair Bolsonaro foi eleito democraticamente pela maioria dos brasileiros. Não se derruba presidente assim, por qualquer motivo. Participar de um movimento #ForaBolsonaro é desrespeitar o resultado das urnas. É fazer o jogo da oposição. É tentar desestabilizar o país. Será?

Ora, ora. Que país é esse que derrubou Fernando Collor e Dilma Rousseff, ambos legitimamente eleitos por ampla maioria dos eleitores brasileiros, e agora não pode denunciar, investigar e punir também os inúmeros crimes de responsabilidade que se sucedem no desgoverno deste presidente demente, inepto, irresponsável e desqualificado?

Ah, mas Collor e Dilma deram motivos! Vamos relembrar: Collor foi acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello, em matéria de capa da revista Veja, em 1992. O empresário Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Collor, foi a personalidade-chave do impeachment. A prova fatal: a perua Fiat Elba, comprada para a primeira-dama Rosane Collor, foi paga por um cheque decorrente do esquema de PC Farias.

O impeachment da Dilma teve início com a aceitação pelo então presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, inimigo declarado da presidente, de uma denúncia por crime de responsabilidade oferecida pelo procurador de justiça aposentado Hélio Bicudo e pelos advogados Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal, que ninguém botava muita fé. O motivo central: uma "pedalada fiscal".

Ou seja, presidentes caem no Brasil por participarem de esquemas ilegais de favorecimento, por improbidade administrativa, por desrespeito à Constituição. E do que Bolsonaro é acusado, então? Ah, vá! Tudo bobagem! Nada que se compare a uma Fiat Elba ou a pedaladas fiscais, com certeza! Vocês não querem comparar Bolsonaro com Collor e Dilma, né, por favor!?

Claro que não! Não tem comparação! Bolsonaro é acusado de quebra de decoro e de abuso de poder; de crime contra a saúde pública e de atentar contra a vida de brasileiros no meio de uma pandemia; de convocar e comparecer aos atos contra a democracia e pelo fechamento do Congresso e do STF; de interferir nas investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Até de falsificar a assinatura do então ministro Sérgio Moro na exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF ele é acusado. Sim, Bolsonaro foi fraudar e comprar briga logo com Sérgio Moro, o símbolo anti-corrupção que ajudou a afundar o PT, a eleger Bolsonaro e agora pode ajudar também a tirá-lo da Presidência, porque o ex-juiz acusou e comprovou alguns dos crimes de responsabilidade deste desgoverno, gravados na reunião ministerial de 22 de abril, o dia do descobrimento. Mas não é só isso.

Temos ainda Bolsonaro atentando contra a imprensa, o Congresso e o Supremo, convocando empresários para a 'guerra' contra governadores e prefeitos, bloqueando a compra de respiradores e outros equipamentos de saúde por estados e municípios, apoiando milícias paramilitares e incitando um golpe em defesa supostamente do povo brasileiro, entre outros atos, sandices e ataques recorrentes ao estado democrático de direito.

Ah, mas o impeachment não depende apenas de questões jurídicas, mas também políticas, econômicas, sociais - e agora até mesmo de saúde, em meio à quarentena e às mortes pelo coronavírus. Para afastar o presidente, precisa haver uma combinação de fatores e de interesses difusos, além obviamente de apoio suficiente no Congresso e efetiva mobilização popular. 

Sim, claro, sabemos disso tudo! Mas também no princípio dos movimentos pelo impeachment de Collor e Dilma, ou antes, de movimentos como as Diretas Já, foram poucos os que se reuniram convictos e, mesmo desacreditados pela maioria, sabiam estar fazendo a coisa certa e o melhor para o Brasil. Avançamos, construímos as condições para as mudanças, vencemos!

É o que deve nos mover agora e sempre, a defesa da justiça, dos nossos direitos e das nossas liberdades na construção de uma ampla frente democrática, envolvendo as pessoas, os partidos, os movimentos, as redes, toda a sociedade. Não podemos tolerar Bolsonaro. Não podemos nos acomodar diante do bolsonarismo. A razão e a lucidez precisam vencer o obscurantismo. A barbárie precisa ser derrotada pela civilidade. 

#ForaBolsonaro #ImpeachmentJá

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Nem Lula, nem Bolsonaro... Que fase!

Lula: "Ainda bem que o monstro do coronavírus veio para demonstrar necessidades do Estado".

Bolsonaro: "Quem é de direita toma cloroquina, quem é de esquerda toma tubaína".

Abriram o esgoto.

Pobre Brasil! 🇧🇷

segunda-feira, 18 de maio de 2020

São Paulo antecipa feriados para tentar convencer a população a ficar em casa

A ideia é criar um mega-feriadão já durante esta semana, a partir de quarta-feira, para forçar o aumento do isolamento social e conter a disseminação do coronavírus em São Paulo.

