quarta-feira, 31 de março de 2021

Bolsonaro é um cadáver político que o Centrão vai sepultar no momento oportuno (mas quando?)


31 de março de 2021. Recorde absoluto de mortos pelo coronavírus. O país nas mãos de ineptos, delinquentes, criminosos, psicopatas, assassinos. São mais brasileiros mortos num dia que a soma dos dez países que vem na sequência. Bolsonaro é um cadáver político velado pelo Centrão (também recordista de sepultamentos de presidentes). Quem fecha o caixão?

Não sei se todos estão se dando conta, mas vivemos um período daqueles que ficará para sempre registrado na história da humanidade. As consequências dessa pandemia, principalmente com os números trágicos diários do Brasil, também nos colocam no epicentro das atenções mundiais. Vamos reagir, pelo amor de Deus!

Alheio a tudo isso, o presidente demente - verdadeiro zumbi do golpe de 1964 e ressurgido das cinzas com a onda antipetista - segue na sua sanha golpista, 57 anos depois. Bolsonaro e seus seguidores descerebrados tentam reescrever como mais lhes convém a nossa história, preparando uma narrativa que justifique a permanência dessa escória no poder - aliás, com poderes absolutos.

Parodiando outro ex-presidente, “nunca antes na história deste país” se viu tamanha insanidade, irresponsabilidade, improbidade e incompetência na gestão do (des)governo federal. Bolsonaro é uma ameaça constante à saúde e à vida dos brasileiros, ao cotidiano político, social e econômico do Brasil. Viramos párias globais - e não estamos sabendo como reagir internamente.

O estado democrático de direito está sob ataque bolsonarista. A crise militar, o descrédito da população nas instituições, a inoperância cúmplice das oposições (seja por omissão ou pura incompetência) dão o caldo de cultura perfeito para a proliferação do bolsonavírus, que corrói a nossa democracia - e está chegando o momento do teste final de resistência ou fragilidade.

As mudanças ministeriais, a reação das forças armadas, a intervenção indevida nas polícias e nos demais poderes republicanos, a imposição do presidente sobre estados e municípios (por meio de um projeto de lei absurdo, barrado momentaneamente no Congresso - que é também dominado por bandidos e lunáticos) mostram que o pesadelo está só começando.

Parece até contraditório ou nonsense falar isso, mas não esperem que o golpe se dará por dentro da lei, não é mesmo? Óbvio que não bastam notas públicas de partidos e lideranças políticas, nem mesmo respostas regimentais para evitar que se pautem projetos que legitimem poderes absolutos ao presidente, para nos poupar deste canalha fascista e genocida.

Bolsonaro está mapeando o terreno e se armando com o que tem: setores do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, rebeldes da Polícia Federal e das polícias estaduais, milicianos, fanáticos, lunáticos e golpistas da sua bolha ideológica, o Centrão e maioria fisiológica e corrupta do Congresso, religiosos fundamentalistas, empresários e jornalistas cafajestes, juízes, ministros e desembargadores cooptados etc.

Não é possível que, beirando os 400 mil brasileiros inocentes mortos pela covid-19, pelo negacionismo e pelo obscurantismo deste desgoverno tóxico e letal, entre tantas outras canalhices de Bolsonaro e dos bolsonaristas, não tenhamos ainda ultrapassado todos os limites civilizatórios aceitáveis. Já deu! 

Que a queda se dê à moda de Dilma e Collor, ou Jânio ou Getúlio, e tanto faz! Por impeachment, por renúncia, por interdição psiquiátrica ou saindo da vida para entrar definitivamente na história (neste caso, nas páginas que deveriam ser rasgadas e jogadas para sempre no lixo). É #ForaBolsonaro já!