sexta-feira, 27 de maio de 2022

Vereador “jênio” de São Paulo descobre o segredo para melhorar a imagem dos políticos: o Dia Oficial da Harmonização Facial


Os vereadores paulistanos seguem fazendo papel ridículo para o mundo: o mais recente motivo de piada na mídia e nas redes sociais é a aprovação do “Dia Oficial da Harmonização Facial”, proposta cretina do vereador Isac Felix, do PL (mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro e do presidiário do mensalão Valdemar Costa Neto). Coisa de “jênio”.

Se não bastasse ter vereador racista (aquele do “é coisa de preto”, ou do “negro de alma branca”), outro condenado à prisão, meia dúzia que já se estapeou na Câmara, um bando que loteia mafiosamente a administração municipal, outro tanto que mantém funcionários fantasmas e vive de rachadinhas, temos também esse tipo de projeto idiota para aumentar a burocracia inútil e torrar ainda mais o dinheiro do povo.

Citamos um outro dia e foi aprovado sem nenhum bom senso nem vergonha na cara: o suplente de vereador Jorge Wilson Filho concede o título de cidadão paulistano para o próprio pai, o deputado estadual Jorge Wilson, mais conhecido como “Xerife do Consumidor”, do Republicanos e da TV Record (ambos sob controle político e ideológico da Igreja Universal).

Esses títulos de cidadão paulistano custam caro para os cofres públicos e deveriam ser homenagens com alguma justificativa para personalidades que fizeram algo digno ou relevante pela cidade, mas viraram mero favor político e marketing eleitoral. É o caso do “Xerife”, em campanha pela reeleição pelo mesmo partido do Tarcisio de Freitas, o candidato a governador da familícia Bolsonaro. Tutti buona gente.

Mas isso não é exclusividade da direita mais tosca. À esquerda, por exemplo, o vereador Eliseu Gabriel (PSB), novo partido do candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, aprovou a entrega do título de cidadão paulistano a Roberto Requião, ex-governador do Paraná, hoje com 81 anos e recém filiado ao PT. A pergunta é: ma che cazzo ele fez por São Paulo? Mamma mia!