sexta-feira, 31 de julho de 2020

Vamos ajudar a Gestapo do Bolsonaro: aqui nós fazemos oposição!

Pô, mas este título é um pouco exagerado, né? Comparar esses lunáticos bolsonaristas com a polícia secreta alemã, ou a SS nazista, a tropa de proteção do Hitler, é demais!

Pode ser, por mais que a intenção seja a mesma, como revela o vazamento das apurações paralelas do Sinistro da Justiça contra opositores, fichados em dossiês secretos como se fossem terroristas.

Mas o máximo que esse desgoverno deve ter é um bando de milicianos lunáticos e generais de pijamas, ineptos e ignorantes, que agora encaram como ameaças quem se declara antifascista.

Esses arapongas do bolsonarismo não chegam aos pés nem de um Exército de Brancaleone, um Inspetor Clouseau, um Mário Fofoca ou Agente 86, quanto mais de um Sherlock Holmes, Dick Tracy ou um Hercule Poirot.

Mas tudo isso é bastante emblemático do momento que vivemos e do caráter dos atuais inquilinos do poder. Fabricantes de fake news, apologistas do golpe, defensores de armas, nostálgicos da ditadura, saudosos da tortura... e o perigo somos nós, democratas!

O que vemos é uma perseguição ideológica e o ataque orquestrado desse bando de bolsonaristas enrustidos, machões virtuais que obedecem por fetiche o toque do berrante de qualquer boçal fardado, contra inimigos reais e imaginários.

A democracia brasileira não pode se sujeitar ao empoderamento dessa escória política e humana, ao obscurantismo, ao medo, à barbárie. Bolsonaro é o fundo do poço. É a fossa da nossa História. Precisamos reagir!

quinta-feira, 30 de julho de 2020

De que lado você está: Moro ou Bolsonaro?

Não vale dizer: do Brasil. Muito menos de ambos, ou de nenhum dos dois. Porque, hoje, os interesses de Sergio Moro e de Jair Bolsonaro são divergentes, incompatíveis, conflituosos e excludentes.

Um dos dois lados vai vencer esta batalha midiática, política e jurídica. Obviamente há também interesses eleitorais em jogo, mas isso é uma outra história. O nosso foco agora são as ações para acabar com a Lava Jato.

O que o gado bolsonarista mugiria sobre os ataques do desgoverno do mitômano contra o que eles chamam de “lavajatismo”? 🐄 ‬

Assim vai dar pane no sistema da milícia virtual. Quem a robozada vai atacar, afinal? 🤖

De um lado, o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro, a força-tarefa da Lava Jato, o Ministério Público, promotores, procuradores, policiais federais, fiscais da Receita; enfim, a população que prioriza o combate à corrupção, a prisão em 2ª instância etc.

Do lado oposto, contra a Lava Jato, o presidente Jair Bolsonaro e a familícia, os políticos fisiológicos e corruptos do Centrão, o procurador Augusto Aras, os defensores da intervenção militar, do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal, entre outros fanáticos e lunáticos.

Ser de direita, de esquerda ou de centro não tem nada a ver com isso. A briga é todinha da turma que ganhou a eleição. Estavam todos no mesmo barco, todos governistas. Agora rachou. Virou governo x oposição. E aí? Escolheu seu lado?

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Por que o bolsonarismo é muito pior que o petismo?

Eu posso me opor (e me oponho) a ambos: ao PT e ao Bolsonaro. Para mim, fanáticos e lunáticos de direita ou de esquerda são igualmente prejudiciais à boa política.

Mas quem não enxerga Bolsonaro como inimigo comum dos democratas (da velha esquerda aos novos liberais) jamais vai aceitar ou contribuir para a formação de uma Frente Ampla necessária para salvar o país das mãos desses milicianos e psicopatas.

Tentar relativizar o bolsonarismo, ou mesmo tolerar fake news, ataques e agressões dos bolsonaristas, é lavar as mãos e ser cúmplice do modus operandi de quem quer manter essa polarização burra e estreita.

É incoerente - além de canalha e covarde - ter feito oposição ao PT e aceitar coisa pior cometida por Bolsonaro e pelos bolsonaristas, seu desgoverno golpista e inepto, o obscurantismo e a familícia.

Mas a militância idiotizada, robotizada e bovina é cheia de mimimi! Porque Bolsonaro foi eleito democraticamente pela maioria, e blablablá! Isso é óbvio! Assim como Lula e Dilma também foram, por quatro vezes consecutivas!

Então não me venham com essa ladainha de que fazer oposição é torcer contra o Brasil! Quem foi que disse que com o PT podia, mas com Bolsonaro não pode? Papinho furado!

A diferença é que Dilma sofreu impeachment por muito menos. Lula saiu da Presidência em 2010, está condenado e inelegível. Estamos em 2020! O FDP agora é outro! (Merece o mesmo fim!)

E sejamos honestos: o PT cometeu CRIMES e chafurdou na CORRUPÇÃO, mas respeitou a democracia em todos os seus governos. Inclusive obedecendo a Constituição e mantendo a independência do MP, da PF e do Judiciário que acabaria condenando seus principais líderes.

Por isso, nossa divergência com o PT pode ser (e vem sendo assim há anos) política, ética, moral, eleitoral, ideológica. Mas com o bolsonarismo deve ser também humana, civilizatória, existencial.

Precisamos deixar isso claro, diariamente. Expor de forma didática. Quase desenhar para que até os analfabetos funcionais dos dois lados entendam. (E os descontentes que vazem daqui, manés!)

Somos defensores declarados do estado democrático de direito. Dos princípios republicanos. Repudiamos fanáticos, lunáticos e saudosos da ditadura. Portanto, somos explicitamente antibolsonaristas.

Porque exercemos nossa cidadania, apesar de não idolatrarmos políticos ou partidos, nem servirmos de trampolim eleitoral. Porque temos princípios e valores (não preço, como uns e outros).

Deixamos as nossas posições sempre muito claras. Sem disfarce, sem meias palavras. Não somos omissos, nem “isentões”. Temos opinião formada e objetiva. E dane-se a patrulha!

Dito isto, explicamos mais uma vez: o #ForaBolsonaro é questão de caráter e de consciência. Uma campanha diária, essencial, contra este capítulo infeliz da nossa História. E que assim seja!

terça-feira, 28 de julho de 2020

Bolsonaro tem razão!

Ao ler que São Paulo caminha às pressas para a “fase verde” do relaxamento da quarentena e do isolamento social, eu chego à conclusão que Bolsonaro tem razão!

Pra que tanta regra inútil? Quem inventou que precisamos usar máscara? Por que impedir os brasileiros de levarem uma vida normal por conta dessas fake news sobre o vírus chinês? Vamos trabalhar, cambada de vagabundo!

Libera geral. Todo mundo vai morrer, mesmo. Entrega nas mãos de Deus. Quem tiver sorte ou histórico de atleta resiste à gripezinha, na base do vermífugo e da cloroquina. E vamos festejar!

As cenas de pessoas aglomeradas, seja em festas clandestinas, seja em bares da moda seguindo as restrições para inglês ver, mostra a aparentemente irreversível “bolsonarização” do país.

E daí? Foda-se! (Sábias palavras, mito!)

Quem vai ouvir as besteiras dessa mídia comunista, ou da esquerdalha que se apossou da ciência e da medicina? Tudo comprado pelo governo chinês para vender vacina e implantar aquela ideologia maldita!

O brasileiro não cai mais nessa! O gigante acordou! Elegemos Bolsonaro para nos trazer a verdade! Aceita que dói menos! 

Não vão ser jornalistas de merda, ou governadores e prefeitos oposicionistas, ou deputados corruptos, ou juízes petistas do STF que vão nos impedir de sair às ruas e expulsar os vermelhinhos daqui!

Fora intelectuais! Fora cientistas! Fora ambientalistas! Chega de mimimi e de viadagem! Agora é a hora do povão que vocês chamavam de ignorantes ou de bárbaros tomar o poder! Viva o Brasil bolsonarista! Viva a gente de bem!



segunda-feira, 27 de julho de 2020

“Bandido bom é bandido morto”

A frase retornou com força neste fim-de-semana, após a divulgação das imagens de um policial militar matando pelas costas um ladrão de moto no meio da rua.

A repercussão é sempre a mesma. De um lado, os defensores da justiça. Do outro, a apologia do justiçamento. O estado de direito contra a lei de talião. A civilização contra a barbárie.

E volta a velha ladainha: “direitos humanos para humanos direitos”. Se o sujeito desviou do caminho da lei, roubou, furtou, a morte é justificável. Mais um CPF cancelado (desde que seja de preto e pobre, obviamente; não serve para colarinho branco, nem fardado).

Essa política de bang-bang tem muitos adeptos. As bancadas da bala atuam em todos os parlamentos, eleitas com votações expressivas. Parte significativa do eleitorado busca eleger esses “heróis” - geralmente policiais com fama de durões ou flagrados matando bandido.

