sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A vida em São Paulo é só mais um número?

Enchentes, assaltos, atropelamentos, buracos, deslizamentos e... choque elétrico! Viver em São Paulo é um perigo diário.

O Carnaval está aí. Milhões de pessoas vão para as ruas paulistanas, atrás dos blocos, em ritmo de alegria e correndo sério risco de não voltar para casa.

Você se lembra que há dois anos um jovem folião morreu eletrocutado após encostar num poste energizado na esquina da rua da Consolação com a Matias Aires?

E que há um mês outro jovem, um morador de rua, morreu ao tentar se abrigar da chuva num ponto de ônibus na avenida Rio Branco e receber uma descarga elétrica fatal?

Pois agora foi um cavalo da Polícia Militar que morreu eletrocutado na Praça da República, também no centro de São Paulo, por onde passam diariamente milhares de pessoas e aonde também se concentrarão vários blocos neste Carnaval.

Durante o patrulhamento de rotina, o animal encostou em uma tampa de metal eletrizada e não resistiu ao choque.

Foi um cavalo. Poderia ser você.

Na região da praça, a fiação é subterrânea e o acesso é feito por meio de tampas na calçada. Um fio desencapado é suficiente para matar alguém.

Afinal, pouco importa se a (ir)responsabilidade é da Prefeitura ou de alguma prestadora de serviços. Enel? Ilume? Outra empresa contratada? Tanto faz, como tanto fez.

O que não pode existir são mortes absurdas de cidadãos que estão simplesmente andando pelas ruas de São Paulo. Não somos números, estatísticas.

Morreu mais um? Quem vai ser o próximo?

Aonde vamos parar?