quarta-feira, 6 de abril de 2022

O senador de São Paulo é o famoso QUEM?


Você conhece o senador Giordano, atualmente no MDB? Provavelmente, a maioria do eleitorado de São Paulo nunca nem ouviu falar. Mas ele é um dos três senadores paulistas. Na verdade, um suplente que ganhou a titularidade por força de uma lei capenga. Um passa-moleque na vontade do eleitor e no voto que foi digitado nas urnas.

Alexandre Luiz Giordano (quem?), tem 48 anos e assumiu em 2021, com a morte do titular Major Olímpio. O mandato no Senado é de oito anos, portanto Giordano ocupará uma das três vagas paulistas até 2026. Parece absurdo que um desconhecido sem nenhum voto represente por tanto tempo o nosso Estado. Alguém que eu não reconheceria no metrô se estivesse do meu lado. Pode isso?

A posse dos suplentes de senadores é legal, mas me parece imoral e antidemocrática. A escolha é totalmente subjetiva, obedecendo a critérios políticos, ideológicos ou financeiros estritamente pessoais. Você elege um, mas quem exerce o mandato é outro que você nunca ouviu falar. E essa substituição é recorrente, seja pela morte do titular da vaga ou por afastamento para assumir ou disputar outros cargos. É o que pode acontecer novamente neste ano, pelo perfil dos pré-candidatos.

Hoje, além de Giordano, os senadores paulistas são os tucanos José Serra e Mara Gabrilli. A vaga aberta para disputa é a de Serra, que deve ser puxador de votos do PSDB para deputado federal. São cogitados como possíveis candidatos: Datena (PSC), Marcio França (PSB), Fernando Haddad (PT), Janaina Paschoal (PRTB), Paulo Skaf (Republicanos), Ricardo Mellão (Novo), Heni Ozi Cukier (Podemos) e, vejam só, até mesmo Marina Silva (Rede) e Sergio Moro (União Brasil).

Convenhamos, é improvável que o próximo senador (ou senadora) completem o mandato de oito anos sem tentar vôos maiores, como a disputa pela Prefeitura, pelo Governo do Estado ou pela Presidência da República, ou até mesmo assumir secretarias ou ministérios. Portanto, se não bastasse a difícil escolha em outubro próximo daquele senador que melhor lhe representa, é necessário ainda avaliar quem são os dois suplentes de cada candidato, para evitar surpresas desagradáveis.