segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Bolsonaro já é carta fora do baralho? Sergio Moro vai enfrentar Lula no 2º turno?


Essa é a nova aposta da direita com mais de dois neurônios. O meme que virou presidente por acidente não serve mais aos interesses de grande parte dos retrógrados enrustidos que saíram do armário após três décadas hibernando. Por isso Sergio Moro virou o novo queridinho da tal 3ª via (apesar de não passar de um clone mais refinado da via bolsonarista).

A eleição de Bolsonaro e consequentemente o bolsonarismo foram um desvio da rota programada. O candidato jacu estava lá na hora certa (ou errada, no caso) e acabou incorporando todo o movimento antipetista. Deu no que deu. A maioria dos votos válidos acabaram despejados no Cacareco da vez - o maior zero à esquerda da embolorada direita brasileira. O títere que estava mais à mão.

E assim Bolsonaro chegou lá! Bronco, folclórico, o mais improvável dos presenciáveis, um deputado medíocre alçado ao Planalto por conta da incapacidade dos demais candidatos e partidos tradicionais em fazerem a leitura da nossa realidade política e social (e das redes). Mas que serviu para abrir a porteira e liberar o estouro do gado desmiolado (que se identificou prontamente com fanáticos, lunáticos, milicianos, negacionistas e terraplanistas na gênese bolsonarista).

Agora Sergio Moro (um Bolsonaro com chantilly) chega como uma versão mais elaborada para alimentar e consolidar o projeto de poder da direita tupiniquim ressuscitada. Na essência são os mesmos que elegeram Bolsonaro e pularam do barco (arrependidos, defenestrados e uns poucos desinformados e inocentes que acreditam piamente que Moro pode mesmo ser o nome da 3ª via; doce ilusão).

Moro é um novo Collor: do caçador de marajás ao caçador de corruptos. Fake news da braba! O ex-juiz que prometia JAMAIS entrar para a política, mas no fundo sempre foi político. E dos maus. Agora assumiu de vez. Saiu do armário junto com todos aqueles que saltaram a franga em 2018. É candidatíssimo à Presidência da República em 2022 e surfa principalmente nessas já mencionadas ondas dos ex-bolsonaristas e de uma falsa equidistância entre Bolsonaro e Lula.

Nesse aspecto, fico com a insuspeita definição da própria “conje” do Moro, que a certa altura declarou ver Bolsonaro e o marido como “uma coisa só”. Eita, coisa ruim, sô! Se você realmente não concorda nem com Lula, nem com Bolsonaro, então procure algo além de Moro, esse upgrade jeca do bolsonarismo. Ou assuma abertamente a sua preferência nessa polarização, sem maquiar o voto no presidenciável da direita como se fosse 3ª via.