A Câmara Municipal já antecipou dois feriados, a pedido da Prefeitura. A Assembleia deve seguir o mesmo caminho nesta terça-feira, por sugestão do Governo do Estado.

A adesão ao isolamento social vem despencando. O risco de contágio, portanto, aumenta a ponto de ameaçar o caos no sistema de saúde.

Algo precisa ser feito por governadores e prefeitos, que vem sendo vistos como vilões por parte da população, principalmente por conta da campanha irresponsável contra a quarentena, liderada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Duas medidas emergenciais tentadas pelo prefeito Bruno Covas e pelo governador João Doria já fracassaram. Primeiro foi o bloqueio do trânsito em algumas avenidas e vias de acesso da cidade de São Paulo. Depois, o rodízio em dias alternados, atingindo os carros pelo final da placa, par ou ímpar. 

A antecipação dos feriados é a última tentativa antes da implantação do chamado “lockdown”, o bloqueio total, ou confinamento imposto a toda a população, que fica proibida de circular nas ruas.

A intenção é decretar os feriados desta quarta-feira (20 de maio) até segunda-feira (25 de maio). Para isso, os feriados de Corpus Christi (11 de junho) e da Consciência Negra (20 de novembro) já estão antecipados para esta quarta (20) e quinta (21), por decisão dos vereadores. Na sexta-feira (22), será declarado ponto facultativo na cidade.

"Teremos aí um período de quarta, quinta, sexta, sábado e domingo onde a gente pode atingir os índices que nós atingimos no domingo, quando tivemos 56% de isolamento social aqui na cidade", explicou o prefeito Bruno Covas.

Os deputados também votarão projeto semelhante, que prevê a antecipação do feriado de 9 de julho (Dia da Revolução Constitucionalista) para a próxima segunda (25).

De acordo com o governo estadual, será feita uma recomendação para que outras prefeituras da Grande São Paulo antecipem os feriados municipais para os dias 26 e 27 de maio.

E você, o que acha dessas medidas emergenciais contra a pandemia da Covid-19 e as ações (e omissões) da Prefeitura, do Governo do Estado e da Presidência da República para promover (ou desestimular) o isolamento social e tentar desacelerar o contágio da doença?

“É a Economia, estúpido!”

O bordão mundialmente famoso é do especialista em estratégias de campanhas políticas, James Carville, que em 1992 utilizou a frase “é a economia, estúpido” para resumir os anseios do eleitorado norte-americano.

Naquele ano, os EUA estavam mais propensos a votar no democrata Bill Clinton, candidato de oposição que defendia melhorias na vida prática do cidadão, do que reeleger o republicano George Bush, o pai, que utilizava como principal argumento persuasivo o triunfo na Guerra do Golfo.

Clinton ganhou a Presidência, claro, e a frase se eternizou. Lá e aqui, o eleitor faz sempre uma pergunta simples e direta para qualquer político: “O que você está fazendo para melhorar a minha vida?”.

Apostando nisso, o presidente Jair Bolsonaro, seu Posto Ipiranga na Economia, o ministro Paulo Guedues, e o bajulador-mor do Planalto, Onyx Lorenzoni, vem a público apresentar suas pataquadas e expor a sandice deste desgoverno de Damaraes, Weintraubs, Salles, Araújos e ninguém na Saúde.

Tanto faz se a medicina e a ciência recomendam a quarentena e o isolamento social. Pouco importa se o mundo todo enfrenta os efeitos danosos e recessivos da Covid-19, a estratégia bolsonarista é jogar a culpa nas costas dos outros e dizer que, para Bolsonaro, a economia estaria girando e a vida já teria voltado ao “normal”.

É esse pragmatismo irresponsável, populista e oportunista que move o bolsonarismo. Tanto faz para eles se a crise econômica é global. Eles querem é “voltar ao trabalho”. Claro, porque o bolsonarista raiz tem seu emprego garantido, ou é um empresário, empreendedor, aposentado, ou profissional liberal, talvez um militar ou pastor evangélico.

Para o povão, o autônomo, o desempregado, o trabalhador informal, Bolsonaro acena com os R$ 600 emergenciais que, se não fossem as trapalhadas de Onyx e da Caixa Econômica, todos aqueles que tem direito já teriam recebido.

Mas, não! “É a Economia, estúpido!”

A fome, o desemprego e a miséria, dizem os bolsonaristas, é culpa de governadores e prefeitos. Todos eles, obviamente, mancomunados numa conspiração comunista para prejudicar Bolsonaro com esse “vírus chinês”.

Pois então aprendemos que não é apenas a Economia. É também muita hipocrisia e demagogia. Muita ignorância, sandice, desinformação, a milícia nas redes. Bolsonarismo na veia! É a ideologia, estúpido!

sábado, 16 de maio de 2020

Se o Brasil e o mundo estão parados, a culpa não é do Bolsonaro, que já mandou a gente voltar à vida normal

Se você precisasse de cuidados médicos, de um atendimento de urgência, de um pronto socorro, ou se alguém da sua família, uma mãe, um filho, tivesse um mal súbito, você correria para o hospital ou para o Palácio do Planalto? Procuraria um doutor em medicina ou o presidente da República?

