Isso porque o “devo, não nego, pago quando eu quiser” e o estouro do teto de gastos que passaram agora nesse tratoraço do bolsonarismo são pedaladas fiscais muito mais graves que aquelas que levaram ao impeachment da Dilma e com efeitos infinitamente mais deletérios para toda a sociedade (inflação, desemprego, alta do dólar, desabastecimento, queda da Bolsa).
Com requintes de crueldade elevados até para o padrão da Câmara, entre as negociatas para aprovar a PEC dos Precatórios foram incluídas a liberação de emendas no orçamento secreto (e criminoso) com recursos públicos para a reeleição do próprio Bolsonaro e de toda a sua corja. Parece uma evolução maquiavélica do mensalão e do petrolão de outros tempos com essa “Bolsa Centrão” e a arapuca eleitoreira chamada Auxílio Brasil.
E aí, ainda vai ter bolsonarista cretino vindo dizer “acabou a mamata”, “derrotamos a corrupção”, “chama o Bolsonaro de ladrão, porra!” ou “aponte uma só denúncia contra o nosso presidente”? Não apenas é “mais do mesmo”. É pior. Mais bandido. Mais cafajeste. Mais antidemocrático, inconstitucional, escandaloso. Quem votou 17 aplicou 171.