segunda-feira, 6 de abril de 2020

Bolsonaro é o maior estorvo do próprio governo

Já sabíamos que Jair Bolsonaro é inepto e inapto para a Presidência da República. Dito por ele mesmo, ignora princípios básicos da economia, por exemplo, e é completamente despreparado para a liturgia do cargo.

Por isso, como vantagem apontada pelos seus seguidores, teria escolhido um ministério técnico e competente para tocar cada área do governo. Obviamente isso não ocorreu em pastas ocupadas por lunáticos da sua bolha ideológica, como Educação, Meio Ambiente e Relações Exteriores. Mas vá lá, aceitemos no geral a narrativa bolsonarista.

Só que agora, enciumado e invejoso, o presidente diz que vai “usar a caneta” contra ministros que supostamente teriam virado “estrelas” e não aceitam simplesmente atuar como meros capachos do chefe psicótico, na hierarquia autoritária e opressiva que o presidente demente e incompetente deseja impor ao governo.

Então Mandetta, Sérgio Moro e Paulo Guedes, para citar as três maiores “estrelas”, estão constantemente na mira da milícia bolsonarista nas redes, do bullying diário e do assédio moral do presidente. São desautorizados em público e obrigados a bajular Bolsonaro a cada pronunciamento, para satisfazer a insegurança doentia e disfarçar o isolamento do capitão de araque.

Bolsonaro acabou. Virou um daqueles malucos folclóricos com seguidores fanáticos igualmente desequilibrados de histórias que acabam em tragédias, tipo o suicídio coletivo de toda a seita (o que, convenhamos, não seria de todo mal para virarmos essa página).

O fato é que Bolsonaro se tornou o maior estorvo do seu próprio governo. Diante da inoperância da oposição tradicional, por omissão, incapacidade ou cumplicidade, ele mesmo faz esse papel, ladeado por seus filhos aparvalhados, olavistas, terraplanistas, fundamentalistas e limítrofes do mesmo naipe.

Até quando o Brasil vai tolerar isso?