quarta-feira, 23 de outubro de 2019

A semana na Câmara Municipal de São Paulo

Mais uma semana sem acordo para aprovar uma nova CPI na Câmara Municipal de São Paulo, como pretendem os vereadores desde o retorno do recesso de julho. O ano vai terminar e, ainda que seja aprovada nas próximas semanas, os trabalhos serão empurrados necessariamente para 2020 (ano eleitoral, diga-se), pois a duração mínima de 90 dias será interrompida em dezembro e janeiro, quando ocorre outra vez o recesso parlamentar.

Para a sessão extraordinária desta quarta-feira, 23 de outubro, estão pautados dois projetos do Executivo: uma doação de área pública municipal na Avenida Nove de Julho para a Associação dos Amigos do Museu Judaico no Estado de São Paulo e novas regras para o funcionamento dos Conselhos Tutelares no Município de São Paulo - que parece trazer polêmicas insolúveis entre a bancada evangélica e vereadores com atuação nas áreas sociais e de direitos humanos.

Na pauta do dia há outros 34 projetos de vereadores, reunindo itens em primeira e segunda votação, alguns ainda pendentes de uma resposta à consulta formulada pela Liderança de Governo sobre o veto ou sanção do Executivo. Esses projetos vão do desmonte do Minhocão à proibição de embalagens plásticas descartáveis para entrega de alimentos em domicílio. Estamos de olho.

No chamado plenário virtual, ainda recebendo votos dos vereadores, destacam-se homenagens como títulos de cidadão paulistano e medalhas Anchieta para personalidades como o cientista Ricardo Galvão, demitido do INPE após atritos com o presidente Jair Bolsonaro, o artista plártico Eduardo Srur e o empresário Rubens Ometto Silveira Mello, da Cosan, com atuação nas áreas de energia, logística, infraestrutura e gestão de propriedades agrícolas, coincidentemente um dos maiores doadores de dinheiro para campanhas políticas (antes como pessoa jurídica e desde 2016 como pessoa física), contribuindo para eleger centenas de candidatos.