O deputado estadual Coronel Telhada, ex-comandante do Batalhão de Choque da Rota, se apressou a postar nas redes sociais:

“Jornais tendenciosos que sempre valorizam criminosos, noticiam que o PM que matou um ladrão de motocicletas na zona leste cometeu um erro imperdoável. Eu digo, aquele PM praticou um ato legítimo, agindo de acordo a situação e ponto de vista que ele se deparou no momento. Parabéns!”.

Comentamos: “Matar pelas costas e receber parabéns é um pouco desnecessário...”.

Veio a réplica do Coronel Telhada: “Gostaria de ver quem o está criticando executando a função dele e agindo naquele momento. Simples assim...”.

E a nossa tréplica: “Daí a parabenizar vai uma distância enorme. Até porque quem critica provavelmente não tem treino para isso, mas também não mata ninguém, nem pela frente nem pelas costas.”

“Essa apologia da violência faz vítimas como o jovem Guilherme (menino de 15 anos assassinado por PMs ‘por engano’) e tantos outros. Falta equilíbrio e discernimento.”

Resultado esperado: uma chuva de impropérios e até ameaças. “Leva pra casa”. “Esquerdalha maldita”. “Defensores de pedófilos e estupradores”. E “o próximo a morrer no meio da rua pode ser você. Cuidado.”

O que dizer?

sábado, 25 de julho de 2020

Banana, ema, cloroquina, bolsonarismo e fake news

A polêmica bolsonarista da semana, entre a cloroquina oferecida às emas e uma banana aos jornalistas, é a suspensão das contas de alguns lunáticos difusores de fake news e patrocinadores do ódio nas redes sociais contra o estado democrático de direito.

A discussão: é censura ou não é? Há abuso de autoridade ou uma reação enérgica mas proporcional aos crimes cometidos? Há ilegalidade do ministro do STF ou, ao contrário, o atentado recorrente às leis é de quem ataca as instituições republicanas?

Defendo a liberdade de expressão, até porque uso e abuso desse direito (e vocês são testemunhas, às vezes até de forma deselegante com provocadores contumazes), mas certamente bolsonaristas passam dos limites e fazem isso exatamente para testar as reações.

A tese para a suspensão das contas já investigadas nos inquéritos das fake news e também do gabinete do ódio é que o crime está exatamente na difusão recorrente de notícias falsas e nas campanhas orquestradas contra o estado de direito. É polêmico, concordo.

Admito opiniões de quem julga estarmos no “fio da navalha” entre a inconstitucionalidade e a devida prevenção e punição de ataques e abusos ilícitos, mas tenho dificuldade de ver algum destes lunáticos que foi restringido no twitter ou no facebook como vítima. São criminosos.

A censura é inadmissível, e isso não se discute. Porém, um golpista fanático (e corrupto condenado) fazendo apologia diária do crime e da ditadura, como Roberto Jefferson, por exemplo, com o agravante ainda de ser presidente de um partido, ou um empresário influente e patrocinador de emissoras de TV, como Luciano Hang, não é tão ou mais inaceitável e escandaloso?

Curioso que justamente esses golpistas e inimigos declarados da autonomia e da independência dos poderes recorrem agora aos princípios constitucionais para justificar seus “direitos” e “liberdades”. Ora, mas a Justiça não se presta a acobertar ilicitudes. Ao contrário. Deve combater o crime.

É mais ou menos como se eu quisesse justificar que posso ser racista e homofóbico simplesmente por estar exercendo os meus direitos e a minha liberdade de expressão. Sou, e daí? A Constituição me permite!

Nananinanão. Interpretação completamente equivocada da lei, da ordem e da democracia. Coisa típica de canalhas, como são esses bolsonaristas punidos liminarmente pelo Supremo Tribunal Federal.

Não tem santo nessa guerra de narrativas e de versões. Mas tomemos um aprendizado da publicidade, para ilustrar. Propaganda enganosa é tirada do ar, por exemplo. Não é censura. É defesa do consumidor. Simples assim.

A auto-regulamentação do twitter e do facebook também prevê o banimento de contas. Ambos executam isso diariamente. Se as próprias regras de plataformas e aplicativos não admitem ações criminosas como essas, porque nós devemos tolerar?

O youtuber e influenciador digital Felipe Neto é um personagem interessante dos novos tempos. Com mais seguidores, sozinho, que todos os 33 partidos brasileiros juntos, ele vem ganhando protagonismo e consistência política. Fez um dossiê importante sobre o tema. Acompanhe o fio no twitter.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Como enfrentar a degradação urbana, social e humana da Cracolândia?

Estamos às vésperas de mais uma eleição municipal e São Paulo tem este problema vexatório instalado há décadas na região central da cidade. Até quando vamos conviver com isso?

Vez ou outra, como aconteceu no fim da tarde desta quinta-feira, há confrontos entre policiais, traficantes e usuários de drogas. A mídia aparece e se interessa, a sociedade manifesta indignação mas nada se resolve.

Não se trata exclusivamente de uma questão de segurança pública. Longe disso, apesar de ser inaceitável essa zona livre do tráfico e do crime, onde cerca de duas mil pessoas consomem crack diariamente, cometem pequenos delitos e mais parecem zumbis.

Não se trata também de defender o uso da violência, muito menos praticar uma política higienista. Não queremos simplesmente “limpar” a cidade, escondendo essa nódoa social ou espalhando os frequentadores para outros locais.

É preciso uma ação integrada e planejada da Prefeitura e do Governo do Estado, com profissionais da Saúde e da Assistência Social. A repressão às drogas deve ser mais um complemento dessa intervenção do poder público, jamais o objetivo principal.

Se bem que impedir a circulação de drogas nesse ponto de encontro de traficantes e usuários deve ocorrer, ainda que isso gere conflitos. Internações compulsórias, embora polêmicas, também são necessárias.

As ações devem ser feitas às claras. Com acompanhamento do Ministério Público, da imprensa, de ONGs e associações. O fato é que se tornou inaceitável, em pleno 2020, seguirmos patrocinando essa aberração urbana, social e humana que é a Cracolândia.

Vamos cobrar de cada candidato ou candidata à Prefeitura de São Paulo e à Câmara Municipal o compromisso de atuar de modo planejado e integrado para solucionar este problema.

Sem demagogia nem hipocrisia, mas com a responsabilidade que este vexame recorrente da cidade exige dos políticos eleitos e de cada um de nós, eleitores e cidadãos conscientes. Você concorda?

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Eu queria entender um bolsonarista

Eu tentei. Confesso.

Busquei compreender a motivação dos bolsonaristas. Mas não de todos, nem de um qualquer.

Vou me explicar melhor. Acompanhe o raciocínio.

Não me interessa entender o cara que votou no Bolsonaro simplesmente para protestar, como em outros tempos votaram no Tiririca, no Enéas, no Cacareco ou no Macaco Tião.

Também não me interessa aquele anti-petista possesso e insano que sempre avisou que preferia votar no capeta para não ter o desgosto de ver algum esquerdista de volta ao poder.

Prometeram e cumpriram. Afastaram os corruptos e malfeitores do PT para eleger o próprio coisa ruim. O azucrim, o ardiloso, o biltre, o bute, o cão-tinhoso, o capiroto, o belzebu, a besta.

Eu queria mesmo entender o que leva um brasileiro ou uma brasileira não apenas a votar, mas a idolatrar um presidente demente, inepto, psicopata, desqualificado, tosco, despreparado, irresponsável, incompetente.

Um ser repugnante, político medíocre. Sem cultura, sem educação, sem empatia, negacionista, preconceituoso, misógino, homofóbico, racista. Nostálgico da ditadura, saudoso da tortura. Inimigo da ciência, do meio ambiente, da saúde, da vida.

Que país é este que exibimos hoje ao mundo? Que nação é esta que deixaremos como legado às futuras gerações? Ao invés de sermos construtores de um Brasil melhor, estamos nos tornando exterminadores de planos, projetos, sonhos e utopias.

Patrocinadores do ódio e das fake news, avessos às liberdades individuais e coletivas, sabotadores do estado democrático de direito, sócios da má política e da escória da sociedade que se empoderou graças à cumplicidade ou à omissão da maioria.

Quem é você neste Brasil dominado pelo bolsonarismo? Qual a sua motivação na vida? E a sua expectativa para o futuro? O que te inspira e mobiliza? Vê alguma razão para se orgulhar desses novos inquilinos do poder? E vai fazer algo para mudar essa situação?

quarta-feira, 22 de julho de 2020

A mentira é a essência do bolsonarismo

O presidente Jair Bolsonaro vir festejar a aprovação do Fundeb como obra do governo não é simplesmente mentiroso, mas é uma desavergonhada canalhice!

Os deputados bolsonaristas mais fiéis e fanáticos votaram CONTRA o Fundeb, o principal meio de financiamento do ensino básico no Brasil com recursos da União.

