Poderia ter vacina para todos os brasileiros, se Bolsonaro não fosse um cafajeste, incapaz, estúpido e genocida. E também se deputados federais e senadores já tivessem iniciado a necessária CPI da Pandemia. E se recursos públicos não fossem tão mal empregados ou roubados na cara dura. E se paspalhos não tivessem ocupado o Ministério da Saúde para agravar ainda mais o caos.
O que temos hoje de vacinas devemos basicamente ao Instituto Butantan e a alguns governadores, como o de São Paulo, que resolveram peitar o cretinismo do gado bolsonarista e seus exércitos de robôs nas redes sociais com suas campanhas anti-vacinas e contra medidas de isolamento necessárias para conter a disseminação desenfreada e letal do coronavírus.
Estamos longe da solução. As mortes seguem descontroladas, a população não aceita a emergência de um lockdown e as vacinas não são suficientes para atender toda a população. O sistema hospitalar vive à beira do colapso. Heróis da linha de frente no atendimento aos doentes, médicos e enfermeiros se desdobram para driblar a inépcia e a estultice dos maus políticos.
Falamos ontem aqui que a Câmara Municipal de São Paulo, por exemplo, definiria em lei quais categorias profissionais devem ter prioridade na cidade para receber a vacina quando ele estiver disponível. Mas quem disse que eles conseguem chegar a um acordo sensato? Cada vereador quer beneficiar a categoria que mais lhe agrada - ou que lhe proporciona mais votos. É ou não é uma pouca vergonha?