quarta-feira, 2 de novembro de 2022

A voz de Deus e o silêncio quebrado de Bolsonaro no fim dos seus dias


Bolsonaro repetiu durante toda a campanha: se fosse a vontade de Deus, ele seria reeleito. Não foi. Basta do slogan hipócrita “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, até porque Deus não deve estar ACIMA de ninguém, mas ENTRE nós. E não tem nada de cristão no bolsonarista que deseja exterminar a metade pensante do país. Lula ganhou, porr*!

Mais que isso: o verbo divino se materializou nas palavras do próprio Bolsonaro, na última fala do último debate na Globo: “Muito obrigado, meu Deus. E se esta for a sua vontade, estarei pronto para cumprir mais um mandato de deputado federal”. O ato falho era o sinal. Bolsonaro presidente nunca mais!

Talvez o melhor período do governo Bolsonaro tenham sido esses quase três dias de boca fechada após a derrota. Ao menos nos poupou de injúrias, calúnias e impropérios. Mas ele quebrou o silêncio e convocou a imprensa para se pronunciar. Falou e não disse nada. Vazio. Rasteiro. Dúbio. Típico dele: o zero à esquerda da direita.

Não é surpresa que o presidente demente não tenha absolutamente nada de sensato, construtivo e pacificador para manifestar. Afinal, é o mesmo calhorda de sempre. Vagabundo, irresponsável, desqualificado, tosco, cretino, leviano, mentiroso, desequilibrado, criminoso, mau caráter. Dissemina o ódio e a ignorância.

Dizem que ganhar roubando é muito feio. Pois Bolsonaro conseguiu o pior: perder roubando. Mentindo. Atacando. E segue alimentando teorias conspiratórias. Permite que seus seguidores, fanáticos e lunáticos, canalhas à imagem do mito mitômano, sigam questionando a legitimidade das eleições, as leis e o ordenamento republicano.

Existe coisa mais imbecil que bolsonarista pedir uma ditadura em nome da democracia? Pregam o ataque ao Supremo para defender uma Constituição inventada no whatsapp da bolha, com interpretação surreal sobre uma sonhada “intervenção militar” que inexiste no mundo real. Golpistas desinformados. Vivem de fake news e sandices.

O cúmulo do ridículo, que surpreende até para os padrões subterrâneos do bolsonarismo, foi festejar ontem uma suposta e fantasiosa “prisão em flagrante” do ministro Alexandre de Moraes. Parecia gol em final de Copa do Mundo. Depois broxaram com a verdade. São absolutamente idiotas e manipuláveis.

Acho injusto comparar com o gado, pois a inteligência e o amor dos bovinos não merece tal analogia. Mas os bolsonaristas ficaram desorientados e sem rumo durante o sumiço estratégico e o silêncio cafajeste do líder bundão. À espera do toque do berrante, cada um ouviu o que quis. Mas todos, irracionais, marcham em direção ao matadouro. Destino: o lixo da História.

Para concluir, podemos lembrar um pouquinho da oração de São Francisco de Assis, coincidentemente o protetor dos animais:

“Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa , que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz.”

Boa sorte, Lula. E que tenha, com Alckmin e todos que torcem e trabalham pelo bem do Brasil, um governo iluminado. Amém! 🙏🏻