Parece uma pergunta besta, mas no enfrentamento da pandemia do coronavírus muita gente prefere acreditar no achismo imbecilizado de Jair Bolsonaro do que na opinião abalizada de médicos e cientistas. O obscurantismo ideológico atropela a razão e o bom senso causando dor e morte.

O mundo todo recomenda este sacrifício que é o isolamento social como medida essencial para desacelerar a disseminação da Covid-19, menos Bolsonaro e os bolsonaristas.

Todos os países, todos os líderes, um a um, de cada nação civilizada, recorrem a resultados científicos e ao aprendizado diário no combate à doença para planejar os próximos passos, menos Bolsonaro e os bolsonaristas.

Será que a genialidade de Bolsonaro é tanta e tão inalcançável que apenas ele, em todo o planeta, está certo em desprezar esse vírus que não passa de uma gripezinha sem importância e pode ser curada pela cloroquina que seu exército passou a fabricar aos milhões (e por bilhõe$)?

Como pensar com a cabeça de um bolsonarista que acredita piamente que a mídia, presidentes, reis, ministros, governadores, prefeitos, médicos, cientistas estão todos errados ou mancomunados num grande plano chinês, uma conspiração comunista global para dominar o mundo, e que ele, o Messias bárbaro, é a nossa salvação?

Bolsonaro conclama empresários, juízes, parlamentares, eleitores e suas milícias para a guerra. Não contra o coronavírus, mas contra governantes que recorrem à ciência para salvar vidas. O mito, o iluminado, debocha do distanciamento, despreza o uso de máscara, desestimula a quarentena, promove aglomerações. Quer “vida normal”, o povo nas ruas, a economia girando.

Não contente apenas em lavar as mãos, demoniza e vilaniza seus opositores e joga nas costas alheias o peso da responsabilidade pela miséria, a fome e o desemprego. O governo federal não tem nada com isso. Aprovou a ajuda emergencial de R$ 600 e mandou acabar com o isolamento.

Se o Brasil e o mundo estão parados a culpa não é dele. Bolsonaro tem razão, chora esquerdalha, muge o gado e zurram os muares nos pastos da terra plana.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Vamos dissecar um bolsonarista?

Que se faça logo a autópsia do bolsonarismo, este cadáver insepulto da nossa breve História; uma fraquejada da democracia que precisa ser rapidamente corrigida para voltarmos à vida.

Há dois anos, um terço do Brasil decidiu entregar a Presidência da República a Jair Bolsonaro (o que representou 55,13% dos votos válidos, ou 57,8 milhões de brasileiros).

O que inicialmente parecia uma piada de mau gosto para alguns se consumou em tragédia. E o meme virou presidente, por uma conjunção de fatores sobre os quais refletiremos a seguir.

Nem o rinoceronte Cacareco, o macaco Tião, “Meu nome é Enéas” e Tiririca, “pior que tá não fica”, foram tão longe. Quer dizer, ainda não tínhamos ido tão longe com o voto de protesto ou uma experiência sadomasoquista. E fica pior, dia a dia.

O estado democrático de direito está sob risco iminente. As instituições republicanas, ameaçadas. Nossas conquistas de décadas de lutas e de conscientização enfrentam um retrocesso inimaginável.

A ciência, a cultura, a educação, a saúde, o meio ambiente, os direitos humanos, as relações exteriores, as liberdades individuais e coletivas... O obscurantismo nos esfaqueia diariamente. O Brasil sangra.

Bolsonaro recebeu votos antipetistas, lavajatistas, direitistas, conservadores, reacionários, fundamentalistas, militaristas, armamentistas, antiesquerdistas, anticomunistas... Fora os lunáticos de plantão.

Foi o candidato que melhor encarnou o personagem antissistema e anti-establishment, apesar de estar no jogo há 30 anos como deputado medíocre e ter profissionalizado toda a família-problema nas tetas do Estado.

Excluídos os arrependidos, temos ainda aproximadamente um terço de brasileiros que se mostram ou se declaram bolsonaristas. Mas o que é o bolsonarismo, afinal? Podemos seccionar um bolsonarista para estudo?

O que leva alguém a se identificar com um sujeito tosco, inepto, grotesco, autoritário, despreparado, irresponsável, desqualificado, preconceituoso, machista, racista, misógino, homofóbico, repugnante?

Como apoiar um ser que se diz saudoso da ditadura, debocha da morte e do sofrimento de milhares de brasileiros, flerta com o fascismo e o nazismo, faz apologia da tortura e tem como ídolo declarado um torturador assassino?

