sexta-feira, 26 de maio de 2023

O eleitor idiota segue com seu político de estimação?


Tem gente que é nova, dá tempo de aprender. Tem burro velho que não entendeu nada ou, ao contrário, entendeu tudo e resolveu (desculpe o termo, mas é preciso) virar lambe-saco de político.

Aí vai da consciência, do bom senso, do caráter e da necessidade de cada um. Aqui sempre enxergamos a política como ação necessária para a solução de conflitos sociais e promotora do bem-estar comum. Todo político, portanto, é um servidor público que deve ser fiscalizado e cobrado, jamais idolatrado.

Mas a maioria entende a política como time de futebol e age como torcida uniformizada. Paixão cega. É fulano contra beltrano e dane-se quem tem razão em determinada situação. Parece não existir meio-termo. A intenção é ser o dono da verdade absoluta e se possível exterminar seu opositor, visto como inimigo inconciliável.

Na prática cotidiana dos partidos e políticos profissionais sabemos que não funciona bem assim. O bolsonarista de ontem é o lulista de hoje, e sabe-se lá para onde vai soprar o vento amanhã. Basta verificar que a base governista é essencialmente a mesma, sempre. Está aí o tal do “centrão” e seu oportunismo cafajeste que não nos deixa mentir.

Ok, e por que estou falando isso tudo? Para apontar a hipocrisia canalha do governo e da oposição que aprovam CPIs como moeda de troca para acabar em pizza, que traem qualquer promessa ou princípio por votos de ocasião, que detonam a proteção ambiental, por exemplo, ou que tiram dinheiro das pastas sociais para alimentar a corrupção do sistema que segue dominante.

Enquanto isso, o eleitor babaca ainda não compreendeu o mecanismo (ou até aceita fazer parte dele se também tiver garantidos alguns privilégios). Não há um único político eleito que não seja ao menos cúmplice desse jogo sujo. Entendeu por que nunca vamos transformar verdadeiramente a política se você seguir como gado ao toque do berrante?