sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Derrotar Bolsonaro é um detox para o Brasil


Fiquei uma semana sem postar nada. Não deu nem para desintoxicar. O tempo passa e a situação só piora. Tem variante de vírus, tem ministro terrivelmente evangélico nomeado, tem réveillon cancelado, tem aumento anunciado de IPTU e IPVA, tem inflação disparada, tem PEC do Calote aprovada, tem a canalhice política de sempre.

A grande notícia é o tal Auxílio Brasil. Nenhuma novidade para quem já recebia o Bolsa Família e menos ainda para quem escuta há 30 anos o ex-senador e atual vereador paulistano Eduardo Suplicy em sua peregrinação missionária pela renda mínima, ou a renda básica cidadã. Nada mais justo e humano num país em que famílias passam fome.

Eu ainda me surpreendo com a quantidade de apoiadores de Bolsonaro e fico me perguntando que espécie de brasileiro e ser humano repugnante pode se declarar bolsonarista. Que nojo! Claro que a rejeição ao presidente demente é crescente, mas com a forcinha desse Congresso vendido e a escória da sociedade que idolatra um verme, ele vai recuperar alguma popularidade.

O legado bolsonarista não vai se encerrar com a derrota do presidente. Por mais que todo mundo saiba que as chances de reeleição são cada vez menores, o Brasil ainda vai enfrentar reflexos do bolsonarismo por décadas e sucessivas gerações. O mal está instalado na política e na sociedade com efeitos devastadores para a cultura, a educação, a ciência, a sustentabilidade, o comportamento, a vida. Será um detox lento e gradual.