Dá para relevar isso tudo em nome de uma suposta “simplicidade”, “autenticidade” ou “legitimidade”? Com atenuantes do tipo: “Ele é assim mesmo”. “Ele diz o que pensa”. “Pelo menos não é corrupto”. “Bolsonaro tem razão”. “E se fosse o PT?”.

Pois então. Não foi o PT, repetindo um governo que se apoiou na cleptocracia (ou propinocracia) para se manter no poder. Mas é outro na mão inversa, que se apóia na ideia do autogolpe, das milícias armadas e na sustentação pela mesmíssima base fisiológica, corrupta e criminosa.

Esta sim é a verdadeira ameaça de “venezuelização” do Brasil. Um tiranete populista no poder, com apoio de setores militares e uma elite retrógrada, pregando o fechamento do Congresso e do Supremo. Foi pra isso que vocês foram às redes, às ruas e às urnas? Deus me livre!

quarta-feira, 13 de maio de 2020

Brasil acima de tudo, Deus acima de todos


“Se não há como remover Bolsonaro pela lei ou pela força, só pode restar um recurso: sua morte. Por Covid.”

“Se for verdade, como afirma, que seus exames deram negativo, significa que ele ainda pode ser infectado. De preferência, por um seguidor. Deus é grande.”

O desejo é de Ruy Castro.

Eu só peço a Deus que faça o melhor por nós.

Se for para ter uma intervenção, que seja divina e não militar.

Brasil acima de tudo. Deus acima de todos.

terça-feira, 12 de maio de 2020

A sucata da Cultura no lixão do Bolsonaro


Que Bolsonaro é inepto e imprestável já sabemos. Que é um lixo como político, presidente e ser humano, idem. Que sua toxidade contamina quem o segue, também.

O editorial acima, da Folha de S. Paulo (a #FolhaLixo, assim como a #GloboLixo, que fanáticos e lunáticos do bolsonarismo chamam de comunistas), nos representa da primeira letra ao ponto final.

Abaixo, uma discussão pública no instagram da secretária da Cultura, Regina Duarte, expõe também um pouquinho dessa insanidade da ex-atriz. Coitadinha da Rainha da Sucata, viúva Porcina do falso Messias, o Sinhozinho da ditadura, da censura e da tortura.


O editor deste site fez um comentário numa postagem absolutamente destrambelhada da secretária, aonde ela afirma que a maior preocupação não deve ser contra o coronavírus, mas contra o comunismo. Até o craque Rivaldo, ex-jogador da Seleção Brasileira pentacampeã mundial, ele também bolsonarista, entrou na polêmica.

Porém, milhares de seguidores da própria Regina Duarte a criticaram e apoiaram a posição do editor do #Suprapartidário. Foram 3.600 curtidas e cerca de mil comentários. Pobre Regina. Pobre Brasil.











sexta-feira, 8 de maio de 2020

O Rei do Gado, a Rainha da Sucata e como se assassina a própria biografia

Outra vez com mais de 600 mortes diárias, chegando à triste casa de 10 mil brasileiros mortos pela “gripezinha”, e as cenas grotescas do bolsonarismo seguem nos embrulhando o estômago.

Primeiro foi a marcha da insensatez do presidente demente até o Supremo, cercado pelos lunáticos de sempre, para sinalizar à claque outra vez o seu desprezo pelo estado democrático de direito. Um Pilatos das redes sociais, ele lava as mãos sobre as responsabilidades, o decoro e a liturgia do cargo.

Além de aglomerar a manada de idiotas, inocentes úteis e fanáticos inúteis, Bolsonaro fez novo discurso contra o isolamento social, na contramão da ciência, da medicina, do bom senso e da civilidade. Para completar a insanidade, anunciou um churrascão no Planalto para convidados. Eis o psicopata que a escória chama de mito.

Mas a cena mais ridícula, patética e absurda do dia veio mesmo da Rainha da Sucata, a namoradinha senil do bolsonavírus e Viúva Porcina do Messias fake, o Sinhozinho da ditadura, da censura e da tortura.

O chilique de Regina Duarte ao vivo na CNN, as bobagens ditas, a frieza patológica e o mórbido distanciamento da realidade são o desfecho lamentável da carreira da ex-atriz.

Deplorável. Deprimente. Repugnante. Um show de horrores.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Por que o raciocínio binário e polarizado comanda tudo, desde a política até o enfrentamento do coronavírus?

Falar em "raciocínio" diante de algumas posturas e atitudes estúpidas e irracionais como as que temos visto ultimamente é até elogio.

Mas, enfim, a minha dúvida é por que tudo resulta em polêmica desnecessária e polarização ideológica?

O que leva essa escória da humanidade a politizar até a Covid-19, chamando a maldita doença de "vírus chinês", "praga comunista" ou coisas do tipo?

Não é possível que em pleno 2020, mais de 30 anos depois da queda do Muro de Berlim, o mundo ainda viva numa interminável e extemporânea guerra fria (agora, desculpe o trocadilho ruim e involuntário, mas uma guerra fria que vem esquentando com as redes sociais, ou anti-sociais).

