A Câmara Municipal de São Paulo vai aprovar a revisão sem-vergonha do Plano Diretor da cidade, que na prática serve de aval para a exploração imobiliária desenfreada e um crescimento ainda mais desordenado, como é a praxe paulistana, visando o lucro da meia dúzia de sempre.
Não por acaso, vazou outro dia aquela mensagem do vereador Adilson Amadeu cobrando a contrapartida das grandes construtoras para a campanha eleitoral do prefeito Ricardo Nunes e dos próprios vereadores, que atuam criminosamente como despachantes de luxo do empresariado e dos interesses particulares.
São os mesmos que enganam a população ano a ano, passam uma conversinha fiada na comunidade desinformada e comemoram conquistas fake: como o jardim linear que vai valorizar os condomínios de luxo comercializados no terreno descontaminado da antiga Esso, na Mooca, destinado a ser 100% parque, mas que perdeu metade da área pela pilantragem dessa máfia política que lucra com a ignorância e a desunião do povo.
A oposição diminuta na Câmara Municipal é tratorada pelo governo (qualquer um), sempre. Injustos, dizem que a cidade está à venda. Bobagem! Já foi liquidada! O teatro do plenário, as audiências públicas para a claque cativa, acordos e conchavos impublicáveis. Tudo funciona para iludir a imprensa e o eleitorado, manipulados para responder da maneira mais conveniente ao esquemão que envolve a maioria dos parlamentares.
A narrativa canalha é que eles vão ajudar a combater o défici habitacional e beneficiar as famílias mais carentes. Aham! Aí você vai pesquisar o preço desses novos apartamentos: meio milhão de reais! Pilantras! Pior: isso em regiões que já sofrem de todos os males pela falta de planejamento urbano, como trânsito, insegurança, enchentes, poluição, favelas, abandono, comércio falido etc. E você vota neles! Acorda, p***a!
