O que estamos esperando para reagir? Ou é mais fácil o povo se unir para tirar participante indesejável do BBB do que um FDP que está - ele sim, ao contrário das acusações que fazia contra seus adversários - transformando o Brasil em uma Venezuela piorada?
Cresce a miséria, cai a renda média da população, disparam os preços, explode o desemprego. Cria-se o cenário para o caos social, ainda mais alimentado pelo ódio, pela polarização, pela militarização do governo e pela “milicialização” da sociedade com os decretos armamentistas do bolsonarismo.
O colapso dos hospitais, o atraso na vacinação, o desprezo pelos protocolos sanitários, o negacionismo, a politização e a ideologização do coronavírus, a guerra de vaidades e versões conflitantes entre mandatários municipais, estaduais e o meme que virou presidente - tudo isso agrava ainda mais a crise e acelera a morte.
As instituições parecem acovardadas ou estão sendo ineficazes para defender o estado democrático de direito contra a sua maior ameaça desde a ditadura. Políticos de todos os partidos seguem omissos, cúmplices, desacreditados. O que mais falta para o país se levantar contra Bolsonaro? Qual é o nosso limite?
Dizer que estão esperando pelas eleições de 2022 para derrotar essa escória bolsonarista não é uma estratégia legítima nem uma resposta essencialmente republicana, mas um cálculo eleitoral oportunista e equivocado daqueles que desejam se dar bem no “quanto pior, melhor” (seja no apoio ou na oposição a este desgoverno de lunáticos). Vão quebrar a cara, alimentar o monstro.
Cadê o povo, afinal? Seguiremos deitados eternamente em berço esplêndido (ou numa cova rasa)? Será que já não estaria na hora do “se ergues da justiça a clava forte, verás que um filho teu não foge à luta”? Quantos de nós morreremos ainda até os sobreviventes acordarem desse pesadelo? Reage, Brasil! #ForaBolsonaro