Quem foi que disse que tudo deve necessariamente ser dividido entre direita e esquerda, entre liberal e conservador, entre progressista e reacionário?

Qual fanático ou lunático, da tal bolha bolsonarista ou da bolha petista, que te convenceu primeiro que o destino do Brasil está fadado a ser escolhido na polarização entre Bolsonaro e Lula?

Que raciocínio tacanho, pobre, medíocre e equivocado limitar o Brasil a estes dois nomes, a dois pólos, que afinal nem sequer representam dignamente o melhor da direita e o melhor da esquerda brasileira e mundial.

Ou vai me dizer que você de direita, legítimo defensor do liberalismo econômico e até mesmo conservador nos costumes, consegue se ver representado nessa indigência moral e intelectual do bolsonarismo?

Por outro lado, você acha mesmo que os quatro governos sucessivos do PT, com Lula e Dilma eleitos presidentes duas vezes cada um, implantaram minimamente o que rezava a cartilha marxista, ou algo próximo do socialismo ou do comunismo? (Confesse: você nem sabe o que era o comunismo!)

Também precisa ser muito burro, ignorante, alienado ou mal intencionado para achar que Bolsonaro x Lula resumem o confronto histórico entre os dois extremos. Não, meus caros, essas duas bolhas hoje estão espelhadas e se aproximam por práticas e interesses em comum (está aí o Centrão que não nos deixa mentir!).

Ambos, bolsonaristas e lulistas, querem que o outro se mantenha no cenário, ainda que enfraquecido, obviamente, para que possam se enfrentar novamente nas próximas eleições. A sobrevivência de um depende da continuidade do outro. É apenas uma guerra de narrativas. Entendeu ou precisa desenhar?

Quanto mais complexo, rico, múltiplo e diversificado for o cenário e o debate político, pior para as duas bolhas de fanáticos e lunáticos que só enxergam o mundo em preto e branco, sem a multiplicidade de cores e tons.

Por isso é mais conveniente para eles que você não pense, não reflita, não critique, não questione. Apenas escolha um lado da visão binária e vá para a guerra.  Mas, ganhe o lado que ganhar nessa polarização burra, nós é que continuamos perdendo.

Não queremos a volta do PT com a apropriação do Estado e de recursos públicos para atender aos interesses partidários e pessoais de seus caciques. Com a incapacidade de fazer uma autocrítica para expurgar a cleptocracia instituída a partir do mensalão e do petrolão. O fanatismo cego por Lula e a tentativa de monopolizar o pensamento de esquerda que, afinal, terminou enxovalhado tanto pelo que fizeram quanto pelo que não fizeram.

Por outro lado, também não queremos a manutenção deste governo inepto, irresponsável, desqualificado e incompetente, inimigo da ciência, da cultura e do estado democrático de direito, sustentado por lunáticos, obscurantistas e milicianos que transformaram o meme em presidente. Um demente, psicopata, aético, populista e golpista que envergonha o país e coloca em risco a saúde e a vida dos brasileiros.

Basta! Abra seus olhos! Enxergue os múltiplos tons de cinza entre o preto e o branco. Aliás, volte a ver o mundo em cores. Veja também a infinidade de números entre o oito e o oitenta, entre o 13, o 17 e o 38. Pare de se deixar influenciar. Não idolatre bandidos. Não seja massa de manobra. Liberte-se! Pense! Viva!

terça-feira, 5 de maio de 2020

Vereadores paulistanos tratam de temas polêmicos: ISS de bancos, homeschooling, votação de homenagens e áudio vazado de whatsapp

Com mais de duas horas de diálogo e debate entre os vereadores paulistanos, alguns presentes na Câmara Municipal e a maioria pela internet, foi realizado o Colégio de Líderes nesta terça-feira, 5 de maio.

Vários assuntos foram tratados. De uma proposta de passar de 2% para 5% o ISS de bancos e instituições financeiras até uma eventual e polêmica implantação oficial do homeschooling (ensino doméstico ou residencial).

Também foi sugerida a retomada da votação de projetos dos vereadores, principalmente relacionados ao enfrentamento da pandemia de coronavírus e da consequente crise pós-quarentena, mas também homenagens e honrarias (outro tema polêmico).

Mais um assunto controverso foi levantado pelo vereador Mario Covas Neto (Podemos), ao comunicar que representará contra o colega Adilson Amadeu (DEM) na corregedoria da Câmara por um áudio de whatsapp recheado de ofensas e acusações ao prefeito Bruno Covas, ao governador João Doria, à gestão de ambos e aos próprios vereadores.

Os líderes discutiram ainda a possibilidade de retomar as sessões presenciais a partir de 12 de maio, com funcionamento misto: um líder ou representante de cada bancada ficaria no plenário e os demais seguiriam participando de forma virtual.

