terça-feira, 25 de maio de 2021

Ainda precisamos de uma CPI para provar que Bolsonaro e Pazuello são negacionistas , irresponsáveis, mentirosos e criminosos?


A CPI da Covid mostra a cada sessão e novo depoimento aquilo que, convenhamos, todo mundo já sabia. Está tudo documentado: o negacionismo, o obscurantismo, o instinto assassino, as campanhas contra o distanciamento social e o uso de máscara, as fake news sobre as vacinas e o charlatanismo sobre tratamentos precoces inexistentes.

A (ir)responsabilidade do (des)governo federal diante da tragédia de Manaus, a decisão insana de não comprar a vacina da Pfizer, a intervenção canalha do presidente demente que gerou atraso do fechamento de contrato com o Instituto Butantan para o fornecimento da Coronavac, chamada por ele de “vachina”, o aplicativo criminoso que receitava cloroquina até para grávidas e a propaganda do uso indiscriminado desses medicamentos impróprios (inclusive com a produção e a compra superfaturada com dinheiro público) são algumas das graves evidências das ações e omissões que devem ser punidas.

Mas é aí que a porca torce o rabo. A tropa de choque bolsonarista, reforçada por políticos velhacos, medíocres e fisiológicos, além de seguidores da bolha ideológica cretina e dessa escória da sociedade que saiu do esgoto com a eleição de Bolsonaro, seguem cúmplices desses despachantes da morte e trabalham para a CPI não dar em nada, apesar de comprovados os crimes de responsabilidade e falta de decoro.

Tudo o que Bolsonaro e Pazuello fizeram (ou o que deveriam ter feito e se omitiram) está gravado, registrado, flagrado, das primeiras declarações em lives e pronunciamentos oficiais até a mais recente ação criminosa do fim de semana, na presença debochada do general borra-botas ao passeio de moto fascista à Mussolini protagonizado no Rio de Janeiro. Num país sério ambos estariam presos.