quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

"Inflável Bolsonaro": à imagem e semelhança do pai, o "mito", e os R$ 4 milhões dos cofres públicos gastos num único dia de campanha do então candidato do PSL

O presidente Jair Bolsonaro gosta de dizer por aí que não gastou nenhum centavo do fundo partidário para a sua campanha eleitoral, mas não é bem isso que mostram os números.

Até os bonecões infláveis do então candidato do PSL foram pagos com o meu, o seu, o nosso dinheiro que sai dos cofres públicos para financiar os partidos e seus candidatos em busca de voto.

Na prestação de contas de 2018 do PSL estão lá os valores: R$ 33 mil reais de recursos públicos foram usados num único dia, num evento São Paulo, para a confecção de 14 bonecos infláveis, sendo dois em tamanho mega-mito, de 5 metros de altura (um de Bolsonaro e outro idêntico do presidente da sigla, o deputado federal Luciano Bivar).

O tal dia, em 17 de agosto de 2018, foi divulgado pelo PSL como "dia nacional de filiação" e custou R$ 4 milhões dos cofres públicos para atrair militantes e simpatizantes em plena campanha eleitoral do então presidenciável Jair Bolsonaro, que vivia ainda em clima de lua-de-mel com o partido pelo qual acabaria se elegendo.

Todo esse dinheiro, gasto num único dia, foi tirado do fundo partidário para pagar bonecos, camisetas, lanches, ônibus, faixas e aparelhos de som - tudo aquilo que o bolsonarista-raiz, por exemplo, acusa o petista-mortadela de fazer, mas que no fundo (partidário... rs) ambos fazem igualzinho.

Agora os bolsonaristas não podem mais repetir feito papagaio que Bolsonaro nunca se beneficiou de dinheiro público, ou eles correm o risco de transformar o mito em mitômano - ou mentiroso, mesmo, na linguagem popular. De candidato da legenda 17 em 171 no código penal. Elerê!