terça-feira, 7 de junho de 2022

7 de junho: Dia da Liberdade de Imprensa


No Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, tem todo o nosso apoio esta ação em defesa do jornalismo profissional promovida pelos jornais impressos e sites que se reúnem no consórcio de veículos de imprensa desde o início da pandemia para combater a desinformação e o negacionismo.

Além de reportagens para marcar o significado dessa data, a campanha reforça a importância do acesso à informação de qualidade pela sociedade, já que sem informação não há cidadania plena. A ação também busca defender a integridade dos jornalistas profissionais que sofrem, cada vez mais, com ataques e ameaças no exercício da profissão.

O Dia Nacional da Liberdade de Imprensa lembra um manifesto de 1977 exigindo o fim da censura à imprensa e à restrição da liberdade de informação. Assinado por quase 3 mil jornalistas, o documento, publicado no Boletim da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), denunciava a apreensão de edições inteiras de periódicos, a omissão de informações por parte do governo e a ameaça representada pelo AI-5, o ato institucional que inaugurou a fase mais dura da ditadura contra a imprensa e a sociedade brasileira.

A ditadura militar, de 1964 a 1985, foi um dos momentos da história recente do país em que essa liberdade de informar foi reprimida de forma mais nítida. Isso também ocorreu no Estado Novo de Getúlio Vargas, que durou de 1937 a 1945. E ainda hoje há quem defenda a volta da ditadura e da censura, o fechamento do Congresso e do Supremo, e até relativize crimes hediondos como a tortura. Tristes tempos.

O Brasil ocupa uma posição ruim no ranking mundial de liberdade de imprensa, feito pela organização Repórteres sem Fronteiras, que avalia a liberdade dos jornalistas para desempenhar seu papel profissional. Dos 180 países avaliados, o Brasil está a 110ª posição.

Ao citar o crescimento do discurso contra a imprensa no mundo, o relatório citou especificamente o Brasil: “Cada vez mais visíveis e virulentos, os ataques públicos enfraquecem a profissão e incentivam ações legais abusivas, campanhas de difamação e intimidação, especialmente contra mulheres, e assédio online a jornalistas críticos.”