Nesta quarta, 6 de maio, haverá a partir das 15h sessão virtual com “tribuna livre”, onde os vereadores se manifestam sobre vários assuntos. Uma das preocupações é a crise institucional que o país vive, muito em função da irresponsabilidade do presidente Jair Bolsonaro, como bem pontuou o líder do Cidadania, vereador Claudio Fonseca.

O nó na cabeça do bolsonarista


Não tá fácil ser bolsonarista e espalhar por aí que Moro e Doria são comunistas...

Dureza, né, minha filha? 😏

‪A sorte de bolsonarista não ter cérebro é que não vai precisar queimar os neurônios para justificar a aliança de Bolsonaro com os corruptos do Centrão nem reclassificar Moro de herói a traidor.‬




segunda-feira, 4 de maio de 2020

#ForaBolsonaro #ImpeachmentJá

Ahhh, mas você só fala do Bolsonaro? Fale do governador, do prefeito, dos senadores, dos deputados, dos ministros do STF, dos vereadores.

Você fala do Bolsonaro mas não falava da Dilma, do Lula, dos corruptos do PT. Fala do Bolsonaro mas não falava do Temer, do FHC, dos tucanos. Fala do Bolsonaro mas...

Mas é o c******! Falamos do Bolsonaro e falamos também de todos os outros políticos. Criticamos, cobramos, fiscalizamos, denunciamos.

O problema é que com todos os outros, sem exceção, por mais defeitos ou malfeitos que apresentem, podemos divergir no campo democrático, ético, político, jurídico. Dentro do estado de direito.

Já com Bolsonaro e com os bolsonaristas lunáticos as nossas divergências são humanas, civilizatórias, racionais, existenciais. Bolsonaro é a escória da política e da raça!

Bolsonaro é um golpista, inepto, psicopata, despreparado, desqualificado. A cada gesto ou a cada fala nos causa nojo, repugnância, antipatia, desprezo, revolta.

A aversão à ciência e à medicina. A apologia à ditadura e à tortura. O uso de mentiras e fake news. As milícias virtuais, os robôs, as aglomerações de fanáticos idiotizados. Os ataques. As agressões. O descaso pela racionalidade, pela cultura, pelo diálogo, pela verdade e pela transparência.

O Brasil só vai andar para frente quando se livrar de Bolsonaro e do bolsonarismo. Nossa cidade e nosso estado. A saúde, o emprego, a segurança, a qualidade de vida, a esperança em dias melhores.

Não é à toa o número crescente, dia a dia, de eleitores e apoiadores arrependidos. Basta observar. De Sérgio Moro a Marco Antonio Villa. De João Doria ao MBL. De Lobão a Danilo Gentilli. Até entre os militares! Vão fazer o que? Acusar de comunistas Caiado, Witzel, Janaina Paschoal, Joice Hasselmann, o Partido Novo, o Vem Pra Rua?

Não é o Congresso ou o Supremo que precisam ser fechados. Ao contrário, precisamos é abrir os olhos de quem ainda não entendeu o jogo sujo do bolsonarismo. A aliança bolsonarista com bandidos, corruptos e criminosos. O golpe em curso contra o Brasil.

Bolsonaro acabou. Vamos enterrar de vez essa triste e rápida fraquejada da democracia brasileira, antes que este zumbi coma mais cérebros e aniquile a vida de mais brasileiros.

Afinal, como diria qualquer bolsominion, raiz ou nutella: “Aqui não é a Venezuela!”.

#ForaBolsoro #ImpeachmentJá

domingo, 3 de maio de 2020

Bolsonavírus transforma em zumbis um terço do Brasil

O novo exercício para reflexão durante esta nossa quarentena parece ser, ao menos para quem ainda não foi contaminado, tentar entender quem são, afinal, essas bestas bolsonaristas que representam um terço da população brasileira.

De qual esgoto saíram esses zumbis comedores de cérebros, infectados pelo bolsonavírus? Quando eles perderam suas características humanas, a capacidade de raciocinar, a empatia, a sensibilidade, a solidariedade, o senso de realidade?

Milícias de fanáticos e lunáticos, reais e virtuais, se não bastasse o estrago feito nas urnas, seguem em suas cruzadas insanas nas redes e nas ruas.

Marcados pelo ódio, pelo desprezo à ciência, à educação e à cultura, alimentados por fake news e impropérios variados, saem à caça de comunistas reais e imaginários para aquilo que o efeito manada acredita ser uma necessária purificação ideológica do Brasil.

É a barbárie atacando a civilização. O obscurantismo em guerra civil contra o estado democrático de direito. Um saudosismo fantasioso da ditadura militar, da censura e até da tortura. 