O governo Bolsonaro era contra manter e ampliar esse fundo. Tentou até o último minuto adiar a votação, mudar o conteúdo do projeto, esvaziar o plenário com ajuda do Centrão. Perdeu.

E a derrota, como sempre, virou vitória nessa narrativa bolsonarista recheada de fake news. A mentira é a essência do bolsonarismo. O mito mitômano não tem limites!

Agora Bolsonaro chega e posta nas suas redes que o Fundeb será um legado do seu governo. E o gado acredita. Cara de pau! Repete a mesmíssima estratégia que usou, por exemplo, com o auxílio emergencial na pandemia.

O governo era contra o auxílio. Perdeu. Assistiu o Congresso Nacional assumir o protagonismo da política assistencialista, de forte apelo popular e absolutamente necessária diante da crise agravada pelo coronavírus.

Bolsonaro ofereceu então 200 reais, viu subir para 500, acabou em 600. Ou até 1.200 para mães chefes de família. Três parcelas, depois mais duas. Emergência plenamente justificada.

E o que fez Bolsonaro diante da derrota vexatória? Faturou na base da mentira. Vendeu o peixe como obra do seu governo. Mas ele está obrando para o Brasil, sem dúvida!

Não é preciso ser Mãe Dinah para prever qual a próxima fatura bolsonarista nas suas narrativas mentirosas. Vem aí a discussão e provável aprovação da renda básica da cidadania. A escória bolsonarista é contra. Vão perder e abraçar como conquista do governo.

O que faz Bolsonaro de fato para o Brasil? Destrói o Meio Ambiente, enfraquece a Educação, desmobiliza a Saúde, vive de bravatas na Economia, onde pretende ressuscitar a CPMF. Patrocina o ódio, o golpismo e arma suas milícias. Além de mentir muito. Muito mesmo. Até quando?

A banalização das mil mortes diárias

Fica uma dúvida quando vemos tanta gente nas ruas, a aglomeração no comércio e nos transportes, e agora mais ainda quando assistimos até a Prefeitura e a Câmara Municipal discutirem a volta às aulas: será que todo mundo enlouqueceu?

Que protocolo é esse que nos levará a tentar vencer uma doença letal e sem vacina apenas na base da máscara e do álcool gel?

Como foi que chegamos a esse ponto de menosprezar as recomendações da ciência e da medicina para nos rendermos à “bolsonarização” do país?

“E daí? Todo mundo vai morrer um dia, não é verdade?”

Corinthians e Palmeiras voltam a jogar pelo Paulistão. O Flamengo foi novamente campeão carioca. Estádios vazios à parte, parece que tudo vai voltando à normalidade.

Mas, espera lá, que “normal” é esse? Pão e circo no país do futebol?

Enquanto os governantes comemoram o alegado controle da pandemia e a suposta estabilização da doença, vamos fingir que é normal seguir na casa das mil mortes diárias, ou que isso é algo minimamente aceitável?

Você se sente seguro no ônibus, no shopping, no mercado, no parque, no elevador, no salão de beleza?

Os hospitais já não correm mais risco de superlotação? Temos UTIs e respiradores suficientes?

As escolas estão preparadas para receber crianças e jovens seguindo as normas de higiene e distanciamento, garantindo a tranquilidade dos pais?

Alguém pode explicar aonde foi parar a responsabilidade e o bom senso?

Ou, senão, onde foi que nós erramos e por que nos perdemos no caminho?

Qual distúrbio social ou percepção equivocada da realidade nos empurra para a morte como o gado que segue impassível para o abatedouro?

Que tristes tempos, meu Deus!

terça-feira, 21 de julho de 2020

Voto: esquerda ou direita; governo ou oposição; sim ou não, branco, nulo ou abstenção

O desgaste dos políticos e dos partidos, mais um vez, deve provocar índices de votos nulo, branco e abstenções elevadíssimos agora em 2020 e também em 2022.

Os escândalos envolvendo todo mundo numa geleia geral de ilegalidades, corrupção, desvios e caixa 2 também colaboram para a generalização da crítica, do descrédito e da desesperança.

Veja que, não por acaso, os mais recentes indiciados foram os tucanos Serra e Alckmin, que se somam a Aécio na derrocada da social-democracia mais tradicional. A opinião pública não perdoa.

Para Bolsonaro, de um lado, e para o PT, do outro, que em tese tem seus cerca de 30% de eleitores cativos, quanto mais confusão e descrença generalizada na política, melhor. E tome narrativa ideológica.

O nosso desafio será cada vez maior para quebrar a resistência dos setores mais racionais e equilibrados da sociedade e convencer essa fatia do eleitorado (aproximadamente 40%), que não se rendeu à polarização, de que podemos encontrar uma alternativa viável fora do petismo, do bolsonarismo e do centrão fisiológico.

Já entre os eleitores fiéis, fanáticos ou lunáticos de Bolsonaro e do PT, ao contrário do que imaginam alguns otimistas, dificilmente colheremos votos em 1º turno. Resta-nos aguardar os cenários de 2º turno, e, estando ausentes (com candidatos alternativos), fazer nossas escolhas de Sofia.

A eleição para a Prefeitura de São Paulo, especialmente, pode apontar caminhos diferentes. Teremos o tucano Bruno Covas como candidato à reeleição, com certo favoritismo, e essa polarização entre petismo e bolsonarismo diluída em diversas outras candidaturas.

Primeiro que o candidato do PT paulistano é muito fraco: Jilmar Tatto dificilmente chega a um eventual 2º turno - e os próprios petistas sabem disso. Por outro lado, ainda não está claro se haverá um candidato oficial do bolsonarismo.

São cogitados Celso Russomanno ou Marco Feliciano (Republicanos), Datena ou Skaf (MDB) e até Andrea Matarazzo (do PSD de Kassab). Pode acabar dando nenhum deles. À direita, ainda correm por fora Joice Hasselmann (PSL), Arthur Mamãe Falei (Patriota) e Filipe Sabará (Novo).

Mais à esquerda, despontam Marcio França (PSB), Marta Suplicy (Solidariedade), Guilherme Boulos com Erundina vice (PSOL) e Orlando Silva (PCdoB). Diante desses nomes, cresce no PT a pressão pela candidatura de Fernando Haddad. Muito improvável.

O fato é que as eleições municipais, sobretudo nas capitais e grandes cidades, podem indicar a sobrevida da polarização entre o petismo e o bolsonarismo ou até mesmo sinalizar o seu fim antes de 2022, arejando o cenário. Oremos para isso e vamos às urnas.

domingo, 19 de julho de 2020

Não me xingue de comunista, por favor!

Ser de esquerda - ou pior, ser acusado de esquerdista - virou ofensa. Palavrão. Comunista, socialista, petista, mortadela, lulista, bolivariano, esquerdalha, petralha, esquerdopata. São inúmeros os adjetivos e xingamentos.

Em parte por preconceito ou ignorância daquilo que significou o comunismo até a sua falência histórica com a queda do Muro de Berlim, há 30 anos, mas em grande razão pelo enxovalhamento dos governos petistas nos escândalos de corrupção.

E vá tentar explicar que você pode ter uma visão de esquerda sem ser comunista, sem idolatrar Lula ou nem mesmo votar no PT. E inclusive repudiando as ditaduras e o totalitarismo esquerdista. Não interessa! Vai pra Cuba! Vai pra Venezuela! Nossa bandeira jamais será vermelha! Aceita que dói menos!

Como se alguém em sã consciência pudesse ter considerado os governos de Lula e Dilma algo próximos do comunismo ou substancialmente de esquerda. Chega a ser uma ofensa a velhos marxistas e até aos conservadores e à elite clássica de direita que apoiou e se esbaldou nas quatro eleições do PT.

Basta verificar os lucros recordes de bancos e multinacionais, a cumplicidade festiva do empresariado, dos operadores do mercado financeiro, das maiores potências da indústria, do comércio e dos serviços. E até considerar o perfil pendular do eleitorado, que flerta com os dois extremos, ora com o lulismo, ora com o bolsonarismo.

Ou vão esquecer que Bolsonaro também fazia parte da base de sustentação de Lula e Dilma no Congresso, endossando como ex-militar e coajduvante folcórico do Centrão (e ele quer mesmo que apaguemos isso da memória) até a indicação do comunista Aldo Rebelo para o Ministério da Defesa?

Mas certas verdades são inconvenientes. Mudam os tempos, muda a narrativa. Agora o pensamento binário refletido por essa polarização eleitoral burra e estreita faz parecer que tudo se resume a um confronto ideológico entre duas bolhas, à direita e à esquerda.

Como se fosse possível separar tudo em apenas duas caixinhas distintas de pensamentos, comportamentos e visões de mundo. Ou que não houvesse diferenças, divergências ou graduações entre as várias esquerdas e direitas existentes.

