terça-feira, 17 de maio de 2022

Quatro anos em quatro meses


Pouca gente se dá conta, mas faltam apenas 4 meses e meio para as eleições. São 19 semanas, ou 138 dias corridos, ou ainda 97 dias úteis para escolhermos presidente, senadores, governadores, deputados federais e estaduais.

Isso é muito pouco para definirmos os próximos quatro anos (e com eles todo o futuro) da História do Brasil. Estamos à beira de um abismo político, econômico, ético, institucional. Mais uma escolha errada e estaremos condenando gerações de brasileiros ao retrocesso, ao fracasso, à fome, à miséria e a um apagão antidemocrático.

Não cansamos de afirmar: Bolsonaro é um verme. O bolsonarismo é a escória da humanidade. É preciso deixar tudo muito explícito. Muita gente se revolta com essa afirmação? Azar dos incomodados. O que não cabe mais, a essa altura da vida, é a omissão covarde, hipócrita, conveniente e oportunista.

Então, sermos antibolsonaristas nos torna automaticamente petistas? Ora, claro que não! Quanta cretinice! Estão aí inúmeras opções de candidaturas além de Bolsonaro e Lula. Bastaria a pressão da sociedade, a boa vontade dos partidos, a conscientização e o bom desempenho dos próprios pré-candidatos para viabilizar uma alternativa à polarização.

Ocorre que há uma incompetência generalizada, uma falta de diálogo e interesse objetivo para a construção de uma proposta concreta, viável e consistente que una minimamente adversários eleitorais, pontuais e históricos contra inimigos em comum da democracia e do país. Quem se propõe a isso, hoje, são Lula e Alckmin. Será que vai funcionar?

Por outro lado, todas as pré-candidaturas da chamada 3ª via estão implodindo. Nenhum partido levou a sério a missão de buscar um consenso para o bem do Brasil, que não passasse por interesses paroquiais, eleitoreiros, mesquinhos e imediatos de suas próprias legendas. Depois não reclamem do resultado das urnas. Nem pensem que estão isentos de culpa.