segunda-feira, 11 de novembro de 2019

Na Bolívia, no Brasil e no mundo: Viva a Democracia!

A renúncia do presidente boliviano Evo Morales, há 13 anos no poder, mostra mais uma vez que ditaduras de esquerda ou de direita devem ser igualmente repudiadas por todos nós.

A democracia deve ser exaltada e defendida sempre! Por outro lado, os inimigos da democracia devem ser denunciados, combatidos, derrotados!

Desejamos que se restabeleça a democracia na Bolívia e que os direitos e as liberdades individuais e coletivas do seu povo não sejam prejudicados. Que novas eleições democráticas sejam convocadas de imediato, sem fraudes nem manipulações golpistas. Que assim seja na Bolívia e em todo o mundo.

Mas notamos uma curiosidade que não podemos deixar de registrar. Há uma incrível maré de azar atingindo todos aqueles que Jair Bolsonaro escolheu como parceiros internacionais. Evo Morales, que surpreendeu ao comparecer à posse de Bolsonaro e com quem o presidente trocou afagos e brincadeiras, é o mais recente da fila que tem Donald Trump, Sebástian Piñera, Mauricio Macri, Bibi Netanyahu... Sai pra lá, Bolsonaro! (Toc, toc, toc!).

Que os episódios que vem ocorrendo com todos esses presidentes pelo mundo nos sirvam de exemplo para evitarmos propostas extremistas e ultrapassadas também no Brasil. Não precisamos de fanáticos de esquerda nem de lunáticos de direita. Restam saídas mais inteligentes, eficazes, moderadas e racionais.

A política é cíclica. Ondas mais conservadoras e mais progressistas, mais liberais e mais retrógradas, vem e vão. Passamos por isso na América Latina, na Europa, no Brasil. Nesse momento de #LulaLivre, inclusive, em que os ânimos nas ruas e nas redes se mostram mais acirrados e reaquecem a polarização entre o lulismo e o bolsonarismo, precisamos reafirmar a nossa rejeição aos dois extremos.

Dizem por aí que Bolsonaro é uma mistura piorada de MaduroEvo e Trump, mas isso é maldade da oposição. E Lula, mesmo solto, não é inocente nem solução para a crise. Ao contrário. Que fique claro: reduzir a nossa política a essa polarização burra e atrasada é ruim para o Brasil e para a democracia. Não precisamos de mitos nem heróis, coisas que Lula e Bolsonaro não são!

Porém, vale dizer que estamos vacinados contra ameaças e pretensões autoritárias. Brincadeiras à parte, saibam que não vão prosperar movimentos insanos como os que defendem o fechamento do Congresso ou do STF, para ficar em dois motes recentes. Nem a impunidade para corruptos, criminosos, maus políticos. O bolsonarismo e o lulismo são dois fenômenos que se retroalimentam e se anulam. Queremos outra saída para o Brasil.