Veja que para um fanático bolsonarista, por exemplo, apenas ele e sua bolha são hoje os legítimos representantes da direita. O resto, principalmente quem fizer alguma crítica ou se declarar oposição, é logo tachado de esquerda. Até os liberais.

E aí entra todo mundo no mesmo balaio, equivocadamente: PT, PSOL, PCdoB, PDT, PSB, PV, Rede, Cidadania, PSDB... Numa geleia geral de desinformação política, ignorância histórica, mau-caratismo e sandice a ser compartilhada pelas milícias virtuais.

Quanto mais confusão, fake news e sensacionalismo, melhor. Criam-se inimigos reais e imaginários: a ameaça comunista, o Foro de São Paulo, a Folha de S. Paulo, a Globo lixo, a justiça, os artistas, os jornalistas, os ambientalistas, as ONGs, os cientistas, o vírus chinês...

E assim se condena indevidamente, por um bando de boçais lunáticos e ignorantes, todo um idealismo por justiça social, por igualdade, por fraternidade, por solidariedade, por liberdades e direitos individuais e coletivos; enfim, pela essência da democracia.

Quer saber? Viva a utopia de esquerda e dane-se a direita burra e seguidora bovina do toque do berrante governista, lambedora de botas e comedora de capim. Ninguém matará o sonho por um mundo melhor! Podem xingar. Foda-se quem não quiser entender.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

Como melhorar a qualidade da nossa representação na Câmara Municipal

De quatro em quatro anos o dilema se repete: como valorizar e qualificar o Legislativo diante de tamanho descrédito da população na política e nos políticos em geral?

Os vereadores, especialmente, são os mandatários mais próximos de todos nós e do nosso cotidiano, mas também aqueles que enfrentam os maiores índices de desconfiança e rejeição da população.

As críticas são mais ou menos recorrentes: trabalham pouco, gastam muito, produzem quase nada, priorizam projetos inúteis e não representam, portanto, os interesses da maioria da população.

Sejamos justos. Críticas generalizadas não são as mais adequadas e quase sempre se dão mais por desconhecimento e desinformação do que propriamente por aqueles que acompanham o dia a dia da Câmara.

É claro que a qualidade do parlamento e da política como um todo precisa melhorar: aqui em São Paulo, no Brasil e no mundo. Mas como melhorar é a questão. A mudança está nas nossas mãos. No toque de um dedo na urna.

O primeiro equívoco é sair por aí defendendo que nenhum vereador seja reeleito. Ora, como se bastassem novos nomes para dar alguma qualidade à política.

Devemos renovar, mas o que se viu em 2018 no Congresso Nacional, por exemplo, foi o oposto: muito nome novo, candidato de primeira viagem, chegou representando o que existe de pior, mais antigo e deletério à democracia.

Seja à direita, à esquerda ou ao centro, temos algumas poucas e boas opções para a reeleição de vereadores que trabalham, exercem seus mandatos com dignidade e representam bem o eleitorado. Basta pesquisar.

Também entre os novos candidatos que se apresentarão para as eleições de novembro teremos bons nomes para votar. Mas é preciso saber escolher e, principalmente, ter muito clara a razão do seu voto.

Qual a importância de um bom vereador ou vereadora? A gestão do município, a formulação e o acompanhamento das leis, a fiscalização da Prefeitura, a execução orçamentária, a zeladoria e o planejamento da cidade, tudo passa de alguma forma pela Câmara.

Educação, saúde, trânsito, transporte, moradia, meio ambiente, assistência social, direitos humanos, lazer, tributos como IPTU e ISS, regulação do comércio, buraco de rua, poda de árvore, emendas orçamentárias - são diversos os temas em pauta.

Veja, por exemplo, que neste ano os principais destaques da Câmara Municipal de São Paulo foram cortes nos gastos por conta da pandemia, ampliação da anistia a imóveis irregulares, isenção de taxas e parcelamento de dívidas, além da adoção das sessões remotas pela internet.

Quanta coisa mais não foi debatida e decidida pelo Legislativo? E quanto poderia ter sido e passou longe do plenário, talvez por desinformação, desconhecimento, desinteresse ou falta de mobilização de cada um de nós?

O presente e o futuro da cidade estão diretamente ligados à atuação dos vereadores . Então dependem, consequentemente, da qualidade do nosso voto. Por isso é importante votar bem, exercer nossa cidadania de forma consciente e racional.

Nada de pregar o voto nulo, nem escolher qualquer um, por conta de uma propaganda bem feita, um santinho entregue na boca de urna ou a indicação de um conhecido qualquer.

Pense. Reflita. Vote em quem pode te representar bem. Vote em quem pode atuar com ética, compromisso, empenho, capacidade e responsabilidade.

Vote em quem enxerga a complexidade da cidade mas também a individualidade de cada cidadão, com seus direitos e liberdades.

Vote, informe-se, cobre, acompanhe, fiscalize. E poste suas opiniões, faça sugestões, reivindique, comente, critique, compartilhe suas impressões.

A boa política não se faz a cada quatro anos, mas nas 24 horas do dia. Vamos assumir #juntos esse compromisso ou deixar para reclamar outra vez lá em 2024?

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Deu no New York Times: E o Brasil, enfim, chega ao 1º mundo! Bolsonaro é o líder mais patético do planeta! Viramos piada globalizada!


"Quando o palhaço precisa falar sério, o circo provavelmente está pegando fogo".

O youtuber e influenciador Felipe Neto criou essa frase emblemática para o vídeo que fez para o New York Times. Virou capa de um dos jornais mais importantes do mundo.

Ele resume muito bem a luta política que está instalada no Brasil e em outros países. Não se trata mais de esquerda x direita, mas de civilização x barbárie, de informação x obscurantismo.

Queríamos muito estar em paz, mas o circo está pegando fogo. Precisamos defender a democracia, a razão e a nação de governantes ineptos e apoiadores lunáticos.

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Vereadores criam comitê para avaliar projetos que tratam da relação de motoboys com aplicativos de entrega

Em meio a atos de protesto, paralisações e manifestações dos entregadores de aplicativos como iFood, Rappi, Uber Eats, Loggi e outros, a Câmara Municipal de São Paulo pretende regulamentar essa nova relação econômica e trabalhista.

Ideias como o pagamento de adicional de periculosidade e a responsabilidade solidária em caso de acidente, além de seguro e uma remuneração tabelada, são bem aceitas pela categoria de motociclistas e ciclistas que realizam esse trabalho autônomo de entregas.

Outras opções, porém, que levam à burocratização excessiva e a um emaranhado de regras são rechaçadas pela maioria, como a adoção de placas vermelhas para as motos, ou mesmo a necessidade de vínculo sindical.

Ocorre mais ou menos a mesma polêmica que houve quando se tentou equiparar a legislação e as exigências dos taxistas para os motoristas de Uber. Entregadores que prestam serviços aos aplicativos não querem as mesmas regras restritivas do motofrete, frotas e empresas de entrega.

Forçar uma reserva de mercado e a burocratização por meio de leis obsoletas, em total falta de sintonia com os avanços tecnológicos e a independência inerente a esse trabalho, mais atrapalham que ajudam na relação entre entregadores, apps e o consumidor final.

O segredo do sucesso para qualquer iniciativa nessa área é dar mais segurança aos trabalhadores sem tirar a liberdade de cada um, nem diminuir a agilidade ou aumentar o preço final da entrega, a ponto de inviabilizar o serviço.

E aí, dá pra confiar que os vereadores vão entregar uma lei justa, moderna e eficaz ao final de todos esses debates e estudos? Que prevaleça o bom senso e o melhor resultado possível para todos.

Afinal, quem nunca usou um serviço de entrega por aplicativo? Será que não está na hora do poder público tratar com seriedade e responsabilidade este trabalho tão essencial e que enfim ganhou a merecida visibilidade em plena pandemia?

Existirá, e toda raça então experimentará; para todo mal, a cura

“E se virá / Será quando menos se esperar /
 Da onde ninguém imagina / Demolirá /
 Toda certeza vã / Não sobrará /
Pedra sobre pedra” (Lulu Santos)

Muitas séries famosas de TV exploram histórias de realidades paralelas. Apesar de não vivermos num mundo fictício da Netflix ou da HBO, às vezes temos essa mesma sensação estranha de distanciamento da realidade.

É o que estamos vivendo nessa época de pandemia. Muita gente parece simplesmente já ter desistido do isolamento, sem paciência depois de tanto tempo de quarentena, e está saindo às ruas como se não houvesse amanhã.

E talvez não haja mesmo para muitos de nós (toc! toc! toc! batendo três vezes na madeira), tendo em vista o número ainda crescente de infectados e mortos pela Covid-19. Se não fosse todo mundo de máscara e regado a álcool gel, nem lembraríamos mais do coronavírus.

Voltando ao mundo real (ou à realidade paralela), é realmente complexo entender o roteiro desse ano de 2020. Será que vivemos meses de isolamento social, em nome da ciência, para jogarmos tudo fora nesse momento de retomada das atividades econômicas e profissionais?

