terça-feira, 8 de novembro de 2022

Prefeitura de São Paulo parece casa mal-assombrada



A incompetência do prefeito Ricardo Nunes é gritante. Sem currículo nem para zelador de prédio, depois de mandatos medíocres como vereador, um acerto político para a disputada vaga de vice de Bruno Covas em 2020 o colocou na cadeira, mas ele segue atuando como um despachante dos interesses (suspeitos) da Câmara Municipal.

Tudo que cabe à Prefeitura ele não executa ou faz mal feito: do serviço de tapa-buracos ao fundo contra a fome, da fiscalização das concessões do Pacaembu e do Ibirapuera (para citar apenas as jóias da coroa) a soluções burocráticas para a implantação de compromissos de Covas, e mencionamos simbolicamente dois parques, da Mooca e da Vila Ema, que poderiam ter seguido o modelo do Parque Augusta. Mas que nada!

Fala-se muito no orçamento secreto da Câmara dos Deputados. Na prática, a relação entre o Legislativo e o Executivo paulistano não é muito diferente. Os vereadores fazem do prefeito um figurante no comando da cidade e continuam dando as cartas em feudos regionais, currais eleitorais e lobbies de empresários regados com dinheiro público (transportes, creches, saúde, limpeza urbana, mercado imobiliário etc.).

Basta verificar o que acontece no dia-a-dia da gestão paulistana. Há verdadeiras máfias implantadas na administração: algumas que se arrastam há décadas, como na fiscalização de serviços e obras nas secretarias e subprefeituras loteadas entre os vereadores, por exemplo; ou algumas mais recentes vinculadas até ao PCC.

O próximo foco de escândalos, se quiserem mesmo investigar, será a licitação para a privatização do serviço funerário de São Paulo. Mas a pouca visibilidade dos temas municipais na grande imprensa e o raro interesse dos cidadãos dá guarida para incompetentes e bandidos que seguem impunes. A eleição de 2024 ainda está longe e a patifaria não descansa.