Se Ricardo Nunes sair andando sozinho na Praça da Sé não será reconhecido por ninguém. É inexpressivo. O anonimato só é menor que a incompetência. Parece um figurante no Executivo, despachante de luxo dos interesses de quem comanda de fato a politicagem paulistana a partir da Câmara Municipal. Uma assombração bolsonarista.
O mais recente escândalo escancarado pela imprensa é a situação dos cemitérios e do serviço funerário, após décadas de precarização planejada exatamente para justificar a privatização efetuada há três meses. Os preços já subiram até 1.000%. O modus operandi da máfia continua o mesmo. Topa tudo por dinheiro. Lixo, abandono, descaso, corrupção.
O loteamento de secretarias e subprefeituras, entregues de porteira fechada para partidos aliados e vereadores cúmplices, mantém o esquema de propinas e conchavos que antigamente provocou a prisão e cassação de alguns poucos vereadores. Hoje parece tutti buona gente. Nem vereador racista é cassado, quanto mais corrupto em seu habitat natural.
E a cidade segue afundando num buraco (ou em muitos buracos), no sentido literal e figurado. Ano que vem tem eleição. Os profissionais da política já estão se juntando para te enganar com os truques previsíveis de sempre. Sabe o que é pior? A probabilidade que a maioria do eleitorado caia outra vez…