Ao contrário de outros países do mundo civilizado, o Brasil está reabrindo comércio, serviços, lazer, educação etc. numa fase em que ainda não atingimos uma curva decrescente de mortos - ao contrário, seguimos com índices elevados, bárbaros, desumanos.

Conhecemos todos os argumentos negacionistas e pragmáticos de que o brasileiro tem contas a pagar, que precisamos trabalhar, que o empresário necessita faturar e a economia deve voltar a girar. Ninguém discorda disso tudo.

Porém, e aquela conversa toda de ouvir a opinião de médicos e especialistas antes de liberar geral? Trocamos definitivamente a ciência e a medicina pela “bolsonarização” da saúde no Brasil?

Parece que adotamos um “foda-se” generalizado na gestão da crise. Virou um cada um por si e salve-se quem puder. A lotação das UTIs aumenta, enquanto hospitais de campanha caríssimos são desativados.

Escândalos de equipamentos superfaturados aparecem aqui e ali. Prefeitos e governadores pressionados pelas leis do mercado e confrontados pela lei de responsabilidade fiscal parecem desorientados, talvez por terem perdido o “timing” da quarentena.

A luta contra o coronavírus perde espaço para a guerra de narrativas e as batalhas políticas, ideológicas e eleitorais. A vida do ser humano não passa de estatística a ser jogada na base de dados de governantes, candidatos e partidos políticos.

Tanto faz, para eles, se eu e você vamos sobreviver. Interessa que a opinião pública e a maioria do eleitorado esteja convencida sobre quem tem razão. É o presidente que vai buscar a reeleição? É o prefeito, é o governador, é o nome forte da oposição?

Morrer faz parte. De doença, de fome, de velhice, assassinado por bandido ou pela polícia truculenta, isso é mero detalhe. Não dizem que a vida é um jogo? Pois nos tratam como peças manipuláveis num tabuleiro.

Valemos algo enquanto continuarmos vivos, claro. Servindo aos interesses deles. Nosso voto é nosso valor. Mas não podemos passar de números. Massa de manobra. Quando nos tornamos seres críticos, conscientes, questionadores, aí viramos um problema.

Somos milhões. Eles são quantos? Dezenas, centenas, milhares? Será que não chegou a hora de agirmos como um organismo vivo na nossa defesa imunológica? Fazer funcionar os mecanismos para impedir a multiplicação dessa doença que são os maus políticos?

Pense, respire, viva. Como dizia outra velha música: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Será que já não encontramos a cura?

terça-feira, 14 de julho de 2020

Teste rápido para o bolsonavírus. Faça o seu aqui!

Vivemos uma pandemia de populismo, obscurantismo, conservadorismo exacerbado e retrocessos antidemocráticos, com manifestações recorrentes de ódio e preconceito, sem contar os transtornos psicóticos, delírios, alucinações e a crendice em mitômanos e fake news.

Há graus variados da doença e sintomas específicos em diversos países, com líderes autoritários à direita e à esquerda, mas a letalidade é a mesma: do Brasil à Coréia do Norte, da Turquia aos Estados Unidos, da Rússia às Filipinas, da Polônia à Venezuela.

Um teste rápido ajuda a medir a carga viral do eleitorado brasileiro exposto à boçalidade de negacionistas, terraplanistas e bolsonaristas em geral. Basta responder SIM ou NÃO:

1) Você acha que o comunismo é a uma ameaça real no Brasil de hoje? Conhece algum comunista que deveria ser banido da política?

2) Você acredita que se fecharmos ou controlarmos o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal poderemos melhorar a política no Brasil?

3) Na sua opinião, uma intervenção militar pode ser legítima para garantir a soberania popular, como por exemplo ao impedir que golpistas tentem o impeachment de Bolsonaro?

4) Você concorda com as seguintes hashtags: #GloboLixo, #BolsonaroTemRazão, #FechadoComBolsonaro, #ForaEsquerdalha e #MoroTraidor ?

5) Você acredita que os acordos de Bolsonaro com o Centrão são necessários para garantir a governabilidade e a democracia, mas que isso é muito diferente do que acontecia nos governos petistas e tucanos?

6) Você acha que a imprensa, os partidos de oposição, os movimentos cívicos e outros críticos do governo são esquerdistas que só atrapalham o desenvolvimento do Brasil ao torcerem contra o sucesso do governo?

7) Você acredita que a Covid-19 é uma doença criada em laboratório na China comunista por motivação política e ideológica?

8) Está convencido que enterram pessoas que morreram por outras doenças como se fosse Covid-19, só para criar pânico na população?

9) O presidente da República é um cidadão muitas vezes incompreendido por falar o que pensa de forma sincera e espontânea, mas é honesto e tem boas intenções?

10) Você votaria novamente no Bolsonaro e acha que ele é o melhor presidente da História do Brasil?

Os resultados saem na mesma hora. Se as respostas foram: 10 SIM, você é um bolsonarista raiz inoculado com orgulho pelo bolsonavírus, não acredita na cura nem quer ser curado; entre quatro e nove, o antipetismo o privou da razão e do bom senso; três ou menos, você está no grupo de risco, à espera de uma vacina, mas acredita na cura; agora, se foram 10 NÃO, você é um maldito comunista e VTNC!

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Pare, pense e compartilhe: Que tipo de democracia desejamos, afinal?

Todo mundo fala em democracia, com exceção de uma minoria de boçais que defende uma extemporânea intervenção militar - mas isso é caso psiquiátrico ou de mau caratismo, mesmo! (Saudades da ditadura, né, minha filha?).

O que nos interessa é dialogar com os democratas. Ainda assim não parece um exercício fácil, pois a democracia pode ser definida sob diferentes pontos de vista, do bolsonarismo ao petismo, passando por 50 tons de cinza e todas as cores do arco-íris.

Esquerda, centro, direita, liberais, conservadores, progressistas, reacionários, liberais, trabalhistas, socialistas, fundamentalistas, sociais-democratas, sustentabilistas etc. O espectro político é multifacetado.

Partindo do princípio que democracia é o sistema político em que os cidadãos elegem os seus dirigentes por meio de eleições livres e periódicas, e que em todo governo eleito pelo voto, em tese, o povo exerce sua soberania, somos realmente todos democratas.

Mas será verdade? Basta termos eleições de quatro em quatro anos (ou de dois em dois, intercalando eleições nacionais, estaduais e municipais) e eleger nossos representantes para garantir que vivemos em uma democracia plena?

Será que todos os 33 partidos políticos oficializados no Brasil tem a mesma definição conceitual da democracia? E as práticas, então? Ser a favor do Bolsonaro te faz um democrata? E se eu defender o impeachment do presidente?

Foi democrático o impeachment da Dilma? E a Operação Lava Jato? E a prisão do Lula, foi legal? O estado democrático de direito é justo e igual para todos? Prender o Queiroz foi legítimo? E permitir sua prisão domiciliar? (Mas o Lula tá solto, babaca!)

Percebe que tudo que se falar de política e democracia, hoje em dia, tende a reforçar a polarização entre dois extremos? E nem se trata mais, exclusivamente, de falar em esquerda x direita. Nem ser de centro, isentão ou algo do tipo.

Vivemos uma polarização de visões de mundo. Compreensão da realidade. Civilização x barbárie. Ciência x negacionismo. Cultura x ignorância. Conhecimento x desinformação. Educação x obscurantismo.

Precisamos enfrentar a polarização burra e estreita que divide o Brasil e a atual política entre o bolsonarismo e o petismo, como no pior cenário que poderíamos ter - e tivemos - nas eleições de 2018.

Entender que o fato de eu fazer oposição ao Bolsonaro não me torna um petista. Por outro lado, não me alinhar ao oposicionismo do PT ou não ser um nostálgico dos governos petistas também não me equipara aos bolsonaristas.

Podemos nos opor a ambos ao mesmo tempo. Fanáticos petistas e lunáticos bolsonaristas podem até ser democratas no sentido estrito do termo. Mas será essa a democracia que nós desejamos? Será essa a saída que verdadeiramente necessitamos para o Brasil?

Sejamos claros. Devemos construir urgentemente uma alternativa ao petismo e ao bolsonarismo. Tanto para as eleições municipais de 2020 quanto para a sucessão de 2022 - se chegarmos lá sem um impeachment - precisamos ampliar o leque democrático brasileiro.

Velhos partidos, velhas ideologias e os candidatos de sempre já não nos representam. Precisamos inovar nas formas tradicionais da democracia representativa, avançar para a democracia direta online e combater práticas condenáveis como o populismo, o fisiologismo, o corporativismo, a burocracia e a propinocracia.

Além de debater nomes, propostas e partidos, precisamos também acabar com a obrigatoriedade do voto, instituir recursos como o recall político, mudar as formas de financiamento público de campanha e o uso dos meios de comunicação.

