segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Bolsonaro é o líder, decadente mas perigoso, de uma seita de fanáticos e lunáticos


Definir esse movimento político-psicótico como “bolsonarismo” ou identificar seus seguidores como “bolsonaristas” é dar importância histórica até maior do que realmente possui este tropeço da democracia brasileira, esse acidente que fez de um demente o meme que virou presidente.

Mas não se pode negar a sua existência danosa ao Brasil e ao mundo, variante de uma doença que ameaça a saúde republicana do país e põe em risco as nossas instituições, a começar pelo próprio estado democrático de direito e um de seus pilares mais importantes: as eleições livres e diretas.

É fake o motivo alegado pelas pessoas que vão às ruas em defesa de Bolsonaro e do voto impresso. Auditáveis as urnas eletrônicas são desde sempre. Quem conhece a apuração sabe que há o boletim impresso de cada urna e cada sessão eleitoral ao final de cada dia de votação, acessível a todos (partidos, candidatos, fiscais, imprensa). O que inexiste é um comprovante individual que identifique o voto de cada eleitor (e nem faria sentido) - mas isso também não impediria a fraude, que existia (com frequência escandalosa) quando o voto era no papel e na caneta.

Não é a tese do voto impresso e auditável que reúne essa escória: é o golpismo, a canalhice, o desejo de tomar o poder pela força armada (militares, milicianos ou seja lá o que for) e aniquilar a oposição, eliminar todo e qualquer crítico ou opositor, que na cabeça doente de fanáticos e lunáticos bolsonaristas podem ser todos resumidos à pecha de “comunistas” (de Lula a Kim Kataguiri, de João Amoedo a João Doria, de Joice Hasselmann a Boulos).

Surfando nesse fanatismo boçal, Bolsonaro comete atentados diários contra a mídia, contra o Congresso Nacional, contra o Tribunal Superior Eleitoral, contra o Supremo Tribunal Federal, contra o decoro da Presidência da República, contra a Constituição, a inteligência, o bom senso e a verdade. Tudo escorado politicamente pelo Centrão e protegido pelo foro privilegiado e pelo aparelhamento institucional (da PGR às Forças Armadas).

Mas o desespero começa a tomar conta da familícia Bolsonaro e de seus cúmplices que, cientes do derretimento eleitoral para 2022, apelam para as armas que tem (no sentido literal e figurado) para tentar se agarrar no poder a qualquer custo. Nesse contexto aumenta o perigo da ação de fanáticos e lunáticos que responderão cegamente ao mito dos tolos. O Brasil precisa reagir urgentemente com suas armas constitucionais. #ForaBolsonaro