sábado, 9 de outubro de 2021

Quem sangra mais: mulher sem absorvente, Bolsonaro sem maioria ou o Brasil sem noção nem reação?


O que dizer de um presidente que impede a distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda, enquanto sua ministra “da Mulher e da Família”, outra lunática, levanta um falso dilema: “Vocês preferem absorvente ou vacina?”. Canalhice desse desgoverno inimigo da ciência e da vacinação…

Enfim, quem vai esperar algo diferente deste presidente demente que debocha do povo que prefere feijão no prato ao invés de arma na mão? Do cretino que zera os impostos dessas mesmas armas e de munição mas multiplica a taxação de livros, para citar um único exemplo nefasto?

Bolsonaro tem fascínio por sangue e morte. Ao mesmo tempo, demonstra verdadeira repulsa pelas mulheres. Odeia qualquer coisa que fuja do seu padrão de masculinidade tosca e tóxica, seu habitat natural. Não sei se Freud explica, mas estamos nas mãos de um sociopata de nível hard. Armado, doente e perigoso.

Os políticos, que deveriam agir para proteger a sociedade e o estado democrático de direito, vagam entre a omissão e a cumplicidade. Parte significativa da oposição prefere, como dizem no sentido figurado, deixar Bolsonaro sangrar até 2022 em vez de apostar no impeachment.

O problema grave dessa irresponsabilidade suicida é que estamos todos sangrando junto - mulheres, homens, velhos, jovens, a democracia no Brasil - e com o risco iminente de sucumbirmos antes mesmo do bolsonarismo. Passou da hora de reagir e dar um basta neste presidente inepto, cafajeste, miliciano, negacionista, genocida.