Falar a sério sobre parlamentarismo ou presidencialismo, voto distrital puro ou misto, fim dos privilégios e do mau uso da máquina pública, adoção de mais plebiscitos e referendos, programar as reformas estruturais do Estado, aprimorar a independência e a harmonia entre os poderes.

Percebeu agora que defender a democracia não se resume simplesmente a escolher um lado ou outro da polarização política? Devemos nos opor igualmente a todos os maus políticos, independente da preferência partidária.

Cobrar, fiscalizar, exigir transparência, coerência, probidade e eficiência. Menos discurso e mais palavra. Menos propaganda e mais trabalho. Menos mimimi, menos blablablá, menos lacração a mais ação. Entenderam ou precisa desenhar?

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Perdemos Alfredo Sirkis #Luto

#Luto 😢🙏🏻‬

‪Fica aqui a nossa homenagem ao grande jornalista, escritor, ativista político e ambientalista Alfredo Sirkis, que morreu hoje em acidente de carro.‬

‪Aqui lembramos da entrevista do nosso amigo Sirkis ao #ProgramaDiferente

Textão para a tia do zap e o tiozão do churrasco. Leitura obrigatória para o gado e a robozada bolsonarista!

“Ditadura do Judiciário!”, “Justiça lerda”, “Justiça injusta”, “Justiça corrupta”, “Somos contra privilégio pra bandido!”, “A Polícia prende, a Justiça solta”, “Impeachment pra Juiz já!”, “Fechem o Supremo!”, “Muda Brasil”, “Bandido bom é bandido preso... ou morto!”.

Isso a imprensa não mostra! Vocês não vão falar nada desses presos que estão sendo soltos na pandemia por ordem da Justiça? Ah, vá! Prisão domiciliar? Que absurdo! Isso é pra proteger bandido! Canalhas! Por isso Bolsonaro é contra! #BolsonaroTemRazão

Não, espera... Mas o Queiroz foi solto a pedido da defesa bolsonarista. Vai cumprir prisão domiciliar. Até a mulher dele, que ainda nem foi presa, está foragida, já ganhou o benefício da prisão domiciliar. (Que é parecida com a pena que todos nós estamos cumprindo nessa quarentena, né?)

Sabe quem foi o juiz que fez essa pataquada? Essa pedalada jurídica? O próprio presidente do STJ, João Otávio Nogueira, amigão da familícia Bolsonaro e cotado para ser indicado pelo presidente ao STF. Isso a Globo não mostra! Imprensa lixo! Esquerdalha! Comunistas!

Fala sério, gado! Fala sério, tia do zap! Robozada! Tiozão do churrasco!

Bolsonarista tem indignação seletiva. A Justiça é boa quando prende o Lula, mas é ruim quando investiga Bolsonaro. Foi boa quando impediu o petista de ser ministro, ou quando censura jornalista ou chargista crítico do governo. Mas é abusiva quando pune fake news, blogueiro olavista ou miliciano golpista pró-Bolsonaro.

Sérgio Moro, juiz, era Deus no paraíso da Lava Jato enquanto aparecia na Globo destroçando o PT, o MDB, o PSDB (às vezes)... os políticos do Centrão, que eram corruptos e fisiológicos até anunciarem apoio a este governo.

Agora os papéis se invertem. Moro, ex-ministro, foi do céu ao inferno ao denunciar Bolsonaro, e o Centrão passou da base do capeta ao braço direito do Senhor (“Deus acima de tudo!”), com rápida escala pelo purgatório mas já absolvido pela bolha bolsonarista.

Por tudo isso, aumenta o nosso ranço contra Bolsonaro e o bolsonarismo. Essa escória da política e da humanidade é composta de fanáticos, lunáticos, ignorantes, inocentes úteis e bandidos da pior espécie. Gente mau caráter. Feita à imagem e semelhança do mito dos tolos.

Querem Justiça contra os adversários e privilégio para os seus bandidos de estimação? Como assim? Olham para o rabo dos outros sentados em cima do próprio? O ladrão de esquerda é pior que o ladrão de direita? Hipócritas! Falsos moralistas!

Dizem que falar em impeachment do Bolsonaro é antidemocrático, é desrespeitar o voto do povo. Porra, mas Collor, FHC, Lula, Dilma, não foram todos eleitos pela maioria? Isso os tornou imunes à lei, à oposição, ao impeachment, à cadeia? Fora todos, menos Bolsonaro? Ora! #ForaBolsonaro

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Facebook, que ajudou a eleger Bolsonaro, pode agora também ajudar a derrubar o presidente

Seria no mínimo curioso que o meme que virou presidente, entre tantos crimes de responsabilidade dele e da familícia, caísse justamente pela influência ilegal de robôs, milicianos e fake news das redes sociais.

Levantamento do Laboratório Forense Digital do Atlantic Council, em parceria com o Facebook, aponta a ligação direta de assessores do presidente Jair Bolsonaro e dos filhos Carlos, Flávio e Eduardo Bolsonaro com um esquema de contas falsas e criminosas banidas nesta quarta-feira.

O TSE, o STF, a Polícia Federal e o Congresso Nacional têm de pedir ao Facebook as provas que ligam os Bolsonaro e servidores da Presidência às páginas e perfis que espalham fake news, leviandade, preconceito, ódio e violência desde a eleição de 2018.

Crime eleitoral, corrupção, desinformação, abuso do poder econômico, apologia ao golpe, ameaças, ataques orquestrados, injúria, calúnia e difamação no chamado assassinato de reputações. O cerco se fecha.

“Siga o dinheiro” é o mote dos grandes escândalos políticos desde Watergate. Foi assim que caíram de Nixon a Collor, bem como diversos políticos e agentes públicos corruptos flagrados na Lava Jato.

É assim também que pode terminar esse triste e breve período de retrocesso, incivilidade e gangsterismo bolsonarista na História do Brasil: com a cassação da chapa por crime eleitoral ou o impeachment de Bolsonaro por crimes de responsabilidade.

Que se faça a luz e a Justiça. Nada de defender político bandido, seja de direita, de esquerda ou de centro. Nem petista, nem tucano, nem bolsonarista, nem isentão. Cometeu crime, que pague! Cadeia neles!

terça-feira, 7 de julho de 2020

A doença de Bolsonaro


Bolsonaro não apenas assumiu o risco para si mesmo, como expôs centenas de pessoas à possibilidade de se contaminar. Continua sendo um irresponsável criminoso ao fazer propaganda da cloroquina e minimizar os efeitos da doença. Bolsonaro é um mal para a coletividade.

Salles e Bolsonaro: Exterminadores do Passado, do Presente e do Futuro

Não basta o descaso do desgoverno Bolsonaro com a vida, a sustentabilidade e a história do Brasil. Além de ser omisso e irresponsável, é preciso também ser canalha e criminoso.

Não é à toa que o Ministério Público Federal está pedindo o afastamento do sinistro Ricardo Salles, titular do Ministério do Extermínio do Meio Ambiente.

A ação civil pública movida por 12 procuradores da República revela o desmonte dos órgãos de fiscalização ambiental no Brasil. Eles acusam Salles de “desestruturação dolosa” da proteção do meio ambiente e da transparência do setor.

Para ligar o nome à pessoa, Salles é aquele cafajeste que ficou famoso por sugerir que se aproveitasse a pandemia do coronavírus para infringir e legislação ambiental, na famosa reunião ministerial bolsonarista que culminou com a demissão de Sérgio Moro.

O desmatamento no Brasil bate recorde com a anuência do ministro e do presidente, que ainda esvaziou o orçamento da área e contribui por ação e omissão com a completa desestruturação da política e da polícia ambiental no país, após décadas de lutas e conquistas.

Nada que surpreenda vindo de onde vem, mas até para os padrões bolsonaristas de desprezo pela vida, pela saúde, pela educação, pela cultura, pela ciência e pela civilidade, a questão ambiental é tratada com um desdém chocante.

Teu passado te condena

Basta lembrar que o próprio Bolsonaro já foi flagrado pescando em áreas proibidas e, como primeiro ato ao se eleger presidente, perseguiu e se vingou do fiscal que cumpriu a lei. É o modus operandi dos milicianos e mafiosos.

Incêndios criminosos, desmatamento, invasões e ocupações irregulares, abandono das providências para redução dos danos ambientais, nenhuma preocupação com a preservação da natureza, com a poluição e as mudanças climáticas.

Eis o resumo de um ano e meio da dupla dinâmica Salles e Bolsonaro no trabalho incansável pelo rebaixamento da qualidade de vida no Brasil e para o aumento desenfreado do nosso sentimento de vergonha mundial.

É isso que nós queremos para o nosso presente? Retroceder na agenda sustentável? E qual a expectativa para o futuro? O ar, a água, os mares, as matas, as florestas, as cidades. Vamos nos contentar em ouvir um “acabou, porra!” típico do bolsonarismo?

#ForaSalles #ForaBolsonaro

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Cá entre nós, você não sente vergonha do presidente do Brasil?

