quarta-feira, 18 de março de 2020

Bolsonaro, pode esperar, a sua hora vai chegar

A política é cíclica.

Sarney teve apoio da maioria, após a eleição indireta e morte de Tancredo. As pessoas saíam orgulhosas às ruas no Plano Cruzado‬ como “fiscais do Sarney”. Quatro anos depois era odiado pelo povo.

Collor foi eleito, amado e idolatrado como o “Caçador de Marajás”. As pessoas se orgulhavam daquele jovem destemido. Todos foram às ruas de verde e amarelo. Três anos depois, o Brasil vestiu preto e os jovens caras-pintadas conseguiram seu impeachment.

FHC foi eleito e reeleito na onda do Plano Real. Intelectual respeitado, tornou-se um dos presidentes mais populares da História. No final do segundo mandato ninguém aguentava mais o seu governo.

Lula foi eleito e reeleito como a esperança do povo. Teve votação e popularidade inimagináveis. Chamado até de “pai” pelo eleitorado mais pobre. Idolatrado, elegeu ainda para lhe suceder um “poste”, uma completa desconhecida. Acabou preso e condenado como maior corrupto da história.

Dilma foi eleita e reeleita pela popularidade de Lula, com votação recorde. Derrotou de forma humilhante todos os seus adversários. Acabou sofrendo impeachment na metade do segundo mandato. Nem ao Senado de Minas Gerais conseguiu se eleger.

Bolsonaro foi eleito pela maioria circunstancial no clima do antipetismo. Idolatrado, chamado de mito por seus seguidores influentes nas redes sociais, acha que tem poderes absolutos para implantar sua ideologia e seus métodos no governo. No segundo ano já começa a enfrentar a desconfiança e o descontentamento do povo que vive fora da bolha do bolsonarismo.