Reunimos alguns textos interessantes, uns mais antigos, outros absolutamente recentes (como o de hoje, de Fernanda Torres), que nos fazem pensar nisso tudo. Veja a seguir:



Fernanda Torres: Os 33%

Todo mundo tem um bolsonarista para chamar de seu; eu tenho a minha

Quantos, dos estupefacientes 33% da população fiéis a Messias, continuarão confiantes no governo?

Sergio Moro caiu atirando, munido de um arsenal de provas que promete liberar a conta-gotas, para sangrar o presidente.

Diante das acusações de interferência na Polícia Federal e do adeus do ex-juiz de Curitiba, quantos, dos estupefacientes 33% da população fiéis a Messias, continuarão confiantes no governo?

Todo mundo tem um bolsonarista para chamar de seu. Eu tenho a minha.

P. desenvolveu um ódio incurável ao PT porque acompanhou de perto, por meio do marido engenheiro do setor de energia, a feérica escalada de corrupção dos anos Lula e Dilma. 

O cônjuge participou de leilões de obras públicas e, sem se corromper, viu o “quem dá mais” levar os contratos. 

Depois da recessão agravada pela nova matriz econômica, ele amargou o desemprego, acirrando a ojeriza da mulher pelo partido e pela esquerda.

O casal sofreu o achatamento de renda enfrentado por grande parte da classe média e percebeu, na ascensão da chapa Bolso/Guedes, a aliança sonhada entre a repugna que sentia da política e a promessa do menos Brasília e mais Brasil.

P. se engajou nas correntes midiáticas de Jair, repostando fake news no Zap, no Twitter, no Face e no Insta com a ira dos possuídos. 

Movida a ressentimento, ela acreditou no discurso antissistema da extrema direita, que prometia tanto a concertação do Congresso, do Senado e do Supremo quanto a forca aos comunistas, aos artistas mamadores das tetas e aos assaltantes que a atormentavam pelas esquinas do Leblon.

A eleição de Bolsonaro não diminuiu a frequência de suas postagens. Dois dias depois da vitória, P. repassou uma publicação com a foto de Marcelo Adnet, emoldurado por letras garrafais, acusando o ator de ser o dono da voz que imitara a do então candidato, supostamente gravada no hospital onde ele se recuperava da facada de Adélio. “VAMOS BOICOTAR MARCELO ADNET!”, incitava o post.

Eu convivia com P. havia mais de 20 anos. A publicação mentirosa, pedindo a cabeça de um colega que admiro, bem como a ciência de que a raiva orquestrada tinha como alvo o setor ao qual pertenço, me fez escrever uma mensagem no seu perfil.

“P.”, comentei, “conheço o Adnet, a dublagem de Jair não foi feita por ele. Qual o sentido de perseguir um ator jovem e talentoso? Vocês ganharam a eleição. Por que alimentar o caça às bruxas, agora que o pleito terminou?”.

Ela não me respondeu. Dias depois, repassou mais uma fake, apontando o ex-deputado Jean Wyllys como mentor da tentativa de assassinato de Messias. De pronto, enviei nos comentários o desmentido da Agência Lupa, que faz checagem de notícias fraudulentas.
P. me cancelou no Face e nunca mais nos falamos.

O homem é um animal gregário. Minhas reprimendas roubavam de P. o prazer do pertencimento. Ela se transformara numa das Fúrias que, junto a tantas outras, havia tirado o PT do poder e entronizado o justiceiro.

 A eleição era só o começo de uma longa vigília. P. movera o tabuleiro graças a uma corrente de engajamento que dera sentido à sua vida e da qual não queria mais se separar.

Desde o meu banimento do seu perfil, pergunto a amigos comuns sobre a resiliência de P., mas nada parece demovê-la do culto ao líder.

O despreparo de Weintraub, o delírio de Goebbels do ex-secretário da Cultura, a vizinhança do Vivendas da Barra, os ataques à China, o filé-mignon dos filhos, as queimadas da Amazônia, o menosprezo do vírus, o boicote ao confinamento, a demissão de Mandetta, o comício antidemocrático do dia do Exército e a aproximação com o velho centrão, nada abalou a sua fé.

Nos raros momentos de desconforto com Jair, havia sempre o ex-ministro da Justiça e o ainda ministro da Economia para reassegurar a idoneidade do governo e o futuro liberal do país.

P. era a alma dos 33%.

Desde a ruidosa renúncia de Sergio Moro, no entanto, sua rede social emudeceu. Dessa vez, as denúncias não partiam da Globo comunista ou da Folha esquerdista, mas do herói da Lava Jato que, não satisfeito, ainda afirmava que o PT, mesmo sob investigação, jamais interferira no trabalho da Polícia Federal.

Difícil saber se P., convencida pelas nuvens bolsonaristas, verá no ídolo um traidor, ou se, em meio à manada, dará as costas para o mito.

E daí?

Daí que P., mais uma vez, tem o futuro do país nas mãos.

Fernanda Torres é atriz, apresentadora, escritora e roteirista brasileira. É filha do casal de atores Fernando Torres e Fernanda Montenegro.

sábado, 2 de maio de 2020

Nelson Motta: Que terço é esse?