Neste sábado, 4 de julho, o presidente Jair Bolsonaro comemorou o Dia da Independência dos Estados Unidos.

Que cena mais grotesca, bajuladora, submissa, colonialista, antipatriótica, subserviente. Não é este o presidente que adotou o slogan “Brasil acima de tudo?”. O tal da “nossa bandeira jamais será vermelha?”.

Pode ser o que, então? Listrada com estrelinhas? Que ridículo! Mas nada que surpreenda regredir no tempo com Bolsonaro, o bolsonarismo e os bolsonaristas. A primeira bandeira da República já foi mesmo uma cópia mal feita da americana.

Que tal resgatar aquele pavilhão de mau gosto junto com a proposta de intervenção militar, de “novo AI-5”, de fechamento do Congresso e do Supremo, de armar a população até os dentes para enfrentar a “ameaça comunista”?

Já sabemos que Bolsonaro é tosco, inepto, despreparado, desequilibrado, desqualificado. Que é incompetente para governar. Que juntou no ministério um bando de fanáticos e milicianos ideológicos. Que ajudou a eleger uma bancada de lunáticos e sociopatas.

Mas estas cenas ridículas, como os desfiles rotineiros com as bandeiras dos Estados Unidos e de Israel, bem como o desprezo pela ciência, pela cultura, pela educação e pelo meio ambiente, colocam o Brasil com destaque inédito numa posição de vergonha mundial!

E não foram poucas as vezes em que Bolsonaro ficou de joelhos para os EUA: ao liberar a entrada de americanos sem visto enquanto eles seguem tratando os brasileiros como cidadãos de segunda classe, por exemplo.

Ao imitar o presidente Trump na recomendação da cloroquina contra o coronavírus, mesmo após a ciência desmentir a sua eficácia. Ao atacar a Organização Mundial da Saúde. Na fuga de Weintraub com passaporte diplomático.

Ao endossar as posições retrógradas dos EUA na ONU (isso quando não se junta às ditaduras e aos países islâmicos). Ao acreditar na promessa de que Trump iria promover a entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Além do ridículo episódio da indicação do filho Eduardo Bolsonaro para a Embaixada dos Estados Unidos, apontando no currículo a suposta amizade com Trump e o fato dele ter morado no país fritando hamburguer e aprendendo inglês.

Nada pode ser mais vexatório para o Brasil do que Bolsonaro entre os líderes mundiais. Pense nos defeitos de Sarney, Collor, Itamar, FHC, Lula, Dilma, Temer. Misture tudo, selecione o pior e nem assim se chega ao nível subterrâneo de Bolsonaro.

Mas não basta a vergonha mundial. Temos a canalhice doméstica também. Aonde está o prometido combate à corrupção, o apoio à Lava Jato, ao fim do foro privilegiado, à prisão em segunda instância?

Bolsonaro é a própria mentira. O meme que virou presidente é também o rei das fake news. O Brasil não merece este vexame. Precisamos virar a página e retomar a nossa História com democracia e dignidade.

#ForaBolsonaro #BrasilPelaDemocracia #BrasilPelaVida #Basta #EstamosJuntos #Somos70porcento #Suprapartidário #DemocraciaJá

sábado, 4 de julho de 2020

O vírus da ignorância e da falta de empatia

Esta segunda-feira, 6 de julho, marca uma das mais importantes etapas no enfrentamento da pandemia do coronavírus em São Paulo. Nossa vida está em jogo.

Afinal, qual será o efeito da reabertura de bares e restaurantes, salões de beleza e muito em breve das academias de ginástica, dos clubes e atividades esportivas, teatros, cinemas, museus, exposições e eventos culturais?

Nesta semana, o trânsito já bateu números recordes no trimestre. Aglomerações voltaram a ser rotina. Retornaram os congestionamentos, as vias paradas por excesso de carros e o transporte público superlotado. Vai piorar.

O horário limitado para o funcionamento das lojas de shopping e do comércio de rua também será ampliado, de quatro para seis horas, com a condição deste último ficar fechado três dias na semana. Uma bobagem.

Lojas, bares e academias com horário reduzido servem apenas para concentrar mais gente em menos tempo. Uma confusão. Não tem nada de científico nessa restrição. É puro capricho burocrático.

A demora para abrir os parques públicos é outro equívoco. Já insistimos tanto por aqui: onde está o maior risco de contaminação, numa caminhada num espaço a céu aberto ou aglomerado dentro de um ônibus e em ambiente fechado com ar condicionado?

A sociopatia e a irresponsabilidade criminosa do presidente Bolsonaro também não ajudam. Parcela da população que ainda segue suas sandices acredita que o uso obrigatório da máscara (que ele acaba de vetar) é desnecessário e que o isolamento social foi exagerado.

Culpam sem razão governadores e prefeitos que optaram pela quarentena e por medidas mais rígidas de distanciamento, enquanto o governo federal - ao demitir dois ministros da Saúde e desprezar a ciência - foi o grande promotor de mortes por omissão e desinformação.

Mesmo na economia, a estratégia política do bolsonarismo é jogar tudo na conta dos adversários (e aí tanto faz se são de esquerda ou de direita), como se o desemprego, a crise e a quebradeira geral fossem responsabilidade exclusiva dos estados e municípios.

O governo federal, repetem os bolsonaristas, fez a parte dele ao se posicionar contra a quarentena, liberar verbas para governadores e prefeitos, e pagar a ajuda emergencial de 600 reais para os mais necessitados.

Ora, mais fake news - como é praxe - deste governo do meme que virou presidente. Quem acha que Bolsonaro fez algo por iniciativa própria, ignora os fatos, desconhece a relação entre os poderes ou age de má fé.

Aqui em São Paulo, João Doria e Bruno Covas foram firmes nos primeiros meses da pandemia. Tomaram medidas rigorosas mesmo enfrentando a oposição dos bolsonaristas e a pressão ruidosa de setores que põem o lucro acima das vidas.

Resistiram por um tempo razoável, até, mas agora cedem ao lobby político e empresarial em pleno ano eleitoral. Eis o dilema: segurar demais e assumir a culpa pela crise econômica ou afrouxar antes do tempo e ver disparar a contaminação?

O desafio está lançado. Serão dias, semanas e meses de altíssimo risco. Nós que seguimos as regras do isolamento e valorizamos a ciência vamos esbarrar nas ruas, cada vez mais, com uma multidão que não está nem aí para nada, tem zero de empatia e de civilidade. Quem vence?

Isso me lembra uma frase clássica de Nelson Rodrigues, que resume bem o meu pensamento e a minha indignação: “Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos.”

sexta-feira, 3 de julho de 2020

O Brasil antes e depois de Bolsonaro, com 1/3 de FDPs (E você, qual é o teu terço?)

Respira fundo que lá vem textão! Mas é uma leitura útil para todos: tanto para aquele um terço de brasileiros bolsonaristas, quanto para os dois terços do anti-bolsonarismo (e, dentro desse percentual genérico, aquilo que também já foi um terço de saudosos do PT). Pensar faz bem.

Como é que tem gente que votou no Bolsonaro dizendo ser contra político corrupto, a favor da Lava Jato, contra o foro privilegiado, entre outras comprovadas mentiras, e pode seguir se declarando bolsonarista após tantas contradições?

Ou votaram no Bolsonaro só mesmo para mudar as moscas? Porque o lixo é o mesmo! Os corruptos do Centrão seguem dando as cartas. Os privilégios continuam. Bandidos - inclusive os filhos delinquentes - tem tratamento especial e são protegidos das investigações.

A Educação, sem ministro depois de três tentativas frustradas, é entregue a malucos, ignorantes, fanáticos ideológicos, falsificadores de currículos. Bolsonaro reproduz ainda pior à direita o que condenava na esquerda.

A Saúde, também no terceiro ministro, é outro festival de incompetência e incapacidade. Não consegue se acertar nem na divulgação dos números do coronavírus, quanto mais na prevenção, no combate à pandemia e no atendimento digno à população.

Aí surgem os lunáticos e milicianos virtuais com as frases feitas de sempre: “A culpa é dos governadores e prefeitos”. “A culpa é do Supremo”. “A culpa é da imprensa”... E da esquerda, e dos comunistas, e do Papa! A culpa é sempre do outro, claro!

Nunca o culpado é o presidente demente que brasileiros com pouca informação ou pouco caráter elegeram. Um inepto, despreparado, desqualificado, desequilibrado, que precisa ser afastado da Presidência para retomarmos a civilidade no País.

Ah, mas “e o PT”? “E o Lula”? Não sei, meus caros bolsonaristas alienados. O que sei é que Lula deixou a Presidência em 2010. Há longos e distantes 10 anos! Hoje está condenado e inelegível. O PT não é governo há quatro anos, desde o impeachment da Dilma. Dane-se o PT!

