quinta-feira, 2 de junho de 2022

Temos algo a comemorar nesta Semana do Meio Ambiente?


Escolha qualquer parâmetro civilizatório, político, ambiental, administrativo, econômico, cultural, humano ou seja lá o que você queira trazer à baila, que dependa direta ou indiretamente dos atuais governantes (e eu me refiro sem distinção ao plano federal, estadual e municipal, ao Executivo e ao Legislativo); não restam dúvidas, estamos andando para trás.

O retrocesso é visível. Das centenas de mortes em decorrência das chuvas (hoje em Pernambuco, mas que acontecem repetidamente em diversos estados e municípios), do desprezo e da ignorância sobre as mudanças climáticas, do descaso criminoso com o desmatamento ilegal, com as ocupações irregulares, com as máfias de garimpeiros e grileiros, com o patrocínio oficial dessa politicagem canalha ao “OGROnegócio” e à exploração imobiliária irracional, caminhamos na direção contrária do bom senso, da sustentabilidade e das boas práticas republicanas.

A incompetência e a irresponsabilidade não são características exclusivas dos políticos de direita, de centro ou de esquerda, ao contrário da narrativa que cada bolha ideológica tenta emplacar, especialmente às vésperas das eleições. Todo o sistema parece corrompido e ninguém escapa da cumplicidade, por ação ou omissão, dessa tragédia anunciada que ceifa a esperança e o futuro dos brasileiros.

Porém, textos como este são inúteis se não vierem acompanhados de uma mudança de consciência e de atitudes. O voto é uma oportunidade real, concreta e objetiva que temos para tentar retomar o rumo certo para as cidades inteligentes e sustentáveis, tão necessárias, e para o país do progresso que não venha a qualquer custo, que preserve a saúde, a segurança e a dignidade dos seus habitantes, a natureza e a vida.