O cenário ideal para o tratoraço governista foi criado com a pandemia, a restrição do acesso de público ao Legislativo e a invenção das chamadas sessões híbridas (que misturam a presença física e a participação virtual dos interessados, seja com os vereadores no plenário da Câmara, seja nas audiências em tese abertas à sociedade). Desculpem, mas não podemos tolerar.
Ocorre que, por falha de divulgação, por dificuldade de mobilização ou seja lá por qual outro motivo, é inaceitável que audiências públicas sobre projetos tão essenciais para São Paulo - como este exemplificado pelo print na reunião às moscas de ontem sobre a Intervenção Urbana do Setor Central - sejam realizadas nesse período sem nenhuma possibilidade da participação ativa de cidadãos e de setores representativos da sociedade.
Não, senhor prefeito e senhores vereadores. Não é assim que se governa, nem que se impõem os projetos da base governista para a cidade. Atenção, Ministério Público. Atenção, Tribunal de Justiça de São Paulo. Alô, grande imprensa! A cidadania não pode ser atropelada desta forma, representada numa audiência pública virtual assistida online por 3 pessoas como figurantes de 12 milhões. Assim não!