Estamos em 2020! Acordem! Os FDPs agora são outros. Atualizem-se! Aliás, se você é bolsonarista, saiba que também é um deles! Porque está entre os inimigos da democracia, da justiça, da cultura, do meio ambiente, da economia, da saúde, da ciência.

Um terço de FDPs

Um terço dos brasileiros votou em Jair Bolsonaro para a Presidência da República e, segundo todas as pesquisas de opinião desde então, ele vem mantendo esse índice de apoiadores.

Em 2018, este um terço de brasileiros bolsonaristas bastou para elegê-lo com a maioria dos votos válidos, tanto no 1º quanto no 2º turno das eleições presidenciais.

Somos 210 milhões de brasileiros, segundo os dados oficiais. Destes, 147,3 milhões estávamos habilitados a votar para presidente há dois anos.

Os que escolheram Jair Bolsonaro no 1º turno somaram pouco mais de 49,2 milhões (46,03% dos votos válidos, ou 33,4% do total de eleitores, ou ainda cerca de 23% da população).

Outros 57,7 milhões de eleitores - eu entre eles - optamos por algum outro entre os demais candidatos. Eram 12 (sendo Fernando Haddad, Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e João Amoedo os mais votados).

Sem contar os 3,1 milhões de votos em branco e os 7,2 milhões de nulos. E tivemos ainda um índice recorde de abstenções: 29,9 milhões de pessoas, ou 20,3% do eleitorado.

Primeira conclusão política e matemática: No 1º turno, dois terços dos eleitores não votamos neste presidente.

No 2º turno, Bolsonaro teve 57,7 milhões de votos (55,13% dos votos válidos, ou 39,2% dos eleitores, ou ainda cerca de 27,5% da população).

Outros 47 milhões optaram por votar em Haddad. Os votos em branco caíram para 2,4 milhões e os nulos subiram para 8,6 milhões. As abstenções aumentaram em 1,4 milhão: foram 31,3 milhões de ausentes (ou 21,3% do eleitorado).

Segunda conclusão política e matemática: Apesar de receber pouco mais da metade dos votos válidos, 60% dos eleitores aptos a votar simplesmente não quiseram eleger Bolsonaro, optando pelo adversário ou pelo voto em branco, nulo ou abstenção.

E por que eu estou falando de todos esses números, afinal? Porque eu sinto a chamada “vergonha alheia” quando vejo postagens como #FechadosComBolsonaro, #SomosTodosBolsonaro ou #BolsonaroTemRazão.

Quem é esse um terço de imbecis que ainda idolatram o presidente demente? O que tem na cabeça essa escória que se vê personificada neste meme da internet? O que move esses fanáticos, lunáticos e milicianos bolsonaristas?

Muita gente diz que votou em Bolsonaro por conta do suposto apoio do presidente à Lava Jato, contra os corruptos da velha política, contra o foro privilegiado, contra as fake news.

Como justificar então a demissão do Moro, a associação com o Centrão, os ataques à Justiça, a proteção ao Queiroz e a outros corruptos, entre eles os filhos delinquentes?

Tudo é fake neste governo. As promessas do presidente, o currículo dos ministros, a campanha de combate ao coronavírus, a ideologia, as notícias, as reformas, os apoiadores, os inimigos (comunistas imaginários).

Bolsonaro é a própria mentira. Chega! Ninguém merece! O Brasil só vai avançar quando se livrar deste peso morto. Um bando de ineptos, irresponsáveis, despreparados e desqualificados para governar o País.

Entendeu agora ou precisa desenhar? #Basta #EstamosJuntos #Somos70porcento #DemocraciaJá #BrasilPelaDemocracia #BrasilPelaSaúde

#ForaBolsonaro


quarta-feira, 1 de julho de 2020

Eleição é adiada para 15 de novembro e deixa a disputa totalmente indefinida com provável desgaste dos políticos governistas e atuais mandatários

Esqueça tudo o que você já leu e ouviu sobre a definição dos pré-candidatos para a Prefeitura e para a Câmara Municipal. Com o adiamento do 1º turno das eleições de 4 de outubro para 15 de novembro, e de um eventual 2º turno para 29 de novembro, tudo pode mudar no cenário eleitoral de 2020.

Esses 42 dias adicionais alteram todos os prazos legais e a bolsa de apostas de azarões e favoritos, além de poder recolocar na disputa quem já era considerada carta fora do baralho.

É o caso, por exemplo, do apresentador José Luiz Datena, que hoje afirmou ao vivo, no seu programa da Band, que pode repensar e renegociar uma possível candidatura a prefeito ou vice em São Paulo. Filiado ao MDB, ele lidera todas as pesquisas de intenção de voto desde o início do ano.

Todo o contexto da pandemia e a crise que se agrava no Brasil devem influenciar no humor do eleitorado e nos rumos das eleições municipais. Não é à toa que os atuais detentores de mandato, prefeitos e vereadores que vão buscar a reeleição, e também os principais nomes do bolsonarismo, foram contra o adiamento. A paciência do brasileiro está acabando. O desgaste dos políticos governistas parece inevitável e a oposição ganha força.

Citamos o caso do apresentador Datena porque foi noticiado nesta semana que ele havia desistido outra vez de disputar uma eleição, ao seguir na TV após o prazo limite para as emissoras tirarem do ar seus apresentadores que serão candidatos. Porém, com a mudança das datas, essa definição foi empurrada de 29 de junho para o dia 11 de agosto. Serão 40 dias a mais para nomes como Datena e Celso Russomanno definirem seu futuro.

Há margem ainda para a eleição ser realizada até o dia 27 de dezembro em municípios que tenham agravada a situação pela contaminação do coronavírus. As restrições por questões sanitárias também provocaram outras mudanças, como a autorização para os partidos políticos realizarem convenções e reuniões virtualmente, entre 31 de agosto e 16 de setembro, para escolher candidatos e formalizar coligações. O objetivo é evitar aglomerações.

Vamos acompanhar o que vem por aí. A campanha será tensa e surpresas podem acontecer. Pré-candidatos a prefeito e a vereador ganham tempo de campanha, enquanto a nossa obrigação como eleitores aumenta: vamos pesquisar, buscar informações confiáveis, comparar, escutar propostas e votar de forma consciente e responsável.

Vereadores autorizam Prefeitura de São Paulo a pagar cachê aos artistas por lives nas redes sociais

Uma emenda ao projeto que concede auxílio emergencial aos voluntários do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos vai permitir também a remuneração aos artistas por apresentações virtuais, neste que agora passa a ser o “novo normal”.

É o que ficou decidido entre os líderes partidários para ser aprovado na pauta desta quarta-feira, dia 1º de julho. O primeiro item é justamente o Projeto de Lei 308/2020, sobre o programa educacional MOVA, em segunda e definitiva votação.

Será incluída uma emenda no texto com o objetivo de autorizar a Secretaria Municipal de Cultura a remunerar artistas que promovam shows ao vivo por meio das redes sociais.

O pagamento pelas lives, como são conhecidas essas transmissões via internet, passará a ser permitido de forma permanente e não apenas durante o período de pandemia.

“Vamos prever em lei que a Secretaria de Cultura possa pagar por live, remunerar o cachê artístico mediante a execução de eventos artísticos virtuais, preferencialmente ao vivo”, explicou o presidente da Câmara, vereador Eduardo Tuma.

A polêmica que sempre surge nessas apresentações artísticas pagas com dinheiro público é o critério de escolha das apresentações e o limite do valor a ser gasto. Quanto vale um show? Quem escolhe os artistas? O que é arte? O que é cultura popular? Senta que os haters vem aí...

Por exemplo, veja a agenda de lives desta semana (obviamente nenhuma delas remunerada pela
Prefeitura), apenas para termos uma ideia da variedade e diversidade de gosto e estilos:

TERÇA-FEIRA (30/06)


19h – #EmCasaComSesc – Sandra de Sá

20h – Coletivo Iabás e Djonga

22h – Teresa Cristina


QUARTA-FEIRA (1/07)

16h – Dennis DJ

16h15 – Sepultura

19h – #EmCasaComSesc - Lô Borges

22h – Teresa Cristina


QUINTA-FEIRA (2/07)

20h – “Trap Show” – Murilo Couto

22h – Teresa Cristina


SEXTA-FEIRA (3/07)

20h – Parangolé

22h – Teresa Cristina

22h45 – Joelma


SÁBADO (4/07)

18h – “Warner Pride” – Ludmilla, Pocah, Elana Dara e Nick Cruz

18h – Péricles

18h – Xande de Pilares

19h – #EmCasaComSesc – Elza Soares com participação de Flávio Renegado

20h – Avine Vinny

20h – Pixote

20h – Lexa

21h30 – Maiara & Maraisa

22h – Teresa Cristina


DOMINGO (5/07)

14h – Vou Pro Sereno

15h – Harmonia do Samba

16h30 – Fernando & Sorocaba

17h – Paula Fernandes

17h30 – Psirico

18h30 – Detonautas

22h – Teresa Cristina