quinta-feira, 5 de março de 2020

Circo do Bolsonaro: E o seu PIBinho, ó!

Essa semana foi realmente muito louca neste Brasil sob nova direção do velho bolsonarismo.

Se você achava que a overdose de loucura tinha virado cinzas junto com o fim do Carnaval, descobriu agora que há outros 50 tons de obscurantismo e indecência governista.

O PIB, apesar das promessas de crescimento, da aprovação das reformas e do malabarismo retórico circense de Jair Bolsonaro e do Posto Ipiranga Paulo Guedes, ficou abaixo do patamar de Michel Temer. Uai!?

Para piorar, Bolsonaro colocou o humorista Carioca dentro do Palácio do Planalto, em carro oficial, fantasiado e imitando os trejeitos do presidente, para distribuir bananas aos jornalistas que estavam lá fazendo seu trabalho. A cena é triste e repugnante sob todos os ângulos possíveis.

Tudo isso transmitido pela live do Facebook do presidente, que começou a mostrar o showzinho do humorista antes mesmo da chegada de Bolsonaro e continuou com ambos contracenando. Dois palhaços. Duas paródias de presidente. O amador titular debochando da imprensa e fugindo das perguntas incômodas se apoiando no dublê profissional.

Veja trechos da cena circense e o seguinte diálogo:

Repórter: Presidente Bolsonaro, o senhor falará sobre o PIB?

Bolsonaro: PIB? O que é PIB?

Carioca: O que é PIB? Paulo Guedes, Paulo Guedes...

Repórter: A pergunta é para o presidente, não pro senhor.

Bolsonaro: Posto Ipiranga.

Carioca: Posto Ipiranga.

Bolsonaro: Outra pergunta.

Carioca: Outra pergunta, outra pergunta.


Um espetáculo deprimente, constrangedor, indecoroso. Estes palhaços desqualificados não podem seguir fazendo do Brasil um picadeiro.

Há um ano, Bolsonaro perguntava "O que é golden shower?". Agora, "o que é o PIB?".

Inepto, irresponsável, despreparado, ignorante.

Será que ele sabe o que está fazendo lá, por que foi eleito e qual a sua função?

Vão acabar descobrindo que se substituírem o palhaço original pelo imitador ninguém percebe.

Mas vem cá, falando sério, foi pra isso que vocês votaram 38? (Ops, 17?) E cadê a promessa de corrigir a tabela do Imposto de Renda para deixar isento do pagamento o trabalhador mais necessitado? Cadê a redução do desemprego? Cadê o reaquecimento da economia?

Há um ano, o governo assustava o mercado dizendo que, se a reforma da Previdência não fosse aprovada, o dólar chegaria a R$ 4,20. Só não te contaram que, se ela fosse aprovada, o dólar bateria o recorde de R$ 5 (cinco reais!). Imagine se fosse no tempo da Dilma...

Enfim, a Regina Duarte assumiu a Secretaria da Cultura. Tomou posse batendo continência para o incontinente capitão Bolsonaro e apanhando feio da base do bolsonarismo (leia-se olavistas, terraplanistas, caçadores de comunistas, milicianos e guerrilheiros contra o inimigo imaginário do marxismo cultural).

Aliás, por falar em milícia virtual, chegaram as provas de que a indústria de espancamento digital e fabricação de fake news tem uma unidade bastante ativa dentro do gabinete de uma das fraquejadas do presidente, o depravado federal Eduardo Bolsonaro.

Agora está comprovado. É fato, não é boato. Bem que a Joice Hasselmann tinha denunciado. Dudu Bolsonaro é patrocinador das milícias. Virtuais, reais... Mexeu com eles, tá f*****! Bobeou, dançou. Isso para ficar apenas no Dudu, aquele que tinha expertise de fritador de hambúrguer para virar embaixador dos Estados Unidos. Sem falar do Flavinho e do Carluxo.

Enquanto isso, papai Bolsonaro faz um acordão com deputados e senadores para uma rachadinha do dinheiro público do Orçamento.

E o gado bolsonarista segue mugindo por uma manifestação de apoio no dia 15 de março, acreditando que o presidente, que passou ali no Congresso 30 anos, é diferente dos demais. Ô, dó!

Pois é, não tá fácil ser bolsonarista raiz e seguir justificando as cagadas desse desqualificado.

Respeitável público, as máscaras estão caindo... Até quando será que eles vão conseguir arrastar esse espetáculo antes do desfecho previsível? Xô, palhaços!