Nada mais assusta ou surpreende nos seus coices na razão e nas suas bombas de merda verbais. Nem seu autoritarismo e sua ganância de poder, de ter controle sobre tudo e não dar satisfações a ninguém, afinal, “o presidente sou eu, eu é que mando, talkey?” Seu principal objetivo é livrar os filhos da lei a qualquer preço.

O que assusta é saber que um terço do país (ainda) o apoia incondicionalmente.

Apesar do bombardeio da mídia, do Congresso e do Judiciário, e dos recentes revezes e desgastes, que fizeram 17% de seus eleitores se arrependerem, 33% do país se mantêm fiéis a ele. São cerca de 50 milhões entre os 150 milhões de eleitores. Uma Espanha.

Mas quem é esse terço no Brasil?

Muita gente muito pobre e muito ignorante junto com gente muito rica e poderosa, por motivos opostos, estão com Bolsonaro. Os evangélicos também, embora não sejam uma massa homogênea; já se ouve gente dizendo “sou evangélico mas não sou burro” e gritando fora Bolsonaro. Os que votaram nele por ódio ao PT e à esquerda estão decepcionados, envergonhados e batendo panelas.

Mas quem são esses 50 milhões que ainda acreditam nele? Não são só os burros, ignorantes, fanáticos, boçais, moralistas, terraplanistas, militaristas, mas também os inteligentes, informados, liberais e bem (ou mal ) intencionados a serviço da elite empresarial e da direita.

Como um terço é oposição radical, sem o terço do centro, Bolsonaro pouco pode fazer, além de atrapalhar. Não basta só comprar o centrão no Congresso, é preciso ganhar o centro da opinião pública, que exclui lulistas e bolsonaristas, por extremos. Os isentões estão deixando de sê-lo para virar oposição. É o centro que vai fazer a diferença.

Nelson Motta é jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical, teatrólogo e letrista brasileiro. É autor de mais de trezentas músicas, com diversos parceiros, como Lulu Santos, Rita Lee, Ed Motta, Cidade Negra, Guilherme Arantes, Dori Caymmi, Erasmo Carlos e a banda Jota Quest, entre outros.

sexta-feira, 1 de maio de 2020

Um 1º de maio histórico

‪Depois de tantos anos desta data simbólica, o 1º de maio de 2020 registra um histórico e diferente Dia do Trabalhador.‬

‪Redescobrimos a importância de serviços essenciais, tiramos da invisibilidade inúmeros heróis anônimos, revalorizamos nossas casas, a saúde, a fé e a vida! 🙏🏻‬

Sessões à distância garantem participação mais atenta e concentrada dos vereadores

Durante a quarentena, a Câmara Municipal de São Paulo vem atuando como pode para auxiliar no combate à pandemia do novo coronavírus, principalmente com debates e decisões importantes em sessões virtuais.

Um fato inusitado, mencionado pelos próprios vereadores, é que o grau de participação e atenção à fala e às ideias de seus pares até aumentou nas sessões à distância. No plenário físico, é comum que vereadores façam seus pronunciamentos sem que ninguém ouça. Agora, virtualmente, o foco é concentrado.

Na foto, em sessão desta semana, o presidente da Casa, vereador Eduardo Tuma (PSDB), comanda do plenário, sozinho e auxiliado por poucos funcionários, o trabalho remoto dos vereadores, que votam e se manifestam de suas casas por videoconferência.

Estão sendo aprovados alguns projetos de autoria coletiva e por unanimidade de votos, como o texto Substitutivo ao Projeto de Lei 260/2020, que autoriza o Executivo a requerer leitos da rede privada para a Covid-19.

Também autoriza o poder público a disponibilizar leitos de hotéis a profissionais de saúde, moradores em situação de rua e mulheres vítimas de violência; ações de emergência da Secretaria da Cultura para apoiar artistas impactados pela pandemia; e autoriza a Prefeitura a receber doação de imóvel da União no Largo do Paissandu (prédio que desabou após incêndio em 2018).

O texto aprovado prevê ainda, por exemplo, a obrigatoriedade de estabelecimentos comerciais disponibilizarem álcool em gel aos frequentadores e equipamentos de proteção aos funcionários.

Também determina que o poder público deve adotar medidas para garantir assistência à população vulnerável para assegurar alimentos, saúde e prevenção da violência doméstica.

Entre outras medidas desde o anúncio da pandemia, os vereadores também aprovaram o corte de 30% dos próprios salários e verbas de gabinetes, além da transferência de recursos disponíveis no fundo de reservas da Câmara e do Tribunal de Contas do Município, para citar os exemplos mais emblemáticos e midiáticos.

Que isso vire o novo modelo de atuação dos vereadores, mais interessados, atentos e participativos, e sirva para melhorar a qualidade das sessões. A população agradece.