quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Desgostos de agosto, ao gosto de Deus e do diabo


Estamos no tradicional mês do cachorro louco e das tragédias políticas. Atualizamos com sucesso esse folclore com as loucuras e cachorradas dos nossos políticos às vésperas das eleições, se bem que essa comparação canina é muita injusta com os pets, tão inocentes. Político é bicho ruim.

Mas é sério, precisa ser muito imbecil, ignorante, hipócrita ou cafajeste para engolir essa temporada de convenções partidárias que definem as candidaturas para outubro. No mínimo é formação de quadrilha. Das brabas. E não me venham com esse papinho de esquerda x direita. Ninguém escapa.

Bolsonaro com os presidiários Eduardo Cunha, Roberto Jefferson, Cristiane Brasil, Daniel Silveira, no partido do Valdemar Costa Neto, cercado de bandidos, golpistas, mafiosos. Ah, mas e o Lula? Sim, Lula com a banda podre do MDB, do mensalão, do petrolão, parte do Centrão (alguns com um pé em cada canoa, petista e bolsonarista).

A tal terceira via, então, com discurso de política honesta e limpinha, não passa num detector de mentiras nem na primeira peneira da ficha limpa. Ciro no PDT de Carlos Lupi, Simone Tebet com Mara Gabrili na aliança das viúvas de Temer, Aécio & cia. Ao menos vão perder com um inegável e inédito charme feminino. Menos mal.

No final das contas, a disputa estará mesmo polarizada entre bolsonaristas e lulistas, mas sobretudo entre antibolsonaristas e antipetistas. Será o voto da negação. O eleitor irá às urnas para derrotar a tragédia maior. Aí, me desculpe, mas eu tenho lado: não existe nada pior que Bolsonaro e a escória bolsonarista. Seja o que Deus quiser.