sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Inflação, fome, miséria, morte? E daí? Na cidade, no estado, no país: a política se desmoraliza a cada dia!


A inflação dispara sem controle, aumenta o preço da carne, da luz, do gás, da gasolina, da feira, do mercado. O que o presidente demente faz? Mantém o sinistro Paulo Guedes e ainda debocha: diz que “o mercado está nervosinho”. Deve estar gargalhando como faz da CPI e dos 600 mil mortos da pandemia.

O povo está comendo osso, Bolsonaro. Revirando lixo. A economia segue desmoronando. Essa besta que você sustenta no ministério, com o nosso suado e minguado dinheiro, fatura cada vez que sobe o dólar, como bom especulador que é. Quem se f*** é “gente de bem”, a “tradicional família brasileira”, aquela a quem você oferece armas e de quem tira da mesa o feijão.

No estado de São Paulo e também no município (e citamos nossos exemplos locais, que não diferem muito dos demais entes da federação) a culpa do rombo do caixa, segundo o governador e o prefeito, os deputados e os vereadores, é do funcionário público e do servidor aposentado (professor, médico, enfermeiro, policial, assistente social). E dá-lhe Sampaprev 2 e aumento do IPTU!

Quando a coisa aperta, é o trabalhador concursado da ativa e aquele que já contribuiu por décadas (e todos nós, pagadores de impostos em geral) quem vai pagar o pato da incompetência da gestão e da farra irresponsável dos políticos. Na capital, aposentado vai voltar a contribuir para a Previdência, tendo seu direito adquirido e seus benefícios confiscados. O aumento de salário que muitos deles tiveram nos últimos anos sabe qual foi? De simbólicos e ridículos 0,1% (só para cumprir tabela e despistar a lei).

Enquanto isso, para apimentar a provocação, o sentimento de injustiça e a desigualdade, a Câmara Municipal de São Paulo aprova o aumento de salários para os cargos comissionados por ordem do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Serão beneficiados não os trabalhadores concursados, mas os indicados em cargos de confiança, como subprefeitos, chefes de gabinete e secretários adjuntos.

Com a decisão malévola da Câmara, o subprefeito terá reajuste de R$ 19 mil para R$ 26 mil, equivalente a 37,5% de aumento; o chefe de gabinete, de R$ 17 mil para R$ 21 mil, aumento de 22%; e o secretário adjunto de R$ 18 mil para R$ 24 mil, reajuste de 35%. Em compensação, um servidor aposentado que recebe R$ 4 mil vai ser descontado em mais R$ 400. Entendeu?

Os salários do próprio prefeito e dos secretários já haviam sido reajustados (embora sem aplicação imediata) pelo prefeito Bruno Covas (PSDB) no fim da gestão anterior. Essa mamata replica para todos os apaniguados dos políticos na máquina pública (Prefeitura, Câmara, TCM, secretarias, subprefeituras, empresas mistas). Mas o vilão da história é mesmo o professor da escola pública, que não deveria “politizar” a situação de miséria em que vive. Esses esquerdistas!