terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Em ano eleitoral, prefeito e vereadores paulistanos vão perdoar outra vez devedores e obras irregulares da cidade


Vem aí na Câmara Municipal de São Paulo, em cumplicidade eleitoreira com o prefeito e candidatíssimo à reeleição, Ricardo Nunes, dois projetos absolutamente oportunistas, caça-votos e irresponsáveis para a coletividade: uma nova anistia para obras irregulares e outro parcelamento das dívidas dos contribuintes paulistanos.

É praxe na rotina política dos 55 vereadores e deste prefeito medíocre, títere dos interesses econômicas e corporativos do “mercado” (leia-se dos privilégios da elite em detrimento da maioria da população): beneficiar a ilegalidade, passar pano para os “amigos”, para a malandragem e para a canalhice que domina a cidade.

Quem obedece a lei em São Paulo é tido como otário, mané. Ao contrário, quem surfa nas ondas das contravenções e das irregularidades administrativas tem a certeza de que será atendido pontualmente pelo prefeito e pelos vereadores. Basta levantar o histórico de anistias e revisões das leis municipais, especialmente nesse âmbito de serviços, obras públicas e do mercado imobiliário (não por coincidência, os maiores doadores das campanhas eleitorais).

Enfim, as eleições municipais já dominam as atenções da Câmara. O atual presidente, vereador Milton Leite (União Brasil), não esconde a intenção de ser candidato a vice do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Nada que surpreenda para quem sabe que ele já é praticamente o prefeito de fato, pois tanto o mandatário do Executivo paulistano quanto a atual composição do Legislativo comem miudinho na mão do longevo e todo-poderoso vereador.

Para fechar com uma antecipação de notícia: Milton Leite afirma que seu partido lançará ao menos dois grandes puxadores de votos nas eleições de outubro. Segundo ele, nomes que vão surpreender e tornar o União Brasil a maior bancada da Câmara na legislatura que se iniciará em 2025. Aguardemos.